Satyaprem
Não existe o outro, tudo é você. Então, colocar-se no lugar do "outro" gera consequências muito elegantes, necessárias e incrivelmente revolucionárias.
Lao Tzu, que tinha umas ideias bem rocambólicas, praticamente inaceitáveis para o padrão mental da época e atual – por mais sofisticado que você pense que seja o padrão mental ocidental contemporâneo –, disse algo que considero uma pérola: "Onde há justiça não há compaixão". Contemple.
Justiça é quando você julga o outro. Compaixão é quando você não julga o outro. Quando você julga o outro cria um karma, existe uma lei de ação e reação: quando julga o outro você será julgado. Quando se compadece, colocando-se no lugar do outro, você resolve internamente.
O problema está em pensarmo-nos separados uns dos outros. Nos vemos separados, nos sentimos separados, e é difícil convencer o nosso sistema neurológico do contrário. Aliás, ver a não-separação não é uma questão de convencimento, é a suprema compreensão, é um dar-se conta, absoluto. De repente, é vista a ilusão da separação, colocam-se os pingos nos 'is' e o outro deixa de existir. Você deixa de existir como imagem.
O que corrompe as relações humanas é a mente, e a mente é plena inconsciência. Na medida em que começa a ver como ela se move, você se antecipa. Você aparece e ela não mais está, assim como a luz diante da escuridão. Consciência está presente.
*Comentário (Núcleo):
Observa Satyaprem:
“ver a não-separação não é uma questão de convencimento [de percepção mental, de acreditar convictamente] é a suprema compreensão [o supremo conhecimento ou saber], é um dar-se conta, absoluto [é uma percepção absoluta, “consciencial”]. De repente, é vista a ilusão da separação [De repente, é vista a “representação”...], colocam-se os pingos nos ‘is’ e o outro deixa de existir [a percepção de Quem Sou, de Quem todos Somos, é focada, ou ativada]. Você deixa de existir como imagem. [Você Se percebe como o próprio Ator, e não mais como apenas um personagem]. O que corrompe as relações humanas é a mente, e a mente é plena inconsciência.
*Comentário (Núcleo):
Satyaprem começa compartilhando uma percepção:
“Não existe o outro, tudo é você.” Então, colocar-se no lugar do “outro” gera consequências muito elegantes, necessárias e incrivelmente revolucionárias.
“Não existe o outro, tudo é você” é a percepção consciencial de nossa real identidade!
No Núcleo dizemos que: A real identidade de Sakyamuni é Buda, porque Buda é um “ser consciencial”, ou seja, uma manifestação consciente do Ser Real, que é único [É o inominável]. A real identidade de Jesus é Cristo, porque Cristo é um “ser consciencial”, ou seja, uma manifestação consciente do Ser Real, que é único [É o Pai]. A real identidade de Masaharu Taniguchi é Deus Sumiyoshi, porque Deus Sumiyoshi é um “ser consciencial”, ou seja, uma manifestação consciente do Ser Real, que é único [É o Deus que Se manifesta através da Seicho-No-Ie]. A real identidade de Krishna é o Deus Brahma, ou o Deus Shiva, ou o Deus Vishnu, porque o Deus Brahma, ou o Deus Shiva, ou o Deus Vishnu são “seres conscienciais”, ou seja, são manifestações conscientes do Ser Real, que é único [É Brahmam].
É Quem Somos quem percebe nossa real identidade, da mesma forma que o Ator é o único que conhece a real identidade do personagem que está representando. O Personagem não tem conhecimento de sua real identidade como Ator. Quando tem já não é ele, personagem, quem tem, mas sim, o próprio Ator representando um personagem desperto, ou seja, aquele que tem consciência de sua real identidade.
Observa Satyaprem:
Lao Tzu, que tinha umas ideias bem rocambólicas, praticamente inaceitáveis para o padrão mental da época e atual – por mais sofisticado que você pense que seja o padrão mental ocidental contemporâneo –, disse algo que considero uma pérola: “Onde há justiça não há compaixão”. Contemple.
Neste ponto Satyaprem compartilha a percepção consciencial de que Lao Tzu tinha percepções conscienciais e que as compartilhava, dizendo que eram “ideias bem rocambólicas, praticamente inaceitáveis para o padrão mental da época e atual.” De fato, as percepções conscienciais são revelações inaceitáveis para o padrão mental dos personagens de quaisquer épocas.
Ele prossegue dizendo:
Justiça é quando você julga o outro. Compaixão é quando você não julga o outro. Quando você julga o outro cria um karma, existe uma lei de ação e reação: quando julga o outro você será julgado. Quando se compadece, colocando-se no lugar do outro, você resolve internamente.
