- Gustavo -
Qualquer que seja o estado de consciência, ele é sempre algo completo em si mesmo. Um estado de consciência não iluminado é algo "completo em si mesmo". E o estado iluminado de consciência é também "completo em si mesmo". É característica da consciência, da realidade e da percepção serem coisas já prontas, inteiras, completas, consumadas. Vamos entender melhor este ponto, pois a compreensão dele tornará clara a desnecessidade (na verdade, a impossibilidade!) de tentar "desenvolver", "expandir" ou "evoluir" uma consciência não iluminada.
Eis um exemplo que nos permitirá entender essa característica/natureza da consciência, da realidade e da percepção: Quando vamos dormir, deixamos de lado a nossa "consciência de vigília" para ingressarmos em uma "consciência de sonho". E ao começar a sonhar não sentimos ter havido uma "passagem" de um estado de consciência para o outro: subitamente nos vemos dentro da realidade concebida pelo sonho. A realidade do sonho nos chega de repente e sem pedir licença: quando menos percebemos já estamos nele. No âmbito dessa "consciência de sonho" ocorrem inúmeros fenômenos que seriam estranhos e absurdos do referencial de nossa "consciência de vigília". Quando considerados à luz da "consciência que sonha", os acontecimentos do sonho parecem ser muito sensatos/razoáveis, e nós não os questionamos, não os contestamos... ao contrário, nós os aceitamos com naturalidade. Porém, uma vez que despertemos do sonho e retornemos ao nosso estado de vigília, se considerarmos novamente a história sonhada, poderemos constatar todas as anormalidades, incoerências, contradições e absurdos dos fatos que se sucederam. "Como fomos parar dentro daquele sonho?". No sonho isso não é questionado – sua realidade faz total sentido. A "consciência de sonho" atua de modo tal que sequer desconfiamos que estamos em uma realidade de sonho.
Mas, se um personagem do sonho descobrir que está "sonhando" e desejar retornar à realidade que existe fora do sonho, o que ele poderia fazer? Haveria alguma "passagem" ou "caminho" que ele pudesse percorrer para chegar ao mundo real? Existe alguma "conexão" ou "elo" ligando as duas realidades? Poderia ele tentar "desenvolver", "expandir" ou "evoluir" a consciência com a qual ele se vê no sonho para alcançar a realidade fora do sonho? Poderia algo ser acrescentado à "consciência que sonha" para fazer dela uma "consciência que percebe a realidade fora do sonho"? Sabemos que não há essa possibilidade. Isso é assim porque a "realidade de sonho" é algo inteiro e completo em si mesmo, e também pelo fato de a "realidade fora do sonho" ser uma existência inteira, pronta, completa, consumada. Em razão dessas duas realidades serem "completas" é que ambas existem totalmente desconectadas, separadas e isoladas. Devido a isso, o modo de "passar" de uma realidade para outra não se dá mediante uma "passagem" ou "caminho" – a única possibilidade é através de um despertar. Ocorrendo esse despertar, a "consciência" que acusava a presença do sonho desaparece juntamente com o sonho, e o indivíduo se vê imediatamente na realidade. Fim do exemplo.
A partir do exemplo dado, vamos compreender que a mente não iluminada é inteira e completa em si mesma. Da mesma forma, a consciência iluminada é uma consciência já pronta, inteira, perfeita e completa em si mesma. Em decorrência disso, nada há que possa ser acrescentado à mente ilusória para fazer dela uma consciência iluminada. O que não é iluminado não pode ser "aprimorado", "desenvolvido" ou "expandido" até tornar-se iluminado. E da mesma forma, não existe "passagem" de uma percepção não iluminada para uma percepção iluminada. Se você estiver percebendo mentalmente (ilusoriamente), sua percepção será a de que a realidade é de substância mental (material), desde sempre. Ao passo que, se você estiver percebendo consciencialmente (verdadeiramente), a sua percepção será a de que a realidade é de substância espiritual (consciencial, divina), desde sempre. Para a percepção mental nunca houve um momento em que a realidade fosse divina ou consciencial. Da mesma forma, para a percepção consciencial, nunca houve um momento em que a realidade fosse de substância material ou mental. Decorre disso que, na realidade mental, não existe "acesso" ou "passagem" para a realidade consciencial; e, na realidade consciencial, também não existe "acesso" ou "passagem" para a realidade mental. São realidades "fechadas", "isoladas" – completamente desconectadas. Por isso, a única maneira de começar a perceber consciencialmente é perceber consciencialmente agora mesmo! Não há outro meio. E se você conseguir perceber consciencialmente, a própria percepção consciencial lhe fará perceber que nunca você "acessou" a percepção consciencial a partir de uma percepção mental, ou seja, nunca você "saiu" de uma percepção/realidade mental para "ingressar" na percepção/realidade consciencial. É assim que é, tal é a natureza da consciência, da realidade e da percepção.
