"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

quarta-feira, agosto 30, 2017

Vivifique o presente!

 
 - Núcleo -

Vivifique o presente!

Isto significa: vivifique o agora, conscientize-se do presente!

No âmago do ser humano vive o Ser Real, o “Eu Verdadeiro”, que está encoberto pela visão da mente de nossos personagens, ou seja, está encoberto por nossas “personas”, que são “máscaras” que velam o Ser, que encobrem o Ser Real.

Já foi dito que a palavra “presente” tem um duplo significado: O de momento presente e o de aquilo ou aquele que é presente. Aquele que é presente é o Ser Real, o Eu Verdadeiro.

O que cria, o que gera a persona [a máscara que encobre o Eu Verdadeiro] são os pensamentos. Através dos pensamentos nos identificamos apenas como sendo seres individuais, separados de Deus. Mesmo o pensamento de que “somos um com Deus” não nos leva a percepção de Quem Somos. O “acreditar” [que é forma de perceber mentalmente] que somos um com Deus não nos conscientiza de nossa natureza divina. Por isso Jesus disse enfaticamente que: “Quem não comer da minha carne e quem não beber do meu sangue não terá a Vida eterna.” O que Jesus revelou ao dizer “comer a Minha carne e beber o Meu sangue” foi que devemos nos conscientizar da Sua natureza divina e nos fundirmos nela, tornando-se também a nossa. Em outras palavras, que devemos nos elevar da crença [percepção mental] da natureza divina de Jesus para a percepção [percepção consciencial] de Sua essência [Sua carne e Seu sangue] em nós. Fazemos isso vivificando “o presente”, ou seja, vivificando “Aquele que é presente”, o Cristo Eterno. Assim, “vivificar o Presente” significa que devemos vivificar a Vida de Deus EM nós.

Como fazer isso, como “vivificar o presente”? Comece onde você está! Perceba que o seu personagem está num certo contexto [é isto o que ele "pensa"; e não apenas pensa, mas também analisa e julga o contexto onde está. E dependendo do julgamento mental você se sentirá feliz ou infeliz]. Seu personagem está num certo contexto mas você vive no Reino de Deus! A percepção de que você vive agora no reino de Deus não é mental; ela não é fruto de “pensamento, análise e julgamento”; e se continuar “pensando”, apenas “terá razão”; você continuará no nível da percepção mental, que se auto-alimenta de conceitos e percepções mentais, de raciocínio, de lógica, enfim, de razões…

Contudo, num nível que transcende os conceitos e o raciocínio está a Vida! A Vida verdadeira não é a vida mental. A Vida verdadeira é a Vida de Deus, é a Verdade que pode e deve ser conhecida, mas não pode ser “pensada”, porque os pensamentos a expressam em conceitos, e a Vida verdadeira é algo real, algo não conceitual.

Existe em nós algo que nos possibilita perceber essa “Vida verdadeira” que é a própria Vida! Parece ser paradoxal para a mente que pensa, mas é real. Quando Jesus Cristo revelou que: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai Pai senão por Mim”, quis dizer que “o Pai” é Deus e que Deus é Vida; e que a Vida de Deus é Quem Sou porque “Eu e o Pai somos Um”.

Ao revelar isso ele estava se referindo ao Cristo eterno que Vive EM nós. Este é nosso "Eu Verdadeiro", Aquele que é “presente” no “reino de Deus”, que está “dentro de nós”.

Portanto, devemos “comer e beber  dessa carne e desse sangue”, ou seja, devemos perceber [nos conscientizar] e desfrutar essa essência divina, que é a Vida de Deus, o Cristo que vive EM nós.

Por fim, aquilo que “aciona essa “conscientização” é o ato de compartilhar. “Não há percepção sem ação”!

Enfim, para ativar a percepção que transcende o nível dos pensamentos, comece onde está, pois, a Vida de Deus já está presente em você. Deixe os conceitos mentais de lado e desfrute dessa percepção, ou seja, coma, beba e sacie-se dela. E por fim a compartilhe; compartilhe generosamente.

O ato de compartilhar é que sedimenta em você a percepção do Presente.

Por isso compartilho a percepção; por isso esta mensagem está chegando  a você; por isso Buda compartilhou a iluminação que percebeu e desfrutou; por isso Jesus compartilhou o que “ouviu do Pai”.

Ao compartilhar o que perceberam e desfrutaram, eles “vivificaram Aquele que é Presente” neles, vivificaram Quem São e em o fazendo vivificaram Quem Somos, vivificaram a Vida de Deus, o Cristo que Vive EM nós.

Sim! Vivifique o presente!

Namastê.


segunda-feira, agosto 28, 2017

A Consciência revela o Ser que somos


- Núcleo -


No ser humano Deus "aparece como" Consciência [no sentido de que "Se revela", "Se expressa", e também de que "É percebido como" Consciência]. A Consciência impessoal do ser humano e de qualquer outro ser ou manifestação fenomênica, pois, só há UM SER e infinitas manifestações. É o OCEANO, que "pode ser percebido" pela ONDA, do qual ela emerge e que é sua base, substância e Fonte. Note que não há um "Ele" aqui, mas o Ser, o Ser que Eu Sou. "Quem percebe isso" não é a mente humana, a sua ou a minha mente. É a própria Consciência do Ser, em mim. Esta é a percepção consciencial que todos tem. Se isto é percebido pela mente humana, sua ou minha, então esta é a percepção mental, aquela que percebe de forma dual, que vê dois ou muitos onde só há um. A mente percebe muitos seres individualizados, como se estivessem separados do Ser que lhes deu causa, em vez de perceber apenas o Ser e Suas infinitas manifestações ou formas de expressão.

Se a percepção está sendo consciencial então o que se vê é apenas Deus, seja qual for a forma que o Ser assuma. É como um teatro de marionetes, no qual é perceptível que todos são "personagens movidos pela mão do artista", que lhes dá movimento, expressão e vida. E saber disso, perceber isso, não retira a graça da apresentação do teatro de marionetes.

Note que a percepção mental é uma crença, um "acreditar em"; não é o real conhecimento.

Há pessoas, os personagens, que "acreditam em" Deus e também os que não acreditam. Este "acreditar em" ou "não acreditam em" está restrito aos limites da percepção humana, que no Núcleo chamamos de percepção mental. Mas, independentemente de as pessoas acreditarem em Deus ou não acreditarem em Deus, esta percepção não altera a realidade. Não se trata de uma questão de crença, mas sim, de identidade. O personagem é apenas o que está sendo representado, não é o Ser Real. O personagem que estou representando é o que estou sendo. Mas nada/ninguém é o que está sendo. Tudo/todos são o que são! É a Consciência do Ser em mim que me faz consciente de que Sou o Ser Real e de que, enquanto personagem, enquanto ser humano, estou sendo uma representação consciente do que Sou. Mas, se percebo isto de forma mental, imediatamente a realidade perceptível se transforma diante da minha visão, a realidade que percebo se altera instantaneamente, e passo a ver as mesmas coisas, mas com uma interpretação, uma sensação, uma visão bastante diversa da realidade percebida consciencialmente. Então, aquela "representação consciente" do que Sou passa a ser uma representação inconsciente do Ser que Eu Sou.

Esta "consciência de quem Eu Sou" tem reflexo direto na realidade do personagem que estou representando! A partir do momento que estou consciente de que a realidade perceptível pela "minha mente", pela mente do personagem, é criada pelo Ser que Sou, então posso estar também consciente da realidade que está diante de mim, posso fazer uma leitura, uma "tradução consciente" da realidade que está sendo percebida por mim.

