"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

quinta-feira, agosto 22, 2013

"A Vida Impessoal" - 1/18

 
 
1 - EU SOU 
 
1. A ti que lês, Eu falo. 
 
2. Sim, a ti, que durante tantos anos, em contínuo ir e vir, tens estado ansiosamente procurando em livros e ensinamentos, em filosofias e religiões, algo que não sabias bem o que era: Verdade, Felicidade, Liberdade, Deus. 
 
3. A ti, cuja Alma está cansada e desalentada, e quase destituída de esperança.
 
4. A ti, que muitas vezes lograste perceber um vislumbre dessa "Verdade", para ao final constatar, ao segui-Ia e tentar alcançá-la, que desaparecia no além e não passava de uma miragem do deserto. 
 
5. A ti, que supunhas havê-la encontrado em algum grande instrutor, reconhecido talvez como o chefe de alguma Sociedade, Fraternidade ou Religião, e que a ti pareceu ser um "Mestre", tão maravilhosa era a sabedoria que ensinava e as obras que fazia; para dar-te conta mais tarde de que esse "Mestre" não era senão uma personalidade humana, com suas falhas, debilidades e pecados ocultos, tal como a tua; ainda mesmo que dita personalidade pudesse haver sido um canal através do qual se davam muitos formosos ensinamentos que te pareceram ser a mais alta "Verdade". 
 
6. E aqui estás, Alma necessitada e faminta, sem saber onde nem a quem recorrer. 
 
7. EU SOU quem a ti vem. 
 
8. Similarmente a todos os que tem começado a sentir a presença dessa "Verdade" no íntimo da Alma, e buscam a confirmação daquilo, que, ultimamente, de um modo vago vem lutando por uma expressão viva interior. 
 
9. Sim, EU SOU o que vem agora a todos aqueles que sentem necessidade do verdadeiro "Pão da Vida". 
 
10. Estás tu disposto a participar dele?

11. Se assim é, desperta. Senta-te. Acalma tua mente humana, e segue fielmente Minha palavra, tal como aqui a expresso, pois se assim não fizeres, afastar-te-ás desiludido, uma vez mais, sempre dolorosamente faminto em teu coração. 
 
12. EU! 
 
13. Quem sou EU? 
 
14. Sim. Eu, que falo com tanto conhecimento e autoridade? 
 
15. ESCUTA! 
 
16. EU SOU Tu, essa parte de ti que É e SABE. 
 
17. QUE SABE TODAS AS COISAS. 
 
18. Que sempre soube e sempre tem sido. 
 
19. Sim. EU SOU Tu, Teu próprio SER; o que em ti diz: EU SOU, e que é o EU SOU. 
 
20. Essa parte transcendente, e, ao mesmo tempo, mais profunda de ti, que, a medida em que vai lendo, desperta interiormente e responde a esta Minha Palavra, que percebe a Verdade nela contida; que reconhece a Verdade plena e abandona todo o erro onde quer que o encontre. Não aquela parte que se alimentava do erro por tantos e tantos anos. 
 
21. Porque EU SOU teu verdadeiro Instrutor, o único instrutor verdadeiro que haverás de conhecer e o único MESTRE. 
 
22. Eu, teu SER Divino. 

23. Eu, o teu EU SOU, trago até a ti esta Minha Mensagem, Minha Palavra viva, tal como já tenho trazido para ti tudo na vida, seja um livro ou um "Mestre", para ensinar-te que Eu, EU somente, teu próprio e Verdadeiro Ser, SOU teu Instrutor, o único Mestre e o único Deus, Quem está e sempre tem estado suprindo-te, não só do Pão e Vinho da Vida, senão também de tudo o que é necessário para teu crescimento físico, mental e espiritual, e para teu sustento.

24. Assim, pois, tudo o que sintoniza contigo, a medida em que vás lendo, sabe que é Minha Mensagem falada do teu íntimo a tua consciência humana externa, e vem a ser nada mais do que uma confirmação daquilo que o EU SOU em ti sempre conhecia internamente, mas que não havia ainda traduzido em termos bem definidos e tangíveis a tua consciência externa. 
 
25. Do mesmo modo, tudo aquilo que sempre despertou Teu interesse, oriundo de alguma manifestação externa, nada mais era do que a confirmação de Minha Palavra, já falada em Teu íntimo. A manifestação externa foi o veículo ou o meio mais apropriado de que Eu me vali na ocasião, através do qual Eu pude chegar até tua consciência humana e impressioná-la. 
 
