"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)
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sexta-feira, agosto 07, 2020

Unidade Divina que somos!

chakra healing
- Dárcio Dezolt -


Apesar de a literatura espiritual de todos os tempos conter a Verdade, suas colocações, muitas vezes dualistas, acabaram por comprometer suas revelações. Isto devido ao referencial ilusório que deixam transparecer! Desde os antigos Vedas que a Unidade é ensinada; entretanto, que “somos NÓS” esta Unidade Divina, que é a Verdade Absoluta, não ficou tão marcado como deveria.

A Bíblia, por exemplo, revela: “Os meus pensamentos não são os teus pensamentos, diz o Senhor”. Mas quando isto era lido, cada leitor ficava entendendo que os pensamentos de Deus não eram os dele! E, desse modo, a “ilusão” ficava ainda mais reforçada! E assim se deu com o entendimento de todas as Escrituras! Sempre o referencial pregado era o das “aparências ilusórias”.

Os ensinamentos absolutistas têm por objetivo a eliminação desta visão errônea das revelações espirituais. Busca fazer a inversão da aceitação. Por isso, prega que DEUS É TUDO, INCLUSIVE VOCÊ, e ensina que esta “aceitação iluminada” precisa ser adotada como “ponto de partida”. Como DEUS É TUDO, no exemplo bíblico citado, o que deve ser entendido é que “OS NOSSOS PENSAMENTOS” não são os da mente humana”; antes, pela totalidade de Deus, “OS NOSSOS PENSAMENTOS SÃO OS DE DEUS”.

Enquanto a dualidade não for extinta de nossa aceitação, as Verdades reveladas falarão de um Deus que, apesar de perfeito, é OUTRO que não QUEM SOMOS! E desta “ilusão” decorre toda a prática dualista errônea, em que um “mortal” ou “humano” passa a vida toda lutando para  se divinizar, evoluir, sair da “ilusão”, se iluminar, etc..

A dualidade tem de ser varrida de imediato, caso desejemos “SER O QUE SOMOS”, ou seja, praticar em nós mesmos as revelações que anulam as mentiras sobre o nosso Ser. Não há sentido algum em permanecermos no “referencial da mentira”,  numa dualidade que é ilusória, e sempre postergando a experiência única e real que já é nossa: a experiência de “SER DEUS!”.


segunda-feira, agosto 03, 2020

Você é Deus unicamente porque Deus é Você

- Dárcio Dezolt -


“Sem o Verbo – Deus – nada do que foi feito se fez” (João 1: 3). Esta revelação de João repete a do Gênesis, quando revela que “o homem é um ser à imagem e semelhança de Deus”. QUEM É ESTE SER ASSIM REVELADO? O CRISTO!  VOCÊ! SUA REAL IDENTIDADE! SUA ATUAL IDENTIDADE! SUA ÚNICA IDENTIDADE! JAMAIS ALGUÉM FOI “FEITO DE BARRO”, uma alegoria que simboliza a ILUSÃO!

Quando partimos da Verdade Absoluta de que DEUS É TUDO, partimos do CRISTO QUE SOMOS, AQUI E AGORA, que é DEUS EVIDENCIADO COMO SER INDIVIDUAL. “CRISTO É TUDO EM TODOS” (Col. 3: 11).

O Universo INTEIRO manifesta as “OBRAS ESPIRITUAIS E PERMANENTES DE DEUS”.  SÓ PODERIA ESTAR SENDO ASSIM, UMA VEZ QUE DEUS SÓ DISPÕE DE SI MESMO, DE SEU PRÓPRIO ESPÍRITO,  PARA EMANAR AS FORMAS EXISTENCIAIS.

Por isso é sempre lembrado, nos escritos sobre a Verdade, que A MATÉRIA NÃO EXISTE! NÃO EXISTE NEM PODERIA EXISTIR, POIS DEUS É ESPÍRITO, SUAS OBRAS SÃO ESPÍRITO, VOCÊ É ESPÍRITO, E A “UNIDADE PERFEITA” É ESPÍRITO!

Quando frases bíblicas são aqui citadas, muitos dizem o seguinte: “Você escolhe partes da Bíblia para endossar os textos, e  não cita jamais outras partes dela”! Ocorre o seguinte: as supostas “partes escolhidas” sempre serão aquelas condizentes com o que me foi revelado, e não meramente para endossar textos! O QUE EU VI, O QUE ME FOI REVELADO, É DEUS SENDO LUZ INFINITA ONIPRESENTE, E QUE SOMOS ESTA LUZ! Desse modo, se a Bíblia disser que “SOMOS LUZ”, a citação aqui será lembrada! MAS SE DISSER QUE “SOMOS PECADORES”, ESTA MENTIRA SERÁ REPUDIADA, MESMO QUE ESTIVESSE PRESENTE EM TODAS AS PÁGINAS DA BÍBLIA!

Vários são os casos em que discípulos, com a intenção de pregar a Verdade, disseram coisas contrárias à própria Verdade, marcando-as mais do que deveriam. Paulo, por exemplo,  disse o seguinte: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1.21). PELA PRIMEIRA VEZ ESTA CITAÇÃO APARECE NOS ARTIGOS! E APARECE PARA SER EXTINTA PELA VERDADE ABSOLUTA:  DEUS É TUDO!

De fato, “O VIVER É CRISTO”, pois O CRISTO É TUDO EM TODOS! A outra parte, “O MORRER É LUCRO”, é totalmente sem sentido espiritual! “Ah! Ele fala da morte do ego!”.  MAS O UNIVERSO INFINITO ESTÁ PREENCHIDO PELA VIDA PERFEITA DE DEUS! NÃO HÁ “MORTE” DE ESPÉCIE ALGUMA! Se existisse, por uma fração de segundo, o chamado "ego", Deus não seria permanentemente TUDO!

Paulo costumava falar em “morrer diário”, com a intenção“ de explicar que O CRISTO QUE SOMOS deve “surgir” em decorrência de nosso “despojamento do  suposto eu nascido”. Assim, em vez de se prender ao REFERENCIAL DA VERDADE, revelando que TODOS, SEM EXCEÇÃO, AQUI E AGORA, SÃO DEUS NA FORMA DO CRISTO, FORMANDO A UNIDADE PERFEITA, empregou o “REFERENCIAL DA ILUSÃO”! NÃO EXISTE VIDA NA ILUSÃO! NÃO EXISTE MORTE NA ILUSÃO! NÃO EXISTE ILUSÃO! DEUS É TUDO!