A realidade percebida consciencialmente me faz consciente de que a vida do personagem é o que Eu, o Ser Real, me proporciona. Há na Bíblia a revelação de que "Deus fez tudo" e que Ele viu que tudo o que fez era bom. E continua sendo bom. O que Deus fez é perfeito!

Não é o que Deus fez (e o fez de forma totalmente consciente) que não é bom, mas sim, aquilo que o ser humano faz, quando o faz de forma inconsciente de quem ele realmente É.

Assim como na palavra "eu" há um poderoso significado, que pode revelar que "eu" e "Eu" são o mesmo, dependendo da identificação que temos de nós mesmos, como personagem ou como o Ser, ou seja, como "eu" ou como "Eu", também na palavra "ser" há um detalhe, uma sutileza que deve ser notada: O "eu" é a identidade percebida pela mente, que se revela como "ser humano", um personagem do Ser; enquanto que o "Eu" é a identidade percebida pela Consciência, que se revela como "Ser Real", o próprio Ser. A percepção mental percebe o "Ser" como sendo “humano”, o personagem que estou sendo; e Deus passa a ser concebido como alguém separado de mim. A percepção consciencial percebe o “Ser”, o que Eu Sou.

Há uma profunda metáfora na "subida" de Moisés à montanha, local onde ouviu a revelação de Deus, quando disse: "Eu Sou o que Sou".

Quando "nos elevamos em percepção" (quando subimos do nível da percepção mental) a revelação feita a Moisés se torna também a nossa! Conhecemos a real identidade do Ser, nossa identidade, revelada por Deus: "Sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo".

Este conhecimento, esta percepção, é para ser aplicada na vida cotidiana, do personagem que estamos representando. Percebendo que “eu” e “Eu” são Um, só que visto sob percepções distintas, podemos conscientemente escolher a percepção com que vemos o mundo diante de nós, conhecendo Quem faz e nos tornando conscientes que não estamos separados da Fonte.

Jesus disse: Quando o Espírito da Verdade vier ele revelará toda a verdade.

Nenhum ser humano nos revela a verdade, porque é algo a ser “percebido”.

Os que conhecem a verdade, e despertam, passam da “percepção mental” de uma vida humana separada de Deus, para a “percepção consciencial” do reino de Deus, no qual percebemos que já não somos nós quem vivemos, mas, Cristo é Quem vive em nós. No reino de Deus a vida é eterna. E disse Jesus: A vida eterna é esta: Que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro.

Tudo isto já está escrito mas não basta. É preciso ser revelado, “percebido”. Quem revela isto ao “eu”, ao personagem, é o Ser, o “Eu” que vive em nós.

Escolha despertar a percepção consciencial, esta visão de “Quem” você É. Transcenda a visão mental, do personagem, escale a montanha, eleve-se... Isto pode ser feito neste instante, no presente, não em algum tempo futuro!

As Sagradas Escrituras na qual toda a verdade é revelada já foram escritas.

Jesus disse: “Eu” e o “Pai” somos Um.

Este “Eu” é a Consciência divina, o Cristo em nós, aquele que esteve morto (não percebido por nós, mentalmente, até o instante em que despertamos!) porque, Cristo vive de eternidade a eternidade. Ele é Aquele que É, Aquele que vem para vencer a guerra final, o Armagedon, que está em sua mente...

Krishna revelou que: “Eu” sou tudo.

Este “Eu” é a Consciência do Ser, o próprio Krishna em nós, Aquele que vem para vencer a guerra final, no Kurukshetra, que está em sua mente...

Perceba que “Quem” nos faz perceber a verdade é a própria Consciência divina em nós!

Livre-se da ilusão mental de que sou “eu”, qualquer que seja a forma assumida: Sou “Eu”!

Isto só pode ser percebido pelo "coração espiritual", um “núcleo" de percepção espiritual.

Para acessá-lo fique em silêncio, ainda que em atividade, permaneça alerta e receptivo.

Esteja onde estiver, "vá para o Núcleo”; permaneça lá até conhecer/perceber A VERDADE!


quinta-feira, agosto 24, 2017

Percepções conscienciais essenciais

 - Núcleo -


Jesus compartilhou duas “percepções conscienciais” essenciais: A primeira: “O reino de Deus está dentro de vós”; e a segunda: “Eu Sou a porta”. É preciso notar que estando o “reino de Deus” dentro de nós, a “porta” que dá acesso a este reino também está!

Ao compartilhar estas percepções, Jesus não estava fazendo uma apologia de si mesmo, mas sim, revelando a realidade de que há em nós tanto o “reino” quanto a “porta”; assim sendo, há em nós tanto a “realidade divina” quanto a “percepção” desta realidade.

Esta percepção compartilhada por Jesus, esta percepção crística é a percepção consciencial, que é uma percepção unitária, pela qual tudo se revela como sendo o Ser Único. Enquanto a mente cinde a realidade e concebe a realidade aparente, a Consciência concebe a realidade única, na qual apenas o próprio Ser é Real.

Para expressar a realidade unitária, fruto da percepção unitária, Jesus usa expressões como: “Eu e o Pai somos Um” e ora assim: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam Um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na Unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, com também amaste a mim.”

Com esta percepção unitária ele revela que é o Ser Real dizendo: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, e revela que este “Eu” é também a Porta, e diz: “Ninguém vai ao Pai senão por Mim”“Eu sou a Porta”.

É preciso notar que ao compartilhar as percepções conscienciais sobre sua real identidade, Jesus não se refere ao “personagem” o qual “está sendo”, mas está se referindo ao Ser, a Quem É. Assim, quando Jesus revela: “Eu sou o pão que desce do céu”, é mal interpretado pela percepção das mentes daqueles que dizem: “Não é este Jesus, o filho de José? Acaso, não lhe conhecemos o pai e a mãe? Como, pois, agora diz: 'Desci do céu?'" [Jo 6. 41-42]

Outra revelação de Jesus causa ainda maior mal interpretação e confusão às mentes dos personagens e evidencia que percepções conscienciais só podem ser discernidas pela própria consciência, ou seja, só podem ser discernidas consciencialmente. [Na Bíblia é dito que as coisas espirituais só se discernem espiritualmente.]

A revelação de Jesus que causou escândalo entre os discípulos foi esta: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a Vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a Vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois, a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. Assim como o Pai, que Vive, me enviou, e igualmente Eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá. Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente.” [Jo 6:53-58] Estas coisas disse Jesus quando estava na sinagoga da Cafarnaum. [Jo 6:59]

A fim de evitar a mal interpretação às mentes dos personagens é que está sendo compartilhada uma percepção atemporal, de que há algo em nós capaz de discernir a realidade de Quem Somos. Esta percepção atemporal está sendo compartilhada pelo Núcleo através de muitos personagens que estão se despertando para o fato de que Deus é realmente onipresente e que Vive EM nós!

Na “superfície do Oceano” ele Se manifesta como incontáveis ondas, porém, permanece sendo Oceano. Da mesma forma, na “visão superficial” [que corresponde à visão mental] o Ser Real se manifesta como “personas” [máscaras que velam o divino]. Contudo, nas profundezas de Si mesmo o Oceano Se contempla como o infinito. Essa percepção aprofundada de Quem Somos é a percepção da Consciência, chamada “percepção consciencial”.

A palavra Núcleo é uma referência direta à palavra “âmago”, "fonte", "essência". Assim, se quer entender profundamente a sua própria religião é preciso “ir ao núcleo”, ir ao "âmago" ou "essência" de sua própria religião e transcender a visão superficial e conceitos mentais a fim de poder e perceber a profundidade da “mensagem divina” revelada por Deus, que aparece como o Mestre de sua religião.


terça-feira, agosto 22, 2017

Onde estão os Mestres?