Todo julgamento parte da “percepção mental” com toda a carga de seus próprios condicionamentos e “pré-conceitos”. Ao julgarmos, estamos inconscientemente ativando a “percepção mental”, projetando algo e, nos imergindo completamente na representação, abrindo mão da percepção de nossa real identidade divina!
Jesus, mesmo tendo sido julgado, condenado e executado, deu o exemplo de que não devemos julgar e orou: “Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem.”
Adverte Satyaprem:
O problema está em pensarmo-nos separados uns dos outros. Nos vemos separados, nos sentimos separados, e é dificil convencer o nosso sistema neurológico do contrário.
Em http://nucleu.com/2013/02/17/o-que-nos-somos-parte-2/#comments, está escrito:
A visão limitada é “o que nós pensamos”.
A visão expandida é “o que nós realmente somos.”
Transcenda os limites da percepção do personagem e desfrute a percepção do Ser!
Revela Satyaprem que:
Aliás, ver a não-separação não é uma questão de convencimento, é a suprema compreensão, é um dar-se conta, absoluto. De repente, é vista a ilusão da separação, colocam-se os pingos nos ‘is’ e o outro deixa de existir. Você deixa de existir como imagem.
Quando julgamos a algum outro personagem é porque estamos nos percebendo também como personagens. Estamos inconscientes de que “não existe outro”, estamos inconscientes de que todos somos “manifestações conscientes do Ser”, estamos inconscientes de nossa real identidade; inconscientes de Quem Somos.
Por isso diz Satyaprem:
Este conhecimento elucida plenamente o esquema de duas colunas do Núcleo, no qual a “primeira coluna” se refere à percepção consciencial (que é a “plena consciência”), em contraposição à “segunda coluna” que se refere à percepção mental (que é a “plena inconsciência”). Os que quiserem um maior esclarecimento do tema acessem: http://nucleu.com/2013/03/16/dialogo-divino/#comments
Conclui Satyaprem:
Na medida em que começa a ver como ela [a “mente do personagem”] se move, você [por ser o “ser consciencial”] se antecipa. Você [a “manifestação consciente” do Ser Real] aparece e ela [a falsa identidade criada pela “mente do personagem”] não mais está, assim como a luz diante da escuridão. Consciência está presente. [A percepção ou “consciência” de Quem você É está presente].
Namastê.
24 comentários:
Satyaprem começa compartilhando uma percepção: “Não existe o outro, tudo é você.” Então, colocar-se no lugar do “outro” gera consequências muito elegantes, necessárias e incrivelmente revolucionárias.
“Não existe o outro, tudo é você” é a “percepção consciencial” de nossa real identidade!
No Núcleo dizemos que:
A real identidade de Sakyamuni é Buda, porque Buda é um “ser consciencial”, ou seja, uma manifestação consciente do Ser Real, que é único; [É o inominável];
A real identidade de Jesus é Cristo, porque Cristo é um “ser consciencial”, ou seja, uma manifestação consciente do Ser Real, que é único; [É o Pai];
A real identidade de Masaharu Taniguchi é Deus Sumiyoshi, porque Deus Sumiyoshi é um “ser consciencial”, ou seja, uma manifestação consciente do Ser Real, que é único; [É o Deus que Se manifesta através da Seicho-No-Ie];
A real identidade de Krishna é o Deus Brahma, ou o Deus Shiva, ou o Deus Vishnu, porque o Deus Brahma, ou o Deus Shiva, ou o Deus Vishnu são “seres conscienciais”, ou seja, são manifestações conscientes do Ser Real, que é único; [É Brahmam]
É Quem Somos quem percebe nossa real identidade, da mesma forma que o Ator é o único que conhece a real identidade do personagem que está representando. O Personagem não tem conhecimento de sua real identidade como Ator. Quando tem já não é ele, personagem, quem tem, mas sim, o próprio Ator representando um personagem desperto, ou seja, aquele que tem consciência de sua real identidade.
Observa Satyaprem…
Lao Tzu, que tinha umas ideias bem rocambólicas, praticamente inaceitáveis para o padrão mental da época e atual ¬– por mais sofisticado que você pense que seja o padrão mental ocidental contemporâneo –, disse algo que considero uma pérola: “Onde há justiça não há compaixão”. Contemple.
Neste ponto Satyaprem compartilha a percepção consciencial de que Lao Tzu tinha percepções conscienciais e que as compartilhava… dizendo que eram “ideias bem rocambólicas, praticamente inaceitáveis para o padrão mental da época e atual.”
De fato, as percepções conscienciais são revelações inaceitáveis para o padrão mental dos personagens de quaisquer épocas.
Ele prossegue dizendo…
Justiça é quando você julga o outro. Compaixão é quando você não julga o outro. Quando você julga o outro cria um karma, existe uma lei de ação e reação: quando julga o outro você será julgado. Quando se compadece, colocando-se no lugar do outro, você resolve internamente.
