UMA BREVE HISTÓRIA DA CABALA
2000 a. E. C.
A primeira obra escrita sobre Cabala, há mais de quatro mil anos, se chama "O Livro da Formação", e é de autoria do Patriarca Abraão. Diz-se que O Livro da Formação contém todos os segredos do universo, apesar de ter somente algumas poucas páginas. Como isto é possível?
É claro, muita coisa pode ser apresentada de forma concisa, como provou Einstein com sua famosa fórmula, E = mc2. Nestes cinco caracteres estão incluídas idéias matemáticas que ajudam a definir e explicar os mistérios do tempo, do espaço, da energia e da matéria. O Livro da Formação é outra fórmula deste gênero.
Assim como é necessário um verdadeiro conhecimento matemático para se entender a fórmula de Einstein, somente os que eram adeptos das artes místicas da Cabala foram capazes de penetrar nos segredos contidos neste livro sagrado.
SÉCULO DOIS E. C.
No segundo século, viveu um místico notável com o nome de Rabi Shimon bar Yochai. Este gigante entre os cabalistas revelou um corpo de conhecimento muito mais extenso a respeito de Cabala chamado Zohar. O Zohar era uma obra profundamente espiritual, que explicava todos os segredos contidos no Livro da Formação. O manuscrito, porém, foi considerado como sendo misticismo e mágica pelas pessoas de sua geração.
Em retrospecto, o motivo é óbvio.
O Zohar expõe idéias e conceitos que estavam séculos à frente de seu tempo.
Numa época em que a ciência determinava que o mundo era plano, o Zohar descreve nosso planeta como sendo esférico, com pessoas vivendo o dia e a noite em zonas do tempo diferentes.
O Zohar descreve o momento da criação como a explosão de um Big Bang. Fala de um universo que existe em dez dimensões. Explora a noção de universos paralelos. Essas especulações eram heréticas e assustadoras. Todavia, elas não são as especulações mais fantásticas que aparecem no Zohar.
Essa designação pertence a uma outra ideia...
Rabi Shimon diz que o Zohar é mais do que um livro de segredos e sabedoria espiritual.
Este tratado místico é um poderoso instrumento doador de energia; uma ferramenta salva- vidas que, por si só, está imbuída com o poder de trazer paz genuína, proteção, cura e plenitude para aqueles que possuem os livros físicos em si.
E tem mais.
Como o monolito do filme "2001: Uma Odisseia no Espaço", o Zohar pode gerar faíscas na alma de uma geração, gerando mudança e transformação profundas dentro da consciência dos seres humanos e da sociedade. Em outras palavras, assim como uma lâmpada ilumina uma sala escura, revelando objetos que não eram vistos anteriormente, a Luz espiritual do Zohar pode iluminar as mentes dos homens para os mistérios ocultos do cosmos. De acordo com os cabalistas, essas influências não vistas irão por fim ajudar a dar forma ao destino da humanidade, à medida que aumenta a presença do Zohar em nosso mundo.
O grande sábio Yochai afirmou que chegaria um dia em que até uma criança de seis anos seria capaz de penetrar na sabedoria espiritual da Cabala. Mas até que chegasse essa época, os manuscritos originais do Zohar tinham que permanecer ocultos.
Por isso eles ficaram escondidos durante séculos. O obscurecimento da Luz espiritual do Zohar coincide com a Idade das Trevas, uma época em que todos os aspectos da civilização, incluindo a educação, a ciência e as comunicações estiveram em severo declínio.
SÉCULO XIII - CABALISTA MOISÉS DELEON
O grande cabalista espanhol chamado Moisés Deleon fez uma descoberta notável ao encontrar os manuscritos do Zohar numa caverna em Israel. A recente descoberta dos Rolos do Mar Morto empalidece em comparação com o descobrimento do Zohar, em termos de importância espiritual. Rabi Shimon escreveu que a ocultação duraria 1.200 anos, começando a partir da época da destruição do Templo Sagrado. O Templo em Jerusalém foi destruído pelos romanos no ano 70 E. C. Moisés Deleon revelou o Zohar no ano 1270 — 1. 200 anos depois, como Rabi Shimon havia antecipado.