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- Núcleo -

Encarnações da Divindade!

No Núcleo é dito: Perceba, desfrute e compartilhe. 

Por que os Mestres compartilharam suas percepções divinas? 

Porque as tendo eles as desfrutaram!

E viram que é bom! 

É bom viver em consciência de unidade com algo mais que a simples percepção da mente de nossos personagens.

Assim, por ver que é bom eles compartilharam suas percepções, que aparecem como escritos ou ensinamentos espirituais.

O que se segue é um excelente exemplo de uma dessas percepções compartilhadas, pois está escrito: 

"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

O que está EM nós é a Consciência do Ser Real, é Quem Somos!

O que está no mundo (voltada em direção ao mundo, que é uma representação) é a mente do personagem, que estamos sendo. 

Os Mestres "percebem" a Realidade de Quem Somos;

E a "desfrutam" {desfrutam esta percepção da realidade divina subjacente à representação}.

E a "compartilham" {compartilham a percepção da realidade}. 

Onde estão os Mestres?

Uma resposta assimilável pela mente seria: Em nós! 

Contudo, a real resposta não é o tipo de resposta assimilável pela mente, mas sim uma percepção

A percepção de que o Mestre está Em nós! 

Essa percepção de que o verdadeiro Mestre está Em nós não é assimilável pela mente. 

Apenas a percepção do próprio Mestre Em nós percebe o Mestre em nós!

Por isso Jesus compartilhou a seguinte percepção: "Eu Sou o Caminho, A Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim."

Do ponto de vista da mente, que percebe de forma dual e julga, esta percepção compartilhada por Jesus pode dar a entender que Ele se separou de todos, e que é o único Caminho, a única Verdade e a única Vida. E ainda, que é o Filho único de um Pai somente seu.

Contudo, o equívoco de uma interpretação mental deste tipo é que o que Jesus compartilhou foi uma percepção espiritual. E como está escrito: "As coisas espirituais se discernem espiritualmente." Sendo assim, espiritualmente a percepção da Consciência é unitária e não dual, como é a percepção mental. Portanto, o que Jesus de fato fez foi compartilhar a percepção de Quem Ele É para que nós também possamos perceber Quem Somos!

O que Jesus percebeu, desfrutou e compartilhou foi que: Eu e o Pai somos Um; E Quem Eu Sou é o Caminho, A Verdade e a Vida. Ninguém vem a Quem Eu Sou senão por Quem Eu Sou. Em outras palavras: Ninguém vem a [ninguém vem a perceber] Quem Eu Sou [que Eu Sou o Pai] senão por Quem Eu Sou [senão pela percepção do próprio Ser que Eu Sou, que é o Caminho, a Verdade, a Vida]. 

Jesus orou para que sejamos Um [para que tenhamos a percepção dessa Unidade] com o Pai assim como Ele a tem; e compartilhou o que está expresso em João, 17;8-11:

"Pois Eu compartilhei com eles as palavras que me deste, e eles as aceitaram. Eles reconheceram, de fato, que vim de Ti e creram que me enviaste. Eu rogo por eles. Não estou orando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu; e neles Eu Sou glorificado. Agora, não ficarei muito mais no mundo, mas estes ainda estão no mundo, e Eu vou para Ti. Pai santo, protege-os em Teu Nome, o Nome que me deste, para que sejam um, assim como somos um."

Assim seja!

Namastê.



domingo, agosto 20, 2017

Onde está Jesus?

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Onde está Jesus ?

Para a percepção mental, para a qual existe tempo e espaço, Jesus viveu há dois mil anos e foi condenado a morte por crucificação. Mas, o Cristo que ele personificou é imortal; Ele é a Consciência de Deus em nós. Cristo está vivo em nós! A percepção de Deus em nós nos torna conscientes da condição de "Filhos de Deus", como Jesus Cristo referia a si mesmo. 

Ele expressou de várias formas e muitas vezes essa percepção de que Deus está em nós.
Para ativarmos essa percepção é preciso desejarmos estar com a atenção voltada para a realidade divina em nós. Na Bíblia está escrito: "Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, cogitam das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, dá para a vida e paz." (Rm 8.6). Assim, nossa atenção pela realidade humana, as preocupações do mundo, a realidade percebida pela mente, nos induz a estarmos inconscientes da realidade divina da qual somos expressão. Isso é o que dá para a morte. Em realidade estamos em Deus, somos a evidência da presença de Deus. Essa é a percepção que "dá para a vida e paz".

A percepção da mente do personagem, que estamos representando, nos faz acreditar na verdade de que "somos do mundo"...  Contudo, a percepção da Consciência do Ser, que realmente somos, nos faz conscientes da verdade de que nós deste mundo não somos.

Então, onde está Jesus?

Alguns dizem que Jesus foi o homem que morreu há dois mil anos e que tinha esse nome, e que Cristo foi o espírito de Deus que Se expressou através de Jesus. Essa é uma explicação mental. Contudo, nenhum homem tem vida em si mesmo. A vida é de Deus. O homem consciente desta realidade sabe que não tem vida separada de Deus.

Aquele que não está consciente desta realidade está condenado a viver a vida que imagina. A Bíblia chama a condição em que se encontram estas pessoas de "escravos do pecado"... Pecado é ignorar que o Espírito Santo existe e que está em nós, em nossa realidade divina. Estes que não ignoram esta realidade da verdade divina, são os chamados filhos de Deus. 

Na Bíblia está assim escrito: "Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis. Pois, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus." (Rm 8.13-14).

Aqueles que interagem com o Espírito de Deus, que ouvem a voz da Consciência divina, e que a seguem, são os chamados filhos de Deus. É esse Espírito de Deus em nós quem nos conscientiza de que somos filhos de Deus. Na Bíblia revela que: "O próprio Espírito testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rm 8.16). No Núcleo nós dizemos que: é a Consciência do Ser (Espírito) quem revela à mente do personagem (nosso espírito) o que realmente somos.

Então, voltando à questão inicial, onde está Jesus?

Jesus é o revelador da verdade de que o Espírito Santo, o Espírito de Deus, existe em nós! O que faz essa "mediação", essa "ponte" de percepção entre a realidade que vivemos, a realidade humana, que percebemos mentalmente, e a realidade divina, que podemos perceber consciencialmente, esse é Jesus, o Cristo, chamado "mediador entre Deus e os homens". Sem essa mediação, sem essa ponte de percepção entre as realidades, não acendemos à percepção de que Deus é a nossa verdade. É na dimensão consciencial que encontramos o Cristo vivo!

Para os homens, Jesus morreu há dois mil anos na dimensão humana percebida pela mente (mundo da representação). Mas, ele pessoalmente respondeu com ênfase que: "Antes que Abraão existisse Eu Sou". Jesus deixou claro que existia antes de Abraão, ou seja, ele existia antes de haver nascido como Jesus. Isto é real. Ele está em nós, na realidade da Consciência do Ser, que somos.

Para despertar a percepção consciencial precisamos ativar essa interação com o Cristo que vive em nós. Se não Ele continuará sendo um ponto inacessado em nossa consciência.

Essa interação se faz em três etapas: pelo silêncio, pela oração e pela meditação. Pela oração nós falaremos com Deus e pela meditação nós O ouviremos. Contudo, não devemos começar pelo fim, mas pelo início...

A primeira etapa fundamental é o silêncio. Trata-se de um tipo especial de silêncio, um silêncio contemplativo. Antes de falar com Deus, fique em silêncio, e conscientize-se do ato que está por fazer: Falar com Deus. Depois, ore. Das orações possíveis, escolha se possível a oração de agradecimento. Faça novamente silêncio. Ouça! Dê uma chance para que Deus fale com você. Medite. Meditar é perceber consciencialmente. Enquanto houver "vozes" falando com você, isso ainda não será a voz de Deus, mas apenas vozes mentais.

