.
Divinos Amigos,
Hoje é um dia especial e único! Em verdade todos são dias especiais e únicos. Todos são presentes de Deus. Mas é a consciência deste fato que os tornam dias especiais e únicos. É pra ter a percepção consciente deste fato e especialmente para mantê-la que realizamos a sintonização com o divino em nós.
E nesse ponto permitam-me utilizar dos ensinamentos compartilhados por Joel Goldsmith sobre o que ele chama de o "princípio da meditação contemplativa". Para os que tiverem acesso ao livro "O Suprimento Invisível", cujo subtítulo é: "A descoberta dos dons do Espírito Interior". O que será exposto a seguir são extratos e comentários ao capítulo 3: O princípio da meditação contemplativa.
Ele diz:
"Muitos ensinamentos religiosos nos querem fazer crer que o Espírito do Senhor está em toda parte. Mas se isso fosse verdade, todos seriam livres, saudáveis, ricos, independentes, felizes e harmoniosos, e não existiria escravidão, servidão, penúria ou limitação. Ora, não são estas as condições no planeta, de modo que estes ensinamentos não podem ser verdadeiros. É como se dizer que a eletricidade está em toda parte. Sim, mas se ela não for ligada à nossa rede, em nada nos beneficiará. Acontece o mesmo com o Espírito do Senhor. Num sentido absolutamente espiritual, de fato o Espírito do Senhor está em toda parte; mas se não percebermos Deus, se não entrarmos em contato com Deus, se não sentirmos a presença real de Deus, então Ele não estará presente para nós."
E Joel Goldsmith conclui com uma importante chave de percepção, declarando: "O princípio do Caminho Infinito sustenta que o Espírito do Senhor encontra-se apenas onde é percebido."
É por este motivo que o ensinamento do Núcleo [o "núcleo do ser" que somos] enfatiza tanto a percepção. Vocês lerão muitas vezes aqui a palavra PERCEPÇÃO. Por isso é dito: PERCEBA, desfrute e compartilhe. Assim como é dito: Parta da percepção e não do pensamento.
A sintonização com o divino é uma prática espiritual que nos eleva dos pensamentos à percepção. Nos eleva dos pensamentos sobre Deus à real percepção de Deus!
Não sem razão, no livro de Goldsmith, o primeiro subtítulo do capítulo 3 é: A PERCEPÇÃO DE DEUS.
Ele escreve: "O segredo todo consiste na palavra consciência." [*Comentário: No livro ele destaca esta palavra em itálico. Costumo usar a expressão "percepção consciencial" deliberadamente de forma pleonástica pra enfatizar que a "percepção" a que me refiro, por ser a real, é a percepção da consciência e não a percepção da mente. Assim, no ensinamento que vem do Núcleo, a palavra "percepção" contrapõe-se à palavra pensamento.]
Sobre a percepção Goldsmith ensina o seguinte:
"Se estiverem cientes da presença do Senhor, se estiverem cientes da atividade de Deus, então Ele se aproximará de vocês."
[Lembram-se do episódio ocorrido comigo na Índia onde na recepção do hospital o Dr. Luiz Mortari disse a mim: "Eu sei que você fala com o seu Amigo!". Pois bem, o que ele demonstrou ali foi que ele PERCEBE este fato! Ele estava compartilhando comigo a sua percepção, a sua consciência, de que falo com Deus. Ao compartilhar essa percepção divina, ele agiu como um espelho divino fazendo refletir aquilo que já está em mim! Ao perceber isso como real, porque de fato falo com Deus, me interiorizei e então ouvi claramente a orientação divina: "Beba água!". Até então eu estava entretido com qual seria a minha experiência indiana naquela quinta viagem ao ashram e no que aquilo iria dar... É assim como as pessoas vivem, entretidas com suas experiências humanas... E não se dão conta de que elas tem o dom interior espiritual de falar com Deus!]