E, para perceber consciencialmente agora mesmo, o Caminho Infinito recomenda que o praticante adquira o hábito de meditar constantemente. O estudante deve sentar-se calmamente, aquietar a mente e os sentidos (que percebem o mundo material) e colocar-se em estado de relaxamento e receptividade para perceber a realidade espiritual/consciencial. Em tal estado de relaxamento e receptividade, deve-se contemplar/visualizar a Realidade Divina como realidade já presente, agora mesmo. Agora mesmo vivemos no Reino de Deus! Agora mesmo somos os Filhos amados de Deus, dotados de todas as virtudes e atributos de Deus. Agora mesmo "vivemos, nos movemos e existimos" na realidade perfeita que Deus é. A Presença de Deus é a nossa Presença! O Ser que Deus é é o Ser que somos. Por isso, agora mesmo estamos preenchidos de todo amor, sabedoria, verdade, vida, força, inteligência, harmonia, alegria, paz e demais bênçãos de que necessitamos. Neste momento, o Universo inteiro é infinitamente perfeito agora! Você, como integrante deste Universo – e em unidade com Ele –, também é infinitamente perfeito agora! Contemple essas verdades como válidas (para você e o universo inteiro) aqui e agora! Não tente visualizar um universo perfeito a fim de que ele se manifeste em sua realidade. Não tente "elevar" ou "aprofundar" o seu estado de consciência a fim de que você perceba este Universo Perfeito. Também não tente acessá-lo. Não faça tentativas. Compreenda que não é preciso "acessá-lo", porque neste momento você está nele! Compreenda (ainda mais profundamente!) que não é preciso sequer "percebê-lo", porque neste momento você já o está percebendo. Veja-o presente! Contemple-o presente! Perceba-o presente! E não tente entender como é possível você se ver em um novo Universo que nunca teve que acessar (pode ser que a mente queira contestar e argumentar com suas lógicas). Você simplesmente está nele. Esteja nele, e ponto final. Assim é a visão mística que percebe a Realidade. Essa é a meditação ensinada no Caminho Infinito.
Há um estado iluminado de consciência que nos faz perceber o universo físico como sendo apenas um conceito (ao invés de Universo). Nos faz compreender que o único Universo que existe é o Universo Espiritual criado e mantido por Deus. Essa é a única existência verdadeira. Somente ele está acontecendo. Somente ele está presente. O universo conceitual não está ocorrendo, e também não está presente. Acreditar na existência/presença de "dois universos" deixa o praticista desalinhado com o princípio espiritual do ÚNICO PODER anunciado pelo Caminho Infinito. Acreditar na presença ou existência do universo conceitual (que se constitui em bem e mal) o torna um poder atuante em nossa experiência. Joel Goldsmith diz que ele não é poder. Unicamente Deus é poder.
Goldsmith afirma que, no início de nosso aprendizado, pode ser útil considerar a existência de dois universos, um "real" e outro "irreal". Todavia, este é apenas um artifício utilizado para separar o nosso pensamento da crença coletiva que diz que "o ser humano mortal, pecador ou doente é criação de Deus". Após obtivermos a inabalável convicção de que "o ser humano é o Filho de Deus, perfeito, criado por Deus", tomamos como verdade (ponto de partida) unicamente esse Fato – o qual, de fato, é o único que está agora ocorrendo. Goldsmith diz:
"Uma vez que você tenha se elevado neste caminho, você fará uma grande descoberta. Você próprio é aquele homem espiritual, e exatamente aqui e agora é o universo espiritual. De fato, Deus não creou aquilo que vemos, pois o que nos é visível não é realmente o que está naquele local. O que vemos é apenas um conceito que temos daquilo que ali se encontra, e esse conceito nada tem a ver com a creação de Deus. Neste período em que avançamos do humano ao divino, um aprendizado que precisaremos conseguir para prosseguirmos em nosso desenvolvimento espiritual será o da conscientização de que aquilo testificado pelos cinco sentidos físicos não é realidade. Por esse motivo é que encontramos na literatura metafísica os termos 'mundo real' e 'mundo irreal', 'homem real' e 'homem irreal'. Através da metafísica, você aprende que 'há um homem real' e passa a erguer imediatamente um ideal, visualizando a si próprio e se aproximando daquele estado de espiritualidade e divindade atribuído ao homem real. Mas queremos lembrá-lo que o tempo todo você é aquele homem ideal, e tudo que é necessário para trazer este homem à manifestação é a sua conscientização de que existe um Princípio divino operando no universo. Você não chegará ao reino dos céus enquanto não começar a perceber que já é agora aquele homem espiritual, aquele homem que está agora no paraíso, sob regra e jurisdição divina. Exatamente aqui e agora você é um ser espiritual que é a própria manifestação de tudo que Deus é."