A voz de Deus tem a característica de ser inconfundível. Enquanto houver dúvidas tenha a certeza de que essa não é a voz de Deus. A "voz de Deus" nem sempre são "palavras". Ela se manifesta como uma percepção clara. Por exemplo, nesse exato momento Deus, a voz do Ser em Mim, me revela que este texto aqui é muito importante para alguém e que ele deve ser publicado.

Eu, o personagem, não teria necessidade alguma de estar enviando isso. Muitas vezes escrevo e não envio, apenas interajo com Deus, e me realizo simplesmente assim. Mas agora estou "consciente de que" (poderia escrever "estou ouvindo que", mas eu não ouvi nada, apenas "percebi" ) devo fazer isso, que devo compartilhar isso com alguém.  É assim que sigo, sem questionar, a "palavra de Deus", voz interna às vezes sem palavras.

Esse texto pergunta: onde está Jesus?  E cada um deve obter a resposta interna.


quinta-feira, agosto 17, 2017

Perceber "Quem percebe" em nós


- Núcleo -


Divinos personagens,

Cada detalhe de uma experiência consciencial tem um significado, nem sempre evidente no momento para a percepção ou visão mental, mas que no devido tempo acaba se revelando.

Sempre que percebemos “Quem faz”, e que percebemos “Quem percebe em nós”, nós nos tornamos conscientes de “Quem somos”.

Perceber "Quem faz" nos torna conscientes da onipresença divina, mas, “perceber Quem percebe em nós” nos torna conscientes de Quem Somos.

O Ser Real, Aquele Quem você realmente É, está te proporcionando esta percepção, a revelação de Sua real identidade.

Este é o sentido de “ir ao Núcleo”. É não apenas perceber “Quem faz” e “Quem aparece como”, mas também, é perceber “Quem percebe em nós”, para então nos tornarmos conscientes de “Quem Somos”. É por isto que “tudo é possível ao que crê”. O “crer”, em termos da linguagem usada no Núcleo é “perceber”, perceber isso tudo. Se soubermos Quem faz, tudo se torna possível, porque não é nosso eu, o personagem, a identidade humana, Quem faz. É o Ser.

Com esta percepção reflita sobre a afirmação: “Eu de mim nada posso, o Pai em mim é Quem realiza as obras.”

O seu verdadeiro Eu, que é também a identidade real de todos os seres, é o Ser impessoal, e tem usado muitas e variadas formas pra te fazer perceber que SEU EU REAL ESTÁ APARECENDO COMO! Você é tudo Aquilo que aparece “como”, em seu dia-a-dia, em seu sonho, em sua meditação...

Eu percebo Quem faz. Em minha mente não há dúvida a este respeito. Mas, sei também que Quem percebe em mim é a Consciência do Ser. A mente só vê de forma dual e não perceberia isto. A Consciência é a real “iluminada”, não é a mente do personagem, por isso nenhum personagem é o iluminado. Os iluminados sabem Quem faz; eles apenas despertaram esta percepção.

Certa vez o Masaharu Taniguchi disse: “Você não está Me vendo…”.

De que vale a opinião dos personagens sobre o mestre, que realizou Deus? Mentalmente ninguém pode saber Quem Sou, pois, enquanto personagem, os personagens não podem ver o Ser, só vêem seus próprios julgamentos, eles não transcendem os limites da percepção mental e só vêem a matéria, sem perceber o que há além das formas perceptíveis pelos cinco sentidos.

Se alguém analisou meu personagem certamente não percebeu Quem Sou e negou Minha mensagem. Os que se detém nas análises mentais sobre os personagens sempre se condenam a uma eterna visão mental da realidade. Eles continuarão acreditando que a lei da evolução é válida para o Ser, sem perceber que ela é válida apenas para os personagens. Eles continuarão a verem a si mesmos apenas como seres humanos, sem perceber que Deus os criou a Sua imagem e semelhança. Enfim, eles todos “terão razão”, no sentido de que estarão certos no nível dos raciocínios, mas não se realizarão. Realizar é desvelar a Consciência do Ser descartando os condicionamentos e perceber que Deus é quem está diante de você agora, “aparecendo como”, numa multiplicidade de seres e formas. Perceba isto, pois, “já é a hora”…!

Nas suas leituras em grupo das palavras do mestre ative esta percepção. Perceba Quem percebe em você. Nenhuma percepção consciencial ocorre no âmbito da mente. Faça isso para o seu próprio benefício e o de todos. Fazendo isso, sua busca por Deus revelará sua real identidade e te conduzirá de volta a você mesmo. Como está escrito: “ficareis perturbados, depois maravilhados; e por fim reinareis sobre o Todo”.

Por fim, sugiro a leitura da página 140 do livro A União Consciente com Deus (Joel Goldsmith), no ponto em que Goldsmith escreve: “antes que a luz da verdade descesse, eu acreditava que o eu visível era tudo o que existia para mim…”. Ele só percebia mentalmente, mas despertou a percepção consciencial. Por isso as palavras de Goldsmith, que vieram da Consciência interna do Ser, que ele é e que todos são, passaram a ser o livro de cabeceira dele mesmo. Ele percebeu Quem faz e manifestou sua união conscientemente com Deus. Sua real identidade se desvelou e o fez consciente de que é Um com o Ser. 

Não se esforce para perceber, apenas mantenha a disciplina e dê este passo! Por saber Quem faz, muitas coisas se tornam possíveis na realidade deste personagem. Quem faz me fez obter o afastamento do cargo atual e me deu suprimento para realizar um sonho de infância, que é pilotar helicóptero.

Digo isto para que você perceba que Quem faz também nos proporciona estas realizações humanas, como esta sua de ter um carro, da forma mais perfeita, sem que isto te desvie do seu caminho espiritual; ao contrário, usando estas realizações materiais pra te fazer consciente de “Quem faz”.

É isto, perceba “Quem percebe” em você e desfrute os frutos desta percepção. Saiba utilizar esses frutos para avançar em seu despertar consciencial, que te fará consciente de Quem em verdade você É.

Namastê.



terça-feira, agosto 15, 2017

Estar no mundo mas não ser do mundo

- Núcleo -


Divinos personagens,

Jesus orou assim: “Pai, não te peço que os tire do mundo mas que os livre do mal.”

Em termos da linguagem usada no Núcleo o “mundo” é a “representação divina”. Notem que Jesus não orou a Deus para que fôssemos tirados do mundo, ou seja, não orou a Deus para que fôssemos tirados da representação, mas sim para que fôssemos libertos do mal, que é o pecado (tsumi, envoltório, conforme ensina Masaharu Taniguchi). Ou seja, o pecado é a “visão encoberta”, que vê somente a representação divina e nos faz permanecer inconscientes da “realidade divina” que subjaz à “representação divina”. Se permanecermos apenas na percepção mental, que vê somente a representação, iremos apenas “reagir aos personagens ou ao cenário”, e não iremos “interagir com o Ser”, por permanecermos inconscientes de Sua presença e realidade (em tudo).

Assim, estejam no mundo mas não sejam do mundo! Em outras palavras, estejam na representação mas não sejam da representação... E para estarmos na representação mas não sermos da representação, é preciso estarmos “interagindo com o Ser” e não “reagindo aos personagens ou ao cenário”.

Uma correlação direta do que acaba de ser compartilhado está na Bíblia em Romanos, capítulo 8, no qual é ensinado que: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne e os que se inclinam para o Espírito, cogitam das coisas do Espírito.” 

