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Há pouquíssimas citações ou passagens de sabedoria espiritual nas escrituras que não têm um duplo sentido, o literal e o intuitivo, espiritual ou místico. Muitas palavras e afirmações na Bíblia parecem contraditórias, embora eu duvide que haja uma contradição verdadeira na Bíblia inteira. Pode parecer que haja contradições, se as informações são interpretadas a partir do conceito que uma pessoa tem da palavra ou mesmo a partir da definição que o dicionário registra, mas eu não encontrei nenhuma.
Provavelmente, a palavra mais controvertida da Escritura é a palavra “carne”, porque, na bíblia, ela é empregada de dois modos completamente diferentes. O primeiro modo é “Espírito”, que é a substância original, é uma forma. É a idéia. E quando ela vem à nossa consciência, é o Verbo feito carne. Quando ele se torna visível, é a carne que definha, a carne com a qual podemos ter prazer hoje. Mas não vamos nos prender à forma amanhã. Vamos mudar nosso conceito de ser, de corpo ou provisão todo dia. Isaías disse: “Toda carne é erva” (Isaías 40:6). Jesus disse: “A carne para nada aproveita” (João 6:63). No primeiro capítulo de João, diz-se: “E o Verbo se fez carne” (João 1:14).
“O Verbo se fez carne” pode ser considerado como uma das principais premissas do ensinamento do Mestre, tal como é uma premissa maior no ensinamento do Caminho Infinito. A palavra de Deus dentro de nós torna-se visível ou tangível como expressão: O Verbo torna-se o filho de Deus. Nesse sentido, a carne deve ser considerada como significando forma espiritual, atividade e realidade. “O Verbo se fez carne e habita em nós”: Deus se tornou visível como o homem. Deus-Pai tornou-se visível como o filho, mas ninguém jamais verá esse homem com seus olhos. Esse homem só pode ser visto no ápice da consciência espiritual.
A PALAVRA INVISÍVEL TORNA-SE TANGÍVEL
Os médiuns espirituais apresentam a cura no momento em que notam o homem espiritual: o Verbo feito carne. Até esse momento de percepção, a meditação ou o tratamento estão apenas nos conduzindo para onde o Verbo torna-se carne como homem espiritual.
Uma pessoa pode empenhar-se em meditações saudáveis desde a manhã até à noite, mas se a meditação não culmina num momento de distensão – liberdade, alegria e paz – não adianta esperar a cura ou a restauração da harmonia daquela meditação, porque não são os pensamentos de uma pessoa que realizam a cura. Eles apenas conduzem a um estado de consciência acima da percepção humana da vida, em que, num momento de plena consciência, é como se alguma coisa reluzisse diante dos olhos e dissesse: “Havendo eu sido cego, agora vejo” (João 9:25). E, naturalmente, ele pode não ter visto ou ouvido alguma coisa e, no entanto, sabem, concebe e pressente.
Quando uma pessoa afirma a verdade na sua consciência, pondera-a e finalmente pára de ponderar e apenas senta-se quietamente com a atenção em expectativa de que algo se revela a partir do seu interior, aquele momento de iluminação vem – um clarão, uma liberação, uma sensação de paz – e é como se a pessoa fosse libertada de seu próprio corpo. Há uma sensação de leveza, um sentimento de alegria, um sentimento de realização. É naquele momento que ele se torna ciente da Realidade, o Deus invisível torna-se tangível, mesmo que ele não possa vê-Lo ou ouvi-Lo.
Depois disso a febre pode baixar, o tumor pode ser removido, o suprimento pode ser mostrado, um trabalho pode ser oferecido ou um novo lar pode ser encontrado. Todos são os resultados na experiência humana, do Verbo invisível que se torna tangível como um sentimento invisível. Primeiro vem o Verbo invisível, Deus, o Próprio Infinito Invisível, que sabemos que está aqui e agora preenchendo todo o espaço dentro e fora de nós. Então, segue-se a percepção consciente daquele Verbo que se evidencia em captar um instantâneo do Divino e finalmente aqui fora, naquilo que chamamos de cura ou mudança na aparência. Mas nenhuma aparência pode mudar a menos que algo tenha ocorrido na consciência.
Não cuide das aparências. Não busque as aparências para qualquer mudança. “Ainda em minha carne verei a Deus” (Jó 19:26). Bem aqui e agora na terra, podemos ver a Deus. Eu não quero dizer que vemos com os olhos físicos, mas podemos discernir ou ficar conscientes d’Ele. Isso é o que significa ver a Deus ou senti-Lo: ser tocado por Deus ou tocar na orla do manto.
Cada praticante espiritual recebe iluminação direta, se não de outra forma, pelo menos na cura da qual ele foi instrumento. Do contrário, a cura não poderia ter sido realizada. Não há ninguém na terra hoje que realize quaisquer obras maiores do que o Mestre, Jesus Cristo. Ele disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma” (João 5:30). Tenho certeza de que não podemos fazer mais do que ele podia. O Pai dentro de nós faz a obra, mas só naquele momento de contato, de iluminação. Daí pra frente, depois que se conseguiu a iluminação, aquele fluxo continua sem esforço consciente. Mas deve ser renovado dia a dia. Todo dia é necessário penetrar no silêncio, em certas ocasiões, doze vezes, para sentir novamente o Impulso divino.
Depois que se está neste caminho há vários anos, não é necessário voltar e estabelecer aquele contato em cada meditação ou tratamento dado. Chega o tempo em que “vivemos e nos movemos e existimos em Deus” (Atos 17:28), e raramente estamos fora daquele estado de consciência. É só sob tensão de alguma grande emoção ou de alguma grande tragédia, dura experiência ou impacto, que a pessoa que vive deste modo há muitos anos pode estar temporariamente fora do reino de Deus. Isso pode acontecer e acontece mesmo para aqueles bem adiantados no caminho, mas eles têm pouca dificuldade de refazer seus contatos. Nos primeiros anos de nosso trabalho, contudo, isso não é assim. Fazemos contato e então parecemos perdê-lo por alguns dias na oportunidade e encontrá-lo novamente somente com esforço e luta.
A CARNE QUE ENFRAQUECE
A palavra “carne” é usada com um sentido realmente diferente da afirmação: “Toda a carne é erva”. Carne, nesse sentido, significa o que nós observamos através dos sentidos, o que vemos, ouvimos, saboreamos, tocamos ou cheiramos. Se estivermos num estado de consciência, no qual nossa manifestação é de pessoas, coisas ou circunstâncias, não poderemos entrar no reino de Deus, no domínio do Espírito.
A posse de um bilhão de dólares não tornará possível a uma pessoa herdar o reino de Deus, nem a crença de que a carne tem poder para nos dar prazer ou dor. Enquanto nossa fé e confiança estiverem nos bens materiais, nunca conheceremos a realidade das coisas; só conheceremos as formas aqui fora. Quando, porém, com estudo e meditação, nossos interesses começarem a transcender as pessoas, as coisas e as circunstâncias, estamos sendo levados para um reino mais elevado da consciência e nele, finalmente, O vemos tal como Ele é e ficamos satisfeitos com essa semelhança.
Isso também ocorre quando começamos a compreender por que é possível amar aos nossos semelhantes. Uma vez que ficamos cientes um do outro através desta visão mística interior, somos amigos. Na verdade, quando vemos a nós mesmos aqui fora, somos mortais, materiais e finitos. Nós somos a carne que definha como a erva, mas, quando nos observamos uns aos outros com visão espiritual, em nossa verdadeira identidade, somos os filhos de Deus. Quando despertamos deste sonho de materialidade, observamos as pessoas como elas são e ficamos satisfeitos com essa semelhança.
Quando você se apresenta a um mestre espiritual com um problema físico, monetário ou de relacionamento familiar, você é da terra. Seu mestre, vendo-o assim, nunca o ajudará a resolver seus problemas. Mas a capacidade de estar quieto, até que esse pequeno instantâneo venha de dentro, capacita o médium espiritual a vê-lo como você é, o que revela o Verbo feito carne, o que revela o filho de Deus.
Provavelmente, a palavra mais controvertida da Escritura é a palavra “carne”, porque, na bíblia, ela é empregada de dois modos completamente diferentes. O primeiro modo é “Espírito”, que é a substância original, é uma forma. É a idéia. E quando ela vem à nossa consciência, é o Verbo feito carne. Quando ele se torna visível, é a carne que definha, a carne com a qual podemos ter prazer hoje. Mas não vamos nos prender à forma amanhã. Vamos mudar nosso conceito de ser, de corpo ou provisão todo dia. Isaías disse: “Toda carne é erva” (Isaías 40:6). Jesus disse: “A carne para nada aproveita” (João 6:63). No primeiro capítulo de João, diz-se: “E o Verbo se fez carne” (João 1:14).
