Masaharu Taniguchi
(Palestra realizada em 2 de julho de 1936)
"Qual miragem, este corpo é produto do pensamento invertido; qual sonho, este corpor é irreal; qual sombra, este corpo resulta de carma e de meio; este corpo é como virbação e é regido por causas e meios cármicos; qual nuvem, este corpo se transforma e se desfaz rapidamente: qual relâmpago, este corpo tem breve duração." (Sutra de Vimalakirti ou 'Avalokiteshvara')
Este trecho, extraído da Sutra de Vimalakitri, diz claramente que "qual miragem, este corpo é produto do pensamento invertido; qual sonho, este corpo é irreal". Quando a Seicho-No-Ie prega que "o corpo carnal não existe", certas pessoas criticam, dizendo: "É um absurdo pregar que não existe o corpo carnal, cuja existência estamos vendo com nossos próprios olhos. Tal ensinamento é herético". Entretanto, a Sutra de Vimalakirti diz que "este corpo é produto do pensamento invertido". "Pensamento invertido" significa ilusão. É "ilusão" julgar existente o que não existe e considerar inexistente o que existe. Por isso se diz "pensamento invertido". O corpo carnal não existe, mas as pessoas o vêem como existente - isso é que é pensamento invertido ou ilusão. E é dessa ilusão que surge este corpo. Por isso a referida sutra diz "Qual miragem, este corpo é produto do pensamento invertido", o que corresponde ao que é dito na Seicho-No-Ie: "O corpo carnal não existe". Dizendo com palavras difíceis, como faz a Sutra de Vimalakirti, a mensagem parece algo importante e profundo, mas não cala no fundo de nossa alma. Mas, dizendo com palavras fáceis que "o corpo carnal não existe", como faz a Seicho-No-Ie, as pessoas entendem melhor, libertam-se da ilusão e consequentemente ocorrem curas, havendo até casos em que a doença desaparece instantaneamente.
A frase "Qual sonho, este corpo é irreal" quer dizer que o corpo carnal é como as imagens do sonho, portanto é falsa existência. "Qual sombra, este corpo resulta de carma e de meio" significa que este corpo não é verdadeiro e não tem substância, tal qual sombra, sendo apenas manifestação do carma, que assume forma quando encontra um "meio" propício. Carma é a vibração do acúmulo de nossos atos, palavras e pensamentos do passado. Em outras palavras, constituem carma não só as nossas ações físicas, mas também tudo o que pensamos e expressamos em palavras. Portanto, quando digo que "este corpo é manifestação do carma", estou dizendo que o corpo é manifestação de ondas vibratórias. E esta afirmação coincide com a tese da ciência moderna, segundo a qual todos os fatos e coisas deste mundo fenomênico são formas variadas de manifestação das ondas de éter. Estas, quando encontram um "meio", manifestam-se de determinada forma. Analogamente, o carma também se manifesta assumindo forma somente quando encontra um "meio". Eis a razão por que se diz que "este corpo resulta de carma e de meio".
A ciência moderna, o budismo e a Seicho-No-Ie pregam a mesma Verdade. Tudo que possui forma é transformação de ondas vibratórias, que se solidificam quando encontram um "meio" apropriado. Por exemplo, os raios solares são ondas é só se transformam em luz quando encontram um obstáculo, um "meio". Se não existisse o "meio", não teríamos a luz do Sol, mesmo existindo raios solares. Quando subimos a uma altura de 200 quilômetros, lá encontraremos um espaço em trevas. Já que nos aproximamos mais do Sol, deveríamos encontrar mais luz, mas não é o que acontece. Segundo os cientistas, lá é uma escuridão total porque no vácuo, mesmo havendo ondas de luz provenientes do Sol, não existem "meios" que os reflitam. E, mesmo aqui na Terra, os cegos não vêem a luz do Sol porque, embora as ondas de luz estejam presentes, eles não são dotados de "meio" para transformar essas ondas em luz. Este é um problema relacionado com a visão, mas o mesmo tipo de problema ocorre com a audição, o olfato, a gustação e até com o tato. Sem o "meio", as existências não se tornam concretas.