A palavra “carne” diz respeito a tudo que se refere à “representação divina”, ou seja, ao mundo; e a palavra “Espírito” diz respeito a tudo que se refere à “realidade divina”, ou seja, a Deus. Assim, estarmos “no mundo” e não sermos “do mundo” significa que devemos “cogitar das coisas do Espírito”, ou seja, devemos “interagir com o Ser” e, que não devemos “cogitar das coisas da carne”, ou seja, não devemos “reagir aos personagens ou ao cenário”, porque é assim que a percepção mental se sustenta [reagindo aos personagens. Quando não reagimos ela se esvai e revela-se a face do Ser, o amor de Deus em nós]. Por isso Jesus ensinou que se alguém nos ferir a face devemos “oferecer a outra face” o que significa que devemos “não reagir a quem nos fere a face” e, mais que isso, devemos “oferecer a outra face”, a real face de Quem Somos, que é a compaixão, a bondade, a compreensão e o Amor!

No versículo 9 do capítulo 8 de Romanos está escrito que: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós.”. Ou seja, “Vós, porém, não estais na percepção mental (que cogita das coisas da representação e reage de forma inconsciente ao que acontece na representação), mas na percepção consciencial (que cogita das coisas da realidade divina e interage de forma consciente com Deus), se, de fato, o Espírito de Deus (a percepção da Unidade) habita em vós.”

Por isso está escrito: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo (a percepção da Unidade pela qual Jesus orou em sua oração sacerdotal) esse alguém não é dele.” E ainda está escrito: “Se habita em vos o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, este mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do Seu Espírito (que percebe a Unidade) que em vós habita.”             
Enfim, Filhos de Deus, estejam na representação mas não sejam da representação...

Namastê.


 

segunda-feira, agosto 14, 2017

O "Filho do Homem" já está no "Céu"!

- Núcleo - 


Este texto dAquele que “aparece como” Joel Goldsmith é absolutamente “nuclear” e contém a essência da revelação espiritual!

No ensinamento compartilhado no Núcleo esta mesma essência está contida na revelação: “Eu apareço como”.

Aquele que “aparece como” é nosso Verdadeiro “Eu”, nossa real identidade divina.

Podemos perceber este Eu.

Goldsmith revela que: “Quanto maior a percepção de Deus que você atingir, maior o grau de coisas e pessoas agradáveis que aparecerão no seu mundo exterior.” 

A sutileza está no fato de percebermos que é o próprio Eu Quem Se percebe!

O que acaba de ser revelado é a contribuição do ensinamento compartilhado no Núcleo sobre os ensinamentos espirituais! 

O homem quer perceber Deus mas ele não pode fazê-lo! Só Deus Se percebe!

Na linguagem bíblica isso está escrito assim: "Se, falando de assuntos da terra, não me credes, como crereis, se vos falar dos celestiais? Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser Aquele que veio do céu, a saber: o Filho do homem que está no céu." [João 3: 12, 13]

“Céu” é a Realidade Suprema.
“Terra” é a Representação Divina, e por isso é bastante realística.  

A real identidade do “Filho do Homem” é que ele é em verdade “Filho de Deus”. 

Essa é a essencial revelação de Masaharu Taniguchi, fundador da Seicho-No-Ie. Como ensina Masaharu Taniguchi, a Terra é uma projeção do Mundo Verdadeiro [Jissô]. Essa projeção ocorre através de uma lente, que é a mente humana. Assim, dependendo da condição da mente, a projeção será distorcida e não refletirá o real!  

Para que a mente esteja limpa temos que perceber que o “Filho do Homem” já está no “Céu”. 

Para exemplificar: Masaharu Taniguchi usa a expressão “Buda fenomênico” e “Buda eterno”. “Buda fenomênico” corresponde a “Filho do Homem” e “Buda eterno” corresponde a “Filho de Deus”. O “Buda fenomênico” aparece na Terra [na Representação] como projeção do “Buda eterno”.

Não é possível ao “Buda fenomênico”, que é uma projeção, saber qual sua real identidade a partir de sua própria percepção. Esse é o ponto! 

Então surge a necessidade de o “Buda eterno” compartilhar Sua percepção de onde está [está no “Céu”].

Assim surgem na Representação os avatares, aqueles que percebem que o “Filho do Homem” é uma projeção do “Filho de Deus”, e que, portanto, o verdadeiro “Filho do Homem” está no Céu.

Na linguagem do Núcleo, que para fins didáticos usa a metáfora de Ator e personagem, é dito que a real identidade do personagem é o Ator. Assim, fica evidente que apenas o Ator percebe Quem ele É. O personagem não percebe que em verdade ele é o próprio Ator representando. 

Assim, ao revelar que: “Quanto maior a percepção de Deus que você atingir, maior o grau de coisas e pessoas agradáveis que aparecerão no seu mundo exterior”, Goldsmith está revelando o mundo exterior é uma Representação Divina que se torna mais agradável à medida em que atingimos a percepção de Deus. O ápice dessa percepção se dá com a percepção de que é Deus Quem Se percebe! Ele Se percebe em tudo. Por isso a essência dos ensinamentos espirituais da humanidade está contida na revelação: “Eu apareço como”.

Por isso a mente [do personagem], a mente do Filho do Homem [mente do Buda Fenomênico], que é a lente através da qual a projeção se dá, deve ser uma transparência para a Consciência [do Ser Real], para a Consciência do Filho de Deus [Consciência do Buda Eterno]. 

A mente do personagem [Filho do Homem] não perceberá que o Filho do Homem está no Céu! Apenas o “Filho de Deus” [a Consciência do Ser] percebe que o “Filho do Homem” está no Céu! 

Então, é preciso tirar o foco da percepção do personagem [tirar o foco da percepção da mente] e focar na percepção do Ator [focar na percepção da Consciência; “a percepção de Deus”].  

Goldsmith está revelando que isto é possível e que: “Quanto maior a percepção de Deus que você atingir, maior o grau de coisas e pessoas agradáveis que aparecerão no seu mundo exterior”

Essa revelação confirma esse ensinamento compartilhado no Núcleo:


“Eu apareço como; às vezes nem eu mesmo percebo, mas se você perceber já é o suficiente.”


Traduzindo:

“Eu [o Ser Real] apareço como [apareço na Representação Divina como alguém ou como algo]; às vezes nem eu mesmo percebo [nem “eu mesmo” referindo-se aqui ao eu do personagem], mas se você perceber [se você mesmo como um personagem perceber que sou Eu aparecendo como tudo] já é o suficiente [é o suficiente porque neste caso já não é o eu do personagem quem está percebendo, mas sim o Eu do Ser Real, que Se percebe como o Todo, como Onipresença]."

Namastê!


terça-feira, agosto 08, 2017

A "Visão do Mestre" está em nós!

- Núcleo - 


Divinos Amigos,

Um importante ponto a ser observado é que na Representação (na "terra", no "mundo fenomênico") Deus "aparece como" (Se revela como) cada um de nós!

Percebam que não há distância (no sentido de que não há separação) entre Deus e homem. O "Ser divino" e o "ser humano" são manifestações do "Ser". O que ocorre é que ser divino é ter Consciência de que somos o próprio Ser, ou seja, é ter a percepção de nossa unicidade com Deus; enquanto que ser humano é acreditar que somos separados do Ser.

Observem que a distância (a separação aparente) está apenas na visão. A visão do "ser humano" vela Unidade; a visão do "ser divino" desvela (revela) a Unidade. Assim, "ser divino" é perceber a Unidade que subjaz à multiplicidade.

Mas o que em nós percebe a unidade? 

Na metáfora de ator e personagem (que é a linguagem usada no Núcleo para explicitar as revelações espirituais), é a "Consciência" do ator que percebe a Unidade, que é a Realidade. A "mente" do personagem vê a multiplicidade, que é a Representação. 

Essa visão de que não há distância (de que não há separação) entre Deus e homem sempre foi enfatizada por todos os mestres da humanidade, que foram/são os personagens despertos, conscientes da real identidade de si mesmos. Jesus Cristo orou: "Pai, a minha vontade é que onde Eu estou (Ele está no Ser, está na Consciência Divina; está na visão da divindade) estejam todos os que me deste" (ou seja, estejam todos nesta mesma visão, neste mesmo referencial ou percepção). E completou assim: "Eu neles e tu em mim, para que sejam aperfeiçoados na Unidade". 

Masaharu Taniguchi disse: "cada um dos senhores é um Masaharu Taniguchi".
Sakyamuni disse: "Eu sou Buda e não há nenhum outro Ser além de mim." 

Ser um verdadeiro discípulo de qualquer um destes mestres é assumir seus ensinamentos como a Verdade revelada! 

O que compartilho a seguir é a quintessência de todo ensinamento espiritual. Aquele que assimilar este ensinamento perceberá sua Unidade com Deus e com todos os seres de todos os mundos! Viverá na "terra" com a Consciência de que está no "céu"! 

A "Visão do Mestre" está em nós! Essa é a Verdade! É o que todos eles revelaram. Mas há um detalhe essencial a ser notado.  A "Visão do Mestre" não está na mente do ser humano. A "Visão do Mestre" está na "Consciência do Ser"! Por isso na Bíblia está escrito que (foi compartilhada a percepção de que): "Nenhum homem jamais viu Deus.". E também está escrito  "Ninguém vai ao céu exceto Aquele que veio do céu."

É apenas a "Visão do Mestre" em nós que vai ao céu, porque é a "Visão do Mestre" em nós que vem do céu! 

A "visão da mente" do personagem são os pensamentos que estão na mente... estes não vão ao céu. Simples assim! 

Por isso é preciso aquietar a mente para ter a revelação divina (a percepção do alto, consciencial) de que: "Eu sou"

Na Bíblia está escrito que (ou seja, na Bíblia foi compartilhada a percepção): "Aquieta-te e saiba: Eu sou."

Porém, há "pensamentos" que nos elevam ao céu, mas estes não são "pensamentos da mente", são "pensamentos de Deus", são "percepções", são a "Visão do Mestre" em nós! Por isso é importante conhecermos os ensinamentos espirituais "do Mestre" para que possamos nos elevar do nível dos nossos pensamentos à "Visão do Mestre" em nós.  

Um passo importante no caminho espiritual é mantermos a humildade e reconhecer que é a "Visão do Mestre" em nós que nos conscientiza de nossa real identidade, de nossa Unidade com o Mestre! É importante a humildade porque à medida em que vamos assimilando os ensinamentos espirituais vamos nos considerando seres mais evoluídos que os demais seres... até nos conscientizarmos de que a "evolução" não é real e que ela existe apenas na Representação. Por isso os que tiveram a "experiência da iluminação", como Sakyamuni [o Buda], compartilharam a percepção de que: "Eu não sou um ser nascido neste mundo material, eu sou Buda e não há nenhum outro ser além de mim." 

Notem como Masaharu Taniguchi descreve o momento de seu despertar: 

"Até então, eu pensava que a mente fosse como um cavalo arisco, rebelde e imprevisível, e eu tinha a maior dificuldade em domá-la. Ouvindo a afirmação categórica de que “A mente também não existe!”, desmontei do cavalo arisco chamado “mente” e pisei no chão firme do mundo da Imagem Verdadeira (que no Núcleo é chamada de "Consciência do Ser"). 

Observem a seguir como Masaharu Taniguchi compartilha a mesma percepção de Sakyamuni! Ele descreve o seu despertar assim: 

"Naquele momento, compreendi claramente que a mente em ilusão é inexistente e, consequentemente, não existe também a “mente que alcança a iluminação por meio do despertar”. Compreendi que é um equívoco pensar que a mente em ilusão evolui, alcança a iluminação e se torna Buda. Compreendi que só existe a Mente (EU) da Imagem Verdadeira, que é Buda, que é Deus desde o princípio. Só existe o Universo do Jissô, que é a extensão da Mente-Jissô. 

O Buda fenomênico (Sakyamuni), que saiu do palácio do seu pai, Suddhodana, e meditou sob uma figueira durante seis anos para alcançar a iluminação, não era existência verdadeira. Unicamente o Buda eterno a quem ele se referiu na declaração “Eu sou Buda desde o princípio dos tempos” é existência verdadeira, e esse Buda eterno vive aqui e agora. 

Jesus Cristo na condição de homem fenomênico, que, pregado na cruz, clamou “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”, não era existência verdadeira. Unicamente o Cristo eterno, a quem ele próprio se referiu na declaração “Antes que Abraão existisse, eu sou” é existência verdadeira, e esse Cristo eterno vive aqui e agora. 

Conscientizei-me de que eu também não sou um homem fenomênico nascido de minha mãe em 22 de novembro de 1893 e que só agora alcançou o despertar. Compreendi que sou um ser divino, um ser búdico, desde o princípio dos tempos."

Agora, meus Divinos Amigos, considerem o seguinte: 

Alguém aqui pensa que no momento de seu despertar perceberá algo diferente do que perceberam Sakyamuni e Masaharu Taniguchi? 

Se "pensa", este pensamento está na "mente de seu personagem" e é um pensamento equivocado! Este tipo de pensamento equivocado é o que Masaharu Taniguchi chama de "visão encoberta". 

E a seguir compartilho algo que pode surpreender alguns dos que leem este texto... Atentem bem!

Assim como é uma ilusão pensar que a mente humana evolui e que o "ser humano" se ilumina (ou seja, que o personagem se torna Buda), a própria "experiência de iluminação" (o momento do despertar) está na Representação! Isto significa que você já é Quem é, independentemente de seu personagem ainda não ter passado pela "experiência de iluminação"! Isso porque sua natureza e real identidade é Quem você É; é Quem sempre foi e é Quem sempre será! Sua real identidade é o "Ser real", o "Ser divino" e não o "ser humano" (o personagem que você pensa "estar sendo").

Sempre houve "personagens" na terra conscientes deste fato e que não passaram pela "experiência de iluminação". Krishna, como exemplo, não passou pela "experiência de iluminação" e revelou essa percepção, essa "Consciência".

Os ensinamentos de Krishna estão no Bhagavad Gita (A Canção do Senhor) no qual revela a Arjuna sua percepção. Arjuna representa aqueles personagens que almejam ter a "Visão de Krishna" (que é a chamada "Visão do Senhor").

Notem que Krishna esteve na Representação com a consciência (com a "percepção" / com a Visão) de "Ser divino"!

Ou seja, é possível estar na Representação e ter a "percepção" de "Ser divino".

Isto é possível porque não é a "mente" do personagem que tem essa "percepção", mas sim a "Consciência" do Ser.

Notem que isto não é algo tão impossível ou difícil quanto parece ser. Na verdade é bem simples, óbvio e elementar!

Basta partirmos da "Visão do Mestre", que é a "percepção" [da Consciência] e não dos "pensamentos" [da mente]. 

Como exemplo de que é algo elementar notem que na "Meditação Shinsokan" ensinada por Masaharu Taniguchi não é ensinado: "Dentro de instantes, assim que me concentrar... deixarei o mundo dos cinco sentidos e entrarei no mundo da Imagem Verdadeira..."