26. Porém não SOU EU tua mente humana, nem seu filho, o intelecto. Estes são apenas a expressão de Teu Ser, tal como tu és a expressão de Meu Ser; não passam de fases de tua personalidade humana, de igual modo como Tu és uma fase de Minha Divina Impersonalidade. 
 
27. Pesa e estuda cuidadosamente estas palavras. 
 
28. Ergue-te e liberta-te agora e para sempre da dominação de tua personalidade, cuja mente e intelecto tendem a glorificar-se e envaidecer-se. 
 
29. Para que Minha Palavra penetre até a consciência de Tua Alma, tua mente, daqui por diante, deve ser Tua servidora, e teu intelecto, Teu Escravo. 
 
30. EU SOU quem vem agora, à consciência de tua Alma, A qual EU despertei expressamente, a fim de que se prepare para receber Minha Palavra. 
 
31. Assim, pois, se te sentes suficientemente forte para suportá-lo; 
 
32. Se és capaz de deixar de lado todas as tuas fantasias, crenças e opiniões íntimas pessoais, que nada mais são do que as sobras que juntaste dos detritos dos monturos de lixo alheio; 
 
33. Se te sentes suficientemente forte para lançar tudo fora; 
 
34. Então, Minha Palavra haverá de ser para ti um manancial inesgotável de Alegria e Bênção.

35. Deves estar preparado para a dúvida que tua personalidade suscitará, de Minha Palavra, à medida em que a fores lendo nestas páginas. 
 
36. Porque ela sabe muito bem que, se abrires teu coração à minha Palavra e lhe deres morada para sempre, doravante sua vida passará a ser ameaçada, pois ela sabe que não poderá por mais tempo viver ou se desenvolver, nem mais dominar teus pensamentos, teus sentimentos, nem nenhuma de tuas atividades, tal como vem fazendo desde longo tempo. 
 
37. Sim, EU SOU quem vem a ti agora. 
 
38. Para fazer-te consciente de Minha Presença; 
 
39. Porque, sabe, que Eu também preparei tua mente humana, de maneira que ela possa, até certo grau, compreender o que EU significo. 
 
40. Tenho estado contigo sempre, porém tu não o sabias. 
 
41. Tenho te conduzido intencionalmente por todo o Deserto de livros e ensinamentos, de religiões e filosofias, mantendo sempre, ante os olhos de tua Alma, a visão da Terra Prometida. 
 
42. Sim, alimentando-te com o maná do Deserto, para que pudesses lembrar-te, valorizar e desejar com veemência o Pão do Espírito. 
 
43. E agora, Eu te trouxe até o Rio Jordão, que te separa de tua Divina herança. 
 
44. É chegado agora o momento para que tu, conscientemente, Me conheças; é chegado o tempo para que cruzes o rio e entres na Canaã, a Terra do Leite e Mel. 
 
45. Estás pronto? 
 
46. Queres ir? 
 
47. Se é assim, segue esta Minha Palavra, que é a Arca de Minha Aliança, e passarás a pé enxuto.
 
Cont...
 
 
 

terça-feira, agosto 20, 2013

"A Vida Impessoal" - Introdução



Caros amigo leitores,

Venho convidá-los a fazer um trabalho de pura percepção consciencial que será realizado aqui no blog. Durante os próximos trinta dias estarei expondo na íntegra a mensagem divina contida num livro que há pouco tempo chegou em minhas mãos. O livro apresenta um conteúdo profundo, muito valioso, e que nos possibilitará realizar um grande trabalho de meditação, conscientização e percepção. Este será um trabalho muito especial. Tenho recebido mensagens com perguntas, comentários e elogios referente aos textos ultimamente postados, especialmente os do Núcleo. Textos que, por apresentarem uma linguagem fácil, leve e compreensível, têm a capacidade de aprofundar as nossas percepções acerca do Eu Real, o Ser único, universal, impessoal, que vive e Se manifesta em cada um de nós.

O trabalho que iniciaremos a partir de hoje dará continuidade a esse importante aprofundamento da percepção da Consciência. Por isso, mais do que nunca, convido todos os leitores a acompanharem com atenção – e de perto – as próximas 18 postagens. Os que levarem este convite a sério darão passos importantes no sentido de transcender a percepção da mente do personagem (percepção mental) e obter grandes  resultados/avanços/benefícios no aprofundamento da percepção consciencial. Aqueles que perseverarem até o fim deste trabalho, seguindo todas as instruções contidas na mensagem do livro, ao final de um mês sentirá grande diferença em seu estado de consciência. Trata-se de algo que realmente valerá a pena empreender.