Perceba a importância vital de contemplar essas verdades como realidade já presentes! Podemos dizer que essa pequena recomendação, sozinha, constitui todo o aprendizado requerido neste ensinamento!
Namastê!
Eis um exemplo que nos permitirá entender essa característica/natureza da consciência, da realidade e da percepção: Quando vamos dormir, deixamos de lado a nossa "consciência de vigília" para ingressarmos em uma "consciência de sonho". E ao começar a sonhar não sentimos ter havido uma "passagem" de um estado de consciência para o outro: subitamente nos vemos dentro da realidade concebida pelo sonho. A realidade do sonho nos chega de repente e sem pedir licença: quando menos percebemos já estamos nele. No âmbito dessa "consciência de sonho" ocorrem inúmeros fenômenos que seriam estranhos e absurdos do referencial de nossa "consciência de vigília". Quando considerados à luz da "consciência que sonha", os acontecimentos do sonho parecem ser muito sensatos/razoáveis, e nós não os questionamos, não os contestamos... ao contrário, nós os aceitamos com naturalidade. Porém, uma vez que despertemos do sonho e retornemos ao nosso estado de vigília, se considerarmos novamente a história sonhada, poderemos constatar todas as anormalidades, incoerências, contradições e absurdos dos fatos que se sucederam. "Como fomos parar dentro daquele sonho?". No sonho isso não é questionado – sua realidade faz total sentido. A "consciência de sonho" atua de modo tal que sequer desconfiamos que estamos em uma realidade de sonho.
Mas, se um personagem do sonho descobrir que está "sonhando" e desejar retornar à realidade que existe fora do sonho, o que ele poderia fazer? Haveria alguma "passagem" ou "caminho" que ele pudesse percorrer para chegar ao mundo real? Existe alguma "conexão" ou "elo" ligando as duas realidades? Poderia ele tentar "desenvolver", "expandir" ou "evoluir" a consciência com a qual ele se vê no sonho para alcançar a realidade fora do sonho? Poderia algo ser acrescentado à "consciência que sonha" para fazer dela uma "consciência que percebe a realidade fora do sonho"? Sabemos que não há essa possibilidade. Isso é assim porque a "realidade de sonho" é algo inteiro e completo em si mesmo, e também pelo fato de a "realidade fora do sonho" ser uma existência inteira, pronta, completa, consumada. Em razão dessas duas realidades serem "completas" é que ambas existem totalmente desconectadas, separadas e isoladas. Devido a isso, o modo de "passar" de uma realidade para outra não se dá mediante uma "passagem" ou "caminho" – a única possibilidade é através de um despertar. Ocorrendo esse despertar, a "consciência" que acusava a presença do sonho desaparece juntamente com o sonho, e o indivíduo se vê imediatamente na realidade. Fim do exemplo.
A partir do exemplo dado, vamos compreender que a mente não iluminada é inteira e completa em si mesma. Da mesma forma, a consciência iluminada é uma consciência já pronta, inteira, perfeita e completa em si mesma. Em decorrência disso, nada há que possa ser acrescentado à mente ilusória para fazer dela uma consciência iluminada. O que não é iluminado não pode ser "aprimorado", "desenvolvido" ou "expandido" até tornar-se iluminado. E da mesma forma, não existe "passagem" de uma percepção não iluminada para uma percepção iluminada. Se você estiver percebendo mentalmente (ilusoriamente), sua percepção será a de que a realidade é de substância mental (material), desde sempre. Ao passo que, se você estiver percebendo consciencialmente (verdadeiramente), a sua percepção será a de que a realidade é de substância espiritual (consciencial, divina), desde sempre. Para a percepção mental nunca houve um momento em que a realidade fosse divina ou consciencial. Da mesma forma, para a percepção consciencial, nunca houve um momento em que a realidade fosse de substância material ou mental. Decorre disso que, na realidade mental, não existe "acesso" ou "passagem" para a realidade consciencial; e, na realidade consciencial, também não existe "acesso" ou "passagem" para a realidade mental. São realidades "fechadas", "isoladas" – completamente desconectadas. Por isso, a única maneira de começar a perceber consciencialmente é perceber consciencialmente agora mesmo! Não há outro meio. E se você conseguir perceber consciencialmente, a própria percepção consciencial lhe fará perceber que nunca você "acessou" a percepção consciencial a partir de uma percepção mental, ou seja, nunca você "saiu" de uma percepção/realidade mental para "ingressar" na percepção/realidade consciencial. É assim que é, tal é a natureza da consciência, da realidade e da percepção.