É dito simplesmente: "Neste instante deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo da Imagem Verdadeira."

Já pensaram em por que é assim?  

É assim porque quem "deixa o mundo dos cinco sentidos e entra no mundo da Imagem Verdadeira" é o próprio "Eu Verdadeiro"!

Este ensinamento do Núcleo existe para que todos estejam conscientes dessa possibilidade a cada instante! E para que todos apliquem essa visão na vida prática e que se deem conta de o quanto essa visão facilita nossa vida!

O que quero dizer é: Perceba que o seu "personagem" nem moveria a sua mão se o "Ator" que você É não o fizer! 

Pra quem percebe este fato isto é algo bem evidente, não requer dificuldade alguma, nem requer que façamos algo. Por isso é dito que perceber é algo simples, óbvio e elementar, quando se parte da percepção. Meditar é perceber!    

Uma das percepções compartilhadas no Núcleo é que "não há percepção sem ação". E é assim que sugiro que todos ajam! 

Acima de tudo, percebam Quem faz, Quem "aparece como" cada um dos personagens, inclusive roteiros, cenários!

Percebam, desfrutem e compartilhem essa percepção!


domingo, agosto 06, 2017

A relação entre Céu e Terra


- Núcleo - 

Divinos personagens, 

Masaharu Taniguchi disse: 

"É lamentável que haja muitas pessoas que não conhecem a Verdade de que o homem é Deus. A Seicho-No-Ie surgiu neste mundo para transmitir esta Verdade suprema a todas as pessoas. É um equívoco pensar que o homem se torna arrogante  se compreender que ele é Deus. É um erro pensar que o homem perde a humildade quando compreende que sua essência é Deus. Quem faz tal suposição é aquele que jamais teve a experiência de despertar para a Verdade de que ele é Deus.

A pessoa que compreendeu que é Deus torna-se verdadeiramente humilde. Se Jesus conseguiu lavar os pés de seus discípulos, é porque havia compreendido que ele é Deus. A verdadeira humildade vem da convicção de ser Deus. Mesmo que uma pessoa pareça humilde, se não se conscientiza de Deus em seu interior (Natureza Verdadeira), está apenas se humilhando. Não confundam o humilhar-se com a humildade. A verdadeira humildade consiste em reconhecer sem resistência alguma a Verdade: "Sou filho de Deus originado de Deus e, por conseguinte, sou nada mais nada menos do que o próprio Deus". Quem reconhece esta Verdade é uma pessoa realmente humilde e dócil. É arrogante aquele que se rebela contra essa Verdade. Todas as arrogâncias e teimosias resultam da arrogância básica de não reconhecer a Verdade: 'Eu sou Deus'.

Os que têm ponto de vista diferente não têm como compreender a Verdade. Há quem pense que as grandes obras humanas são obras de espíritos que influenciam os encarnados e que o homem é mero fantoche dos espíritos, mas isso é uma heresia. Ensinamento correto é aquele que ensina que no interior (na natureza divina) do homem existe algo mais grandioso do que as sugestões  de espíritos-guias. O homem não é corpo carnal nem fantoche. O homem é Espírito, é Deus, é autônomo. Se os espíritos-guias podem pregar ensinamentos grandiosos e realizar obras grandiosas por serem espíritos, o próprio homem também pode, obviamente, pregar grandes ensinamentos e realizar grandes obras porque ele também é Espírito. Entretanto, há variação na qualidade de seus ensinamentos e obras porque há diferença de conscientização da infinitude do seu interior, tanto nos espíritos desencarnados como nos encarnados.

Sakyamuni não é, absolutamente, fantoche dos espíritos. Cristo também não é, absolutamente, fantoche dos espíritos. Ambos se aprofundaram na conscientização da infinitude de seu interior e finalmente atingiram, respectivamente, a natureza búdica e a natureza divina, razão pela qual inúmeros espíritos do mundo espiritual vieram servir a esses dois divinos. São dignos de pena os que veem apenas os espíritos vinculados a Sakyamuni e a Jesus, e não veem a natureza búdica que Sakyamuni conscientizou e a natureza divina que Jesus conscientizou. Ensinamentos de nível atingível por espíritos, o próprio homem é capaz de pregá-los. Portanto, se alguém diz que os ensinamentos de Sakyamuni e de Jesus não são ensinamentos deles próprios, mas de espíritos-guias deles, está sendo contraditório.

Homens, conscientizem-se da dignidade de si próprios. Conscientizar-se dela significa retomar a dignidade do próprio homem. A Seicho-No-Ie é o farol que surgiu para retomar a dignidade do homem."
   
Considerem também o seguinte: 

As pessoas tendem a acreditar que quando se desperta para a Verdade o mundo fenomênico se revela como mera inexistência, um nada sem qualquer importância, e que passamos a viver unicamente no paraíso.

Esta é uma afirmação que nega a revelação contida na Bíblia de que Deus criou o céu e a terra!

Esta afirmação parte da premissa de que, como está escrito, tudo o que Deus criou Ele viu que era muito bom!

O fato é que está escrito que Deus criou tanto o céu quanto a terra! Está escrito também que Ele criou isso no Princípio. Está escrito ainda que Ele viu as duas criações como “muito boas”.

Por isso alguns ensinamentos espirituais afirmam que Deus criou apenas a Realidade Divina, criou apenas o céu, o paraíso, e que Ele não criou a terra, ou seja, não criou a Representação...

Contudo, o que está escrito na Bíblia no sentido de que no Princípio Deus criou o céu e a terra é uma PERCEPÇÃO. Foi uma PERCEPÇÃO que algum divino personagem teve e a expressou no Livro Sagrado.

Mas aqui há um detalhe extremamente sutil, sem o que parece mesmo ser verdade que Deus criou apenas o céu, a Realidade, o paraíso, e que não criou a terra, a Representação. O detalhe é: a Representação enquanto Representação é perfeita. Porém, o conteúdo da Representação pode estar refletindo perfeitamente a Realidade ou não! Isto significa que aquilo que está sendo manifestado na Representação pode ser real ou não. O bem é real tanto na Realidade Suprema quanto na Representação Divina! É o que Masaharu Taniguchi chama de fenômeno autêntico, no sentido de que não há distorção na projeção do aspecto real para o fenômeno.

O que pode causar essa distorção é a lente através da qual a Representação está sendo vista... Assim sendo, quando olhamos para a Representação com pensamentos elevados o que vemos é claramente uma obra de Deus, uma Representação Divina, algo que manifesta plenamente a Vida de Deus!  

Porém quando olhamos para a Representação com pensamentos baixos o que vemos é o mal, o que nos levará a acreditar convictamente que Deus não criou a Representação, que nela há total ausência de Deus e que não há relação alguma entre Realidade e Representação!

Porém o próprio Jesus ressaltou que a PERCEPÇÃO revela a relação entre o céu e a terra, entre a Realidade Suprema e a Representação Divina! Assim, merece destaque a seguinte passagem relativa a Jesus, que chamava seu próprio personagem de “Filho do Homem”:  Chegando Jesus à região de Cesareia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: "Quem os outros dizem que o Filho do homem é?"

Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas".

"E vocês?", perguntou ele. "Quem vocês dizem que eu sou?"

Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo".

Respondeu Jesus: "Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não foi revelado a você por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus.

E eu digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la.

Eu darei a você as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus'.

Então advertiu a seus discípulos que não contassem a ninguém que ele era o Cristo." (Mateus 16:13-20)

Nesta passagem Jesus passa a chamar Simão, o filho de Jonas, de Pedro, cujo significado é Petrus, ou seja, firme como pedra ou rocha. Com isso Jesus quis enfatizar que a PERCEPÇÃO que Simão acaba de manifestar sobre Quem Ele, Jesus É, é uma percepção “pétrea”, ou seja, é fundada na pedra da Verdade, que é sólida e imutável. Mas é preciso notar que ele não está enfatizando quem ele é, que é o Cristo, tanto que no final ele “advertiu a seus discípulos que não contassem a ninguém que ele era o Cristo”. O que Jesus faz aqui é revelar que a PERCEPÇÃO que Simão manifestou não veio da mente de Simão, ressaltando que “não veio de carne e sangue”, não veio da “terra”, não veio da Representação, mas que veio do Pai que está no céu, ou seja, veio dAquele que está na Realidade!

Jesus revela ainda que “sobre esta pedra [sobre esta PERCEPÇÃO pétrea] edificarei a minha igreja e as portas do Hades não poderão vencê-la."

O termo "igreja" aqui tem o significado de Eclésia, Assembléia ou Comunidade. Ele revela que sobre esta PERCEPÇÃO ele edificará sua “Eclésia”, a Comunidade dos que PERCEBEM.

E também importante é o fato de Jesus revelar que aos membros dessa Igreja formada pelos que PERCEBEM ele dará as “as chaves do reino dos céus”!

É preciso notar que aqui Jesus está novamente enfatizando que há uma relação entre céu e terra e que é a PERCEPÇÃO do Pai quem revela essa ligação entre céu e terra. Ou seja, é a PERCEPÇÃO de Deus expressa em Simão que o faz perceber que Jesus é o Cristo.  

Enfim, PERCEBER QUEM PERCEBE em nós é “a chave do reino dos céus”!


quinta-feira, agosto 03, 2017

O "Princípio Divino" e a criação do Céu e da Terra

- Núcleo - 


Há uma mensagem divina, uma revelação, sobre nossa verdadeira origem e real identidade que tem sido transmitida à humanidade através das religiões, que são os meios, as linguagens através das quais Deus expressa a verdade eterna.

A finalidade de todas as religiões é nos proporcionar a revelação divina sobre nossa origem e real identidade, e nos conscientizar do infinito potencial de realização que reside em nós, e que emerge ao colocarmos em prática o que as mensagens divina nos revelam.

Em suas respectivas linguagens, os ensinamentos espirituais revelam aquilo que está contido no primeiro versículo do primeiro capítulo do livro Gênesis onde está escrito: "No princípio Deus criou os céus e a terra."

Embora a palavra "princípio" possa ser interpretada como "início dos tempos", a mensagem divina é sempre atemporal e sendo assim a palavra princípio expressa o "Princípio Divino" (anterior à própria existência do tempo), e que é a dimensão ONDE foram criados céu e terra.

Enfim, esse texto bíblico expressa que "No Princípio Divino Deus criou o céu, ou seja, a Realidade Suprema; e a terra, ou seja, a Representação Divina". 

Princípio Divino é assim o próprio Ser Real; é a Consciência Divina, é a Essência Divina, é o Amor Divino. O texto bíblico está revelando que Deus criou Realidade e Representação em Si mesmo, em sua própria Consciência; e que estamos vivendo em Deus!

A citada passagem bíblica expressa dois momentos: 

O primeiro expõe a criação do Céu, a Suprema Realidade, a criação de todos os Seres divinos, de todos os Filho de Deus, criados à Imagem e Semelhança de Deus, todos com Sua Consciência e Percepção! Aqui os seres divinos estão conscientes de que tudo e todos são expressões conscientes do próprio Deus Único. Nesse momento, surge seres divinos como Deus Sumiyoshi, como Cristo, Como Buda.

O segundo momento expõe a criação da terra, a Representação Divina. Aqui aqueles seres divinos (Sumiyoshi, Cristo, Buda) assumem a identidade de seus personagens e assim representam divinamente. Tão divina, tão perfeita é a representação que quase todos os seres divinos assumem papeis de personagens que só voltam a assumir a consciência de Quem realmente são após passarem na representação pela experiência de iluminação.

Esse é o caso de Buda, que na representação como o personagem Sidartha só teve a PERCEPÇÃO de QUEM ele VERDADEIRAMENTE era após a sua "iluminação".

É o caso também de Deus Sumiyoshi, que na representação como o personagem Masaharu Taniguchi só teve a PERCEPÇÃO de QUEM ele VERDADEIRAMENTE era após o seu "despertar".

Tudo isso evidencia que os personagens da Representação são na Realidade o próprio Deus, estejam representando papeis de personagens que já tiveram a experiência de iluminação ou não! Isto também revela que SOMOS O SER REAL, SOMOS O ATOR, independentemente de estarmos representando PAPEIS de  personagens conscientes deste fato ou não. Contudo, os personagens que quiserem permanecer inconscientes deste fato não realizarão plenamente o infinito potencial que é próprio da condição daqueles que já estão conscientes de que são seres divinos ou "Filhos de Deus".

Em síntese, para representarem de forma divina, com perfeição absoluta, na Representação os Atores assumem completamente a identidade de seus personagens. O que os faz assumir essa identidade é a máscara que colocam em si mesmos, através da qual passam a ver o mundo, a Representação Divina, como algo com incrível realismo. A máscara que vela o Ator é a "mente", a mente do seu próprio personagem; é essa máscara que gera a personalidade, a identidade dos personagens, a persona. Através dessa máscara os personagens não se veem como Filhos de Deus, criados à sua Imagem e Semelhança, eles se veem como criados da própria substância da terra.

Observo ainda que a Representação Divina é necessária porque há experiências maravilhosas, como o perdão, que não é possível de serem vivenciadas na Realidade, pois no Céu não há ofensa que dê ensejo ao perdão! Aqui está a essência do livro "A Alminha e o Perdão", na qual os Filhos de Deus, querendo proporcionar a experiência de perdoar à Alminha, adentram à Representação e assumem a identidade de alguns personagens que irão ofender a Alminha até que ela finalmente perceba Quem ela realmente É, e perceba Quem eles realmente São, para que ela finalmente possa ter a experiência de perdoar.

Basicamente a essência de todas as mensagens é a de que na Realidade somos todos Filhos de Deus.

Mas há um detalhe essencial que é este: Na Representação, em algum momento algum dos personagens percebe o que está acontecendo... Ou este personagem entra na Representação já sem máscara, ou durante a Representação ele retira a sua máscara e percebe Quem ele É e Quem todos somos!

Um exemplo de personagem que entrou na Representação sem máscara é Krishna.
Um exemplo de personagem que retirou sua máscara durante a Representação é Sakyamuni.

O fato é que: os Mestres são os divinos personagens que estão na Representação conscientes de Quem São e de Quem todos somos. Eles estão conscientes de que, mesmo estando na Representação atuando como personagens, nós estamos todos vivendo no Principio Divino, em Deus! E que por trás das máscaras de nossos personagens, na Realidade somos todos Atores, somos todos Filhos de Deus vivendo no Céu!      

Assim a presente mensagem diz: PERCEBA sua origem, natureza e filiação divinas; DESFRUTE essa percepção, essa consciência de sua condição; e COMPARTILHE seu potencial infinito, ilumine o mundo!

Para ser QUEM VOCÊ É, AJA COMO QUEM VOCÊ É! Você É o que Deus É. Deus é AMOR; assim, aja com amor! Paute suas ações a partir do Amor de Deus em você, não paute suas ações a partir do temor que há em seu personagem. PERCEBA QUEM FAZ!  

Que a vontade de Deus seja feita na Terra ATRAVÉS DE VOCÊ, por ser QUEM É, assim como Deus faz no céu, por ser QUEM É.

Namastê!