Poderá alguém pensar que os elementos perceptíveis ao tato (parede, mesa, bola, etc.) existem de modo concreto, independentemente do "meio" chamado tato, mas se enganam. A distância, por exemplo, entre os átomos de uma parede é comparável à distância que separa os astros no Universo. Logo, a matéria não é algo compacto e sólido como parece, e deveria ser extremamente permeável. Se ela nos parece sólida e não podemos atravessá-la, é devido ao "meio" (nosso corpo físico). Se não existisse esse "meio", poderíamos atravessar livremente os corpos considerados sólidos. Tanto é que os raios cósmicos, os raios X e os espíritos atravessam livremente as paredes.
Desta forma, mesmo existindo o carma (vibração mental), ele não se manifesta quando não existe um "meio" adequado. Isso quer dizer que o nosso corpo físico não passa de produto do carma, que está manifestado conforme o "meio" que encontrou, não sendo, portanto, uma existência própria, firme e sólida; nossas ondas mentais é que, tendo encontrado o "meio", estão manifestando tal aparência. Nisto é que consiste o corpo carnal. Referindo-se a isso, a Sutra de Vimalakirti diz: "Este corpo é como vibração e é regido por causas e meios cármicos; qual nuvem, este corpo se transforma e se desfaz rapidamente; qual relâmpago, este corpo tem breve duração".
É feliz essa comparação do corpo carnal com a vibração. Mesmo que um programa de rádio esteja sendo transmitido por uma emissora, não podemos ouví-lo se não tivermos um rádio (meio). Quando, porém, existe o "meio" chamado radiorreceptor, que capta as ondas de transmissão, estas se manifestam de modo perceptível aos nossos ouvidos. E o nosso corpo carnal é comparável ao som que ouvimos por meio de rádio.
As ondas de rádio tornam-se perceptíveis ao ouvido através do rádio, e as ondas (o carma) invisíveis de televisão tornam-se visíveis através do "meio" chamado televisor. Entretanto, embora o som radiofônico e a imagem televisiva estejam se manifestando respectivamente por meio de rádio e televisor, isso não significa que o locutor ou os atores estejam presentes no rádio ou no televisor. O que neles existe são apenas ondas ou carmas. Esses carmas ou ondas é que, encontrando o "meio" chamado rádio ou televisor, manifestam-se como som ou imagem perceptível aos nossoa sentidos.
Da mesma forma, o nosso corpo carnal também, na verdade não existe. O que existe é apenas o carma, a vibração. Esse carma é que, tendo encontrado um "meio" apropriado, manifestou-se em forma de corpo carnal. Por isso dizemos que "o corpo carnal, na verdade, não existe". Ele é simples resultado de "causa" e "meio", razão por que a referida sutra diz: "este corpo é como vibração e é regido por causas e meios cármicos". Se o nosso corpo se destrói, é porque não é existência verdadeira. Como não é algo firme nem eterno, e sim uma imagem manifestada através de um "meio", é natural que se destrua quando desaparece esse "meio". O corpo carnal não possui forma própria e firme, pois se transfigura quando ocorre alteração no "meio" através do qual está sendo manifestado. A umidade do ar, por exemplo, quando entra em contato com o "meio" chamado temperatura baixa, transforma-se em gotículas de água e assume a forma de nuvem. Se não existisse esse meio, a umidade atmosférica não se tornaria visível. E, mesmo existindo a temperatura baixa, o vapor condensado não tomaria a forma de nuvem, se não existisse outro meio chamado atmosfera. Portanto, quando não existe o "meio", a forma também não existe. Assim também é o nosso corpo carnal. Este não é existência verdadeira. É o carma que, através do "meio", está manifestando essa forma.
Logo, o corpo carnal não é o nosso Eu verdadeiro, sendo comparável a uma nuvem que se dispersa facilmente. Por isso, a Sutra de Vimalakirti diz: "Qual nuvem, este corpo se transforma e se desfaz rapidamente". O trecho seguinte da mesma sutra, onde se lê "qual relâmpago, este corpo tem breve duração", quer dizer que o nosso corpo carnal, que julgamos existente, é algo efêmero que acaba desaparecendo, pois não passa de imagem manifestada pelas ondas cármics através de um "meio".
É importante compreendermos realmente que o corpo carnal não existe de modo verdadeiro, pois, enquanto pensarmos que o corpo carnal seja uma existência sólida, ficaremos apegado a ele e teremos tristezas e dores. Por exemplo, quando alguém adoece ou morre, teremos de ficar tristes ou sofrer. Na verdade, já que o corpo carnal é passageiro como o relâmpago e jamais existiu de verdade, é natural que acabe desaparecendo. Até o sr. Koozui Ootami, um dos líderes do budismo do Japão, escreveu em seu livro: "A idéia de que a morte seja algo grave e doloroso vem da errônea crença de que existe o eu carnal. O corpo carnal não existe. Logo, não existe nem o nascimento nem a morte". É impressionante que muitos budistas considerem correta uma tese quando eles próprios pregam, mas considerem errada a mesma tese quando pregada por outros.
Olhando distraidamente o nosso corpo carnal, ele parece sempre igual, ontem hoje e amanhã. Porém, estudando-o minuciosamente, compreenderemos que suas células estão sendo substituídas incessantemente, isto é, que o nosso corpo carnal está em constante transformação. E isso já estava escrito na Sutra de Vimalakirti há quase três mil anos, o que atesta a grande sabedoria de Sakyamuni.
Como se vê, a filosofia da "inexistência do corpo carnal" não é nenhuma novidade inventada pela Seicho-No-Ie; a novidade ou a diferença está na forma de expressá-la. Como a nossa forma de expressar possui grande força, a mente das pessoas que lêem a obra A Verdade da Vida atinge diretamente a Essência da Vida, resultando frequentemente na cura de enfermidades. A Verdade pregada pela Seicho-No-Ie é tão antiga quanto o céu e a terra, mas a forma de expressá-la é que é nova e original. Nesse sentido, a Seicho-No-Ie deveria ser considerada arte literária em vez de filosofia ou religião. E eu desejaria ser chamado de literato em vez de religioso. Ninguém precisa se desesperar só porque surgiu uma "religião nova".
Segundo o zen-budismo, a Verdade é algo inexprimível em palavras e transmissível somente de alma para alma através de convivência, mas a Seicho-No-Ie, por meio de exímio emprego de palavras, faz a Verdade penetrar na alma das pessoas, simplificando assim os treinamentos ascéticos para alcançar o despertar espiritual. Até agora, os praticantes do zen alcançavam a Verdade a muito custo, fazendo meditação sob orientação severa do mestre durante anos e anos. Mas, agora, a Verdade, pode ser assimilada apenas pela leitura de livros da Seicho-No-Ie. Nem todos o conseguem facilmente, mas existem muitos que alcançam um grau de despertar equivalente ao alcançado pelo mestre zen-budista Hakuin que, através de seu despertar, curou-se de tuberculose.
Portanto, a Seicho-No-Ie é uma arte literária. Prefiro que ela seja chamada de nova arte em vez de nova religião. Repito que a Seicho-No-Ie não inventou nenhuma Verdade nova. Apenas transmite ensinamentos milenares, mas, como o faz por meio de uma arte verbal eficaz, possui força para vivificar a alma das pessoas. Eis o mistério da obra A Verdade da Vida.
A frase "Qual sonho, este corpo é irreal" quer dizer que o corpo carnal é como as imagens do sonho, portanto é falsa existência. "Qual sombra, este corpo resulta de carma e de meio" significa que este corpo não é verdadeiro e não tem substância, tal qual sombra, sendo apenas manifestação do carma, que assume forma quando encontra um "meio" propício. Carma é a vibração do acúmulo de nossos atos, palavras e pensamentos do passado. Em outras palavras, constituem carma não só as nossas ações físicas, mas também tudo o que pensamos e expressamos em palavras. Portanto, quando digo que "este corpo é manifestação do carma", estou dizendo que o corpo é manifestação de ondas vibratórias. E esta afirmação coincide com a tese da ciência moderna, segundo a qual todos os fatos e coisas deste mundo fenomênico são formas variadas de manifestação das ondas de éter. Estas, quando encontram um "meio", manifestam-se de determinada forma. Analogamente, o carma também se manifesta assumindo forma somente quando encontra um "meio". Eis a razão por que se diz que "este corpo resulta de carma e de meio".
