- Núcleo -
Meu divino Amigo Gustavo, o post anterior revela que Deus é tudo!
Em um comentário seu, na postagem "Pense Deus", você escreveu: “Que, neste Agora - e através da Mente que Deus é -, todos possam perceber Quem são!”
O ponto é este: Somente através da "Mente que Deus é" é possível perceber que Deus é tudo!
Sobre este ponto permita-me compartilhar o que segue.
Essa “Mente que Deus É” é a única Mente, a verdadeira! Na linguagem do Núcleo, a Mente de Deus é chamada Consciência do Ser por ser ela a Consciência do Ser Único e Real. Este Ser é o Eu Verdadeiro, a nossa real identidade.
No texto, este Ser Real é a própria Vida que subjaz a tudo o que está no papel, que é a representação divina. O texto concluiu afirmando que: "Toda forma representa o Espírito, Deus; e, à medida que o nosso discernimento de Deus como Tudo se torna mais iluminado e mais transparente, veremos, aqui e agora, seres tão glorificados, perfeitos e imortais, livres de nascimento e morte, como são eternamente agora, mantidos na Toda-Presença, no Deus que é Tudo."
Para fins meramente didáticos, para que o nosso discernimento de Deus como Tudo se torne mais iluminado e mais transparente: em contraposição à “Consciência do Ser”, que é a “Mente de Deus”, há a “mente humana”, que na linguagem do Núcleo é chamada de “mente do personagem”.
Enquanto imersos na “Representação”, ou seja, na “realidade dos personagens”, na realidade aparente, não percebemos a Realidade, o Universo Verdadeiro; o Universo da Consciência, o Universo de Deus, porque a mente dos personagens - que não é de fato nossa “Mente” - tem uma percepção própria, que na linguagem do Núcleo é chamada de “percepção mental”, que percebe conforme sua própria natureza, que é irreal. Assim, não sendo a nossa Mente, a mente do personagem, não sendo real, não percebe o real. É algo como a percepção que temos em sonho que durante o sonho percebe a realidade do sonho e não percebe que a realidade do sonho não tem substância, ou seja, não percebe que o sonho não é de fato a realidade. Mas, mesmo durante o sonho, em todo o tempo a Mente Verdadeira está presente. No instante em que o sonhador se desperta reassume a identidade de Quem ele é.
E também entre os seres humanos há os que, mesmo durante o período de sonho, estão conscientes de que estão sonhando! Eles continuam “desfrutando o sonho” sabendo que é apenas um sonho. Os que são conscientes de que a “realidade dos personagens”, a “Representação”, não é a Realidade do Ser, a realidade de Quem Somos, na linguagem do Núcleo são chamados de “personagens despertos”. Eles são personagens que se identificam com “Quem realmente São”, se identificam com o Ser Real, com o Eu Verdadeiro, e não com “quem estão sendo”, com quem estão representando, não se identificam com a “identidade de seus personagens”.
Este é o motivo de Jesus, que é exemplo de um personagem desperto, ter dito: “Eu e o Pai somos Um.” E também: “Quem vê a mim vê Aquele que me enviou”. Pelo mesmo motivo Sakyamuni, que é outro exemplo de personagem desperto, disse: “Eu sou Buda”, cujo significa é “Eu sou Desperto”!
Na representação, a fim de que os personagens possam ter parâmetros nos quais se referenciar, há sempre “personagens despertos”. Por vezes esses personagens são bastante evidentes, mas na maior parte das vezes eles não são tão evidentes. Eles existem, sempre existiram e sempre existirão; estão dispersos no cenário mas nem sempre são notados. É assim para que a representação possa seguir o seu curso sem interferências em relação aos divinos personagens que não querem se despertar.
Por outro lado para os que querem se despertar e perceber o Real há sempre um personagem desperto que compartilha sua percepção da Realidade e revela o caminho para a percepção do real. Neste texto Frances T. Seal evidencia ser um destes personagens. Mas certamente não é o único instrumento pelo qual a divindade está Se evidenciando. Os que compartilham suas percepções também são. Basta notar o que ocorreu a Aquele que na representação aparece como o divino personagem Gustavo, idealizador deste blog, ao compartilhar a percepção de que: "Lembrei que, na Bíblia, Eu já disse que: 'Os Meus pensamentos não são os teus pensamentos; os Meus pensamentos são mais altos do que os teus pensamentos'."
Por outro lado para os que querem se despertar e perceber o Real há sempre um personagem desperto que compartilha sua percepção da Realidade e revela o caminho para a percepção do real. Neste texto Frances T. Seal evidencia ser um destes personagens. Mas certamente não é o único instrumento pelo qual a divindade está Se evidenciando. Os que compartilham suas percepções também são. Basta notar o que ocorreu a Aquele que na representação aparece como o divino personagem Gustavo, idealizador deste blog, ao compartilhar a percepção de que: "Lembrei que, na Bíblia, Eu já disse que: 'Os Meus pensamentos não são os teus pensamentos; os Meus pensamentos são mais altos do que os teus pensamentos'."