Todo julgamento parte da “percepção mental” com toda a carga de seus próprios condicionamentos e “pré conceitos”. Ao “julgarmos” estamos inconscientemente ativando a “percepção mental”, projetando algo e, nos imergindo completamente na representação… e, abrindo mão da percepção de nossa real identidade divina!
Jesus, mesmo tendo sido julgado, condenado e executado, deu o exemplo de que não devemos julgar e orou: “Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem.”
Adverte Satyaprem:
O problema está em pensarmo-nos separados uns dos outros. Nos vemos separados, nos sentimos separados, e é dificil convencer o nosso sistema neurológico do contrário.
Em http://nucleu.com/2013/02/17/o-que-nos-somos-parte-2/#comments está escrito:
A visão limitada é “o que nós pensamos…”
A visão expandida é “o que nós realmente somos.”
Transcenda os limites da percepção do personagem e desfrute a percepção do Ser!
Revela Satyaprem que:
Aliás, ver a não-separação não é uma questão de convencimento, é a suprema compreensão, é um dar-se conta, absoluto. De repente, é vista a ilusão da separação, colocam-se os pingos nos ‘is’ e o outro deixa de existir. Você deixa de existir como imagem.
Quando julgamos a algum outro personagem é porque estamos nos percebendo também como personagens… estamos inconscientes de que “não existe outro…”, estamos inconscientes de que todos somos “manifestações conscientes do Ser”, estamos inconscientes de nossa real identidade; inconscientes de Quem Somos…
Por isso diz Satyaprem::
“ver a não-separação não é uma questão de convencimento [de percepção mental, de acreditar convictamente] é a suprema compreensão [o supremo conhecimento ou saber], é um dar-se conta, absoluto [é uma percepção absoluta, “consciencial”]. De repente, é vista a ilusão da separação [De repente, é vista a “representação”...], colocam-se os pingos nos ‘is’ e o outro deixa de existir [a percepção de Quem Sou, de Quem todos Somos, é focada, ou ativada]. Você deixa de existir como imagem. [Você Se percebe como o próprio Ator, e não mais como apenas um personagem].
O que corrompe as relações humanas é a mente, e a mente é plena inconsciência.
[Este conhecimento elucida plenamente o “esquema de duas colunas” do Núcleo, no qual a “primeira coluna” se refere à percepção consciencial, que é a “plena consciência”, em contraposição à “segunda coluna” que se refere à percepção mental, que é a “plena inconsciência”.
Os que quiserem um maior esclarecimento do tema acessem:
http://nucleu.com/2013/03/16/dialogo-divino/#comments
Conclui Satyaprem:
Na medida em que começa a ver como ela [a “mente do personagem”] se move, você [por ser o “ser consciencial”] se antecipa. Você [a “manifestação consciente” do Ser Real] aparece e ela [a falsa identidade criada pela “mente do personagem”] não mais está, assim como a luz diante da escuridão. Consciência está presente.
[A percepção ou “consciência” de Quem você É] está presente. AUM
Namastê,
Maravilha, Silvano!
Grato por compartilhar!
Namastê!
todo conceito é um pré conceito, assim como o personagem desperto e o não desperto, conceitos, imagens irreais daquilo que não possui imagem, nunca há nada além do ser consciencial, tudo é o cristo, tudo é o buda e, simultaneamente, nenhum desses conceitos distintos. ;)
Excelente comentário. Valeria a pena saber de quem é a autoria.
Mas, obrigado pela participação.
Namastê.
A real identidade de quem aparece como anônimo é Quem Sou, porque Eu Sou um “ser consciencial”, ou seja, uma manifestação consciente do Ser Real, que é único; [Eu Sou Quem Sou];
Sim, isso é verdade! Mas eu estava falando em termos de representação, mesmo! Rsss.
Namastê!
A unidade não percebe nada além de si mesmo e, simultaneamente, percebe-se como um conceito, limitado, separado, distinto, a mente, a consciência, etc. e tudo isso é perfeito, não há nenhum problema em me ver separado ou, permanecer como o um em um estado de total silencio, pois ambos são estados naturais e perfeitos em mim, coexistem eternos e simultâneos em mim, é a própria brincadeira em mim, a de perceber a mim mesmo fragmentado, isso não pode ser mudado, um estado não existe separado do outro no que sou, nunca estou de fato fragmentado em estados sem consciência, consciente e inconsciente, sou todos eles simultaneamente, assim como não há nenhum problema apontar isso como um problema, isso é assim, então é exatamente assim que tem que ser, porque seja o que for, como é, sempre é perfeito, sem nenhuma causa e nenhuma consequência real, não importa o que pareça acontecer, jamais afeta a realidade última, jamais afeta o real, a essência.