Foi citado este exemplo,  do “morrer diário”, para que leitores das Escrituras não engulam  cegamente tudo que ali encontrem,  sem avaliar se é ou não Verdade Absoluta! Se não for, deve ser rejeitado!

VOCÊ, E TODOS, SOMOS AQUI E AGORA O CRISTO VIVO!  SOMOS “FEITOS”  DO VERBO DIVINO, ÚNICA “MATÉRIA-PRIMA” UNIVERSAL! É POR ISSO QUE JESUS DECLAROU NÃO “JULGAR PELA CARNE”! ILUSÃO E NADA ERAM SINÔNIMOS PARA ELE! E IGUALMENTE, DEVEM SER SINÔNIMOS PARA NÓS!

DEUS É TUDO, E VOCÊ É DEUS UNICAMENTE PORQUE DEUS, POR SER TUDO, É  TAMBÉM VOCÊ!


quarta-feira, julho 08, 2020

Palestra: O Deus que Você É!


Dárcio Dezolt -
Nesta palestra, Dárcio Dezolt explicita de forma simples e eficiente as revelações da Metafísica Absoluta, revelações transcendentais, incapazes de serem percebidas ou compreendidas pela mente cerebral humana que funciona apenas com base nos 5 sentidos.

Pela prática da Meditação, podemos nos abrir às verdades divinas, que só podem ser experienciadas quando sintonizamos com a Mente Divina - a única capaz de perceber e experienciar as revelações divinas legadas por Jesus, Buda, Krishna e todos os avatares e seres divinos que já andaram nesta Terra.

Nesta preleção, as palavras de Dárcio Dezolt nos proporcionam compreender, de forma intuitiva e contemplativa, o Ser Divino Supremo e Único, isto é, o Pai que se faz UNIDADE com cada um de nós (Filhos de Deus).
 
(A palestra tem início aos 4min e 20s) 
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segunda-feira, julho 06, 2020

Pense Deus



Pense Deus!

Pense só em Deus!

Pense em Deus sendo o Universo único!

Pense em como Você vive em Deus!

Pense em como Deus vive em Você!

Pense com a Mente que Deus é!

Pense na Mente de Deus sendo a sua!

Pense em sua Mente sendo a de Deus!

Pense em Deus pensando em Você!

Pense em Você pensando em Deus!

Pense em Deus neste agora!

Pense neste agora sendo Deus!

Pense em Deus sendo Tudo!

Pense em Deus sendo Você!


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terça-feira, junho 30, 2020

Deus é tudo! (Núcleo)

- Núcleo - 


Meu divino Amigo, o post anterior revela que Deus é tudo!

Em um comentário seu, na postagem "Pense Deus", você escreveu: “Que, neste Agora - e através da Mente que Deus é -, todos possam perceber Quem são!”

O ponto é este: Somente através da "Mente que Deus é" é possível perceber que Deus é tudo!

Sobre este ponto permita-me compartilhar o que segue.

Essa “Mente que Deus É” é a única Mente, a verdadeira! Na linguagem do Núcleo, a Mente de Deus é chamada Consciência do Ser por ser ela a Consciência do Ser Único e Real. Este Ser é o Eu Verdadeiro, a nossa real identidade.

No texto, este Ser Real é a própria Vida que subjaz a tudo o que está no papel, que é a representação divina. O texto concluiu afirmando que: "Toda forma representa o Espírito, Deus; e, à medida que o nosso discernimento de Deus como Tudo se torna mais iluminado e mais transparente, veremos, aqui e agora, seres tão glorificados, perfeitos e imortais, livres de nascimento e morte, como são eternamente agora, mantidos na Toda-Presença, no Deus que é Tudo."

Para fins meramente didáticos, para que o nosso discernimento de Deus como Tudo se torne mais iluminado e mais transparente: em contraposição à “Consciência do Ser”, que é a “Mente de Deus”, há a “mente humana”, que na linguagem do Núcleo é chamada de “mente do personagem”.

Enquanto imersos na “Representação”, ou seja, na “realidade dos personagens”, na realidade aparente, não percebemos a Realidade, o Universo Verdadeiro; o Universo da Consciência, o Universo de Deus, porque a mente dos personagens - que não é de fato nossa “Mente” - tem uma percepção própria, que na linguagem do Núcleo é chamada de “percepção mental”, que percebe conforme sua própria natureza, que é irreal. Assim, não sendo a nossa Mente, a mente do personagem, não sendo real, não percebe o real. É algo como a percepção que temos em sonho que durante o sonho percebe a realidade do sonho e não percebe que a realidade do sonho não tem substância, ou seja, não percebe que o sonho não é de fato a realidade. Mas, mesmo durante o sonho, em todo o tempo a Mente Verdadeira está presente. No instante em que o sonhador se desperta reassume a identidade de Quem ele é.

E também entre os seres humanos há os que, mesmo durante o período de sonho, estão conscientes de que estão sonhando! Eles continuam “desfrutando o sonho” sabendo que é apenas um sonho. Os que são conscientes de que a “realidade dos personagens”, a “Representação”, não é a Realidade do Ser, a realidade de Quem Somos, na linguagem do Núcleo são chamados de “personagens despertos”. Eles são personagens que se identificam com “Quem realmente São”, se identificam com o Ser Real, com o Eu Verdadeiro, e não com “quem estão sendo”, com quem estão representando, não se identificam com a “identidade de seus personagens”.

Este é o motivo de Jesus, que é exemplo de um personagem desperto, ter dito: “Eu e o Pai somos Um.” E também: “Quem vê a mim vê Aquele que me enviou”. Pelo mesmo motivo Sakyamuni, que é outro exemplo de personagem desperto, disse: “Eu sou Buda”, cujo significa é “Eu sou Desperto”!

Na representação, a fim de que os personagens possam ter parâmetros nos quais se referenciar, há sempre “personagens despertos”. Por vezes esses personagens são bastante evidentes, mas na maior parte das vezes eles não são tão evidentes. Eles existem, sempre existiram e sempre existirão; estão dispersos no cenário mas nem sempre são notados. É assim para que a representação possa seguir o seu curso sem interferências em relação aos divinos personagens que não querem se despertar.

