- Núcleo -
No Gita, Krishna disse a Arjuna: “Eu sou a testemunha; por Mim,
este aglomerado de cinco elementos chamado Universo, todos estes
objetos móveis e imóveis, são formados. Seja qual for o nome ou a
forma adorada, Eu sou o Destinatário, porque Eu sou a Meta de todos.
Eu sou o Único. Não há nenhum Outro. Eu Mesmo Me torno o Adorado,
através de Meus muitos Nomes e Formas. Não apenas isso, Eu sou o
Fruto de todas as ações, o Doador do Fruto e o Instigador.
Perceber-Me é verdadeiramente a libertação. É o Jivanmuktha
(libertado mesmo enquanto vivo) que alcança essa realização. Arjuna,
se alguém aspira tornar-se um Jivanmuktha, deve-se eliminar
totalmente o apego ao corpo.” (Sathya Sai Baba)
Divinos Personagens,
Que bela mensagem escolhida pelo Ser, a quem desde
já reverencio e agradeço!
Krishna (a divindade) declara:
“Perceber-Me é verdadeiramente a libertação.”
E também:
“É o Jivanmuktha (libertado mesmo enquanto vivo) que alcança essa
realização.”
Atma é o Ser Real. Jiva é o personagem. Muktha (libertado) provém de Moksha, que significa libertação. A vida é a representação divina.
O personagem (Jiva) deve aspirar por conhecer sua real identidade (Atma),
ou seja, deve perceber Quem ele É. Quando na representação divina esta
percepção da real identidade ocorre ao personagem, ele é chamado “Jivanmuktha”
(aquele que está liberto mesmo enquanto vive, mesmo enquanto representa).
No momento em que o “Jivanmuktha” percebe que a real identidade
do personagem (Jiva) é o Ser (Atma) ele então pode declarar: “Eu Sou
o Atma”, ou como disse Cristo: “Eu e o Pai somos Um.”
O Atma (o Ser Real) quando considerado independentemente da representação
divina é descrito como Paramatma (Deus Absoluto). A mais alta realização é perceber que a única realidade é Paramatma (Deus
Absoluto). E sendo o Paramatma o “Deus Absoluto”, significa que não há nada
além de Si mesmo. Paramatma é também o Deus descrito como "o Todo-Poderoso".
Entre os “Poderes” do “Todo-Poderoso”, está o “Poder de Agir”. Porém, não
há ninguém e nada além de Si mesmo, por ser Deus o “Absoluto”, ou seja, a
“Única Realidade”. Mas não há limites para Deus. Tendo o “Poder de Agir”, e
não tendo limites, Deus age! E, sendo a “Única Realidade”, Deus cria em Si
mesmo um universo divino no qual manifesta o Seu “Poder de Agir”! Com Seu Poder de Agir, o universo que Deus criou foi o algo mais divino
que se possa conceber: Um universo de seres plenamente conscientes de Quem
são, de que são todos o que Deus É, de que É o Ser Real, o Único!
Embora este universo de seres conscientes de Quem são esteja além
do alcance das palavras e da imaginação - porque existem muitos seres
mas que são todos o mesmo Ser -, é Real. É o universo da Consciência
de Deus. No Núcleo este universo criado por Deus é chamado de
universo consciencial. Na Seicho-No-Ie é chamado de Mundo da Imagem Verdadeira, ou Jissô. No cristianismo é chamado de Paraíso ou Reino de Deus. No budismo é
o Nirvana. Como disse o poeta, uma rosa é uma rosa, seja qual for o nome que
se dê a ela…
Os seres conscientes de Quem são tem consciência deste “Poder de Agir” e
criam uma representação divina, um universo onde tudo é possível, inclusive
com personagens que não têm a consciência de Quem são, e isto abre muitas
possibilidades à própria representação! Por ser uma manifestação do Poder
divino, a representação é muito realística! Nela tudo parece ser real: o
cenário e uma multiplicidade de divinos personagens com muitos nomes e
formas! Mas também, por ser uma representação divina, na qual tudo é
possível, entre todas as possibilidades, na representação divina, está
a possibilidade de que os divinos personagens possam voltar a
ter consciência da realidade de Quem são!
Por isso, Krishna, sendo um dos “seres conscienciais”, mesmo estando na
representação, mantém a consciência de Quem ele É, e declara: “Perceber-Me é
verdadeiramente a libertação.”
E revela quem, na representação, ou seja, que tipo de personagem pode ter
esta percepção:
“É o Jivanmuktha (libertado mesmo enquanto vivo) que alcança essa
realização.”
Portanto, mesmo estando na representação, é possível “estar liberto” e ter
esta consciência, a percepção de um Jivanmuktha, que no Núcleo é chamada de
“percepção consciencial”.
Personificações da divindade:
Leiam com atenção o que acaba de ser comentado. Se o fizerem terão
um benefício imenso! Pois, não se trata de um simples comentário. Trata-se
de uma “versão atual” de uma Verdade atemporal capaz de libertar os
personagens! Muitos personagens querem de fato saber a Verdade. Esta é uma
grande oportunidade, pois a Verdade sobre a real identidade de cada um dos
personagens do Ser está novamente sendo abertamente revelada. Todos podem
tê-la!
Observem que nesta “nova versão” apresentada no Núcleo a ênfase não é dada
a nenhum Mestre especificamente, mas sim, à percepção! O que importa é que
você perceba sua real identidade, não importando a que Mestre segue! E é
assim porque com esta percepção a Verdade será conhecida e o real Mestre
emergirá em você! Pois, o verdadeiro Mestre está na Consciência do Ser que
você É! Este “universo consciencial”, este Reino de Deus, o Nirvana, não está
fora de você, nem longe de você. Estes conceitos de fora e longe são apenas
conceitos, só existem na representação divina, não se aplicam ao universo
consciencial, não se aplicam a Quem você realmente É. Não há de fato um
Mestre fora de você, nem longe.
Por isso Krishna disse: “Perceber-Me”.
Assim, este comentário é para os que querem “estar na representação” mas
não serem subjugados pela representação. Por isso é feita esta elucidação, e
é dado este esclarecimento. É algo que não vem da “mente de um personagem”; é
algo atemporal, algo que não vem da identificação com o Jiva, mas com o
Atma!
A propósito: termos como “Jiva”, “Atma”, “Paramatma” vêm do hinduísmo e
são usados para descrever a realidade divina. Na Seicho-No-Ie são usados
termos como “mundo da Imagem Verdadeira”, “mundo fenomênico”, “Jissô”. No
cristianismo são usados termos e expressões como: “Filho de Deus”, “O Verbo
se fez Carne”, “Viver em Cristo”, etc. Ou seja: cada religião ou filosofia
espiritual usa termos próprios e expressões como uma forma de resgatar o
significado espiritual da Verdade que foi revelada por algum Mestre, mas que
com o tempo e com as muitas traduções das palavras do Mestre e das muitas
reinterpretações, foi se perdendo.
Em resumo, o comentário acima expõe de forma sintética o
ensinamento compartilhado no Núcleo de que: A Única Realidade é Deus. Deus é o único Ser Real. Ele é Absoluto, ou seja, não há outro Ser Real. Toda a Verdade se resume nisto e poderia ser colocado um ponto
final aqui. Alguns até ficam nesse ponto! Mas Deus é Todo-Poderoso. Ele pode tudo! Ele pode criar, ou seja, Ele pode
“fazer existir o que não existe”. E Deus criou um universo de seres
plenamente conscientes de Quem são, de que são o Ser Real, Único! Este
universo criado por Deus é Real. É o universo da Consciência de Deus, o
universo consciencial. Os seres deste “universo consciencial”, os “seres
conscienciais” criaram uma representação divina. Estes “seres
conscienciais” assumiram papéis na representação divina e estão
representando…
Você é um ser consciencial como Krishna, e a representação
divina não altera esta realidade! Todos os seres conscienciais são
plenamente conscientes de que são a própria divindade.
Não há uma nova verdade sendo revelada, pois, o ensinamento compartilhado
no Núcleo é uma versão atualizada de uma verdade atemporal.
Por isso
compartilho que: Não há sequer uma única nova verdade a ser revelada, nem
mesmo uma nova consciência a ser desenvolvida. Nossa Consciência está
plenamente desperta e já somos filhos de Deus, criados a Sua imagem e
semelhança. O que nos falta é tão somente percebermos esta realidade nos
desfazendo dos nossos condicionamentos.
Jesus disse: Conheça a Verdade e a Verdade te libertará.
Krishna
disse: "Perceber-Me é verdadeiramente a libertação."
Não é possível “perceber o Ser” com a “mente do personagem”. Esta
“percepção” não está na mente, mas, sim, na Consciência! A Consciência está na essência, no “núcleo do Ser” que você É!
“Vá para o Ser, para Krishna!”
Perceba-O, desfrute e compartilhe!
Perceba-O, desfrute e compartilhe!
Namastê.
3 comentários:
Sobre o "conhecimento do Ser" acaba de ser compartilhado o que segue:
Pensamento para o Dia 29/01/2015
“Existem três métodos de aprendizagem: sravana (escutar), manana (contemplação constante) e nididhyasana (assimilar). Na verdade, o que você ouviu não pode ser facilmente compreendido e assimilado apenas escutando. Você deve fazer alguma manana ou refletir repetidamente e, em seguida, absorver o que ouviu. Isso é nididhyasana. Se fizer todos os três, só então você pode desfrutar dos frutos do que escutou. Será que a sua fome se saciará apenas olhando o alimento que foi cozido? Mesmo se simplesmente comer o que foi preparado, você será capaz de obter a força necessária do alimento? Somente se digerir o alimento que comeu é que você pode obter sustento. Como cozinhar, comer e depois digerir são três processos essenciais para obter o resultado final, assim também, sravana, manana e nididhyasana devem seguir um ao outro nessa ordem para, somente então, você adquirir alguns aspectos do Atma Vidya (conhecimento do Atma).”
Aos que quiserem um aprofundamento sobre o tema da libertação acessem neste blog:
http://busca-espiritual.blogspot.com.br/2014/02/assim-se-identificam-o-budismo-e-o_28.html
Namastê!
Gratidão!! _/\_
Namastê!
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