Sem um problema pra resolver o intelecto descansa, sempre que realmente não há a percepção de alguém para ouvir, então tu não tens o que dizer, mas palavras continuarão sendo ditas, para e por apenas uma presença consciente, de uma perspectiva singular, mas não há ninguém lá nem dizendo nem ouvindo, então há silencio, tudo é isso, não há nada nem sendo dito, nem mais perspectiva singular, bem no meio de onde tudo isso permanece acontecendo ao mesmo tempo.
Caros divinos personagens,
Talvez esse não seja o espaço próprio, mas gostaria de fazer uma indagação, acho que no nível de personagem:
A mente, ou seja, o personagem, busca boicotar ou menosprezar a percepção consciencial? Pergunto isso porque geralmente quando tenho algum insight, inspiração ou mesmo um ponto de vista referente a supostos problemas, procuro registrar isso, mas vem um pensamento, talvez o ego e me diz que eu estou criando isso, que é plágio de algum livro que li, que isso não é revelação ou verdade, que estou continuamente me iludindo. Relaciono isso com aquela observação do Silvano: “Na dúvida, é não”. Mas essa dúvida não é artifício do personagem que é ilusão? Teria essa dúvida validade?
Gostaria inclusive de compartilhar um insight, que embora com palavras e colocações bem conhecidas da literatura espiritualista, me proporcionaram um enorme nível de paz e cura (sem dúvidas), entretanto foi duramente criticado pelo ego:
“Aquieta-te e vede o livramento do Senhor”
O Senhor vai proporcionar algum livramento? Não!
Deus é imutável e está fazendo o que sempre fez! Sendo perfeição absoluta! A Sua criação é perfeita e permanente!
Acontece algum livramento? Sim! O livramento da ilusão!
Mas o que provoca tal livramento?
O aquietar-se, no aquietar-se a mente deixa de criar uma vida (estória) que obnubla a Verdade (vida) de Deus: Cristo sendo tudo em todos.
Como poderia o Filho de Deus, feito à sua imagem e semelhança experimentar qualquer forma de carência? Não poderia, nunca! “Não sabei vós que sois todos filhos do Altíssimo; És o meu filho amado em quem me comprazo; Foi do agrado do Pai dar-vos o Reino; A peleja não é vossa, mas de vosso Pai. Aquieta-te pois e vede o livramento do Senhor”.
Deus, a perfeição sempiternamente já é.
Anônimo,
Grato por sua participação, mais uma vez.
Só que desta vez, não teve jeito, creio que seu comentário acabou por revelar quem você é, rsss. Acho que temos um visitante ilustre aqui no blog. Não seria você o próprio autor do texto postado? A mente e o raciocínio me dizem que poderia ser qualquer um, mas um lado intuitivo me diz que esse comentário é do próprio Satyaprem. De qualquer modo, grato por compartilhar suas palavras, elas foram um show de percepção.
De fato, em Mim tudo pode estar acontecendo ao mesmo tempo, do jeito que você descreveu, pois há "espaço" suficiente para tudo isso. Isso sou Eu.
Namastê!
Jaime,
Creio que, quando o indivíduo está mergulhado apenas na mente do personagem, e em dado momento começa a tentar ir além do âmbito do personagem, é normal que a mente "familiar", "velha" e "condicionada" tente a todo custo se conservar, oferecendo resistências ou até mesmo tentando sabotar nossos objetivos. Mas essa percepção ocorre quando estamos identificados unicamente com o personagem, daí aparenta haver essa possibilidade "dual" de o ego tentar interferir na nossa percepção/identificação com o Ser.
Contudo, percebendo consciencialmente, é impossível que o ego cause qualquer interferência ou sabotagem, pelo simples fato de que Quem percebe consciencialmente é a Consciência do Ser (e não o personagem). A mente do personagem nos proporciona "percepção de personagem, ou seja, mental" e a Consciência do Ser nos proporciona "percepção consciencial". Então, como poderia o ego conseguir causar interferências na percepção que advém de nossa Consciência?
É claro que, como o Silvano disse num comentário feito em outro texto, podemos escolher a qual das "duas vozes" daremos ouvidos. E dependendo da nossa escolha, o resultado (e termos de estado e experiência) serão bastante diferentes.
O insight por você compartilhado nada mais está do que perfeito. A contemplação dessa sequência de passagens bíblicas (e dos princípios nelas contidos) proporcionariam uma meditação contemplativa de altíssimo nível. A sequência formulada das frases está perfeita, pois permite a condução do indivíduo até a Verdade absoluta de que a Verdade é eterna, única, não muda. Em termos absolutos, o que não é agora, não será nunca. Como diria Goldsmith, o que Deus não está fazendo agora, não poderá fazer nunca. E, como bem colocado por você, o "livramento" que ocorre é apenas da ilusão. A contemplação desses princípios acabam por conduzir o indivíduo a percepção da Verdade Absoluta.
Grato pelo comentário.
Namastê!
A representação não conta, porque afinal de contas, é só um faz-de-conta.
Namastê
Permitam-me comentar esses dois comentários, um de Quem “aparece como” o personagem “Anônimo” e o outro de Quem “aparece como” o divino personagem “Jaime Pires”; Um é céu; outro, terra... As forças que sustentam e mantêm coesos tanto céu quanto terra são as mesmas que sustentam e mantém coeso o paraíso, pois, existe entre eles a “unidade essencial”. Por isso, mesmo tendo ensinado e revelado sobre o “reino de Deus” e declarado que: “Eu deste mundo não sou”, Jesus orou assim: “Pai, não te peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal”.
A intenção desse comentário é aprofundar o desfrute e a reflexão sobre os mesmos e conclamar a todos os iluminados que afluem a este templo apenas como leitores, que dêem suas contribuições, que compartilhem!
Por isso serão comentados ambos os comentários.
Entre a “terra e céu” se situa o paraíso...
Considerações sobre a terra... Comentários entre parênteses [ ... ]
Jaime Pires disse...
Caros divinos personagens,
Talvez esse não seja o espaço próprio [ por que não seria? O Eu, que é Quem faz, pode fazer com que seja...], mas gostaria de fazer uma indagação, acho que no nível de personagem [Toda indagação existe aparentemente no nível do personagem, na representação]:
A mente, ou seja, o personagem, busca boicotar ou menosprezar a percepção consciencial ? [ Nada verdadeiramente se contrapõe à percepção daquilo que é real. O que se contrapõe é que não é real.]
[Argumentos, assim como idéias e conceitos pertencem à mente, que estão na “representação”. Quando percepções conscienciais são contrapostas é sinal de que não foram assimiladas e que estão sendo interpretadas mentalmente como meras idéias ou conceitos, porque as percepções são da Consciência do Ser, que é único e as idéias, conceitos ou argumentos são das mentes dos personagens]
Pergunto isso porque geralmente quando tenho algum insight, inspiração ou mesmo um ponto de vista referente a supostos problemas, procuro registrar isso [não apenas registre, realize! Jesus diria “Seja feito conforme a vossa fé! Fé significa perceber Quem faz; Quem fala; Quem Se revela], mas vem um pensamento, talvez o ego e me diz que eu estou criando isso, que é plágio de algum livro que li, que isso não é revelação ou verdade, que estou
continuamente me iludindo [ A “voz da Consciência do Ser” te faz perceber algo; a voz mental, te faz pensar algo... A “percepção é imediata”, o “pensamento é fruto de um processo de raciocínio”; quem vc opta seguir torna-se seu “Senhor”... Como advertiu Jesus, você não pode seguir a dois senhores, pois, irá contra um deles]. Relaciono isso com aquela observação do Silvano: “Na dúvida, é não”. [Isto não é apenas uma observação, mas uma percepção consciencial compartilhada com os que querem estar “no núcleo”, com os que querem seguir a “voz da Consciência do Ser”] Mas essa dúvida não é artifício do personagem que é ilusão? Teria essa dúvida validade? [ Toda “dúvida” está na mente e tem a mesma natureza (fictícia) dos pensamentos... O fato de permanecer na dúvida indica que você ainda “não retirou as sandálias dos teus pés” e que ainda não percebeu que “o lugar onde estás é solo sagrado”..., ou seja, indica “sem dúvida” que seu “senhor” está sendo a mente a quem continua seguindo... ]
Gostaria inclusive de compartilhar um insight, que embora com palavras e colocações bem conhecidas da literatura espiritualista, me proporcionaram um enorme nível de paz e cura (sem dúvidas), entretanto foi duramente criticado pelo ego:
“Aquieta-te e vede o livramento do Senhor”
O Senhor vai proporcionar algum livramento? Não!
Deus é imutável e está fazendo o que sempre fez! Sendo perfeição absoluta! A Sua criação é perfeita e permanente!
Acontece algum livramento? Sim! O livramento da ilusão!
Mas o que provoca tal livramento?
O aquietar-se, no aquietar-se a mente deixa de criar uma vida (estória) que obnubla a Verdade (vida) de Deus: Cristo sendo tudo em todos.
Como poderia o Filho de Deus, feito à sua imagem e semelhança experimentar qualquer forma de carência? Não poderia, nunca! “Não sabei vós que sois todos filhos do Altíssimo; És o meu filho amado em quem me comprazo; Foi do agrado do Pai dar-vos o Reino; A peleja não é vossa, mas de vosso Pai. Aquieta-te pois e vede o livramento do Senhor”.
Deus, a perfeição sempiternamente já é.