Aproveito para agradecer a visita e a presença de todos vocês que acessam este blog, no intuito de buscar cada vez mais o aprimoramento espiritual.
 
Iniciaremos a exposição do livro – "A Vida Impessoal", escrito pelo Ser através de Joseph S. Benner – a partir da próxima postagem. Fiquemos, por enquanto, com as palavras que foram escritas na forma de abertura e introdução:
 
Deus Querido:
 
Tu que proves tudo, Tu que és o meu Inesgotável Suprimento, minha Suficiência em todas as coisas.
 
Por esta convenho Contigo dedicar minha vida e tudo o que Tu me deste, a Teu serviço; trabalhar, de agora em diante, tão só para Ti, deixando que Tu me guies e me orientes em todas as coisas.
 
Em retorno eu só Te peço Sabedoria e Compreensão, para poder sempre conhecer Tua Vontade e Teu Significado quando Tu Falas; também Te peço Força para jamais duvidar de Teu Infalível Sustento e Provisão.
 
Amado Pai:
 
Tu implantaste em meu coração um grande desejo de entregar ao mundo a Mensagem de "A Vida Impessoal". Eu sei que tal é Teu desejo, e que Tu escolheste a mim como o canal através do qual Tu queres manifestá-la.
 
Agora Te peço que afastes de mim tudo quanto impeça a manifestação externa deste Desejo, e que agora me proporciones os meios necessários para dar perfeita expressão a "Vida Impessoal’, tanto em minha própria vida, como para os milhões de meus semelhantes, na forma em que Tu me o hás mostrado.
 
Como Tu me concedeste o privilégio de ser o agente pelo qual se dará ao mundo este novo procedimento, Te peço também, que Tu me guies em todos os meus caminhos que visam esta finalidade para que deem os maiores resultados possíveis para Teu Trabalho.
 
Este é Teu Trabalho, Tua Ideia, Teu Desejo. Faz Tu, Oh Senhor! Que, através de mim, prontamente ocorra que Tua Vontade seja feita na Terra.
 
Como já é feita no Céu.
 
Em Nome de Cristo, eu o peço.
 
JOSEPH S. BENNER



 

sexta-feira, agosto 16, 2013

Desperte! Perceba!

- Gustavo -

“O único saber necessário é que nenhum saber é necessário.
O único aprendizado necessário é aprender que nenhum aprendizado é necessário.
Ser quem você é em sua totalidade não requer nenhum saber, nenhum aprendizado, requer apenas que você seja – Aquilo que você já é”.

O estado de iluminação é o estado de consciência tido como meta por muitos de nós. Em geral nós, os personagens, pensamos que devemos fazer ou deixar de fazer algo a fim de podermos alcançar esse estado transcendente e beatífico de consciência. Julgamos existir uma consciência adormecida que deve ser desenvolvida, despertada ou mesmo iluminada. Acreditamos não termos a “percepção mística” tão amplamente falada e comentada pelos mestres iluminados e pelas escrituras. E a partir de todos esses julgamentos, pensamos ser necessário fazer ou deixar de fazer alguma coisa a fim de podermos obter, acionar ou ativar a percepção consciencial. Muitos de nós, personagens, utilizamos os mais variados métodos e artifícios a fim de conseguir atingir ou ativar essa percepção. Todavia esse é um procedimento equivocado. E aqui será esclarecido por quê.

Em se tratando da Consciência do Ser (e de todas as coisas relacionadas à Consciência do Ser), o personagem é impotente. É impotente por ser ilusório, irreal. Ele (o personagem) não vive, mas pensa que vive. Ele não está no controle, mas pensa que está. O personagem pensa que tem o poder de fazer suas ações contarem, mas elas não contam.

Considere o seguinte exemplo: Todos conhecemos as historinhas da "Turma da Mônica". Nessas histórias acompanhamos a vida de vários personagens como a Mônica, o Cebolinha, o Cascão e a Magali. Podemos notar claramente o que todos esses personagens são: apenas personagens. Os personagens são irreais, e existem apenas na dimensão de realidade dos quadrinhos. Um personagem fictício, como a Mônica ou o Cebolinha, não vive e não percebe a realidade onde vive o Maurício de Sousa, o autor das historinhas. Podemos compreender, também, que se o Maurício de Sousa não existisse (por detrás da realidade dos quadrinhos), os personagens jamais poderiam existir.