Permitam-me compartilhar agora um outro exemplo emblemático sobre a questão da importância de nos sintonizarmos com o divino...
O ensinamento que se segue está no livro "A Verdade", volume 9, de Masaharu Taniguchi, no qual na página 94 ele diz:
"A oração não é uma súplica para comover Deus. Deus não age com parcialidade, dando graças apenas aos que Lhe suplicam e desprezando os que não Lhe suplicam. Nós oramos, não para mover o coração de Deus, mas com a finalidade de nos voltarmos verdadeiramente para Deus e sintonizar a nossa própria mente com a frequência de Deus."
Em perfeita consonância com o ensinamento de Joel Goldsmith, em seguida Masaharu Taniguchi explicita o motivo de ser necessário "sintonizar a nossa própria mente com a frequência de Deus."
Ele escreve:
"Nós sabemos que Deus é a fonte de tudo quanto é bom e que todas as boas coisas já nos foram dadas por Deus, as quais são como as ondas de transmissões de televisão que já estão aqui. Porém, por mais intensa que seja a onda de transmissão da televisão, as imagens transmitidas não aparecerão no mundo visível aos olhos carnais enquanto não sintonizarmos a frequência. Semelhantemente, por maior que seja a graça divina, esta é invisível pois, uma vez que Deus é espírito, Sua dádiva é-nos concedida em forma de "ondas espirituais". Para concretizarmos essa graça no mundo visível aos olhos carnais, precisamos sintonizar as ondas espirituais através do televisor denominado 'homem'. "
Ainda no livro "A Verdade", volume 9, de Masaharu Taniguchi, logo na sequência, na página 95, está o subtítulo: "Oração e Shinsokan são a mesma coisa".
Como foi dito em texto anterior, a prática da sintonização com o divino está dividia em três partes. Nenhuma delas deve ser suprimida, por mais que você saiba como meditar. A razão é a seguinte. As pessoas praticam algumas formas específicas de meditação. Seja a meditação Shinsokan da Seicho-No-Ie, seja a "prayerful meditation", do New Though, mencionado por Masaharu Taniguchi na pagina 95, citada acima, que disse que ambas tem o mesmo sentido de que "contemplar é orar". Embora muitos saibam como meditar, nem todos sabem como manter a sintonia com o divino após a prática meditativa, e perdem a consciência de Quem são momentos após a meditação.
Para nos manter sintonizados na frequência de Deus é que aqueles três estágios não devem ser suprimidos. Vejam a seguir em que consistem as três partes, que são os três estágios de nossa sintonização com o divino.
Foi dito:
Os que quiserem sintonizar com o Divino devem proceder da seguinte forma:
1) Sempre que for meditar, dedique os primeiros dez minutos da meditação à leitura de um texto sagrado, que eleve seus pensamentos ao nível das mensagens divinas.
2) Os dez minutos seguintes ore! Fale com Deus. Converse como se conversa com um Amigo! Conclua sua oração agradecendo a Deus. Expresse sua gratidão!
3) Nos dez minutos finais permita-se ouvir Deus... Faça silêncio. Um silêncio contemplativo... Tudo o mais Deus é Quem fará!
O primeiro estágio consiste em nos voltarmos para os ensinamentos de Deus, ou seja, consiste em elevarmos "os pensamentos da mente" ao nível dos "pensamentos de Deus". Isso significa sintonizar nossa mente na frequência das vibrações de Deus, conforme os motivos apresentados tanto por Joel Goldsmith quanto por Masaharu Taniguchi. Por isso "dedique os primeiros dez minutos da meditação à leitura de um texto sagrado, que eleve seus pensamentos ao nível das mensagens divinas".
A título de advertência, caso você suprima esta parte, permanecerá em você a lembrança da experiência vivenciada na meditação, mas a "palavra de Deus" não terá sido devidamente plantada na mente do seu personagem; por isso após a meditação você não conseguirá permanecer por muito tempo sintonizado em Deus. Assim, você voltará a sua vida cotidiana como se meditar [perceber Deus de forma consciente] fosse algo que acontece apenas durante os momentos separados para a prática meditativa.
O segundo estágio consiste em "interagirmos de forma consciente com Deus", mesmo estando na Representação! Ou seja, na Representação sua mente se identifica com o seu personagem e ela identifica Deus como sendo outro Ser. Na Bíblia, em Mateus 25:40, está aquela passagem na qual Deus nos revela que: "Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." E no versículo 45, revela: "Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos não o fizestes, não o fizestes a Mim."
Isto é assim porque a mente percebe de forma dual, ou seja, percebe "eu e o outro". Por isso a percepção mental não é a real percepção. A real percepção é a percepção consciencial, que percebe a Unidade que subjaz à multiplicidade.
Sobre a percepção de Deus, voltemos novamente às palavras de Joel Goldsmith que diz:
"Caso não consigamos por nós mesmos perceber o Espírito do Senhor, o melhor é procurarmos alguém que mostrou ter capacidade (inata ou adquirida) para perceber Deus. Se vocês puderem contactar a consciência de um Jesus Cristo, de um São João, ou de um São Paulo, seus problemas acabarão e a harmonia será instantaneamente restabelecida, pois terão entrado em contato com a consciência de alguém que atingiu a percepção de Deus. Não faz diferença se essa pessoa é um estudioso do Caminho Infinito, um adepto da Igreja da Ciência Cristã ou da Unity, desde que haja realmente alcançado a consciência de Deus.
Este segundo estágio tem a ver com perceber o divino "aparecendo como o outro", mesmo após a prática meditativa; especialmente depois dela, porque tudo o que é visto na Representação Divina é Deus "aparecendo como" [como todos os seres e como o próprio cenário].
Nesse sentido, embora Jesus seja hoje um exemplo evidente de alguém que percebeu Deus, boa parte dos que conviveram diretamente com Jesus não o viam senão como o "filho do carpinteiro". E o que isto mostra? Mostra que se a percepção de Deus não estiver em você, não verá o divino aparecendo como o outro, tal como aqueles que estavam diante de Jesus e não perceberam a divindade em Jesus.
Isto revela que o "parâmetro de percepção" já está ativo em nós quando percebemos o divino em algum outro personagem, porque de fato é a percepção do Mestre em nós que percebe o Mestre aparecendo como algum outro personagem.
Assim, durante a oração interaja com Deus na Forma [na forma de algum personagem ou Mestre de sua preferência]. Então esse Mestre te fará perceber que o divino [o Deus sem Forma] aparece na representação como qualquer nome e forma!
Lembram-se do episódio ocorrido comigo na Índia? Quando o Dr. Luiz Mortari me disse: "Eu sei que você fala com seu Amigo", imediatamente percebi que não havia um "Dr. Luiz Mortari" ali, mas sim Deus aparecendo como meu Amigo "Dr. Luiz Mortari" e me dizendo: - "Sei que você fala comigo e que sabe que sou seu Amigo! Fale comigo!" E me fez saber que era esse o sentido daquela minha "experiência indiana". Passei por aquilo e hoje estou aqui compartilhando a percepção de que nossos problemas podem ser instantaneamente resolvidos [como disse Goldsmith] se apenas soubermos que podemos falar com Deus e que Deus fala conosco, e se fizermos essa interação!
Assim, a título de advertência, caso você suprima esta parte permanecerá em você a lembrança da experiência vivenciada na meditação, mas a percepção de que "A Mim o fizeste" [que no Núcleo é a percepção de que "Eu apareço como"] não terá sido ativada na mente do seu personagem, por isso após a meditação você não conseguirá interagir de forma consciente com Deus, pois, deixará de estar sintonizado com Deus; e assim você voltará a sua vida cotidiana como se interagir com Deus fosse algo que acontece apenas durante o tempo reservado para a prática meditativa.