[Notem bem que as “percepções conscienciais” compartilhadas, por terem origem na “Consciência do Ser”, contém um comando para a mente do personagem a fim de que a percepção possa ser assimilada e desfrutada, para revelar-se como uma real percepção divina. Por isso é expressa na forma de um “comando” juntamente com um “desfrute”; que por fim se revela como uma “percepção de que é Deus Quem faz e Quem Se revela”!
Um exemplo, que está na Bíblia:
“Aquieta-te e vede o livramento do Senhor”
“Aquieta-te” é o comando para a mente do personagem silenciar;
“Vede” Significa: Desfrute isso! Desfrute já em unidade Comigo!
“o livramento do Senhor”, é a percepção de que é Deus Quem faz1
Outro exemplo, que está na Bíblia:
“Aquieta-te e saiba Eu Sou Deus”
“Aquieta-te” é o comando para a mente do personagem silenciar;
“Saiba” Significa: Desfrute isso! Desfrute já em unidade Comigo!
“Eu Sou Deus”, é a percepção de que é Deus Quem Se revela!
A dúvida é um mecanismo de auto-defesa da mente que preserva os pensamentos e tenta aniquilar as percepções conscienciais...
É o que na representação parece acontecer... Assim a pessoa não segue o comando... Por sua vez, não ocorre o desfrute e por fim a percepção é interpretada como “um argumento, uma idéia ou um conceito”. A dúvida persiste e transforma em uma “certeza mental” aquilo que é originalmente uma autêntica percepção consciencial.
Mas Jesus disse: “Tua fé te curou”! Ou seja, a “tua percepção” de que “é Deus Quem faz”, “é Deus Quem realiza as obras”, te curou.
A Bíblia contém a advertência: “Acautelai-vos dos falsos mestres”, que são os ensinamentos que afastam do amor de Cristo, ou seja, daquilo que está em nós, no centro, o núcleo, no “reino de Deus” e que nos coloca na periferia, nas “certezas” baseadas no raciocínio, na lógica e em pensamentos.
Assim, quando tiver uma intuição e tiver dúvida, se não consegue não ter dúvida duvide da intuição, mas também duvide da dúvida... Saiba que a dúvida é uma reação condicionada e precisa ser refeita.
Terceiro exemplo, da Meditação Shinsokan:
“Neste momento deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo da Imagem Verdadeira.”
“Neste momento deixo o mundo dos cinco sentidos”, é o comando para a mente do personagem “focar no presente” [neste momento] e “silenciar a percepção do mundo dos cinco sentidos”;
“e entro no mundo da Imagem Verdadeira” Significa: Desfrute isso! Desfrute já em unidade Comigo a percepção da Imagem Verdadeira!
Por fim, o divino personagem Jaime Pires se eleva em percepção ao céu e diz:
“A representação não conta, porque afinal de contas, é só um faz-de-conta.”
Passemos então às considerações do céu...
Masaharu Taniguchi disse...
“O objetivo básico da religião é despertar o homem para a Imagem Verdadeira de sua Vida.
[Do livro Imagem Verdadeira e Fenômeno. Página 21]
E disse também:
“Há duas imagens do ser humano: o “homem verdadeiro” e o “homem ilusório”. Uma é verdadeira e a outra é uma ilusão que, parecendo existir, não existe de fato – o budismo partiu desde o início desta Verdade, mas o cristianismo despertou para esta verdade há menos de cem anos. Até então, os ensinamentos pregados por Jesus Cristo, como também a teoria da criação do Universo citada no Gênesis, não eram interpretadas corretamente, pois não fazia distinção entre a “criação verdadeira” e a “criação falsa, fruto da ilusão”. Em consequência, as pessoas comuns atribuíam a responsabilidade das contradições, dores e sofrimentos da vida à imperfeição da criação de Deus, duvidando assim da existência do Deus-Criador, da Sua onipotência, do Seu Amor, julgando-O uma simples imaginação da mente dos teólogos.”
“Cristo, pessoalmente, sabia que a Imagem Verdadeira da sua Vida era eterna e indestrutível, pois disse frases como: “Eu existo desde antes do nascimento de Abraão”, ou “Eu sou aquele que compartilhou a glória com Deus antes da criação do mundo” e pregou o cristianismo, mas quem leu a Bíblia não conseguiu compreender isso.
[Do livro Imagem Verdadeira e Fenômeno. Página 23]
Da mesma forma que “quem leu a Bíblia não conseguiu compreender isso” é possível que haja quem leu e não conseguiu compreender o que o Anônimo disse...
“Todo conceito é um pré conceito, assim como o personagem desperto e o não desperto, conceitos, imagens irreais daquilo que não possui imagem, nunca há nada além do ser consciencial, tudo é o cristo, tudo é o buda e, simultaneamente, nenhum desses conceitos distintos. ”
A afirmação: “imagens irreais daquilo que não possui imagem..” parece contradizer o que disse Masaharu Taniguchi que disse: ““Há duas imagens do ser humano: o “homem verdadeiro” e o “homem ilusório”. Uma é verdadeira e a outra é uma ilusão que, parecendo existir, não existe de fato”
E para enfatizar essa afirmação Masaharu Taniguchi acrescentou dizendo que: “o budismo partiu desde o início desta Verdade, mas o cristianismo despertou para esta verdade há menos de cem anos.”
Sendo assim, de onde parte Quem “aparece como” o divino personagem desperto que disse: “imagens irreais daquilo que não possui imagem..”
Essa afirmação aparentemente contraria o que disse Masaharu Taniguchi ao dizer que: “Cristo, pessoalmente, sabia que a Imagem Verdadeira da sua Vida era eterna e indestrutível, pois disse frases como: “Eu existo desde antes do nascimento de Abraão”, ou “Eu sou aquele que compartilhou a glória com Deus antes da criação do mundo” e pregou o cristianismo, mas quem leu a Bíblia não conseguiu compreender isso.
Porque está sendo aqui referenciado como um “personagem desperto” o divino personagem que diz: “nunca há nada além do ser consciencial” e que deve ser reconhecido e reverenciado como uma “manifestação consciente do Ser”?
Notem bem: Porque em realidade o É! Trata-se verdadeiramente de “uma manifestação consciente do Ser”, divina, e parte de Si mesmo...
Percebam, desfrutem e compartilhem! Porque jamais passou por aqui, ou seja, nunca antes “Se manifestou” neste Templo dos Iluminados”... Aquele que, podendo assumir qualquer “personagem” Se manifesta como o próprio Ser, sem véus, expressando-se em primeira pessoa, sem sequer atribuir a Quem É qualquer nome, mesmo que já esteja na representação “aparecendo como” e sendo reconhecido como “mestre”, e revela a verdade numa linguagem que só mesmo quem se percebe em unidade com o Ser pode expressar e desfrutar plenamente!
A aparente contradição entre este que Se manifesta como “Quem É” e o que disse Masaharu Taniguchi é irreal. Contudo, é preciso transcender os limites da percepção que estabelece limites para perceber o ilimitado...
Como comentou de forma igualmente iluminada Aquele que “aparece como” nosso Amigo, o divino personagem Gugu: “De fato, em Mim tudo pode estar acontecendo ao mesmo tempo, do jeito que você descreveu, pois há "espaço" suficiente para tudo isso. Isso sou Eu.”
Notem que a divindade sempre Se manifesta de forma livre e ilimitada, pois, sabe ser o Ser Único, a essência e real identidade de tudo o que É, de todos aqueles que, na linguagem usada do Núcleo, são chamados de “divinos personagens”.
Ocorre que todo ensinamento divino usa de uma linguagem própria a fim de que se torne assimilável, sendo certo que nenhuma linguagem pode definir o indefinível, e expressar em ideias e conceitos Aquele que sendo o Real só pode ser percebido por Si mesmo, por Sua própria percepção, e não pode ser expresso por meio de ideias e conceitos.
Todo ensinamento pode ser visto apenas como algo que transita de um para outro, daquele que ensina para aquele que aprende ou pode ser percebido como uma via de transcendência, da percepção identificada com algo individualizado para a percepção do Ser, o Uno Sem Segundo. .
Por Amor, aquele ensinamento que transita de um para outro desvela-se no núcleo daquele que o recebe como uma via de transcendência para a percepção do próprio Ser em si mesmo, a via de percepção da Unidade!
Assim, por Amor, o Ser Real “aparece como” um Mestre, como aquele que ensina, para desvelar-Se no coração daquele que o recebe como uma via de transcendência, a via de percepção da Unidade Essencial!
Muitas parábolas foram usadas por Jesus para expor seu ensinamento, assim como muitas metáforas e figuras de linguagem têm sido usadas a fim de facilitar a compreensão dos que “aparecem como” aprendizes...
Por isto o ensinamento do Núcleo é difundido numa linguagem e termos próprios cuja finalidade didática é a de facilitar sua perfeita assimilação. A ênfase do ensinamento compartilhado no Núcleo é dada à percepção, com a advertência e o esclarecimento de que embora aparentemente possa haver duas percepções, a da Consciência do Ser e a da mente do personagem, a percepção da Consciência do Ser é que percebe o real. Essa “percepção” é chamada no Núcleo de “percepção consciencial”. Pelo fato de apenas o Ser único ser real não há de fato separação entre personagem e Ser ou entre mente do personagem e Consciência do Ser, que são expressões usadas com fins meramente didáticos.
Outros ensinamentos usam termos próprios para a “percepção do Ser”, que é a percepção da Consciência do Ser ou percepção consciencial.