Por outro lado para os que querem se despertar e perceber o Real há sempre um personagem desperto que compartilha sua percepção da Realidade e revela o caminho para a percepção do real. Neste texto Frances T. Seal evidencia ser um destes personagens. Mas certamente não é o único instrumento pelo qual a divindade está Se evidenciando. Os que compartilham suas percepções também são. Basta notar o que ocorreu a Aquele que na representação aparece como o divino personagem Gustavo, idealizador deste blog, ao compartilhar a percepção de que: "Lembrei que, na Bíblia, Eu já disse que: 'Os Meus pensamentos não são os teus pensamentos; os Meus pensamentos são mais altos do que os teus pensamentos'."

Esta aparente “lembrança” é em si uma grande chave de compreensão que remete ao texto sobre dois outros personagens: “Unicidade nos ensinamentos de Cristo e Buda”. Um relevante comentário a este texto trata da relação entre “Percepção e Ação” e em certo ponto é exposto que: 

“Na Bíblia Deus diz que os seus pensamentos não são os Meus pensamentos e os seus caminhos não são os Meus caminhos…". Isto evidencia que há pensamentos que são mais elevados do que os pensamentos que são gerados na mente e que há uma percepção que é mais elevada que a percepção mental.

O referido comentário começa expondo da forma como segue: "No Núcleo dizemos que 'não há percepção sem ação." Mas, há dois tipos de percepção: A percepção mental e a percepção consciencial.

Devemos notar que a percepção mental, por ser a percepção da mente do personagem, tem a mesma natureza do próprio personagem, ou seja, existe apenas na representação. Assim, com a percepção mental, que é uma representação e, portanto, irreal, é impossível perceber o universo consciencial, que é real. O irreal não pode perceber o real.

A percepção real é da Consciência do Ser. A percepção a que se refere a frase acima é, portanto, a percepção consciencial! O sentido daquela frase é então: “Não há percepção consciencial sem ação.”

Mas, há também dois tipos de ação: A ação por interesse, que é motivada pelos frutos da própria ação; e a ação correta, que é desinteressada.

Percepção consciencial e ação correta estão sempre juntas. A manifestação de uma acompanha a manifestação da outra! Na “cosmologia do Núcleo” foi exposto que Deus concebeu em Sua própria Consciência um Universo repleto de “Seres”, e que todos são conscientes de que são o Ser Único, o próprio Deus. O Universo consciencial e os seres que nele existem são reais! Notem que o Universo Consciencial, o universo gerado por Deus em sua Consciência, é a manifestação da “percepção da Consciência do Ser” que Deus É em ação; é manifestação da percepção consciencial. A realidade do Universo consciencial e dos seres conscienciais e a unicidade com Deus só é percebida consciencialmente. Só aquele que se percebe como um Ser Consciencial sabe que é “Um com Deus”, o único Ser real. Da mesma forma como Deus partiu da percepção consciencial e agiu, também é possível partir da ação correta e perceber!

Com base neste princípio da reciprocidade, entre percepção consciencial e ação correta, é que os Mestres embasam Seus ensinamentos. Observem que os Mestres dirigem Seus ensinamentos para o “reto agir”, para a forma correta de se viver. É a prática desta ação correta o que desperta em nós a percepção consciencial. É agindo como “Quem somos” o que nos torna conscientes de que somos “o Ser Real, o Ser consciencial, o Ser que não é material, que não é da “representação”. Cristo declarou: “Aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que Lhe agrada.” E disse ainda: “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus.”. 

A ação correta está relacionada aos pensamentos elevados e aos sentimentos nobres que, quando vivenciados, geram uma expansão dos limites da percepção do personagem e despertam a percepção da Presença do Ser.

Em outro trecho do comentário exposto, escreve Masaharu Taniguchi:

“Não é através do fenômeno que se conhece a Essência. Esta somente pode ser conhecida pela Essência da própria pessoa. No budismo se diz que “somente Buda pode conhecer Buda”. Em termos cristãos, diríamos que “ninguém conhece o Pai, senão o Filho” (Mt. 11;27) ou “ninguém vai ao Pai senão pelo Cristo interior”. Por mais que analisemos o fenômeno, não conheceremos a Essência. Por mais que dissequemos o homem carnal, não encontraremos o homem-Essência. Somente alcançamos a iluminação quando a nossa Essência e a Essência do Universo se tocam diretamente, isto é, por meio da percepção direta, por meio do sentido da Essência.”

Perfeita explanação! Esta “percepção direta” ou “sentido da Essência” é a própria “percepção consciencial”, ou seja, é a percepção da essência do ser humano, de sua real natureza de ser consciencial, que é a percepção real; que percebe que toda forma representa divinamente o Espírito, Deus, e que de fato: Tudo é Deus!.

A íntegra do referido texto e comentário pode ser acessado no seguinte endereço: http://nucleu.com/2012/09/06/unicidade-nos-ensinamentos-de-cristo-e-buda/

Namastê!


quinta-feira, junho 25, 2020

DEUS É TUDO!


 - Frances T. Seal -


UMA EXPERIÊNCIA

Deus é tudo o que existe. Deus está sempre presente. Deus preenche todo o espaço. Nada há, senão Deus. Quantos de nós vêm repetidamente dizendo estas palavras em momentos de aparente necessidade para, em seguida, perceber as nuvens se dissiparem e a luz amanhecer novamente em nossa experiência! Entretanto, quantos não existem e que ainda precisam captar o sentido básico oculto em sentenças tão estupendas! São estas afirmações, aparentemente simples, que, compreendidas e praticadas, fazem com que as invenções chamadas pecado, tristeza e morte desapareçam, e que a Glória de Deus seja vista, compreendida e sentida "assim na terra como nos céus".

Recentemente, ocorreu-me uma bela experiência, reveladora de muitas coisas. Certa noite, notei que um de meus canarinhos estava indisposto. Pneumonia seria o nome a ser dado ao problema. Na manhã seguinte, ao me aproximar da gaiola cumprimentando os passarinhos, este pequenino lutava enormemente consigo mesmo e parecia estar à morte. Abri a gaiola e o tomei em minha mão. Ele caiu para o lado e fechou os olhos. Suavemente, coloquei-o no piso da gaiola e me afastei. Os seguintes pensamentos me vieram: quão frágeis e delicados são os canários; quão inúteis nos sentimos diante de um passarinho agonizando! De repente, bem rápido, veio-me a voz da Verdade, com sua força e poder: "É possível Deus ser tudo, e este canário estar existindo ao lado desse tudo?"