Por fim, o terceiro e último estágio é a meditação propriamente dita.
Aqui voltemos novamente às palavras de Joel Goldsmith que diz:
"Depois de passar pela experiência iniciática de fomentar a ação da Verdade em nossa consciência [leitura da palavra de Deus e contemplação serena de alguma passagem das escrituras, como; "Tua graça é o que me basta"]... por meio da meditação nos tornamos aptos a receber a Verdade de dentro do nosso Ser. Nesta etapa já não pensamos na Verdade, não a lemos nem a ouvimos com a mente. Em lugar disso, desenvolvemos o ouvido e o olho interiores e tornamo-nos cônscios da vozinha suave pela qual recebemos comunicações do Verbo de Deus.
E Goldsmith conclui dizendo que:
"A fase mais importante da ação da Verdade na consciência sobrevém quando a Verdade chega à nossa consciência a partir do interior do nosso próprio ser. Depois que essa torrente passa a jorrar de dentro de nós, já não faz nenhuma diferença que nunca mais vejamos uns aos outros, que não leiamos outros livros espirituais ou que deixemos de frequentar a igreja, a sala de conferências ou de aulas, pois agora retiramos o que precisamos do âmago de nós mesmos. Se quisermos, poderemos continuar a frequentar os cursos, as conferências ou os serviços religiosos. Mas já não será por uma questão de dependência, será pelo prazer da convivência."
Quanto a este terceiro estágio foi sugerido que:
Nos dez minutos finais permita-se ouvir Deus... Faça silêncio. Um silêncio contemplativo... Tudo o mais Deus é Quem fará!
Sobre a meditação, Goldsmith nos explana algo de profundo valor. Ele diz:
"Se estudarmos as Escrituras e os textos inspiracionais, se abrandarmos os nossos esforços mentais e nos mantivermos suficientemente serenos, um mundo inteiramente novo se abrirá para nós: Deus se nos revelará."
A seguir ele diz algo que poucos (mas muito poucos!) sabem sobre a meditação, especialmente quais são e quando ocorrem seus benefícios.
Ele diz:
"Não é preciso estarmos fisicamente imobilizados: podemos continuar o trabalho, cavalgar, fazer tarefas domésticas ou negócios - qualquer coisa, desde que estejamos mentalmente serenos, com o ouvido interior alerta e uma atitude receptiva. Então talvez percebamos quão perto Deus se acha e por que o poeta pôde dizer de forma tão bela: 'Mais perto do que a respiração, mais perto do que as mãos e os pés'. Se a nossa mente estiver serena, em vez de buscar, de investigar ou de mentalizar, nós podemos ouvir o que Deus tem a dizer. E não duvidem de que Deus tem coisas infinitamente mais interessantes a dizer a nós do que nós a Ele!"
Por isso a atitude do silêncio nos dez minutos finais da meditação é tão essencial para a sintonização com o divino.
Mas não fiquem ansiosos esperando que Deus se revele nestes dez minutos. Assim como nos primeiros dez minutos você terá praticado a atitude de elevar seus pensamentos ao nível dos pensamentos de Deus [pois, como disse Jesus: "Nem só de pão (que é nosso suprimento material) vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (que é o suprimento espiritual)]; e assim como os dez minutos seguintes você terá praticado a atitude de interagir com Deus, percebendo-O dentro e fora de você, tornando-se consciente de que essa é a vontade de Deus, ou seja, que nós interajamos de forma consciente com Ele [com a consciência de que "a Mim o fizestes"], e que desta forma "seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu..." [porque do mesmo modo que no céu (na Realidade) nós interagimos de forma consciente com Deus, que assim seja feito também na terra (na Representação)]. Assim também, praticando a atitude de silêncio, aquietando nossa mente durante os dez minutos finais da meditação, então Deus se revelará e nos fará perceber que realmente Ele "tem coisas infinitamente mais interessantes a dizer a nós do que nós a Ele."
Assim seja! Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário