- Núcleo -
Divinos personagens,
Há um Ser
Real, Oceânico...
Deus é este
Oceano de Luz, infinito e eterno.
De Suas
profundezas Deus emerge à superfície de Si mesmo como Ondas do
Oceano...
O Ser
oceânico, infinito e eterno, é Quem somos!
Quando
imergimos nas profundezas, nos percebemos em Unidade com
Deus.
Quando
emergimos à superfície, aparecemos como Ondas do Oceano de
Luz.
Assim, há
apenas um Oceano de Luz e Ondas neste Oceano.
Na superfície
sou uma Onda e nas profundezas, Oceano.
Quando emerjo
Me percebo apenas como a Onda.
Quando imerjo
Me percebo como o vasto Oceano.
Vi cada um de
nós como essa Unidade oceânica e muitas Ondas.
Sei que esta
é a nossa essência e Realidade, é Quem somos.
Saibam que
vocês são todos Ondas de um Oceano de Luz.
É o que
percebo, o que desfruto e o que aqui compartilho.
Divinos personagens,
Assim como há incontáveis ondas no oceano, há incontáveis personagens no
Ser. Assim como o oceano se manifesta como incontáveis ondas e isso não
altera Sua natureza e unicidade, o Ser se manifesta como incontáveis
personagens e isso não altera Sua natureza e unicidade. Do ponto de vista de
uma onda o oceano é imenso, mas há incontáveis outras ondas. Do ponto de
vista de um personagem o Ser é imenso, mas há incontáveis outros personagens.
Embora possa haver, do ponto de vista do oceano, incontáveis ondas, todas
serão percebidas como manifestações do próprio oceano. E embora possa haver,
do ponto de vista do Ser, incontáveis personagens, todos serão percebidos como manifestações do próprio Ser.
Assim como o Ser se percebe como Único,
os personagens se percebem como incontáveis. O Ser se percebe como real e
os personagens se percebem como reais… Eis a representação divina! Os personagens se percebem como
reais. Personagens não são seres reais, a não ser para si mesmos. Assim, a
não ser na representação, ou seja, a não ser do ponto de vista dos
personagens, a representação é real. Por ser uma representação divina ela é
realística, ou seja, parece ser real para os personagens.
Assim, o universo material, por ser uma representação divina, ele
é realístico, ou seja, parece ser real para os personagens. O tempo, por ser uma representação divina, ele é realístico, ou
seja, parece ser real para os personagens. O espaço, por ser uma representação divina, é realístico, ou
seja, parece ser real para os personagens. Os personagens, por serem representações divinas, eles são realísticos, ou
seja, parecem ser reais para os personagens. Enfim, todo o cenário material, tempo, espaço e os próprios personagens,
por serem representações divinas, eles são todos realísticos, ou seja, parecem ser
reais para os personagens.
Há duas percepções possíveis, uma delas percebe o Ser Real; a
outra, percebe a representação do Ser. A primeira percepção é real; a
outra é realística. No momento em que perceber que a representação é o que é, ou seja, que é
apenas uma representação, estará percebendo o real! Não haverá o que temer, pois
ela já não será o seu Senhor e não te afetará como pode estar te afetando
hoje. Você poderá inclusive descartá-la! O fim da representação não acarreta
o fim do Ser, nem sequer o afeta! [Quem você É não é afetado por quem você
está sendo!] No Núcleo temos falado sobre as duas percepções possíveis e
temos enfatizado que a percepção que vê a representação e o realismo é
a percepção mental; e que a percepção que vê o real é a
percepção consciencial.
Na Bíblia, em sentido figurado, mas como uma profunda revelação, há
a seguinte afirmação: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens.
Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará
com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já
não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as
primeiras coisas passaram." (Ap 21:3-4)
As “primeiras coisas” a que se refere esta revelação bíblica é
aquilo percebido pela mente, ou seja, é a representação, na qual existe
mundo material, tempo, espaço e personagens.
O capítulo 21 do Apocalipse descreve “o novo céu e a nova terra”, e relata
uma experiência consciencial de João. Há que se observar que no Núcleo
temos enfatizado que por ser uma “experiência consciencial”, ela não pertence
apenas a quem a teve, ou seja, não é válida somente para quem a teve, mas
também, é válida para quem a percebe! As “experiências conscienciais” são
percepções da realidade do Ser, e como tal são atemporais, são não espaciais,
imateriais e impessoais. Isto quer dizer que as “experiências conscienciais”
não são experiências da mente de um personagem, são revelações
da Consciência do Ser Real [por isso são experiências
conscienciais]. E uma vez vivenciadas, podem ser desfrutadas e
compartilhadas com todos. Relatos de “experiências conscienciais” estão presentes nas
Sagradas Escrituras de todas as religiões e devem ser
assimilados consciencialmente. Não fará sentido analisar mentalmente
uma “experiência consciencial”, e pretender contextualizá-la como sendo
de alguém [personalizá-la]; ou como sendo de algum tempo
[passado, presente ou futuro]; ou como sendo de algum lugar [um local na
terra, ou no espaço].
Aceite com naturalidade, a princípio, a percepção mental, sem esforço, sem
lutar contra a representação, sem negá-la, sem pretender desmascará-la.
Apenas observe todo o cenário e os personagens. Observe seus argumentos, seus
gestos, suas convicções e não julgue, apenas observe. Observe a tudo. Depois,
siga adiante! Imerja-se em sua própria observação e a contemple! Sim, veja
seu personagem observando a tudo.
Se seguiu estes dois passos [se observou
a tudo sem julgar e se contemplou seu personagem observando a tudo] estará a
um passo de meditar, de ter “uma experiência consciencial”! Note que sua parte vai apenas até aqui! Concentração e contemplação. Não
pretenda ir além, não tente “meditar”, pois, não é a mente Quem medita, é a
Consciência, e ela não é influenciada por nada que a mente [a percepção do
personagem] possa fazer.
Quando você decide se concentrar e contemplar o cenário, parece ser você
quem está “batendo à porta” da Consciência para que você tenha a “experiência
de meditação”, mas não é isso o que realmente está ocorrendo. É algo muito
mais divino. É algo além da imaginação! É o próprio Ser Real “Quem” está
“batendo à porta” da sua mente e te convidando a deixá-la.
Do ponto de
vista do personagem parece que ele se dirigiu ao Ser, mas, em verdade foi o
Ser Quem se dirigiu ao personagem! Isto é assim porque todo o enredo do personagem é escrito pelo Ser. Como
exemplo, um personagem de quadrinhos, como o “cebolinha” não dá um passo se o
Maurício de Souza [se o Autor do personagem “cebolinha”] não o desenhar dando
um passo! Assim o “cebolinha” só pode ter a percepção de que ele,
“cebolinha”, é um personagem, se o Maurício de Souza escrever este enredo
para o “cebolinha”. Mesmo assim, o “cebolinha” jamais terá “esta percepção”
[A percepção consciencial é sempre do Autor, nunca do personagem]. É a
“Consciência do Ser” Quem percebe “consciencialmente”, não a “mente do
personagem”.
Apenas quando o personagem se volta ao Ser Real é que ele está prestes a
perceber Quem realmente É. Em qualquer outra busca o personagem está se
enveredando na representação. No momento em que percebe Quem É, percebe que
não é ele, enquanto personagem, Quem percebe; mas sim, que é Deus Quem
percebe; e que há apenas o Ser; que somente Deus é Real.
Este texto é endereçado aos que estão compartilhando a Verdade de
si mesmos, a percepção de sua real identidade! Nesta visão não há porque
deixar de estar na representação. Nós não somos “personagens”; essa não é
nossa real identidade! Somos Quem sempre fomos, Quem sempre seremos! Sabemos
que "antes que houvessem personagens, nós somos"! Cada um de nós É Quem
realmente É. Somos o Ser Real, a divindade atemporal.
O que muda entre
nós, enquanto personagens, é a percepção deste fato! Muitos estão
completamente imersos na ilusão, e se vêem separados de Deus, se imaginam
“filhos pródigos”. Outros se vêem imersos em Deus, e se percebem “Filhos de
Deus”! O que muda é a percepção que cada um quer ter, não o fato em si,
pois, a única realidade, a “real identidade” de todos é Deus!
A humanidade sempre teve esse conhecimento. Krishna veio ao mundo
e revelou este conhecimento divino; Buda veio ao mundo e revelou
este conhecimento divino; Jesus Cristo veio ao mundo e revelou
este conhecimento divino. Muitos mestres, como Yogananda,
Ramakrishna, Ramana Maharishi e Masaharu Taniguchi vieram ao mundo e
revelaram este conhecimento divino. Não é um conhecimento novo, nem uma “verdade nova”. Trata-se apenas de uma “revelação da Fonte”, uma “revelação
do Núcleo”. Todos os que convergem para esta Fonte têm esta percepção. É uma percepção para ser desfrutada e compartilhada entre todos, não para
ser imposta, mas apenas para ser vivenciada.
Assim, os que estão no Núcleo não devem ter a intenção de
reunir seguidores de uma nova doutrina ou de uma nova religião, mas
sim, devem ter a intenção de compartilhar com aqueles que quiserem,
de todas as religiões, esta visão da divindade!
Afinal, não faz diferença para Deus que o personagem esteja
na representação percebendo apenas a representação, mas, faz enorme
diferença para o personagem que ele esteja na representação percebendo a
divindade! É a diferença entre estar “vivendo o que a mente concebe” ou
“vivendo o céu”!
Por fim, lembro esta revelação do Cristo, a divindade que “apareceu como”
o divino personagem, o Filho de Deus: O “reino de Deus” está dentro de vós! O Ser Real é o “Oceano de Luz e Bem-aventurança”! E no Núcleo desfrutamos
a imensidão deste Oceano. Glorifiquemos a Deus por compartilhar esta percepção!
A paz seja com todos.
Muito obrigado.
Um comentário:
Personificações do Ser Real!
Há entre os "textos nucleares" uma unicidade, independente do "personagem" pelo qual fluíram. Textos nucleares são textos que provém do "Núcleo", seja este "Núcleo" chamado de "Centro", como o faz Joel Goldsmith, "Nyo", [termo budista usado por Masaharu Taniguchi], "Reino de Deus" [Jesus], "Mar Ryugu", ou qualquer outro termo que se refira a essa Fonte, Origem ou Essência Divina. Para realçar a unicidade entre o texto atual e o anterior [Onde estão os Mestres?]aos que quiserem se aprofundar no tema acessem neste blog os textos "Eu Vim" em http://busca-espiritual.blogspot.com.br/2013/12/eu-vim.html e "Do Nada à Totalidade" em http://busca-espiritual.blogspot.com.br/2013/12/do-nada-totalidade-goldsmith.html
Namastê.
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