Bem, isso me parecia original e novo, como se nunca anteriormente houvesse considerado estas verdades. Mas, claro, Deus é tudo, e não poderia haver nada além de Deus. Deus é tudo – não há nada mais, e isto pôs fim à questão ali mesmo. Imediatamente o canário foi esquecido. A responsabilidade de curar, destruir a morte e demonstrar a vida, desapareceu. Nada mais havia, além da gloriosa consciência: DEUS É TUDO O QUE EXISTE. A voz continuou: "Se Deus é tudo o que há, então Deus está exatamente aqui, e Deus não pode morrer". Isto foi visto, sentido e compreendido, e eis que o canário voou para o alto de seu puleiro passando a gorgear em poucos minutos. Pouco depois, cantava a plena voz.


COMPREENDENDO O PRINCÍPIO

Como o botão fechado de uma rosa contém a rosa completa, assim esta percepção tem sido um botão de Luz Gloriosa, de onde provém uma grande iluminação. Foi percebido que Deus é tudo o que poderia estar presente, e a partir desta visão, o canário se apresentou vivo e passando bem. Por que a eliminação do canarinho do pensamento, pela renúncia em aceitá-lo como estando doente ou saudável, morto ou vivo, e apenas com este esquecimento pleno do pássaro, ele pôde ser restaurado à vida, à saúde e à harmonia?

Para ilustrar isto, visualize, no topo desta página (*nota: o texto original foi escrito em papel), uma foto de ovelhas pastando numa planície verdejante e, por perto, um pastor com o seu cachorro. E eu pergunto: que faz com que o pastor, as ovelhas e o cachorro sejam semelhantes? Para serem todos o mesmo, que coisa será esta, comum a todos eles ? Qual a substância deles? Eis a resposta: eles todos são papel. Sim, o papel é tudo o que eles são. As ovelhas que você vê, o pastor e o cachorro, todos são semelhantes, todos são a mesma substância. Não há nada ali, a não ser o papel! O cachorro não está ali como algo diferente do papel, mas o papel e o cachorro são um e o mesmo. Mas, apenas por diversão, pela alegria do quadro ou de sua forma, um é chamado de cachorro, o outro de pastor, o terceiro de ovelha, e assim por diante. Entretanto, por todo tempo, estaremos internamente conscientes de que o que existe é unicamente a presença do papel.


A UNIDADE

Chegamos agora a Deus e ao homem. Aliás, alguma vez lhe ocorreu que essa é uma afirmação ambígua? "Deus e homem?" Não seria melhor dizer de uma vez "o Tudo e algo mais?" Nós já lemos, ouvimos e falamos de Deus e idéia, de Deus e manifestação, de Deus e homem, mas temos de nos certificar que não podemos aceitar Deus como tudo e a existência de algo mais: se tivermos de ter o homem, a única forma coerente de fazermos isto é considerarmos Deus e homem sendo a mesma coisa, sendo o mesmo ser. Olhamos ao redor e vemos homens, mulheres, crianças, animais, pássaros e planetas. Qual é a substância de todos? Bem, a substância de uma coisa é aquilo de que a coisa consiste, aquilo que é essencial, vital. A substância de um tapete pode ser lã. A substância de uma cadeira pode ser madeira. A questão é: "Qual é a substância de todos os seres viventes?" Resposta: "É a Vida". Uma vez que Deus é a Vida, e Deus é tudo, a Substância de tudo é Deus, a Vida. A Substância do homem é sua Vida – é Deus.

Tudo que há de vital para o homem que seja real, imortal, imutável, é a sua Vida, sua Alma, seu Espírito. E isto, que é a sua Vida, sua Alma, seu Ser, é Deus, pois Deus é toda a Vida, Alma, Ser e Espírito em existência, agora e eternamente. Mantendo isso em vista, continuamos e deduzimos: se a Vida do homem é Deus, não poderíamos por um momento penetrar a forma chamada homem, mulher, criança, e perceber a Vida, a Alma, o Ser e dizer: "Isso é Deus – Deus é tudo o que existe?" Agora podemos facilmente olhar a foto com o homem, o cachorro e as ovelhas, e dizer: "Estas formas não estão separadas nem distanciadas do papel: aqui está o papel, e aqui estão as formas; o papel e as formas são um."

Então, após ver que o papel é a substância da forma, e que a forma não é nada separada ou afastada do papel – nada em si mesma –, podemos prosseguir: isto é um cão, isto é uma ovelha, este outro é um homem. Nós os chamamos por nomes diferentes; no entanto, em todo o tempo, sabemos que nada são por eles mesmos, mas que cada um é aquilo que o papel é. Isto não elucida a experiência com o canário? A revelação tinha sido esta: Tudo o que há para o canário é a sua própria vida; então, a Vida não é o canário, a Vida é Deus. E Deus não pode morrer. Para manter a visão na totalidade de Deus, eu teria de incluir incluir o pássaro, pois ele não existiria fora de Deus. Assim, à medida que espiritualmente fui percebendo que a Vida toda é Deus, e que Deus é a Vida toda em existência, o canarinho foi visto em sua condição correta de saúde e harmonia.

Aqui está outra lição maravilhosa. Se extrairmos o cachorro, o homem e a ovelha do papel, e percebermos a totalidade do papel, poderemos depois trazê-los-los de volta e compreendê-los. De forma que, quando eliminamos aquilo que é chamado de canário, homem, animal, e percebemos que a Vida que é Deus é tudo o que há para eles serem, podemos tê-los, compreendê-los e neles nos regozijarmos. E quando for percebido espiritualmente que Deus é tudo que há para qualquer vida e ser, não teremos mais mortos, e isto será demonstrado aqui mesmo, neste mundo.

Não profetizou Jesus: "Quem perder a vida – achá-la-á?" (Mateus 10-39). Aquele que perde o seu conceito de vida como homem, e percebe, com alegria indescritível, que sua Vida é Deus, encontra o verdadeiro Ser.

A Vida do seu Ser, a Alma do seu Ser, o Espírito do seu Ser, o Deus do seu Ser, é tudo o que há para você estar sendo. Assim, esqueça um pouco que você possa ser um homem, ou uma mulher, e pense em Deus como sendo tudo o que há – DEUS É TUDO.


A ILUMINAÇÃO NA PRÁTICA

Este é o significado da "renúncia". Você renuncia à noção de que haja Deus e algo mais. Você reconhece Deus como Tudo-em-Tudo. Olhe para a árvore em frente à sua janela. Elimine a forma dessa árvore e veja a Vida que está lá. Olhe para a criança, o homem, a mulher e veja a Alma deles, o Espírito deles, a Substância deles, o Deus deles. Que Universo maravilhoso do Espírito você tem!

Agora, não lhe será inato e natural saber que Deus não pode estar doente? Que Deus não pode estar enfermo, que Deus não pode ser pobre nem estar morto? Você sabe disso imediatamente, com todo o fervor do seu ser. Quando um homem olha para o outro, qual é a notícia que ele ouve? "Eu sou pobre, estou doente, sou ignorante". Mas, quando Deus olha para Deus, qual é a parte deles que é noticiada? "Este é o meu filho amado, em quem me comprazo". Qual das duas visões você prefere? Quais são as palavras que você adora dizer e ouvir?

Certa mulher veio a uma praticista para solicitar ajuda, afirmando que havia tentado, sem nunca ter conseguido, superar suas fortes dores de cabeça. Ela foi compelida a admitir que Deus não poderia ter uma dor de cabeça, e que Deus é tudo o que existe. Foi então que se tornou capaz de dar o alegre testemunho que chegou de Deus: "Tudo está bem". Outra mulher disse que seu lar e o seu marido eram um grande fracasso. Ele bebia muito, além de ser um pai e marido cruel. A ela foi dito que parasse de olhá-lo como seu marido, pois, Deus é que era realmente o marido dela. "Deixe que a forma chamada homem seja apagada de sua visão e veja, em seu lugar, aquilo que realmente está diante de você, a Alma dele, o ser dele, que é Deus, incapaz de pecar, e que é totalmente bondoso, terno, amável e compassivo. Saiba que Deus só pode expressar aquilo que Deus é". A resposta lhe veio no momento devido: "O nosso lar está maravilhoso! Meu marido é um novo homem. Ele é tão gentil e silencioso para comigo e as crianças, que nem sabemos como expressar tanta alegria e felicidade".

Jesus reservou seus ensinamentos mais profundos aos seus discípulos, àqueles que somente têm o amor de Deus em seus corações, dispostos a nascer de novo e dispostos a deixar de lado o sentido pessoal do ego. Dizer que Deus é tudo, sem conhecer esta luz e iluminação interior, é exaltar o ego, é colocar a glória e o poder onde não estão. Foi sussurrado a Jesus, que discernia profundamente as coisas, que se ele apenas reivindicasse esse poder para ele próprio, seria Rei de toda a terra, poderia marchar pelas ruas e soldados e escravos lutariam por ele e o adorariam. Mas não; ele lançou fora a noção tola do ego, e exaltou o Eu que é Deus.

Muitos não conseguem entender que todos os dizeres de Jesus se fundem num sentido único. Por exemplo, ele disse: "Todo o poder me é dado"; disse também: "Nada faço de mim mesmo"; disse ainda, "Aquele que vê a mim, vê o Pai", e "Eu sou o filho de Deus". Seria como se, na foto que você imaginou na folha de papel branco, uma das ovelhas pudesse dizer: "Quando você me vir, verá o papel, pois, eu e o papel somos um". Perceba que, separada do papel, a ovelha não tem existência alguma. Assim também é verdade que separado de Deus, não existe Ser algum. Não é este um fato glorioso? Uma rocha sobre a qual se apoiar para se antever?

"Aquele que exalta a si mesmo, será humilhado", pois sabe que, antes mesmo que possa sussurrar o significado de tais gloriosas palavras como, por exemplo, "Deus é Tudo", precisará receber Iluminação interior que lhe revele que ele, o conceito pessoal ou ego, nunca é Deus, pois somente Deus é Deus.

Olhamos ao nosso redor e vemos as formas chamadas homem, mulher e criança. Eliminando estas delineações, estas formas, que irá restar? A Vida! Isto já está ilustrado pelo fato de que, se você retirar a delineação da ovelha na foto, você terá como sobra o papel. Bem, poderia esta Vida – o Ser que é Deus, que é ilimitado – ter pneumonia, estar morto, ser cego, ou aleijado? Poderia esta Vida, que é livre, que é indefinível, que é incorruptível, imutável, imortal, ser condicionada, ignorante ou contaminada? Milhares de vezes, não! Coloque sua visão nesta Vida que você é, neste Deus que você é. Creia e tenha fé de que toda doença, tristeza, pobreza e morte são impossíveis e contrários à razão.

Poderia, por acaso, aquela ovelha da foto ter alguma coisa que não estivesse no papel? Tampouco poderia você possuir algo que não estivesse em Deus, e que não viesse de Deus. Seu Deus não pode ter febre, sarampo, ossos fraturados, doença, preocupação, medo; portanto, tais fatores não existem e você não os pode ter, tendo em vista que Deus é tudo e não há outro além dEle.


"Eu sou Deus, e além de mim não há outro".


Uma vez firmemente estabelecido nesta rocha, que poderia haver contra você? Suponha que a crença seja de surdez: poderia Deus ficar surdo? Aquele que instalou a audição poderia, Ele próprio, ficar sem ouvir? Você, de si mesmo, não possui audição. Deus é o único ouvinte.

Desde que não haja surdez de maneira alguma, por não haver nada além de Deus, saiba que "o Deus em mim" escuta perfeitamente, e que não há nada capaz de interferir com a perfeição de Deus. Deus é tudo o que existe, aqui e agora: o imutável, o perfeito, o absoluto e incondicionado, o Tudo-em-tudo.

Suponha que a crença seja de uma doença, dor, ou enfermidade. Saiba, com toda a sua força, coração e ser, que Deus não pode estar doente, enfermo ou em dor. Não há nada mais, além de Deus. Deus é harmonia, Deus é alegria, Deus é glória, Deus é Amor. Deus é saúde e inteireza, inevitáveis, irrevogáveis, aqui, agora, de todas as formas e para sempre. Nada há, senão Deus. A vida do corpo é Deus. A saúde do corpo é Deus. A ação do corpo é Deus. Isto não deixa Deus bem mais perto de você? É impossível que a vida esteja enferma, cega, surda, aleijada – impossível! A sua própria substância é a sua própria vida e ser, a própria saúde e força, não é verdade? O homem não está separado de Deus.

Não negamos a ideia da forma chamada homem; antes, nós a enaltecemos. Percebemos que a forma da individualização não é nada de si mesma, mas que sua realidade é o Espírito, é Deus, a Substância única em existência. O universo do Espírito está, portanto, povoado de seres espirituais, cujas identidades e individualidades são para sempre sustentadas e preservadas

Deus e homem são um, e este um é Deus. E poderíamos dizer, naquela foto que você visualizou, que a ovelha e o papel são um. Este "um" é papel. A Vida e suas formações são um, e esse "um" é Vida. Entretanto, esta unidade é tríplice, ou seja, uma trindade. A compreensão da trindade, Deus, constitui-se numa explanação do Pai, Filho e Espírito Santo, a qual é clara e extensivamente dada no livro-texto da Ciência Cristã. Toda forma representa o Espírito, Deus; e, à medida que o nosso discernimento de Deus como Tudo se torna mais iluminado e mais transparente, veremos, aqui e agora, seres tão glorificados, perfeitos e imortais, livres de nascimento e morte, como são eternamente agora, mantidos na Toda-Presença, no Deus que é Tudo.


terça-feira, maio 19, 2020

IMORTALIDADE TRAZIDA À LUZ - 1/8

Dorothy Rieke


Jamais poderei esquecer a iluminação e a alegria que invadiram a minha consciência, assim que me foi revelado pela primeira vez o fato de eu ser uma filha imortal de Deus e não uma criatura mortal e material. Esta revelação deu-se durante uma conferência da Ciência Cristã, quando era eu ainda uma estudante muito recente desta Ciência. Permitam-me agora partilhar convosco o relato que, pela primeira vez na minha existência, me revelou a imortalidade.

A história centra-se num jovem príncipe que quando ainda criança, deixou a sua ama e foi passear sozinho num bosque onde acampava um grupo de ciganos. Estes últimos raptaram o menino e criaram-no como um verdadeiro cigano. Tendo vivido alguns anos ao ar livre com os seus raptores, o rapaz tornara-se tão moreno e trigueiro como os ciganos que o rodeavam. Vestia-se com as mesmas vestes, falava a mesma língua e usava também já um nome cigano. Assim, tendo a aparência de um verdadeiro cigano, era natural, que ele se considerasse como tal. Quando o rapaz atingiu a idade adulta, o grupo de ciganos acampou novamente nos bosques que circundavam o palácio e um amigo íntimo do rei, que nunca havia deixado de procurar o príncipe, ao ver o jovem, ficou impressionado com a forte parecença deste, com o rei. A despeito da sua aparência de cigano, o velho cortesão ficou perfeitamente convencido de que se tratava do filho do rei. Conhecendo um pouco do idioma cigano, perguntou ao jovem: “Sabeis quem sois?” Fitando o seu interlocutor com extrema admiração, ele respondeu: “Se eu sei quem sou? Claro que sei.” E apressou-se então a pronunciar o seu nome cigano. “Ah! — exclamou o amigo do rei —, mas esse não é o vosso verdadeiro nome. A verdade a vosso respeito é que sois o filho do rei.” O jovem abanou decididamente a cabeça, retorquindo: “Está enganado, eu não sou o filho do rei; sou cigano.” Mas o cortesão respondeu: “Eu sei que é isso que pareceis ser, mas de fato, sois realmente filho do rei.”. “Se isso que afirmais é verdade — retorquiu o jovem — , então eu devo ter um sósia, porque somos duas pessoas diferentes: eu o cigano, e o filho do rei. Mas eu não sei onde este se encontra.” “Não — insistiu o nosso amigo — sois apenas um. E é a vós que eu me refiro, ao filho do rei.”

“Então — continuou o jovem na esperança de que a questão seguinte resolvesse o caso —, se eu sou realmente o filho do rei, qual é a origem do cigano?” O seu interlocutor respondeu-lhe que ele não possuía absolutamente nada de cigano, que apenas o parecia, e depois prosseguiu, explicando que toda essa aparência não era senão uma mentira a seu respeito, a qual nunca poderia modificar o fato de ele ser realmente o filho do rei. Resumindo, apenas na sua ignorância e no seu desconhecimento se tinha alojado o seu conceito de cigano, uma vez que ele jamais pudera ser outro senão o filho do rei.

Chegando a este ponto, o conferencista declarou: “Não é maravilhoso que durante todo aquele tempo o rapaz sempre fora o filho do rei e nunca um cigano?” A seguir, ele frisou bem o fato de que, apesar de todos os sinais exteriores evidentes — a linguagem, as vestes, o comportamento e a pele morena — o jovem não era de fato um cigano, mas sim o filho do rei. Então, dirigindo-se ao público, anunciou: “Vós também sois os filhos e as filhas do rei — sois os filhos de Deus. Não importa a evidência que o sentido material apresente a respeito de cada um de vós — que sois um mortal, uma criatura material, filha de pais humanos e possuidora dos seus próprios problemas e aflições —, a verdade é que cada um de vós é realmente o filho imortal de Deus e nunca deixou de o ser.”

Contudo, para o velho cortesão, não foi suficiente ter convencido o rapaz que ele era filho do rei e assim, insistiu em que este o devia acompanhar até a presença do rei, identificá-lo e reivindicar as suas origens. O príncipe assim o fez, mas desta vez, ele não afirmou: “Observem-me, vejam como eu me pareço com um cigano,” mas exatamente o oposto: “Reparem como eu me assemelho muito com o rei. Sou a imagem e semelhança de meu pai. Sou o filho do rei e tudo o que o meu pai possui também me pertence.” Claro está que, como consequência, o príncipe foi reconhecido como o verdadeiro descendente e assim, ao herdeiro foram atribuídos todos os seus direitos.

O conferencista sublinhou que também nós nos devemos aproximar com coragem do trono da graça, identificando-nos como os filhos de Deus, nada menos que a Sua própria imagem e semelhança, e reclamar a nossa herança, reivindicar a saúde, o sucesso, a felicidade e o trabalho. Se mantivermos firmemente a nossa verdadeira identidade e reivindicarmos a nossa herança, também nós receberemos a nossa parte de tudo aquilo que é maravilhoso e bom.

Deixei essa conferência regozijando-me no fato de não existirem em mim duas identidades, de nunca ter sido uma cigana, uma mortal, mas sempre a filha do rei, a filha perfeita de Deus. Logicamente, já havia me decidido a reivindicar a minha verdadeira herança. Nunca deixarei de ser grata pelo fato de me ter sido tão prontamente revelada a imortalidade no meu estudo da Ciência Cristã.

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quarta-feira, dezembro 21, 2011

Despertar é saber que jamais adormeceu!

Dárcio Dezolt

“Estivestes comigo desde o princípio”, disse Jesus. Revelava a Mente única e já-desperta em todos os seres, formando a Unidade Perfeita chamada “Deus”. Assim como a Mente é única, o “Estado Desperto” é único e permanente! Se a Mente dormisse por um segundo, o caos universal se estabeleceria!