De forma geral, a descoberta de Moisés Deleon passou despercebida pelo mundo. Mas é um ponto de virada historicamente significativo, pois a Luz do Zohar iluminou o mundo pela primeira vez na história da humanidade. Seus versos arcanos tornam a obra inacessível para as massas. Contudo, os cabalistas crêem que a energia que emana de seu texto místico reluziu no inconsciente coletivo de uma geração. Cerca de cinco anos depois de Deleon publicar o Zohar, por volta de 1275, o conhecido filósofo Roger Bacon previu um futuro no qual navios viajariam por baixo da água, máquinas voariam pelo céu e barcos navegariam sem velas ou remos. Soava demais como misticismo para as pessoas que viviam naquela geração, e Roger Bacon foi logo aprisionado por heresia.
Não muito tempo depois, Nicholas Oresme, filósofo, economista, matemático, físico e um dos principais fundadores da ciência moderna, ensinava a respeito do movimento da Terra, duzentos anos antes de Copérnico. Ele escreveu sobre a natureza, a reflexão e a velocidade da luz — conceitos explorados extensamente pelo Zohar. Nicholas inventou a geometria de coordenadas muito antes que Descartes, e descobriu que todos os objetos caem ao solo com a mesma velocidade muito antes de Galileu "descobrir" a mesma coisa. Por algum motivo, Copérnico, Descartes e Galileu receberam a maior consideração nos livros de história, enquanto o não menos sábio Nicholas é praticamente uma nota de pé de página.
SÉCULO XVI
O cabalista do século XVI, Isaac Luria, foi uma criança prodígio que penetrou profundamente nos enigmas místicos do Zohar. Apelidado de "Ari", ou Leão Sagrado, ele produziu um comentário sobre o Zohar que removeu mais uma de suas camadas de complexidade. Os ensinamentos do Ari se tornaram a escola definitiva do pensamento cabalístico. Todo o material deste livro tem raiz na Cabala Luriânica. Também no século XVI, em 1540, o cabalista Abraham Azulai emitiu um decreto que retirava toda e qualquer restrição com relação ao estudo da Cabala. Essa seria a primeira vez na história da humanidade que a Cabala seria colocada à disposição de todos, até de uma criança de seis anos.
SÉCULO XVII - UMA REVOLUÇÃO CIENTÍFICA CABALÍSTICA
O século XVII vivenciou uma explosão abrupta e inexplicável de avanços científicos. Entretanto, estudiosos e cientistas tiveram grande dificuldade para encontrar o motivo de ocorrer esse impromptu. Com base em nova evidência, contudo, os estudiosos agora discutem o fato de que a Cabala exerceu profunda influência sobre muitos dos grandes cientistas e matemáticos do século XVII — uma época em que as linhas divisórias entre filosofia e ciência, física e metafísica, eram muito pouco nítidas. A Professora Allison P. Coudert sustenta em seu livro, O Impacto da Cabala no Século Dezessete, que "a Cabala Luriânica merece um lugar que nunca recebeu nas histórias do desenvolvimento cultural e científico do ocidente."
O grande matemático Leibniz inventou o cálculo ao mesmo tempo que Sir Isaac Newton e, a partir daí, aquelas aulas cansativas de matemática que tínhamos que aguentar no colégio foram profundamente influenciadas pela Cabala. O mesmo se deu com Newton, o principal responsável pela revolução científica e pelo começo de uma Era de Iluminação. E é provável que Galileu, Descartes, Platão e Copérnico também tenham sido expostos ao conhecimento da Cabala.