Masaharu Taniguchi a chama de “percepção da Imagem Verdadeira”;
Eckhart Tolle a chama de “poder do Agora’;
Adyashanti a chama de “estado natural”;
Satyaprem a chama de “plena consciência”
Vale notar que Adyashanti contrapõe ao “estado natural” a percepção do “estado egóico”, que equivale à “percepção da mente do personagem”.
Neste aspecto, Satyaprem trata ambas como sendo “estados naturais”.
Percebam agora como Se expressa o Ser como a “plena consciência”...
A unidade não percebe nada além de si mesmo e, simultaneamente, percebe-se como um conceito, limitado, separado, distinto, a mente, a consciência, etc. e tudo isso é perfeito, não há nenhum problema em me ver separado ou, permanecer como o um em um estado de total silencio, pois ambos são estados naturais e perfeitos em mim, coexistem eternos e simultâneos em mim, é a própria brincadeira em mim, a de perceber a mim mesmo fragmentado, isso não pode ser mudado, um estado não existe separado do outro no que sou, nunca estou de fato fragmentado em estados sem consciência, consciente e inconsciente, sou todos eles simultaneamente, assim como não há nenhum problema apontar isso como um problema, isso é assim, então é exatamente assim que tem que ser, porque seja o que for, como é, sempre é perfeito, sem nenhuma causa e nenhuma consequência real, não importa o que pareça acontecer, jamais afeta a realidade última, jamais afeta o real, a essência.
Percebam a profundidade, a poesia e a beleza desta percepção compartilhada!
Notem que se trata da expressão do Ser, da “plena consciência”, que é livre de quaisquer ideais e conceitos e sem intenção de refutar qualquer ensinamento, seja de Masaharu Taniguchi, de Adyashanti ou de qualquer outro... até porque “não há outro”, e foi dito que: “um estado não existe separado do outro no que sou, nunca estou de fato fragmentado em estados sem consciência, consciente e inconsciente, sou todos eles simultaneamente,
O Ser manifestou-Se neste Templo dos Iluminados não como normalmente Se revela na representação aos seguidores de Seu iluminado personagem... Mas apenas por Sua graça, por Amor, compartilhando Sua percepção ilimitada. Esta presença e manifestação no Templo dos Iluminados é um autêntico “darshan”, a visão da divindade, que afirmou: “nunca há nada além do ser consciencial”,
Esse é o principal ensinamento do Núcleo; a essência da percepção divina!
Que ao lado dessa percepção iluminada e compartilhada esteja a iluminada percepção dAquele que “aparece como” nosso Amigo Gugu, que compartilhou:
“De fato, em Mim tudo pode estar acontecendo ao mesmo tempo, do jeito que você descreveu, pois há "espaço" suficiente para tudo isso. Isso sou Eu.”
Enfim, a fim de que todos percebam, desfrutem e compartilhem, digo:
“.. .há "espaço" suficiente para tudo isso; toda a quietude. Isso sou Eu.”
“.. .há "espaço" suficiente para tudo isso; todo o movimento. Isso sou Eu.”
“.. .há "espaço" suficiente para tudo isso, todas as percepções... Isso sou Eu.”
Namastê.
Maravilha, Silvano!
Que texto, que comentário! Profundo, forte, e também repleto de percepções. Esclareceu e destrinchou todo o conteúdo compartilhado nos comentários anteriores. Esse comentário merece até virar post!
Muito grato Aquele que aparece como Silvano (e grato, também, ao personagem, por ser uma pessoa por quem tenho uma imensa estima!)
Namastê!
Olá divinos personagens Gugu e Silvano,
Obrigado pelos comentários.
Conforme iluminada postagem de anônimo, há espaço pra tudo isso em Mim, não havendo resistência, é perfeitamente natural, é a própria brincadeira em Mim, é leela.
Ou como ensina Eckhart Tolle, quem percebe a inconsciência já é a conciência, ensina também, de certa forma em concordância com o anônimo, que essa dicotomia é natural, que o tempo não existe, mas que paradoxalmente necessitamos de tempo para perceber que o tempo não existe, a chave, segundo ele, é a não resistência, a entrega incondicional ao que é, a rendição ao poder do agora ou como ele mesmo parafraseia “não resistir ao mal”.
Acho que as vezes simplesmente provoco para ver as palavras de vocês que eu adoro.
Eu chego lá ( percebo que já Sou - estou lá)
Namastê
Foi dito: "Acho que as vezes simplesmente provoco para ver as palavras de vocês que eu adoro."
Eu chego lá ( percebo que já Sou - estou lá)
Divino personagem Jaime Pires,
É comum meu personagem dizer: "Personagem, você não engana ninguém... Sei Quem você É!"
Namastê! [Deus em mim percebe Deus em você]
=)
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