Esta aparente “lembrança” é em si uma grande chave de compreensão que remete ao texto sobre dois outros personagens: “Unicidade nos ensinamentos de Cristo e Buda”. Um relevante comentário a este texto trata da relação entre “Percepção e Ação” e em certo ponto é exposto que:
“Na Bíblia Deus diz que os seus pensamentos não são os Meus pensamentos e os seus caminhos não são os Meus caminhos…". Isto evidencia que há pensamentos que são mais elevados do que os pensamentos que são gerados na mente e que há uma percepção que é mais elevada que a percepção mental.
O referido comentário começa expondo da forma como segue: "No Núcleo dizemos que 'não há percepção sem ação." Mas, há dois tipos de percepção: A percepção mental e a percepção consciencial.
Devemos notar que a percepção mental, por ser a percepção da mente do personagem, tem a mesma natureza do próprio personagem, ou seja, existe apenas na representação. Assim, com a percepção mental, que é uma representação e, portanto, irreal, é impossível perceber o universo consciencial, que é real. O irreal não pode perceber o real.
A percepção real é da Consciência do Ser. A percepção a que se refere a frase acima é, portanto, a percepção consciencial! O sentido daquela frase é então: “Não há percepção consciencial sem ação.”
Mas, há também dois tipos de ação: A ação por interesse, que é motivada pelos frutos da própria ação; e a ação correta, que é desinteressada.
Percepção consciencial e ação correta estão sempre juntas. A manifestação de uma acompanha a manifestação da outra! Na “cosmologia do Núcleo” foi exposto que Deus concebeu em Sua própria Consciência um Universo repleto de “Seres”, e que todos são conscientes de que são o Ser Único, o próprio Deus. O Universo consciencial e os seres que nele existem são reais! Notem que o Universo Consciencial, o universo gerado por Deus em sua Consciência, é a manifestação da “percepção da Consciência do Ser” que Deus É em ação; é manifestação da percepção consciencial. A realidade do Universo consciencial e dos seres conscienciais e a unicidade com Deus só é percebida consciencialmente. Só aquele que se percebe como um Ser Consciencial sabe que é “Um com Deus”, o único Ser real. Da mesma forma como Deus partiu da percepção consciencial e agiu, também é possível partir da ação correta e perceber!
Com base neste princípio da reciprocidade, entre percepção consciencial e ação correta, é que os Mestres embasam Seus ensinamentos. Observem que os Mestres dirigem Seus ensinamentos para o “reto agir”, para a forma correta de se viver. É a prática desta ação correta o que desperta em nós a percepção consciencial. É agindo como “Quem somos” o que nos torna conscientes de que somos “o Ser Real, o Ser consciencial, o Ser que não é material, que não é da “representação”. Cristo declarou: “Aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que Lhe agrada.” E disse anida: “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus.”.
A ação correta está relacionada aos pensamentos elevados e aos sentimentos nobres que, quando vivenciados, geram uma expansão dos limites da percepção do personagem e despertam a percepção da Presença do Ser.
A ação correta está relacionada aos pensamentos elevados e aos sentimentos nobres que, quando vivenciados, geram uma expansão dos limites da percepção do personagem e despertam a percepção da Presença do Ser.
Em outro trecho do comentário exposto, escreve Masaharu Taniguchi:
“Não é através do fenômeno que se conhece a Essência. Esta somente pode ser conhecida pela Essência da própria pessoa. No budismo se diz que “somente Buda pode conhecer Buda”. Em termos cristãos, diríamos que “ninguém conhece o Pai, senão o Filho” (Mt. 11;27) ou “ninguém vai ao Pai senão pelo Cristo interior”. Por mais que analisemos o fenômeno, não conheceremos a Essência. Por mais que dissequemos o homem carnal, não encontraremos o homem-Essência. Somente alcançamos a iluminação quando a nossa Essência e a Essência do Universo se tocam diretamente, isto é, por meio da percepção direta, por meio do sentido da Essência.”
Perfeita explanação! Esta “percepção direta” ou “sentido da Essência” é a própria “percepção consciencial”, ou seja, é a percepção da essência do ser humano, de sua real natureza de ser consciencial, que é a percepção real; que percebe que toda forma representa divinamente o Espírito, Deus, e que de fato: Tudo é Deus!.
A íntegra do referido texto e comentário pode ser acessado no seguinte endereço: http://nucleu.com/2012/09/06/unicidade-nos-ensinamentos-de-cristo-e-buda/
Nenhum comentário:
Postar um comentário