A ciência moderna, o budismo e a Seicho-No-Ie pregam a mesma Verdade. Tudo que possui forma é transformação de ondas vibratórias, que se solidificam quando encontram um "meio" apropriado. Por exemplo, os raios solares são ondas é só se transformam em luz quando encontram um obstáculo, um "meio". Se não existisse o "meio", não teríamos a luz do Sol, mesmo existindo raios solares. Quando subimos a uma altura de 200 quilômetros, lá encontraremos um espaço em trevas. Já que nos aproximamos mais do Sol, deveríamos encontrar mais luz, mas não é o que acontece. Segundo os cientistas, lá é uma escuridão total porque no vácuo, mesmo havendo ondas de luz provenientes do Sol, não existem "meios" que os reflitam. E, mesmo aqui na Terra, os cegos não vêem a luz do Sol porque, embora as ondas de luz estejam presentes, eles não são dotados de "meio" para transformar essas ondas em luz. Este é um problema relacionado com a visão, mas o mesmo tipo de problema ocorre com a audição, o olfato, a gustação e até com o tato. Sem o "meio", as existências não se tornam concretas.
Poderá alguém pensar que os elementos perceptíveis ao tato (parede, mesa, bola, etc.) existem de modo concreto, independentemente do "meio" chamado tato, mas se enganam. A distância, por exemplo, entre os átomos de uma parede é comparável à distância que separa os astros no Universo. Logo, a matéria não é algo compacto e sólido como parece, e deveria ser extremamente permeável. Se ela nos parece sólida e não podemos atravessá-la, é devido ao "meio" (nosso corpo físico). Se não existisse esse "meio", poderíamos atravessar livremente os corpos considerados sólidos. Tanto é que os raios cósmicos, os raios X e os espíritos atravessam livremente as paredes.
Desta forma, mesmo existindo o carma (vibração mental), ele não se manifesta quando não existe um "meio" adequado. Isso quer dizer que o nosso corpo físico não passa de produto do carma, que está manifestado conforme o "meio" que encontrou, não sendo, portanto, uma existência própria, firme e sólida; nossas ondas mentais é que, tendo encontrado o "meio", estão manifestando tal aparência. Nisto é que consiste o corpo carnal. Referindo-se a isso, a Sutra de Vimalakirti diz: "Este corpo é como vibração e é regido por causas e meios cármicos; qual nuvem, este corpo se transforma e se desfaz rapidamente; qual relâmpago, este corpo tem breve duração".
É feliz essa comparação do corpo carnal com a vibração. Mesmo que um programa de rádio esteja sendo transmitido por uma emissora, não podemos ouví-lo se não tivermos um rádio (meio). Quando, porém, existe o "meio" chamado radiorreceptor, que capta as ondas de transmissão, estas se manifestam de modo perceptível aos nossos ouvidos. E o nosso corpo carnal é comparável ao som que ouvimos por meio de rádio.
As ondas de rádio tornam-se perceptíveis ao ouvido através do rádio, e as ondas (o carma) invisíveis de televisão tornam-se visíveis através do "meio" chamado televisor. Entretanto, embora o som radiofônico e a imagem televisiva estejam se manifestando respectivamente por meio de rádio e televisor, isso não significa que o locutor ou os atores estejam presentes no rádio ou no televisor. O que neles existe são apenas ondas ou carmas. Esses carmas ou ondas é que, encontrando o "meio" chamado rádio ou televisor, manifestam-se como som ou imagem perceptível aos nossoa sentidos.
Da mesma forma, o nosso corpo carnal também, na verdade não existe. O que existe é apenas o carma, a vibração. Esse carma é que, tendo encontrado um "meio" apropriado, manifestou-se em forma de corpo carnal. Por isso dizemos que "o corpo carnal, na verdade, não existe". Ele é simples resultado de "causa" e "meio", razão por que a referida sutra diz: "este corpo é como vibração e é regido por causas e meios cármicos". Se o nosso corpo se destrói, é porque não é existência verdadeira. Como não é algo firme nem eterno, e sim uma imagem manifestada através de um "meio", é natural que se destrua quando desaparece esse "meio". O corpo carnal não possui forma própria e firme, pois se transfigura quando ocorre alteração no "meio" através do qual está sendo manifestado. A umidade do ar, por exemplo, quando entra em contato com o "meio" chamado temperatura baixa, transforma-se em gotículas de água e assume a forma de nuvem. Se não existisse esse meio, a umidade atmosférica não se tornaria visível. E, mesmo existindo a temperatura baixa, o vapor condensado não tomaria a forma de nuvem, se não existisse outro meio chamado atmosfera. Portanto, quando não existe o "meio", a forma também não existe. Assim também é o nosso corpo carnal. Este não é existência verdadeira. É o carma que, através do "meio", está manifestando essa forma.
Logo, o corpo carnal não é o nosso Eu verdadeiro, sendo comparável a uma nuvem que se dispersa facilmente. Por isso, a Sutra de Vimalakirti diz: "Qual nuvem, este corpo se transforma e se desfaz rapidamente". O trecho seguinte da mesma sutra, onde se lê "qual relâmpago, este corpo tem breve duração", quer dizer que o nosso corpo carnal, que julgamos existente, é algo efêmero que acaba desaparecendo, pois não passa de imagem manifestada pelas ondas cármics através de um "meio".
É importante compreendermos realmente que o corpo carnal não existe de modo verdadeiro, pois, enquanto pensarmos que o corpo carnal seja uma existência sólida, ficaremos apegado a ele e teremos tristezas e dores. Por exemplo, quando alguém adoece ou morre, teremos de ficar tristes ou sofrer. Na verdade, já que o corpo carnal é passageiro como o relâmpago e jamais existiu de verdade, é natural que acabe desaparecendo. Até o sr. Koozui Ootami, um dos líderes do budismo do Japão, escreveu em seu livro: "A idéia de que a morte seja algo grave e doloroso vem da errônea crença de que existe o eu carnal. O corpo carnal não existe. Logo, não existe nem o nascimento nem a morte". É impressionante que muitos budistas considerem correta uma tese quando eles próprios pregam, mas considerem errada a mesma tese quando pregada por outros.
Olhando distraidamente o nosso corpo carnal, ele parece sempre igual, ontem hoje e amanhã. Porém, estudando-o minuciosamente, compreenderemos que suas células estão sendo substituídas incessantemente, isto é, que o nosso corpo carnal está em constante transformação. E isso já estava escrito na Sutra de Vimalakirti há quase três mil anos, o que atesta a grande sabedoria de Sakyamuni.
Como se vê, a filosofia da "inexistência do corpo carnal" não é nenhuma novidade inventada pela Seicho-No-Ie; a novidade ou a diferença está na forma de expressá-la. Como a nossa forma de expressar possui grande força, a mente das pessoas que lêem a obra A Verdade da Vida atinge diretamente a Essência da Vida, resultando frequentemente na cura de enfermidades. A Verdade pregada pela Seicho-No-Ie é tão antiga quanto o céu e a terra, mas a forma de expressá-la é que é nova e original. Nesse sentido, a Seicho-No-Ie deveria ser considerada arte literária em vez de filosofia ou religião. E eu desejaria ser chamado de literato em vez de religioso. Ninguém precisa se desesperar só porque surgiu uma "religião nova".
Segundo o zen-budismo, a Verdade é algo inexprimível em palavras e transmissível somente de alma para alma através de convivência, mas a Seicho-No-Ie, por meio de exímio emprego de palavras, faz a Verdade penetrar na alma das pessoas, simplificando assim os treinamentos ascéticos para alcançar o despertar espiritual. Até agora, os praticantes do zen alcançavam a Verdade a muito custo, fazendo meditação sob orientação severa do mestre durante anos e anos. Mas, agora, a Verdade, pode ser assimilada apenas pela leitura de livros da Seicho-No-Ie. Nem todos o conseguem facilmente, mas existem muitos que alcançam um grau de despertar equivalente ao alcançado pelo mestre zen-budista Hakuin que, através de seu despertar, curou-se de tuberculose.
Portanto, a Seicho-No-Ie é uma arte literária. Prefiro que ela seja chamada de nova arte em vez de nova religião. Repito que a Seicho-No-Ie não inventou nenhuma Verdade nova. Apenas transmite ensinamentos milenares, mas, como o faz por meio de uma arte verbal eficaz, possui força para vivificar a alma das pessoas. Eis o mistério da obra A Verdade da Vida.
Do livro "A Verdade da Vida, vol. 27"; pp. 121 à 127
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Todos os povos na Sua presença são como se não existissem, e Ele os considera como um nada, uma coisa que não existe.” (Isaías 40:17)
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