"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

sexta-feira, abril 13, 2012

Evidência e Aparência

Dárcio Dezolt


Bastante conhecido, na Metafísica, é o exemplo do lápis colocado dentro de um copo com água. Visto de fora, ele aparenta estar torto e quebrado. Que é a evidência? É a manifestação imediata daquilo que já é, ou seja, o lápis inteiro, em estado perfeito. E que é aparência? Como o próprio nome diz, é aparência, uma ilusão de imperfeição, que apenas aparenta existir, e que é inexistente.

A mente humana vê aparências, e nunca a evidência. Que é a Evidência? é O UNIVERSO INFINITO, PRESENTE AQUI E AGORA, impossível de ser discernido pela mente humana.

Em I Cor. 2:9-12, lemos que "As coisas que o olho não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo Seu Espírito:... Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo que só vê as coisas do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus."

Paulo estava aqui neste mundo, quando teve a revelação. O reino de Deus é aqui mesmo, quando deixamos de lado a aparência vista pela mente humana para focalizarmos a atenção completamente no Espírito de Deus, a Mente do Cristo, que recebemos de Deus. A citação diz que não recebemos o espírito do mundo, ou seja, a chamada mente humana. A mente humana vê a ilusão que ela aceita como real; o Espírito de Deus, em NÓS, já vê a realidade: O UNIVERSO PERFEITO!

Na Metafísica, temos a Prática do Silêncio, períodos que reservamos para reconhecer a totalidade de Deus e seu Universo Perfeito. Após estes períodos, precisamos, no dia-a-dia, manter esta percepção. Como? Separando o que a mente humana vê daquilo que o Espírito de Deus em nós vê. Por exemplo, se estivermos presos num congestionamento de trânsito, poderemos reconhecer: "a mente humana, não a MINHA MENTE, vê um congestionamento; entretanto, eu não tenho mente humana. Assim, enquanto ela vê o congestionamento, a minha Mente, que é o Espírito de Deus em mim, vê a Realidade espiritual sempre presente." Isto não é mentalização. É um reconhecimento que promove uma soltura da crença em mente humana, enquanto a Presença de Deus e Seu Universo é percebida. Retornando à ilustração do lápis dentro do copo com água, é como se percebêssemos: "A mente humana vê o lápis quebrado, mas a minha Mente sabe que ele está como sempre esteve: perfeito."

Precisamos reconhecer que as revelações são válidas para todos nós. Se Paulo diz que "recebemos não o espírito do mundo (mente humana), mas o Espírito de Deus", devemos levar a sério tais afirmações, para "podermos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus".

Em geral, diante de uma aparência desarmônica vista pela mente humana, desejamos reverter o quadro, mudando-o para uma situação harmônica. Não é esta a prática correta. "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito". Reconheçamos que a mente humana vê o quadro imperfeito; porém, não reconheçamos que ela seja a NOSSA MENTE. Enquanto ela vê e dá testemunho da mentira, toda a nossa atenção estará na Realidade imutável: Temos a Mente do Cristo, que reconhece, aqui e agora, a TOTALIDADE DE DEUS e SEU REINO PERFEITO E IMUTÁVEL. Quem se dedicar a esta prática de reconhecimento da Realidade, desprezando os quadros ilusórios apresentados pela mente humana a ela mesma, dará testemunho da Verdade. E, esta Verdade aparecerá também visivelmente. DEUS É, DE FATO, TUDO O QUE EXISTE.


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