“O Verbo se fez carne” pode ser considerado como uma das principais premissas do ensinamento do Mestre, tal como é uma premissa maior no ensinamento do Caminho Infinito. A palavra de Deus dentro de nós torna-se visível ou tangível como expressão: O Verbo torna-se o filho de Deus. Nesse sentido, a carne deve ser considerada como significando forma espiritual, atividade e realidade. “O Verbo se fez carne e habita em nós”: Deus se tornou visível como o homem. Deus-Pai tornou-se visível como o filho, mas ninguém jamais verá esse homem com seus olhos. Esse homem só pode ser visto no ápice da consciência espiritual.
A PALAVRA INVISÍVEL TORNA-SE TANGÍVEL
Os médiuns espirituais apresentam a cura no momento em que notam o homem espiritual: o Verbo feito carne. Até esse momento de percepção, a meditação ou o tratamento estão apenas nos conduzindo para onde o Verbo torna-se carne como homem espiritual.
Uma pessoa pode empenhar-se em meditações saudáveis desde a manhã até à noite, mas se a meditação não culmina num momento de distensão – liberdade, alegria e paz – não adianta esperar a cura ou a restauração da harmonia daquela meditação, porque não são os pensamentos de uma pessoa que realizam a cura. Eles apenas conduzem a um estado de consciência acima da percepção humana da vida, em que, num momento de plena consciência, é como se alguma coisa reluzisse diante dos olhos e dissesse: “Havendo eu sido cego, agora vejo” (João 9:25). E, naturalmente, ele pode não ter visto ou ouvido alguma coisa e, no entanto, sabem, concebe e pressente.
Quando uma pessoa afirma a verdade na sua consciência, pondera-a e finalmente pára de ponderar e apenas senta-se quietamente com a atenção em expectativa de que algo se revela a partir do seu interior, aquele momento de iluminação vem – um clarão, uma liberação, uma sensação de paz – e é como se a pessoa fosse libertada de seu próprio corpo. Há uma sensação de leveza, um sentimento de alegria, um sentimento de realização. É naquele momento que ele se torna ciente da Realidade, o Deus invisível torna-se tangível, mesmo que ele não possa vê-Lo ou ouvi-Lo.
Depois disso a febre pode baixar, o tumor pode ser removido, o suprimento pode ser mostrado, um trabalho pode ser oferecido ou um novo lar pode ser encontrado. Todos são os resultados na experiência humana, do Verbo invisível que se torna tangível como um sentimento invisível. Primeiro vem o Verbo invisível, Deus, o Próprio Infinito Invisível, que sabemos que está aqui e agora preenchendo todo o espaço dentro e fora de nós. Então, segue-se a percepção consciente daquele Verbo que se evidencia em captar um instantâneo do Divino e finalmente aqui fora, naquilo que chamamos de cura ou mudança na aparência. Mas nenhuma aparência pode mudar a menos que algo tenha ocorrido na consciência.
Não cuide das aparências. Não busque as aparências para qualquer mudança. “Ainda em minha carne verei a Deus” (Jó 19:26). Bem aqui e agora na terra, podemos ver a Deus. Eu não quero dizer que vemos com os olhos físicos, mas podemos discernir ou ficar conscientes d’Ele. Isso é o que significa ver a Deus ou senti-Lo: ser tocado por Deus ou tocar na orla do manto.
Cada praticante espiritual recebe iluminação direta, se não de outra forma, pelo menos na cura da qual ele foi instrumento. Do contrário, a cura não poderia ter sido realizada. Não há ninguém na terra hoje que realize quaisquer obras maiores do que o Mestre, Jesus Cristo. Ele disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma” (João 5:30). Tenho certeza de que não podemos fazer mais do que ele podia. O Pai dentro de nós faz a obra, mas só naquele momento de contato, de iluminação. Daí pra frente, depois que se conseguiu a iluminação, aquele fluxo continua sem esforço consciente. Mas deve ser renovado dia a dia. Todo dia é necessário penetrar no silêncio, em certas ocasiões, doze vezes, para sentir novamente o Impulso divino.
Depois que se está neste caminho há vários anos, não é necessário voltar e estabelecer aquele contato em cada meditação ou tratamento dado. Chega o tempo em que “vivemos e nos movemos e existimos em Deus” (Atos 17:28), e raramente estamos fora daquele estado de consciência. É só sob tensão de alguma grande emoção ou de alguma grande tragédia, dura experiência ou impacto, que a pessoa que vive deste modo há muitos anos pode estar temporariamente fora do reino de Deus. Isso pode acontecer e acontece mesmo para aqueles bem adiantados no caminho, mas eles têm pouca dificuldade de refazer seus contatos. Nos primeiros anos de nosso trabalho, contudo, isso não é assim. Fazemos contato e então parecemos perdê-lo por alguns dias na oportunidade e encontrá-lo novamente somente com esforço e luta.
A CARNE QUE ENFRAQUECE
A palavra “carne” é usada com um sentido realmente diferente da afirmação: “Toda a carne é erva”. Carne, nesse sentido, significa o que nós observamos através dos sentidos, o que vemos, ouvimos, saboreamos, tocamos ou cheiramos. Se estivermos num estado de consciência, no qual nossa manifestação é de pessoas, coisas ou circunstâncias, não poderemos entrar no reino de Deus, no domínio do Espírito.
A posse de um bilhão de dólares não tornará possível a uma pessoa herdar o reino de Deus, nem a crença de que a carne tem poder para nos dar prazer ou dor. Enquanto nossa fé e confiança estiverem nos bens materiais, nunca conheceremos a realidade das coisas; só conheceremos as formas aqui fora. Quando, porém, com estudo e meditação, nossos interesses começarem a transcender as pessoas, as coisas e as circunstâncias, estamos sendo levados para um reino mais elevado da consciência e nele, finalmente, O vemos tal como Ele é e ficamos satisfeitos com essa semelhança.
Isso também ocorre quando começamos a compreender por que é possível amar aos nossos semelhantes. Uma vez que ficamos cientes um do outro através desta visão mística interior, somos amigos. Na verdade, quando vemos a nós mesmos aqui fora, somos mortais, materiais e finitos. Nós somos a carne que definha como a erva, mas, quando nos observamos uns aos outros com visão espiritual, em nossa verdadeira identidade, somos os filhos de Deus. Quando despertamos deste sonho de materialidade, observamos as pessoas como elas são e ficamos satisfeitos com essa semelhança.
Quando você se apresenta a um mestre espiritual com um problema físico, monetário ou de relacionamento familiar, você é da terra. Seu mestre, vendo-o assim, nunca o ajudará a resolver seus problemas. Mas a capacidade de estar quieto, até que esse pequeno instantâneo venha de dentro, capacita o médium espiritual a vê-lo como você é, o que revela o Verbo feito carne, o que revela o filho de Deus.
Primeiro vem o Verbo, Deus, e Ele se faz carne. Ele se torna um estado de consciência, mas sem forma. Não é uma ideia e também não é uma coisa. Mas, então, com isso vem o pensamento a palavra falada, a palavra escrita, o dólar palpável, um peixe ou um pão. Esse tipo de carne - palavras, escritos e dólares - deve definhar como a erva. Mas a carne entendida como a consciência jamais morrerá. Primeiro é a compreensão de Deus como Substância. Depois, o Verbo, a Substância, torna-se carne. Ela se torna um estado de consciência. E o estado de consciência se manifesta como forma.
NÃO SE ORGULHE COM A APARÊNCIA
Assim que tiver consciência do Espírito, você poderá fazer qualquer coisa que precise fazer, porque você não a estará fazendo; será o espírito da Verdade da qual você se tornou ciente. Ele tomará forma. Mas, quando isso ocorre, não se orgulhe dessa aparência. Tenha muito cuidado para não se sentir satisfeito com abundância de suprimento, saúde física ou felicidade diária. Não fique satisfeito com qualquer coisa no reino da carne, dos bens materiais ou da forma. Não quero dizer que você não deva apreciar as coisas. Quero dizer que você não deve ficar satisfeito com elas.
Quando você se sentir satisfeito com suprimento, nunca se alegre com isso, como se fosse a manifestação. O que foi manifestado foi o Espírito, não o suprimento. Alegre-se com o Espírito invisível que está gerando esse suprimento. Quando uma pessoa lhe diz: “estou me sentindo melhor”, observe para que você não se sinta muito feliz com isso porque, se você estiver observando as aparências, lembre-se de que elas podem mudar amanhã. Olhe o que está por trás do indivíduo e sinta-se agradecido de que a percepção consciente do Espírito realizou-se, porque essa é a razão pela qual a pessoa agora está bem, empregada, alegre ou coisa que o valha.
Observe para que você não se orgulhe da carne, na forma da manifestação, mas se orgulha com o outro sentido da carne: o Verbo feito carne. Essa carne é a carne invisível. Repetidas vezes os metafísicos perdem suas completas manifestações de harmonia porque no momento em que seu salário dobra, pensam que realizaram uma manifestação. Eles realizaram, mas a manifestação não foi o salário dobrado; a manifestação foi a presença do Espírito que apareceu como salário dobrado.
Os hebreus que estiveram com o Mestre, pensavam ter realizado uma manifestação quando os pães e os peixes foram multiplicados. Não realizaram uma manifestação absolutamente. No dia seguinte eles estavam com fome novamente. Mas o Mestre realizara uma manifestação da consciência da presença de Deus e, assim, podia multiplicar pães e peixes a todo e qualquer dia da semana. Podia sair e descobrir ouro na boca dos peixes. Ele não estava tentando multiplicar pães e peixes; tudo o que estava fazendo era elevar seus olhos na compreensão de que o Espírito de Deus era sua manifestação. Permanecer em plena consciência da Presença foi sua manifestação e quando ele realizou essa manifestação, o cadáver tinha que se levantar, os pães e os peixes tinham que ser multiplicados e o ouro tinha que estar na boca dos peixes, porque Deus é a substancia de toda a forma.
Não se orgulhe em curar. Nunca afirme uma cura a não ser para ilustrar o princípio ou a ideia espiritual que a realizou. É relativamente sem importância se você tem saúde ou riqueza hoje. O que é importante é se você obtém a convicção espiritual que lhe dará saúde e riquezas eternas. Não se orgulhe de qualquer tipo de manifestação, mas jacte-se e alegre-se de que viu a face de Deus, de que testemunhou a presença do Espírito, que por sua vez se tornou evidente como a cura ou o suprimento.
USANDO UM NOVO CONCEITO DE CORPO
“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu (...) Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados: não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida” (II Coríntios 5: 1, 2, 4).
Nossa tarefa não é livrarmo-nos negando ou ignorando, do corpo. Nossa tarefa é sermos revestidos com outra consciência do corpo, esse corpo que é “não feito pelas mãos, eterno, nos céus”. Este corpo verdadeiro é aquele corpo. É eterno nos céus, imortal. Mas não podemos ver este corpo. Nós todos recebemos conceitos diferentes de todo corpo que vemos, se estamos apenas julgando pelas aparências, baseados em nossas experiências.
Este corpo, que é invisível, que é eterno e imortal estará conosco para todo o sempre. Este corpo, como eu o vejo, mudará de dia para dia, porque, quanto mais elevado meu conceito de Deus ou do Espírito, tanto melhor em aparência e em sentimentos meu corpo fica. O conceito muda, mas o próprio corpo é imortal; portanto, não nos livramos do corpo mesmo na morte. Nós nos livramos de nossos conceitos de corpo. Mais cedo ou mais tarde, portanto, desenvolveremos a consciência de que nosso conceito de corpo mudará enquanto estivermos na terra.
O CONHECIMENTO DAS PESSOAS PELA ESPIRITUALIDADE
“Assim que daqui por diante a ninguém conheceremos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora já não o conhecemos mais deste modo” (II Coríntios: 5:16).
Antes você me conhecia na carne como um homem. Daqui em diante, você não vai mais me conhecer daquele modo, mas vai me conhecer como um mestre espiritual e não juiz da carne. Antes eu conhecia vocês como seres humanos e alunos, mas daqui por diante não devo conhecê-los jamais deste modo, porém apenas como o Cristo, como Espírito, como fruto de Deus. Antes você conhecia seus amigos e seus parentes, seus pacientes e seus alunos como seres humanos; alguns bons e outros maus. Daqui em diante, você não deve conhecê-los nem como bons nem como maus, mas como seres espirituais. É um erro tentar avaliar uma pessoa como rica, e também avaliá-la como pobre. Você não deve avaliar qualquer pessoa segundo a carne, quer seja boa ou má. Daqui em diante, você deve avaliar uma pessoa apenas como o Cristo.
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Coríntios 5:17). No momento em que você deixar de considerar-se a si mesmo e aos outros como condenados a ser bons ou maus, doentes ou sãos e avaliá-los apenas segundo o Espírito, as coisas velhas passarão. Velhos hábitos, velhas formas da carne, velhos apetites carnais, cobiça, luxúria, ambição, desejo de saúde, riqueza e fama – todas essas coisas passarão e se renovarão.
É nesse ponto que a mensagem do Caminho Infinito se mantém firme. Não devemos considerar uma pessoa como carne ou como ser humano. Não devemos glorificá-la como homem, bom ou mau, mas é melhor agora conhecê-lo não segundo a carne, mas segundo o Espírito. Portanto, se alguém estiver em Cristo, se alguém estiver consciente de sua qualidade messiânica, todas as coisas velhas desaparecerão. Mesmo os velhos conceitos sairão de sua vida. Ele pode ficar triste ao ver alguns deles desaparecerem porque gostava deles, mas eles não permanecerão porque deixarão de fazer parte de sua experiência.
Uma vez que estejamos fundados no Cristo, toda a nossa família, todas as nossas relações pessoais e toda a nossa esfera de ação mudam. Podemos até nos mudar para um outro estado ou sair do país de uma vez, porque todas as coisas se renovaram neste estado elevado de consciência, no qual “nós vivemos, nos movemos e existimos”. Achamos que não há limitações; não estamos confinados a um apartamento ou a uma casa; não estamos ligados a uma família. Nós as temos, mas chegamos e partimos e nos sentimos livres.
Quando a consciência muda e quando a substância do Espírito é revelada na consciência, não necessariamente revelada na sua totalidade, mas mesmo quando revelada em parte, o Templo Sagrado, o corpo verdadeiro, surge em nossa consciência. Outros (que estão de fora e não compreendem a consciência espiritual) ainda podem vê-lo como esta forma, mas saberemos que não é isso. Este corpo é o templo do Deus vivo. Se nós subirmos numa balança, ela pode ainda mostrar um certo número de quilos; mas não teremos sensação alguma de peso, do estado sólido, do corpo.
DESEJAR SOMENTE A DEUS
Hoje, com todos os conflitos, guerras e tumultos, parece que o mundo está inclinado a destruir-se. Nessa desordem, as pessoas, por si mesmas, não têm força, inteligência ou amor. "Porque o homem não prevalecerá pela força" (I Samuel 2:9). Esta destruição ou crucificação, que ocorre e toda parte do mundo, é na realidade a crucificação da crença em poder pessoal, vontade pessoal e sentido de uma identidade isolada e separada da Unidade. É tudo isso que está sendo crucificado. Qualquer um que se agarre à crença de que tem uma vida pessoal pra salvar ou perder, fortuna pessoal para proteger ou uma vontade ou autoridade pessoal pode ser crucificado, porque essas crenças devem ser extirpadas para que a glória de Deus encha a terra e para que o homem se mostre na plenitude da condição de Cristo.
"O que posso desejar além de Ti? Se eu tivesse toda a terra e Ti, eu não teria mais do que se eu só tivesse a Ti. Mas se eu tivesse toda a terra e não tivesse a Ti, então eu teria nada além de um vazio ainda à espera de ser preenchido. Compreendo claramente a inutilidade da cobiça, do desejo e da esperança, porque no silêncio eu sei que Tu estás comigo. Tu és a luz do meu ser."
Nunca posso sentir a presença de Deus até que eu esteja em silêncio. Mas depois de ter alcançado a tranqüilidade e o silêncio, posso pô-la em prática no mundo por algumas horas, quando novamente eu devo recolher-me para renovação da confiança. Não é que Deus não seja onipresente, mas no tumulto e atividade da mente humana, eu estou apto a desenvolver um sentimento de separação, um sentimento de estar à parte. Assim volto para este silêncio por um momento, para renovar a confiança e sentir aquela Presença divina.
"O que posso desejar além de Ti? Se eu tivesse toda a terra e Ti, eu não teria mais do que se eu só tivesse a Ti. Mas se eu tivesse toda a terra e não tivesse a Ti, então eu teria nada além de um vazio ainda à espera de ser preenchido. Compreendo claramente a inutilidade da cobiça, do desejo e da esperança, porque no silêncio eu sei que Tu estás comigo. Tu és a luz do meu ser."
Nunca posso sentir a presença de Deus até que eu esteja em silêncio. Mas depois de ter alcançado a tranqüilidade e o silêncio, posso pô-la em prática no mundo por algumas horas, quando novamente eu devo recolher-me para renovação da confiança. Não é que Deus não seja onipresente, mas no tumulto e atividade da mente humana, eu estou apto a desenvolver um sentimento de separação, um sentimento de estar à parte. Assim volto para este silêncio por um momento, para renovar a confiança e sentir aquela Presença divina.
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