- Frances T. Seal -
UMA EXPERIÊNCIA
Deus é tudo o que existe. Deus está sempre presente. Deus preenche todo o espaço. Nada há, senão Deus. Quantos de nós vêm repetidamente dizendo estas palavras em momentos de aparente necessidade para, em seguida, perceber as nuvens se dissiparem e a luz amanhecer novamente em nossa experiência! Entretanto, quantos não existem e que ainda precisam captar o sentido básico oculto em sentenças tão estupendas! São estas afirmações, aparentemente simples, que, compreendidas e praticadas, fazem com que as invenções chamadas pecado, tristeza e morte desapareçam, e que a Glória de Deus seja vista, compreendida e sentida "assim na terra como nos céus".
Recentemente, ocorreu-me uma bela experiência, reveladora de muitas coisas. Certa noite, notei que um de meus canarinhos estava indisposto. Pneumonia seria o nome a ser dado ao problema. Na manhã seguinte, ao me aproximar da gaiola cumprimentando os passarinhos, este pequenino lutava enormemente consigo mesmo e parecia estar à morte. Abri a gaiola e o tomei em minha mão. Ele caiu para o lado e fechou os olhos. Suavemente, coloquei-o no piso da gaiola e me afastei. Os seguintes pensamentos me vieram: quão frágeis e delicados são os canários; quão inúteis nos sentimos diante de um passarinho agonizando! De repente, bem rápido, veio-me a voz da Verdade, com sua força e poder: "É possível Deus ser tudo, e este canário estar existindo ao lado desse tudo?"
Bem, isso me parecia original e novo, como se nunca anteriormente houvesse considerado estas verdades. Mas, claro, Deus é tudo, e não poderia haver nada além de Deus. Deus é tudo – não há nada mais, e isto pôs fim à questão ali mesmo. Imediatamente o canário foi esquecido. A responsabilidade de curar, destruir a morte e demonstrar a vida, desapareceu. Nada mais havia, além da gloriosa consciência: DEUS É TUDO O QUE EXISTE. A voz continuou: "Se Deus é tudo o que há, então Deus está exatamente aqui, e Deus não pode morrer". Isto foi visto, sentido e compreendido, e eis que o canário voou para o alto de seu puleiro passando a gorgear em poucos minutos. Pouco depois, cantava a plena voz.
COMPREENDENDO O PRINCÍPIO
Como o botão fechado de uma rosa contém a rosa completa, assim esta percepção tem sido um botão de Luz Gloriosa, de onde provém uma grande iluminação. Foi percebido que Deus é tudo o que poderia estar presente, e a partir desta visão, o canário se apresentou vivo e passando bem. Por que a eliminação do canarinho do pensamento, pela renúncia em aceitá-lo como estando doente ou saudável, morto ou vivo, e apenas com este esquecimento pleno do pássaro, ele pôde ser restaurado à vida, à saúde e à harmonia?
Para ilustrar isto, visualize, no topo desta página (*nota: o texto original foi escrito em papel), uma foto de ovelhas pastando numa planície verdejante e, por perto, um pastor com o seu cachorro. E eu pergunto: que faz com que o pastor, as ovelhas e o cachorro sejam semelhantes? Para serem todos o mesmo, que coisa será esta, comum a todos eles ? Qual a substância deles? Eis a resposta: eles todos são papel. Sim, o papel é tudo o que eles são. As ovelhas que você vê, o pastor e o cachorro, todos são semelhantes, todos são a mesma substância. Não há nada ali, a não ser o papel! O cachorro não está ali como algo diferente do papel, mas o papel e o cachorro são um e o mesmo. Mas, apenas por diversão, pela alegria do quadro ou de sua forma, um é chamado de cachorro, o outro de pastor, o terceiro de ovelha, e assim por diante. Entretanto, por todo tempo, estaremos internamente conscientes de que o que existe é unicamente a presença do papel.
A UNIDADE
Chegamos agora a Deus e ao homem. Aliás, alguma vez lhe ocorreu que essa é uma afirmação ambígua? "Deus e homem?" Não seria melhor dizer de uma vez "o Tudo e algo mais?" Nós já lemos, ouvimos e falamos de Deus e idéia, de Deus e manifestação, de Deus e homem, mas temos de nos certificar que não podemos aceitar Deus como tudo e a existência de algo mais: se tivermos de ter o homem, a única forma coerente de fazermos isto é considerarmos Deus e homem sendo a mesma coisa, sendo o mesmo ser. Olhamos ao redor e vemos homens, mulheres, crianças, animais, pássaros e planetas. Qual é a substância de todos? Bem, a substância de uma coisa é aquilo de que a coisa consiste, aquilo que é essencial, vital. A substância de um tapete pode ser lã. A substância de uma cadeira pode ser madeira. A questão é: "Qual é a substância de todos os seres viventes?" Resposta: "É a Vida". Uma vez que Deus é a Vida, e Deus é tudo, a Substância de tudo é Deus, a Vida. A Substância do homem é sua Vida – é Deus.
Tudo que há de vital para o homem que seja real, imortal, imutável, é a sua Vida, sua Alma, seu Espírito. E isto, que é a sua Vida, sua Alma, seu Ser, é Deus, pois Deus é toda a Vida, Alma, Ser e Espírito em existência, agora e eternamente. Mantendo isso em vista, continuamos e deduzimos: se a Vida do homem é Deus, não poderíamos por um momento penetrar a forma chamada homem, mulher, criança, e perceber a Vida, a Alma, o Ser e dizer: "Isso é Deus – Deus é tudo o que existe?" Agora podemos facilmente olhar a foto com o homem, o cachorro e as ovelhas, e dizer: "Estas formas não estão separadas nem distanciadas do papel: aqui está o papel, e aqui estão as formas; o papel e as formas são um."
Então, após ver que o papel é a substância da forma, e que a forma não é nada separada ou afastada do papel – nada em si mesma –, podemos prosseguir: isto é um cão, isto é uma ovelha, este outro é um homem. Nós os chamamos por nomes diferentes; no entanto, em todo o tempo, sabemos que nada são por eles mesmos, mas que cada um é aquilo que o papel é. Isto não elucida a experiência com o canário? A revelação tinha sido esta: Tudo o que há para o canário é a sua própria vida; então, a Vida não é o canário, a Vida é Deus. E Deus não pode morrer. Para manter a visão na totalidade de Deus, eu teria de incluir incluir o pássaro, pois ele não existiria fora de Deus. Assim, à medida que espiritualmente fui percebendo que a Vida toda é Deus, e que Deus é a Vida toda em existência, o canarinho foi visto em sua condição correta de saúde e harmonia.
Aqui está outra lição maravilhosa. Se extrairmos o cachorro, o homem e a ovelha do papel, e percebermos a totalidade do papel, poderemos depois trazê-los-los de volta e compreendê-los. De forma que, quando eliminamos aquilo que é chamado de canário, homem, animal, e percebemos que a Vida que é Deus é tudo o que há para eles serem, podemos tê-los, compreendê-los e neles nos regozijarmos. E quando for percebido espiritualmente que Deus é tudo que há para qualquer vida e ser, não teremos mais mortos, e isto será demonstrado aqui mesmo, neste mundo.
Não profetizou Jesus: "Quem perder a vida – achá-la-á?" (Mateus 10-39). Aquele que perde o seu conceito de vida como homem, e percebe, com alegria indescritível, que sua Vida é Deus, encontra o verdadeiro Ser.
A Vida do seu Ser, a Alma do seu Ser, o Espírito do seu Ser, o Deus do seu Ser, é tudo o que há para você estar sendo. Assim, esqueça um pouco que você possa ser um homem, ou uma mulher, e pense em Deus como sendo tudo o que há – DEUS É TUDO.
A ILUMINAÇÃO NA PRÁTICA
Este é o significado da "renúncia". Você renuncia à noção de que haja Deus e algo mais. Você reconhece Deus como Tudo-em-Tudo. Olhe para a árvore em frente à sua janela. Elimine a forma dessa árvore e veja a Vida que está lá. Olhe para a criança, o homem, a mulher e veja a Alma deles, o Espírito deles, a Substância deles, o Deus deles. Que Universo maravilhoso do Espírito você tem!
Agora, não lhe será inato e natural saber que Deus não pode estar doente? Que Deus não pode estar enfermo, que Deus não pode ser pobre nem estar morto? Você sabe disso imediatamente, com todo o fervor do seu ser. Quando um homem olha para o outro, qual é a notícia que ele ouve? "Eu sou pobre, estou doente, sou ignorante". Mas, quando Deus olha para Deus, qual é a parte deles que é noticiada? "Este é o meu filho amado, em quem me comprazo". Qual das duas visões você prefere? Quais são as palavras que você adora dizer e ouvir?
Certa mulher veio a uma praticista para solicitar ajuda, afirmando que havia tentado, sem nunca ter conseguido, superar suas fortes dores de cabeça. Ela foi compelida a admitir que Deus não poderia ter uma dor de cabeça, e que Deus é tudo o que existe. Foi então que se tornou capaz de dar o alegre testemunho que chegou de Deus: "Tudo está bem". Outra mulher disse que seu lar e o seu marido eram um grande fracasso. Ele bebia muito, além de ser um pai e marido cruel. A ela foi dito que parasse de olhá-lo como seu marido, pois, Deus é que era realmente o marido dela. "Deixe que a forma chamada homem seja apagada de sua visão e veja, em seu lugar, aquilo que realmente está diante de você, a Alma dele, o ser dele, que é Deus, incapaz de pecar, e que é totalmente bondoso, terno, amável e compassivo. Saiba que Deus só pode expressar aquilo que Deus é". A resposta lhe veio no momento devido: "O nosso lar está maravilhoso! Meu marido é um novo homem. Ele é tão gentil e silencioso para comigo e as crianças, que nem sabemos como expressar tanta alegria e felicidade".
Jesus reservou seus ensinamentos mais profundos aos seus discípulos, àqueles que somente têm o amor de Deus em seus corações, dispostos a nascer de novo e dispostos a deixar de lado o sentido pessoal do ego. Dizer que Deus é tudo, sem conhecer esta luz e iluminação interior, é exaltar o ego, é colocar a glória e o poder onde não estão. Foi sussurrado a Jesus, que discernia profundamente as coisas, que se ele apenas reivindicasse esse poder para ele próprio, seria Rei de toda a terra, poderia marchar pelas ruas e soldados e escravos lutariam por ele e o adorariam. Mas não; ele lançou fora a noção tola do ego, e exaltou o Eu que é Deus.
Muitos não conseguem entender que todos os dizeres de Jesus se fundem num sentido único. Por exemplo, ele disse: "Todo o poder me é dado"; disse também: "Nada faço de mim mesmo"; disse ainda, "Aquele que vê a mim, vê o Pai", e "Eu sou o filho de Deus". Seria como se, na foto que você imaginou na folha de papel branco, uma das ovelhas pudesse dizer: "Quando você me vir, verá o papel, pois, eu e o papel somos um". Perceba que, separada do papel, a ovelha não tem existência alguma. Assim também é verdade que separado de Deus, não existe Ser algum. Não é este um fato glorioso? Uma rocha sobre a qual se apoiar para se antever?
"Aquele que exalta a si mesmo, será humilhado", pois sabe que, antes mesmo que possa sussurrar o significado de tais gloriosas palavras como, por exemplo, "Deus é Tudo", precisará receber Iluminação interior que lhe revele que ele, o conceito pessoal ou ego, nunca é Deus, pois somente Deus é Deus.
Olhamos ao nosso redor e vemos as formas chamadas homem, mulher e criança. Eliminando estas delineações, estas formas, que irá restar? A Vida! Isto já está ilustrado pelo fato de que, se você retirar a delineação da ovelha na foto, você terá como sobra o papel. Bem, poderia esta Vida – o Ser que é Deus, que é ilimitado – ter pneumonia, estar morto, ser cego, ou aleijado? Poderia esta Vida, que é livre, que é indefinível, que é incorruptível, imutável, imortal, ser condicionada, ignorante ou contaminada? Milhares de vezes, não! Coloque sua visão nesta Vida que você é, neste Deus que você é. Creia e tenha fé de que toda doença, tristeza, pobreza e morte são impossíveis e contrários à razão.
Poderia, por acaso, aquela ovelha da foto ter alguma coisa que não estivesse no papel? Tampouco poderia você possuir algo que não estivesse em Deus, e que não viesse de Deus. Seu Deus não pode ter febre, sarampo, ossos fraturados, doença, preocupação, medo; portanto, tais fatores não existem e você não os pode ter, tendo em vista que Deus é tudo e não há outro além dEle.
Deus é tudo o que existe. Deus está sempre presente. Deus preenche todo o espaço. Nada há, senão Deus. Quantos de nós vêm repetidamente dizendo estas palavras em momentos de aparente necessidade para, em seguida, perceber as nuvens se dissiparem e a luz amanhecer novamente em nossa experiência! Entretanto, quantos não existem e que ainda precisam captar o sentido básico oculto em sentenças tão estupendas! São estas afirmações, aparentemente simples, que, compreendidas e praticadas, fazem com que as invenções chamadas pecado, tristeza e morte desapareçam, e que a Glória de Deus seja vista, compreendida e sentida "assim na terra como nos céus".
Recentemente, ocorreu-me uma bela experiência, reveladora de muitas coisas. Certa noite, notei que um de meus canarinhos estava indisposto. Pneumonia seria o nome a ser dado ao problema. Na manhã seguinte, ao me aproximar da gaiola cumprimentando os passarinhos, este pequenino lutava enormemente consigo mesmo e parecia estar à morte. Abri a gaiola e o tomei em minha mão. Ele caiu para o lado e fechou os olhos. Suavemente, coloquei-o no piso da gaiola e me afastei. Os seguintes pensamentos me vieram: quão frágeis e delicados são os canários; quão inúteis nos sentimos diante de um passarinho agonizando! De repente, bem rápido, veio-me a voz da Verdade, com sua força e poder: "É possível Deus ser tudo, e este canário estar existindo ao lado desse tudo?"
Bem, isso me parecia original e novo, como se nunca anteriormente houvesse considerado estas verdades. Mas, claro, Deus é tudo, e não poderia haver nada além de Deus. Deus é tudo – não há nada mais, e isto pôs fim à questão ali mesmo. Imediatamente o canário foi esquecido. A responsabilidade de curar, destruir a morte e demonstrar a vida, desapareceu. Nada mais havia, além da gloriosa consciência: DEUS É TUDO O QUE EXISTE. A voz continuou: "Se Deus é tudo o que há, então Deus está exatamente aqui, e Deus não pode morrer". Isto foi visto, sentido e compreendido, e eis que o canário voou para o alto de seu puleiro passando a gorgear em poucos minutos. Pouco depois, cantava a plena voz.
COMPREENDENDO O PRINCÍPIO
Como o botão fechado de uma rosa contém a rosa completa, assim esta percepção tem sido um botão de Luz Gloriosa, de onde provém uma grande iluminação. Foi percebido que Deus é tudo o que poderia estar presente, e a partir desta visão, o canário se apresentou vivo e passando bem. Por que a eliminação do canarinho do pensamento, pela renúncia em aceitá-lo como estando doente ou saudável, morto ou vivo, e apenas com este esquecimento pleno do pássaro, ele pôde ser restaurado à vida, à saúde e à harmonia?
Para ilustrar isto, visualize, no topo desta página (*nota: o texto original foi escrito em papel), uma foto de ovelhas pastando numa planície verdejante e, por perto, um pastor com o seu cachorro. E eu pergunto: que faz com que o pastor, as ovelhas e o cachorro sejam semelhantes? Para serem todos o mesmo, que coisa será esta, comum a todos eles ? Qual a substância deles? Eis a resposta: eles todos são papel. Sim, o papel é tudo o que eles são. As ovelhas que você vê, o pastor e o cachorro, todos são semelhantes, todos são a mesma substância. Não há nada ali, a não ser o papel! O cachorro não está ali como algo diferente do papel, mas o papel e o cachorro são um e o mesmo. Mas, apenas por diversão, pela alegria do quadro ou de sua forma, um é chamado de cachorro, o outro de pastor, o terceiro de ovelha, e assim por diante. Entretanto, por todo tempo, estaremos internamente conscientes de que o que existe é unicamente a presença do papel.
A UNIDADE
Chegamos agora a Deus e ao homem. Aliás, alguma vez lhe ocorreu que essa é uma afirmação ambígua? "Deus e homem?" Não seria melhor dizer de uma vez "o Tudo e algo mais?" Nós já lemos, ouvimos e falamos de Deus e idéia, de Deus e manifestação, de Deus e homem, mas temos de nos certificar que não podemos aceitar Deus como tudo e a existência de algo mais: se tivermos de ter o homem, a única forma coerente de fazermos isto é considerarmos Deus e homem sendo a mesma coisa, sendo o mesmo ser. Olhamos ao redor e vemos homens, mulheres, crianças, animais, pássaros e planetas. Qual é a substância de todos? Bem, a substância de uma coisa é aquilo de que a coisa consiste, aquilo que é essencial, vital. A substância de um tapete pode ser lã. A substância de uma cadeira pode ser madeira. A questão é: "Qual é a substância de todos os seres viventes?" Resposta: "É a Vida". Uma vez que Deus é a Vida, e Deus é tudo, a Substância de tudo é Deus, a Vida. A Substância do homem é sua Vida – é Deus.
Tudo que há de vital para o homem que seja real, imortal, imutável, é a sua Vida, sua Alma, seu Espírito. E isto, que é a sua Vida, sua Alma, seu Ser, é Deus, pois Deus é toda a Vida, Alma, Ser e Espírito em existência, agora e eternamente. Mantendo isso em vista, continuamos e deduzimos: se a Vida do homem é Deus, não poderíamos por um momento penetrar a forma chamada homem, mulher, criança, e perceber a Vida, a Alma, o Ser e dizer: "Isso é Deus – Deus é tudo o que existe?" Agora podemos facilmente olhar a foto com o homem, o cachorro e as ovelhas, e dizer: "Estas formas não estão separadas nem distanciadas do papel: aqui está o papel, e aqui estão as formas; o papel e as formas são um."
Então, após ver que o papel é a substância da forma, e que a forma não é nada separada ou afastada do papel – nada em si mesma –, podemos prosseguir: isto é um cão, isto é uma ovelha, este outro é um homem. Nós os chamamos por nomes diferentes; no entanto, em todo o tempo, sabemos que nada são por eles mesmos, mas que cada um é aquilo que o papel é. Isto não elucida a experiência com o canário? A revelação tinha sido esta: Tudo o que há para o canário é a sua própria vida; então, a Vida não é o canário, a Vida é Deus. E Deus não pode morrer. Para manter a visão na totalidade de Deus, eu teria de incluir incluir o pássaro, pois ele não existiria fora de Deus. Assim, à medida que espiritualmente fui percebendo que a Vida toda é Deus, e que Deus é a Vida toda em existência, o canarinho foi visto em sua condição correta de saúde e harmonia.
Aqui está outra lição maravilhosa. Se extrairmos o cachorro, o homem e a ovelha do papel, e percebermos a totalidade do papel, poderemos depois trazê-los-los de volta e compreendê-los. De forma que, quando eliminamos aquilo que é chamado de canário, homem, animal, e percebemos que a Vida que é Deus é tudo o que há para eles serem, podemos tê-los, compreendê-los e neles nos regozijarmos. E quando for percebido espiritualmente que Deus é tudo que há para qualquer vida e ser, não teremos mais mortos, e isto será demonstrado aqui mesmo, neste mundo.
Não profetizou Jesus: "Quem perder a vida – achá-la-á?" (Mateus 10-39). Aquele que perde o seu conceito de vida como homem, e percebe, com alegria indescritível, que sua Vida é Deus, encontra o verdadeiro Ser.
A Vida do seu Ser, a Alma do seu Ser, o Espírito do seu Ser, o Deus do seu Ser, é tudo o que há para você estar sendo. Assim, esqueça um pouco que você possa ser um homem, ou uma mulher, e pense em Deus como sendo tudo o que há – DEUS É TUDO.
A ILUMINAÇÃO NA PRÁTICA
Este é o significado da "renúncia". Você renuncia à noção de que haja Deus e algo mais. Você reconhece Deus como Tudo-em-Tudo. Olhe para a árvore em frente à sua janela. Elimine a forma dessa árvore e veja a Vida que está lá. Olhe para a criança, o homem, a mulher e veja a Alma deles, o Espírito deles, a Substância deles, o Deus deles. Que Universo maravilhoso do Espírito você tem!
Agora, não lhe será inato e natural saber que Deus não pode estar doente? Que Deus não pode estar enfermo, que Deus não pode ser pobre nem estar morto? Você sabe disso imediatamente, com todo o fervor do seu ser. Quando um homem olha para o outro, qual é a notícia que ele ouve? "Eu sou pobre, estou doente, sou ignorante". Mas, quando Deus olha para Deus, qual é a parte deles que é noticiada? "Este é o meu filho amado, em quem me comprazo". Qual das duas visões você prefere? Quais são as palavras que você adora dizer e ouvir?
Certa mulher veio a uma praticista para solicitar ajuda, afirmando que havia tentado, sem nunca ter conseguido, superar suas fortes dores de cabeça. Ela foi compelida a admitir que Deus não poderia ter uma dor de cabeça, e que Deus é tudo o que existe. Foi então que se tornou capaz de dar o alegre testemunho que chegou de Deus: "Tudo está bem". Outra mulher disse que seu lar e o seu marido eram um grande fracasso. Ele bebia muito, além de ser um pai e marido cruel. A ela foi dito que parasse de olhá-lo como seu marido, pois, Deus é que era realmente o marido dela. "Deixe que a forma chamada homem seja apagada de sua visão e veja, em seu lugar, aquilo que realmente está diante de você, a Alma dele, o ser dele, que é Deus, incapaz de pecar, e que é totalmente bondoso, terno, amável e compassivo. Saiba que Deus só pode expressar aquilo que Deus é". A resposta lhe veio no momento devido: "O nosso lar está maravilhoso! Meu marido é um novo homem. Ele é tão gentil e silencioso para comigo e as crianças, que nem sabemos como expressar tanta alegria e felicidade".
Jesus reservou seus ensinamentos mais profundos aos seus discípulos, àqueles que somente têm o amor de Deus em seus corações, dispostos a nascer de novo e dispostos a deixar de lado o sentido pessoal do ego. Dizer que Deus é tudo, sem conhecer esta luz e iluminação interior, é exaltar o ego, é colocar a glória e o poder onde não estão. Foi sussurrado a Jesus, que discernia profundamente as coisas, que se ele apenas reivindicasse esse poder para ele próprio, seria Rei de toda a terra, poderia marchar pelas ruas e soldados e escravos lutariam por ele e o adorariam. Mas não; ele lançou fora a noção tola do ego, e exaltou o Eu que é Deus.
Muitos não conseguem entender que todos os dizeres de Jesus se fundem num sentido único. Por exemplo, ele disse: "Todo o poder me é dado"; disse também: "Nada faço de mim mesmo"; disse ainda, "Aquele que vê a mim, vê o Pai", e "Eu sou o filho de Deus". Seria como se, na foto que você imaginou na folha de papel branco, uma das ovelhas pudesse dizer: "Quando você me vir, verá o papel, pois, eu e o papel somos um". Perceba que, separada do papel, a ovelha não tem existência alguma. Assim também é verdade que separado de Deus, não existe Ser algum. Não é este um fato glorioso? Uma rocha sobre a qual se apoiar para se antever?
"Aquele que exalta a si mesmo, será humilhado", pois sabe que, antes mesmo que possa sussurrar o significado de tais gloriosas palavras como, por exemplo, "Deus é Tudo", precisará receber Iluminação interior que lhe revele que ele, o conceito pessoal ou ego, nunca é Deus, pois somente Deus é Deus.
Olhamos ao nosso redor e vemos as formas chamadas homem, mulher e criança. Eliminando estas delineações, estas formas, que irá restar? A Vida! Isto já está ilustrado pelo fato de que, se você retirar a delineação da ovelha na foto, você terá como sobra o papel. Bem, poderia esta Vida – o Ser que é Deus, que é ilimitado – ter pneumonia, estar morto, ser cego, ou aleijado? Poderia esta Vida, que é livre, que é indefinível, que é incorruptível, imutável, imortal, ser condicionada, ignorante ou contaminada? Milhares de vezes, não! Coloque sua visão nesta Vida que você é, neste Deus que você é. Creia e tenha fé de que toda doença, tristeza, pobreza e morte são impossíveis e contrários à razão.
Poderia, por acaso, aquela ovelha da foto ter alguma coisa que não estivesse no papel? Tampouco poderia você possuir algo que não estivesse em Deus, e que não viesse de Deus. Seu Deus não pode ter febre, sarampo, ossos fraturados, doença, preocupação, medo; portanto, tais fatores não existem e você não os pode ter, tendo em vista que Deus é tudo e não há outro além dEle.
"Eu sou Deus, e além de mim não há outro".
Uma vez firmemente estabelecido nesta rocha, que poderia haver contra você? Suponha que a crença seja de surdez: poderia Deus ficar surdo? Aquele que instalou a audição poderia, Ele próprio, ficar sem ouvir? Você, de si mesmo, não possui audição. Deus é o único ouvinte.
Desde que não haja surdez de maneira alguma, por não haver nada além de Deus, saiba que "o Deus em mim" escuta perfeitamente, e que não há nada capaz de interferir com a perfeição de Deus. Deus é tudo o que existe, aqui e agora: o imutável, o perfeito, o absoluto e incondicionado, o Tudo-em-tudo.
Suponha que a crença seja de uma doença, dor, ou enfermidade. Saiba, com toda a sua força, coração e ser, que Deus não pode estar doente, enfermo ou em dor. Não há nada mais, além de Deus. Deus é harmonia, Deus é alegria, Deus é glória, Deus é Amor. Deus é saúde e inteireza, inevitáveis, irrevogáveis, aqui, agora, de todas as formas e para sempre. Nada há, senão Deus. A vida do corpo é Deus. A saúde do corpo é Deus. A ação do corpo é Deus. Isto não deixa Deus bem mais perto de você? É impossível que a vida esteja enferma, cega, surda, aleijada – impossível! A sua própria substância é a sua própria vida e ser, a própria saúde e força, não é verdade? O homem não está separado de Deus.
Não negamos a ideia da forma chamada homem; antes, nós a enaltecemos. Percebemos que a forma da individualização não é nada de si mesma, mas que sua realidade é o Espírito, é Deus, a Substância única em existência. O universo do Espírito está, portanto, povoado de seres espirituais, cujas identidades e individualidades são para sempre sustentadas e preservadas
Deus e homem são um, e este um é Deus. E poderíamos dizer, naquela foto que você visualizou, que a ovelha e o papel são um. Este "um" é papel. A Vida e suas formações são um, e esse "um" é Vida. Entretanto, esta unidade é tríplice, ou seja, uma trindade. A compreensão da trindade, Deus, constitui-se numa explanação do Pai, Filho e Espírito Santo, a qual é clara e extensivamente dada no livro-texto da Ciência Cristã. Toda forma representa o Espírito, Deus; e, à medida que o nosso discernimento de Deus como Tudo se torna mais iluminado e mais transparente, veremos, aqui e agora, seres tão glorificados, perfeitos e imortais, livres de nascimento e morte, como são eternamente agora, mantidos na Toda-Presença, no Deus que é Tudo.
Desde que não haja surdez de maneira alguma, por não haver nada além de Deus, saiba que "o Deus em mim" escuta perfeitamente, e que não há nada capaz de interferir com a perfeição de Deus. Deus é tudo o que existe, aqui e agora: o imutável, o perfeito, o absoluto e incondicionado, o Tudo-em-tudo.
Suponha que a crença seja de uma doença, dor, ou enfermidade. Saiba, com toda a sua força, coração e ser, que Deus não pode estar doente, enfermo ou em dor. Não há nada mais, além de Deus. Deus é harmonia, Deus é alegria, Deus é glória, Deus é Amor. Deus é saúde e inteireza, inevitáveis, irrevogáveis, aqui, agora, de todas as formas e para sempre. Nada há, senão Deus. A vida do corpo é Deus. A saúde do corpo é Deus. A ação do corpo é Deus. Isto não deixa Deus bem mais perto de você? É impossível que a vida esteja enferma, cega, surda, aleijada – impossível! A sua própria substância é a sua própria vida e ser, a própria saúde e força, não é verdade? O homem não está separado de Deus.
Não negamos a ideia da forma chamada homem; antes, nós a enaltecemos. Percebemos que a forma da individualização não é nada de si mesma, mas que sua realidade é o Espírito, é Deus, a Substância única em existência. O universo do Espírito está, portanto, povoado de seres espirituais, cujas identidades e individualidades são para sempre sustentadas e preservadas
Deus e homem são um, e este um é Deus. E poderíamos dizer, naquela foto que você visualizou, que a ovelha e o papel são um. Este "um" é papel. A Vida e suas formações são um, e esse "um" é Vida. Entretanto, esta unidade é tríplice, ou seja, uma trindade. A compreensão da trindade, Deus, constitui-se numa explanação do Pai, Filho e Espírito Santo, a qual é clara e extensivamente dada no livro-texto da Ciência Cristã. Toda forma representa o Espírito, Deus; e, à medida que o nosso discernimento de Deus como Tudo se torna mais iluminado e mais transparente, veremos, aqui e agora, seres tão glorificados, perfeitos e imortais, livres de nascimento e morte, como são eternamente agora, mantidos na Toda-Presença, no Deus que é Tudo.