E, para perceber consciencialmente agora mesmo, o Caminho Infinito recomenda que o praticante adquira o hábito de meditar constantemente. O estudante deve sentar-se calmamente, aquietar a mente e os sentidos (que percebem o mundo material) e colocar-se em estado de relaxamento e receptividade para perceber a realidade espiritual/consciencial. Em tal estado de relaxamento e receptividade, deve-se contemplar/visualizar a Realidade Divina como realidade já presente, agora mesmo. Agora mesmo vivemos no Reino de Deus! Agora mesmo somos os Filhos amados de Deus, dotados de todas as virtudes e atributos de Deus. Agora mesmo "vivemos, nos movemos e existimos" na realidade perfeita que Deus é. A Presença de Deus é a nossa Presença! O Ser que Deus é é o Ser que somos. Por isso, agora mesmo estamos preenchidos de todo amor, sabedoria, verdade, vida, força, inteligência, harmonia, alegria, paz e demais bênçãos de que necessitamos. Neste momento, o Universo inteiro é infinitamente perfeito agora! Você, como integrante deste Universo – e em unidade com Ele –, também é infinitamente perfeito agora! Contemple essas verdades como válidas (para você e o universo inteiro) aqui e agora! Não tente visualizar um universo perfeito a fim de que ele se manifeste em sua realidade. Não tente "elevar" ou "aprofundar" o seu estado de consciência a fim de que você perceba este Universo Perfeito. Também não tente acessá-lo. Não faça tentativas. Compreenda que não é preciso "acessá-lo", porque neste momento você está nele! Compreenda (ainda mais profundamente!) que não é preciso sequer "percebê-lo", porque neste momento você já o está percebendo. Veja-o presente! Contemple-o presente! Perceba-o presente! E não tente entender como é possível você se ver em um novo Universo que nunca teve que acessar (pode ser que a mente queira contestar e argumentar com suas lógicas). Você simplesmente está nele. Esteja nele, e ponto final. Assim é a visão mística que percebe a Realidade. Essa é a meditação ensinada no Caminho Infinito.
Há um estado iluminado de consciência que nos faz perceber o universo físico como sendo apenas um conceito (ao invés de Universo). Nos faz compreender que o único Universo que existe é o Universo Espiritual criado e mantido por Deus. Essa é a única existência verdadeira. Somente ele está acontecendo. Somente ele está presente. O universo conceitual não está ocorrendo, e também não está presente. Acreditar na existência/presença de "dois universos" deixa o praticista desalinhado com o princípio espiritual do ÚNICO PODER anunciado pelo Caminho Infinito. Acreditar na presença ou existência do universo conceitual (que se constitui em bem e mal) o torna um poder atuante em nossa experiência. Joel Goldsmith diz que ele não é poder. Unicamente Deus é poder.
Goldsmith afirma que, no início de nosso aprendizado, pode ser útil considerar a existência de dois universos, um "real" e outro "irreal". Todavia, este é apenas um artifício utilizado para separar o nosso pensamento da crença coletiva que diz que "o ser humano mortal, pecador ou doente é criação de Deus". Após obtivermos a inabalável convicção de que "o ser humano é o Filho de Deus, perfeito, criado por Deus", tomamos como verdade (ponto de partida) unicamente esse Fato – o qual, de fato, é o único que está agora ocorrendo. Goldsmith diz:
"Uma vez que você tenha se elevado neste caminho, você fará uma grande descoberta. Você próprio é aquele homem espiritual, e exatamente aqui e agora é o universo espiritual. De fato, Deus não creou aquilo que vemos, pois o que nos é visível não é realmente o que está naquele local. O que vemos é apenas um conceito que temos daquilo que ali se encontra, e esse conceito nada tem a ver com a creação de Deus. Neste período em que avançamos do humano ao divino, um aprendizado que precisaremos conseguir para prosseguirmos em nosso desenvolvimento espiritual será o da conscientização de que aquilo testificado pelos cinco sentidos físicos não é realidade. Por esse motivo é que encontramos na literatura metafísica os termos 'mundo real' e 'mundo irreal', 'homem real' e 'homem irreal'. Através da metafísica, você aprende que 'há um homem real' e passa a erguer imediatamente um ideal, visualizando a si próprio e se aproximando daquele estado de espiritualidade e divindade atribuído ao homem real. Mas queremos lembrá-lo que o tempo todo você é aquele homem ideal, e tudo que é necessário para trazer este homem à manifestação é a sua conscientização de que existe um Princípio divino operando no universo. Você não chegará ao reino dos céus enquanto não começar a perceber que já é agora aquele homem espiritual, aquele homem que está agora no paraíso, sob regra e jurisdição divina. Exatamente aqui e agora você é um ser espiritual que é a própria manifestação de tudo que Deus é."
Perceba a importância vital de contemplar essas verdades como realidade já presentes! Podemos dizer que essa pequena recomendação, sozinha, constitui todo o aprendizado requerido neste ensinamento!
Namastê!
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