Leibniz, considerado um dos grandes intelectos da época, acreditava que a Cabala personificava uma sabedoria secreta primordial (prisca theologia) que Deus tinha revelado secretamente a Moisés no Monte Sinai (soa familiar?). Leibniz, Newton e seus colegas acreditavam que se a Cabala pura fosse redescoberta e revelada ao mundo em sua forma genuína, não corrompida, ela produziria a paz universal, estabelecendo a fundamentação para uma verdadeira religião ecumênica, erradicando assim os conflitos religiosos que deixaram manchada de sangue a paisagem da civilização humana.
INÍCIO DO SÉCULO XX
Mas foi só no começo do século XX que o cabalista Rav Yehuda Ashlag, o místico mais profundo deste século, decifrou os escritos do Ari e os textos do Zohar. A partir de então a sabedoria da Cabala ficou mais acessível do que em qualquer época anterior, o que, a propósito, não agradou a certas facções da comunidade religiosa. Em um de muitos incidentes cruéis, Rav Ashlag foi deixado deitado numa poça de seu próprio sangue nos degraus de seu Centro de Estudos. Destemido, Rav Ashlag se aprofundou na Cabala Luriânica com fervor devotado, esclarecendo seus maiores segredos. Mas a vasta maioria do mundo prestou pouca atenção à sua ação histórica, e não pôde perceber a sua influência. Conceitos como relatividade, viagem espacial, cura, universos paralelos, e assuntos que afetam o bem-estar da humanidade foram codificados dentro do Zohar há cerca de dois mil anos. O surgimento do Zohar para o mundo secular ocorreu num século que viu mais avanços tecnológicos do que todos os outros séculos juntos. A genialidade de Rav Ashlag está em sua capacidade de extrapolar esses segredos dos escritos de 500 anos de idade do Ari.
O maior legado deste sábio é a primeira tradução do Zohar para o hebraico, do seu original em aramaico, junto com seu conhecido comentário. De forma adequada para um homem de sua estatura espiritual, Rav Ashlag deixou este mundo na noite de Yom Kipur, em 1955.
MEADOS DO SÉCULO XX
O principal discípulo de Rav Ashlag, o cabalista Yehuda Brandwein, completou e publicou os escritos monumentais de seu mestre. Embora pio e ortodoxo, Rav Brandwein era um homem das classes comuns, principalmente daquelas privadas de seus direitos. Era uma alma gentil e humilde que subia andaimes de obras durante o dia, para depois subir mundos espirituais elevados, sob o luar. Rav Brandwein abraçava a todas as pessoas que encontrava, sem se preocupar com sua observância religiosa ou a ausência dela, com amor e aceitação incondicional. Ele evocava um amor profundo em todos aqueles com quem entrava em contato. Tanto ateus quanto devotos fiéis tinham grande reverência por ele.
Rav Brandwein deixou este mundo em 1969, depois de ter passado a tocha sagrada para seu querido aluno, o cabalista Rav Berg.
O TEMPO PRESENTE
Continuando os ensinamentos de Rav Ashlag e de seu próprio mestre, Rav Brandwein, Rav Berg e sua esposa, Karen Berg, quebraram dois mil anos de tradição e dogma religioso e trouxeram a sabedoria para o alcance de qualquer pessoa que tenha um desejo sincero de aprender. Este ato ousado não ocorreu sem um custo. Como a maior parte dos cabalistas ao longo da história, Rav Berg e Karen sofreram violência física, agressão verbal extrema e dor e sofrimento emocional pelas mãos daqueles que estavam determinados a manter os segredos da Cabala afastados de pessoas como você e eu — pessoas comuns que buscam na religião respostas que vão além do tradicional — "Porque está escrito". Pelo fato de Rav Berg e Karen terem aberto os antigos cofres para as multidões, pessoas em todos os lugares agora têm a oportunidade de entender por que nós existimos, como chegamos aqui, e como podemos remover a dor, o sofrimento, o tormento, o medo e o caos de nossas vidas pessoais.
O segredo finalmente acabou, e é por isto que você agora terá acesso a este livro.
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*Fonte: https://pt.scribd.com/doc/39897856/O-Poder-Da-Cabala-Tecnologia-Para-a-Alma-Yehuda-Berg
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