Uma ilusão de massa faz parecer que “alguém precise despertar”. Por isso é chamada “ilusão de massa”: não existe mente alguma para despertar! A Mente única, divina, já é Desperta!

Uma pessoa perguntou-me: “Isto que você fala, você já experienciou?”. Ao afirmar que sim, eu completei: “E TODOS O ESTÃO EXPERIENCIANDO AGORA! Porque a Mente ÚNICA é onipresente, e não experiencia nada por “pedaços”. Quando você deixar a “crença” de que possui mente humana, aceitando a Mente única e infinita sendo a “sua”, perceberá que “o estado búdico”, ou “estado paradisíaco”, é a condição PERMANENTE tanto sua como de todos os integrantes do Universo real”.

“Crença” em mente humana não o faz possuí-la jamais! Tal fenômeno jamais poderia ter realidade, uma vez que implicaria a ausência da Mente divina! Que significa “despertar espiritualmente”? Significa VOCÊ perceber que JAMAIS ADORMECEU! Nada mais que isto! Jamais existiu “alguém para despertar”: DEUS É TUDO, fato eterno que INCLUI VOCÊ!

terça-feira, dezembro 20, 2011

Deus: tão distante e tão próximo!

Dárcio Dezolt


Observando como atua o hipnotismo, podemos entender como Deus, sendo onipresente -- e, mais que isso, sendo o Ser que somos --, pode aparentar estar distante! A iludível mente humana não merece confiança alguma, sendo meramente um falso instrumento de captação da Existência. O que ela nos mostra é um “filme tridimensional” em contínua manifestação, com efeito hipnótico no sentido de nos prender a atenção em suas imagens a ponto de considerá-las realidades. E é quando ouvimos alguém dizer, diante de alguma situação desarmônica: “Fazer o quê? Temos de encarar a realidade!

Há tempos, conheci uma senhora que fazia tratamento através de hipnose. Quando ela estava sob efeito do transe hipnótico, deixou de ver-me, mesmo estando eu ao lado dela e do hipnotizador. E ela recebia do hipnotizador a seguinte sugestão: “A senhora está somente vendo a mim e a mais ninguém! Constate isto por si mesma!”. E ela olhava bem pela sala toda, corria os olhos em minha direção como não vendo nada de minha presença! Para ela, eu não somente estava invisível, como também ausente! Em seguida, recebeu outra sugestão: “Suas pálpebras estão coladas e não poderá abrir os olhos! Tente abri-los!” E aquela senhora se esforçava para “descolar as pálpebras”, sem o conseguir! Tão logo as sugestões hipnóticas se encerraram, ela abriu os olhos normalmente!

Quando lemos, nos artigos sobre a Verdade, que “este mundo é pura sugestão hipnótica” e que, de fato, estamos todos vivendo no Reino de Deus e como a própria Presença divina, o propósito é unicamente o de “percebermos” que a Verdade é verdadeira, e que a “imagem hipnótica”, chamada “este mundo”, é uma ILUSÃO! Assim como aquela senhora não me via e não podia sequer abrir suas pálpebras, em decorrência de atuar sobre ela uma SUGESTÃO HIPNÓTICA, a humanidade se oprime e vive tolhida pela HIPNOSE DE MASSA, que ilusoriamente a limita a um “mundo de três dimensões” constituído de “matéria” e com o “bem e o mal” ali se expondo! Esta ILUSÃO aparentemente oculta a ONIPRESENÇA DA PERFEIÇÃO, assim como a hipnose me ocultou aos olhos daquela senhora!

Quando você entender o sentido do uso da expressão “HIPNOSE DE MASSA”, neste estudo, assim como pôde entender a maneira com que “eu sumi” para a senhora hipnotizada, VOCÊ ENTENDERÁ QUE DEUS É TUDO, INCLUSIVE VOCÊ! E nunca mais fará orações ou meditações para curar ou melhorar algo da Existência! Sua única “ocupação” será “não se deixar hipnotizar” pelas falsidades chamadas de “mundo terreno”.

Dentro da “hipnose de massa”, Deus lhe parecerá distante! Por desmascará-la, Deus lhe estará à mão! Lembre-se: este estudo se reduz a isto: reconhecer que DEUS É TUDO, e que a suposta “mente hipnotizada” para ver mundo material não existe! Não pode, portanto, estar sendo a sua mente! Deus é Mente única, contempla unicamente o Universo espiritual de Perfeição absoluta, e “sua parte” é aceitar, reconhecer e discernir, em SI PRÓPRIO, a ação desta Mente única onipresente.


"Perceber que estamos agindo em sonho é o começo do despertar. Não espere que o poder de Deus atue no sonho, mas, antes, que desfaça o sonho." (Joel Goldsmith)

"Não busque o contato com Deus para que Ele ajuste, modifique ou sane o sonho. A conscientização ou compreensão de Deus desfaz o sonho." (Joel Goldsmith)

"Tenha certeza de que sua oração não seja uma tentativa de melhorar o universo de Deus." (Joel Goldsmith)

domingo, dezembro 11, 2011

Ser o personagem significa "não ser o personagem"


Dárcio Dezolt


Se um diretor resolver filmar “A Vida de Jesus”, por certo buscará um ator para representar Jesus e outro para representar Judas, além dos demais personagens. Por mais que estes dois atores atuem, jamais eles serão Jesus ou Judas! Estarão sendo sempre “eles próprios”. O suposto “mundo fenomênico” é uma ILUSÃO! Não há realidade em suas encenações! Levar em conta as manifestações dualistas das aparências é negar toda a Verdade de que Deus é, aqui e agora, a NOSSA PRÓPRIA PRESENÇA.

Certa vez, ao expor a Verdade de que a Perfeição é onipresente, alguém perguntou-me: “Você se considera perfeito?” Esta pergunta, obviamente, partia da suposta “mente humana”, uma vez que a Mente infinita, sendo a Perfeição absoluta, exclui esse tipo de questionamento.

Para a mente ilusória, Jesus Cristo é divino, perfeito, enquanto os demais seres são todos humanos e imperfeitos. Esta mente é falsa: capta a “encenação” e esconde a Realidade. Se o ator encarnando Judas dissesse ser perfeito, e o outro encarnando Jesus dissesse ser pecador, quem estivesse vendo o filme diria que as coisas estariam trocadas, erradas ou incorretas. Por que? Por ver os “personagens” atuando fora do CONCEITO HUMANO da crença coletiva. Esta crença fraudulenta aceita seres perfeitos e imperfeitos, por medir cada um mediante uma régua ilusória.