No universo da "Turma da Mônica", cada personagem poderia estar adormecido ou desperto. O que seria um personagem adormecido? Seria aquele cuja percepção estivesse confinada/limitada somente ao âmbito da história em quadrinho. E o que seria um personagem iluminado ou desperto? O desperto seria aquele que, além de estar consciente da realidade dos quadrinhos (realidade a qual pertence os personagens), está também consciente da existência do Maurício de Sousa. O personagem iluminado tem a plena consciência de que, perante o Maurício de Sousa, ele é uma existência impotente, irreal, nada. Ao mesmo tempo, o personagem iluminado percebe haver uma unidade essencial entre o "Maurício de Sousa" e "cada personagem" dos quadrinhos, inclusive ele próprio. A percepção da mente da personagem "Mônica" somente capta o que existe dentro da história dos quadrinhos. Para que a Mônica tomasse consciência do Maurício de Sousa e Sua realidade, o próprio Maurício de Sousa deveria desenhar a Mônica "percebendo" a existência/presença do Maurício de Sousa por trás dos quadrinhos. O ponto importante que vale notar é que: a personagem Mônica jamais conseguiria perceber a existência ou presença do Maurício de Sousa por si mesma (com a mente da personagem), a menos que o próprio Maurício de Sousa decidisse desenhar a história com a Mônica tendo esse "despertar". O personagem é um ser completamente impotente, irreal, que não apresenta condições nem mesmo para despertar.

Agora suponha que, na realidade dos quadrinhos (representação), todos os personagens estivessem inconscientes da existência do Maurício de Sousa. Então o Maurício de Sousa, desejando que os personagens se tornem cientes da Sua existência por detrás dos quadrinhos, decide iluminar um dos personagens – o Cebolinha – para que ele vá até aos outros personagens e conte a eles sobre a existência do Maurício de Sousa. Então Ele desenha o Cebolinha desperto, que comparece diante dos outros personagens e diz: "Quem me vê a mim, vê Aquele que me enviou." (João, 12:45), "as palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Maurício de Sousa, que está em mim, é quem as diz." (João 14:10), "Eu e o Maurício de Sousa somos um" (João 10:30), "Eu de mim mesmo nada posso fazer, o Maurício de Sousa em mim é quem faz as obras". Ao ouvir essas palavras, cada personagem poderia concordar ou discordar, acreditar ou não acreditar; mas perceba que a concordância/discordância e o acreditar/não acreditar são percepções que pertencem à mente dos personagens. As palavras do Cebolinha estão vindo do Maurício de Sousa (e não do personagem), mas a mente dos personagens só é capaz de perceber as palavras vindo através da boca do Cebolinha. Somente uma percepção que não provém da "mente dos personagens" é que estaria em real condição de avaliar e constatar a veracidade das palavras ditas pelo Cebolinha.

O mais importante a ser percebido nesse exemplo é que: a iluminação do Cebolinha não está no personagem "Cebolinha". O "Cebolinha iluminado" só aconteceu porque foi da vontade do Maurício de Sousa desenhar ele se iluminando. Da mesma forma que o Cebolinha iluminado, um personagem não iluminado jamais poderia existir nos quadrinhos se não fosse pelo desejo do Maurício de Sousa de desenhá-lo. O Cebolinha iluminado é tão irreal quanto qualquer outro personagem não iluminado. Assim, personagem iluminado ou não iluminado – ambos são irreais.

A mente dos personagens percebe apenas a realidade dos personagens. Para perceber o Ser e Sua realidade é necessário utilizarmos a percepção que está no próprio Ser. Essa percepção que provém da Consciência do Ser é chamada de "percepção consciencial". Nós existimos no mundo da representação como se fôssemos os personagens, mas podemos transcender a percepção da mente do personagem (percepção mental) e perceber a existência através da percepção que está no próprio Ser (percepção consciencial). Essa percepção já existe, já está ocorrendo, já está em atividade. Não é necessário desenvolvê-la ou despertá-la. Só o que devemos fazer é ativa-la. Mas como acionar ou ativar a percepção consciencial, que já existe? Para isso, uma compreensão sutil (muito importante!)  deve o tempo todo acompanhar o nosso intuito ou tentativa de “acionar” ou “ativar" essa percepção.

Primeiro devemos compreender que a “Consciência desperta” já está desperta, a "Consciência iluminada" já está iluminada. Essa percepção não se ativa por meio de alguma ação ou esforço de nossa parte. Ela é “ativada” quando compreendemos que ELA JÁ ESTÁ ATIVA. Como assim? Continue acompanhando. A percepção consciencial é ativada quando nos estabelecemos firmemente na compreensão de que ELA JÁ ESTÁ ATIVA. Por que é assim? Por existir uma unidade essencial entre o Ser e o personagem. O personagem, para poder existir no universo da representação, deve existir primeiro na Consciência do Ser. A totalidade do personagem (e tudo o que pertence à realidade do personagem) existe primeiramente no universo da Consciência do Ser.  

É exatamente como ocorre com um robô-mecânico-humano projetado por um engenheiro cientista: se o robô consegue piscar os olhos, sorrir com a boca, pronunciar palavras ou mover a cabeça, é porque essas ações foram primeiro idealizadas pelo engenheiro. Antes de tais ações existirem no robô, elas existiram primeiro no cientista. Um robô conseguiria ignorar seu cientista (criador) e realizar alguma ação que não foi programada? Não. Pois, até para poder “ignorar o cientista”, o robô deveria estar programado para fazê-lo. O robô não consegue realizar um único ato sem que o engenheiro tenha colocado-o “lá”. Perceba, então, essa relação de “unidade” que existe entre robô e o engenheiro.

A mesma relação existe entre o personagem e o Ser. O personagem não dá um passo sequer, sem que esse passo tenha sido dado primeiro na Consciência do Ser. O personagem não move um dedo, sem que o “movimento do dedo” exista antes em alguma espécie de "lugar". Procure enxergar intuitivamente onde fica esse "lugar" e você compreenderá que, embora não possa vê-lo, consegue constatar que ele existe. Esse "lugar" é a Consciência. O personagem não consegue pensar, raciocinar, sentir, intuir, sem que todas essas coisas estejam primeiro na Consciência do Ser. E, da mesma forma, o personagem não consegue se iluminar (despertar a consciência – perceber) sem que isso exista primeiramente na Consciência do Ser. Não há nada que possa estar no universo da representação sem existir primeiro no universo da Consciência do Ser. "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam." (Salmos 127:1)

Quando empreendemos esforços (ou não-esforços) a fim de atingir um estado desperto de consciência, estamos sendo como “robôs tentando realizar ações independentes (separadas) que não foram colocadas lá pelo engenheiro”. Mas, e se o robô ficasse “louco” e passasse a tentar ações ou atos que não foram designados pelo engenheiro? O que dizer desse robô? Apenas que ele está “louco”, que algo “deu errado”, que “ele está com defeito”, ou que “ele está agindo em miragens, sonhos”. Contudo nenhum robô age assim, mas o ser humano sim. Em se tratando da iluminação, o ser humano age como se fosse possível haver separação total entre “personagem” e “Consciência do Ser”. É quando ele passa a buscar, estudar, orar, meditar, despertar, transcender – como se ele tivesse de realizar tais coisas por conta própria (agindo como se estivesse separado do Ser). E a iluminação ou despertar espiritual jamais tem a ver com “separação”, e sim com unicidade, unidade.

Qualquer coisa que nós, personagens, possamos fazer (ou deixar de fazer) – seja de ordem física, emocional, mental, psíquica, espiritual – só é possível por existir primeiramente no âmbito de uma Consciência Maior. Tudo o que fazemos está sob a égide dessa Consciência Maior. Nada escapa a essa Égide. Essa Égide é que deve ser considerada, compreendida, contemplada. Tudo o que é real está “lá”, nEla. Procure intuitivamente enxergar esse lugar. Estar consciente dessa Égide Maior é o modo de estarmos sempre no estado de unidade, ao invés de na separação. A fim de perceber essa Consciência-Égide-Maior, nós (personagens) não devemos sequer tentar percebê-la porque... a própria intenção ou ato de “tentar perceber” só nos é possível por existir primeiro na Égide dessa Consciência Suprema. Não há nada que possamos fazer para percebê-la, isto é compreensível? Basta perceber (diretamente, ou seja, de uma vez por todas, num só lance) que essa Consciência existe por Si mesma, e está acima de todas as coisas. Isso é o que é a percepção. E isso é tudo o que necessita ser “feito”. 

Assim, o que devemos fazer para despertar? O que devemos fazer para ativar a percepção? Basta perceber essa Consciência-Égide-Suprema. Note que não é possível percebê-la com a percepção que se origina do personagem (pois a “percepção que funciona a partir da capacidade personagem” existe primeiramente na Consciência do Ser – não é a percepção do Ser). É apenas com a percepção que está na própria Consciência que é possível perceber a Consciência. A Consciência já está desperta. Quando nos volvemos para ela, em pura compreensão (atravessando toda a realidade, elementos e aspectos do personagem), isso é meditação, é percepção consciencial.

Estamos cercados totalmente – por todos os lados. Há algo que possamos fazer (ou deixar de fazer) sem que isso esteja nos domínios desta Consciência Suprema? A resposta é “não”. O próprio Salmista disse:

"SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces. Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir. Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar. Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá." (Salmos 139: 1-10)

Essa Consciência é tão alta, que nós (personagens) não podemos atingi-la. Mas podemos compreender que ela existe e está por detrás de tudo, porque nada existe que não esteja primeiramente nos domínios dessa Consciência.

Quando um personagem aqui na terra se ilumina, a iluminação verdadeira não consiste na situação de que ele, o personagem “x”, deixou de ser um personagem não-iluminado para se tornar um iluminado. Se ele se iluminou aqui na representação, é porque essa iluminação existia primeiro na Consciência Universal (em Deus). Quando ele se ilumina, a atenção dele volta-se para aquela iluminação que existe na Consciência (e não para a iluminação fenomênica que aconteceu ao personagem efêmero). Ele não se vê como um ser que antes estava adormecido e que posteriormente despertou. A percepção dele é a de que ele é desperto, iluminado, desde sempre. Ele sempre fora um iluminado! Mas ele percebe isso porque a atenção dele volta-se para aquela Consciência-Égide-Maior. É lá que a verdadeira iluminação (percepção) está. A iluminação do personagem é apenas um fenômeno secundário.

Assim, como fazer para ativar a percepção? Primeiro você compreende que ela já está ativada, então você busca enxergar (intuitivamente) o lugar onde essa percepção está. Esse "lugar" é a Consciência, é Deus. Você apenas volta a sua atenção para Ele, e Ele cuida de fazer o resto. Você não tem de "ativar" a sua percepção. Deixe que Deus faça isso. Apenas volte-se para Ele. Mas esse "voltar-se para Ele" requer a compreensão sutil que acima foi explicada. Compreenda isso, e esteja em paz quanto ao resto! Isso é meditação.

Se você gostou da abordagem do texto, e deseja saber mais sobre a percepção mental e a percepção consciencial, acesse a série: "Preleções Nucleares: A Unidade Essencial", clicando aqui.


terça-feira, agosto 13, 2013

A única coisa necessária

 - Núcleo -
 

"O único saber necessário é saber que nenhum saber é necessário.

O único aprendizado necessário é aprender que nenhum aprendizado é necessário.

Ser quem você é em sua totalidade não requer nenhum saber, nenhum aprendizado, requer apenas que você seja."
 

Todos nós, como seres humanos, não somos Quem realmente somos; nossa real identidade é Deus. Enquanto seres humanos somos apenas "divinos personagens", personagens da divindade, muitos representando papéis de que não sabem Quem são; outros, representando papéis de que são buscadores; outros, representando papéis de que foram iluminados. A "iluminação" é um mito! Nenhum personagem se ilumina, faça o que fizer.

Não é verdade que alguém tenha que praticar algo para se iluminar; Não é verdade que alguém tenha que acreditar em algo para se iluminar; Não é verdade que alguém tenha que acreditar em um mestre para se iluminar; Não é verdade que alguém tenha que acreditar em Deus para se iluminar. Tudo isso é pura ilusão e são crenças e ensinamentos equivocados! O ensinamento certo está na Bíblia desta forma: "Aquiete-se e saiba: Eu Sou Deus". É simplesmente uma PERCEPÇÃO. Percebam que não é verdade que alguém tenha que acreditar na própria Verdade para se iluminar!

O ensinamento de Jesus não foi: "Acredite na verdade e a verdade te libertará". De forma alguma! O ensinamento de Jesus foi este: "CONHEÇA a Verdade e a verdade te libertará". