- Núcleo -
Divinos personagens,
Jesus disse: “Eu e o Pai somos Um”.
Jesus compartilhou uma percepção divina, uma percepção consciencial.
Uma percepção consciencial é impessoal e é válida tanto para quem a tem quanto para quem a percebe!
Saibam identificar o “mestre” que aparece no mundo externo como sendo a própria percepção do Mestre em vocês que percebe “o mestre que aparece”.
Assim, “o mestre que aparece” no cenário visível pela mente compartilhando suas percepções é o Mestre que está sendo percebido por nós!
Atentem que é a percepção que está em nós que percebe o mestre! Essa percepção não é de quem estamos sendo, mas sim, de Quem somos!
Ou seja, essa percepção não é da mente do personagem que estamos sendo, mas sim, é a percepção da Consciência do Ser Real que já somos.
Essa é a chamada “percepção consciencial” revelada pelo ensinamento compartilhado no Núcleo. Ela está em nós por sermos Um com o Ser Real da qual emerge.
Quando Simão, respondendo À pergunta de Jesus, disse: “Tu és o Filho de Deus vivo”, essa percepção não foi da “mente de Simão”, mas sim, da “Consciência do Ser divino” que percebeu ser Jesus o “Filho de Deus”!
Por isso disse Jesus: “Simão, isso quem te revelou não foi carne e sangue, mas meu Pai, que está no céu.”
Em outras palavras: “Isso quem te revelou não foi carne e sangue [ou seja, não foi aquilo que está na “representação”, não foi a “carne e o sangue”, não foi a “mente”]; mas foi “meu Pai” [foi a Consciência do Pai], que está no céu [ou seja: foi a Consciência do Ser, que está na Realidade divina do próprio Ser; ou seja, que “está no céu”]
E Jesus completou dizendo que: sobre esta pedra [ou seja, sobre esta “percepção pétrea”, que é a percepção firmada na “pedra indestrutível”, que é “a Verdade”, que é a Vida interior do homem] edificarei a minha eclesia [edificar a eclesia significa edificar a comunidade dos que seguem esta “percepção pétrea”, fundada na Verdade].
Assim, ao declarar “Eu e o Pai somos Um”, Jesus compartilhou a percepção de que: O “eu” do Filho do Homem e o “eu” do Filho de Deus [personagem divino que ele é], e o “Pai”, que é o “Eu” do Ser, são Um, ou seja, são o mesmo Ser; são a mesma essência.
Por isso o Evangelho de João tem as seguintes revelações, que são percepções conscienciais compartilhadas, e está escrito:
“No Princípio era o Verbo.
E o Verbo estava com Deus;
O Verbo era Deus;
E o Verbo se fez carne.”
Pra facilitar a compreensão e a visualização destas revelações divinas contidas no evangelho de João, no “esquema visual” do ensinamento compartilhado no Núcleo o “Circulo sem imagens” corresponde ao “Princípio”, no qual “era o Verbo”. Nele o “Verbo divino” [que corresponde à Palavra sânscrita OM] está presente como “Nome”; está presente mas sem forma, ou seja, está presente mas sem imagem; está presente apenas como Essência, como Substância.
Na segunda figura do “esquema visual” aparece uma Imagem do Verbo, ou seja, uma Imagem do OM, como a imagem do Buda Eterno ou Cristo Eterno.
Sendo o “Verbo” a essência ou substância do Ser, tanto o “eu” do personagem Jesus, a quem ele se refere como Filho do Homem, quanto o “Eu” do Ser Real que Ele É, a quem ele se refere como Pai, são Um, porque são a mesma essência ou substância, quer seja referida apenas como Nome, ou seja, sem imagem (Figura 1), ou como forma, que então “aparece” ou é representada como uma imagem do Buda Eterno ou Cristo Eterno (Figura 2) ou como a imagem fenomênica de Jesus (Figura 3), que é o “Filho do Homem”.
O que deve ser notado é que a percepção consciencial compartilhada por Jesus é válida tanto pra ele quanto pra cada um de nós, de forma impesssoal e atemporal…
Mas, por ser uma percepção “consciencial” não é a percepção da mente do personagem que estamos sendo, mas sim, é a percepção da Consciência do Ser que somos!
Podemos identificar esta percepção atuando em nós quando percebemos a divindade, o “Mestre”, “aparecendo como” algum personagem no cenário da representação!
Assim, se reconhecemos alguém como sendo a personificação de Deus, do Mestre, seja ele Jesus, Buda, Masaharu Taniguchi, ou qualquer outro “divino personagem”, esta percepção é a percepção do Mestre que está emergindo em nós! É a percepção da Consciência que está emergindo em nós. E ela se expande ao ponto de nos fazer incluir a todos neste “re-conhecimento” divino de Quem todos são e de Quem nós mesmos Somos!
Esta é a essência da revelação, do ensinamento divino ou percepção consciencial, que diz: “Amai a Deus sobre todas as coisas e amai ao próximo como a ti mesmo.”
O “AMOR” não é um “SENTIMENTO” do personagem que estamos sendo; é uma PERCEPÇÃO do Ser que somos…
Em certo sentido podemos dizer que o Amor é a lente com que Deus percebe! Em verdade o Amor é mais que a percepção que Deus tem pois é o que Ele mesmo É.
Deus é Amor e Amor é Deus.
O Verbo de Deus é o próprio Deus em Ação…
E amar é o Verbo que revela a ação de Deus!
Se quer PERCEBER como Deus percebe, AME…
Sendo OM o Verbo divino, a ação de Jesus revelou que ele atuou como o próprio Verbo divino.
Aquele que ama, ou seja, que age como o próprio Verbo divino, percebe que: Eu e o Pai somos Um;
Aquele que ama, ou seja, que age como o próprio Verbo divino, percebe que: Eu e o Pai somos OM!
Namaste.
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