Voltando à pergunta: “Você se considera perfeito?”, uma resposta poderia ser: “Se você acha que ser personagem é ser personagem, a resposta é não! O Judas não poderia representar seu papel sendo perfeito! Mas, se você entender que ser o personagem significa não ser o personagem, eu sou perfeito!” E o mesmo é válido para todos! Estudar a Verdade é permanecer em MIM, no Cristo ou a Verdade, em Deus sendo TUDO! Sem se deixar mover em nada pelo “teatro ilusório” da suposta mentalidade humana!

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Visão Real do Universo


Dárcio Dezolt


Por mais que as pessoas gostem e aparentem preferir artigos que falem de melhor vivência humana, de aplicação da Verdade na vida e nos relacionamentos humanos, tudo isso, de fato, é secundário! Tem apenas importância relativa, enquanto perdura uma crença coletiva e hipnótica que ilusoriamente endossa uma mentira chamada "universo material". Quando esta visão material do Universo for entendida como ILUSÃO, a VISÃO REAL DO UNIVERSO passará a ser única a ser levada em consideração.

"Isto quer dizer que você não dorme, não come, não trabalha?" - disse-me alguém. E eu lhe respondi: "Você saberá a resposta quando você se despojar da visão material para discernir espiritualmente o Universo. Só então, a frase 'Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser' (Atos 17: 28) lhe fará sentido! Até então, nem esta frase, e nem qualquer resposta que eu lhe dê, o satisfará!"

Tendo ouvido esta resposta, a pessoa me perguntou: "Então você é Deus?". Respondi a ela: "Não existe nenhum 'você' no Universo. O 'Eu Sou Infinito' é a única presença e o único legislador da Realidade eterna! Se esta Vida pudesse nos ser subtraída, não mais haveria a minha existência, e nem a sua!"

Por mais que intelectualmente fiquemos a discutir a Verdade, se o assunto não caminhar além do intelecto, de nada valerão as argumentações! O Reino é dos pequeninos, e não de sábios e entendidos, disse Jesus. Entretanto, quando as argumentações são encaradas como instrumentos de ruptura do "efeito hipnótico" que causa a aceitação fraudulenta de "mundo material", todas elas são válidas! É comum ouvirmos a frase: "religião não se discute!"; porém, tudo se discute, e justamente das discussões, vão surgindo os lampejos que, por sua vez, atuam como anuladores do "mesmerismo".

Se dissermos a alguém: "Você é Deus!", de imediato ouvimos a reação em contrário, vinda da crença material nele cristalizada! Entretanto, se lhe dissermos: "Sua Vida é Deus", a "crença" se verá incapaz de negar o fato, ou, no mínimo, sente dificuldade em fazê-lo! A Verdade é Deus sendo TUDO e, por conseguinte, sendo TODOS NÓS! Quaisquer que possam ser os chamados "propósitos humanos", há, em todos eles, o propósito espiritual, que é o desmantelamento da ILUSÃO DE MASSA. Mesmo que, de momento, as pessoas digam não concordar com a Verdade a elas dita, ali ficarão as sementes até que germinem!

Aparentemente avaliado, o mundo se mostra como material, em que "aparece um Jesus", ou algum outro suposto mestre, para "salvar a humanidade". Porém, diante da VISÃO REAL DO UNIVERSO, nada disso tem realidade! Por isso Jesus disse: "E vós também testificareis, pois, estivestes comigo desde o princípio". Deixemos de lado, portanto, esta visão fraudulenta de universo material, em que uns salvam outros, para, de fato, contemplarmos a Realidade imutável em que tudo é Obra permanente de Deus, manifestada AQUI e AGORA como Unidade Perfeita! Este é o "Referencial da Luz", o Referencial permanente da Verdade eterna!

domingo, dezembro 04, 2011

O permanente estoque invisível


Dárcio Dezolt


Todas as ideias perfeitas são concretas e permanentes obras de Deus, perenemente disponíveis, independentemente de estarem sendo ou não vistas pela suposta mente humana. Se alguém estivesse com uma folha branca em mãos para fazer alguns cálculos que julgasse necessários, será que deixaria de fazê-los por não enxergar os algarismos disponíveis nesta folha? Acreditaria que tanto eles quanto as regras matemáticas estariam ausentes? Não! Pegaria a folha de papel e uma caneta e trabalharia com os algarismos e com as regras integralmente a ele ali disponíveis, mas, aparentemente invisíveis.

O mesmo se dá com as regras de suprimento, de saúde, de harmonia, e todas as demais, que estão inteiramente disponíveis aqui e agora, para que todos as possamos utilizar! Seja saúde, seja dinheiro, seja companhia, seja o que for, cada ideia é realidade concreta e disponível àquele que a toma mentalmente no “invisível”, o permanente estoque divino de todas as ideias, coisas e realidades. “Ao que tem, muito lhe é dado; ao que não tem, o pouco que tem lhe será tirado”, disse Jesus. Explicava a presença incólume de nossa herança celeste, sempre à nossa disposição, quando a vemos onde sempre se encontra: em nossa Consciência, e não nas aparências.

Seja qual for o bem que você constate ser necessário em suas atividades de cada dia, não aceite sequer a possibilidade de ele estar ausente! Assim como está sempre certo da presença dos algarismos, ao fazer suas contas, esteja igualmente certo de estar de posse de tudo de que necessite, sendo, esta certeza, uma admissão incondicional da Verdade de que você e tudo que tem realidade são uma unidade inseparável chamada “Consciência iluminada”.

“Minha união consciente com Deus unifica-me com todos os seres e ideias espirituais”, assim diz Joel S. Goldsmith. E, segundo ele, esta frase é das mais elevadas e importantes de O Caminho Infinito. Habitue-se a aceitar esta Verdade! A partir disso, “enxergue” tudo de que necessite “já em suas mãos”. Jamais acredite que algo lhe falte, por estar invisivel à mente humana! Esta mente, além de cega e surda, não é a sua!

Lembre-se: negar a presença de seu bem, por estar ele invisível em dado momento, é o mesmo que negar os algarismos e as regras matemáticas, por estar você diante da folha em branco! A ausência é ilusória! A permanência do estoque invisível de ideias divinas, e sua “unificação” com ele, o deixará constantemente suprido de tudo que legitimamente lhe for necessário ou requerido nesta vida.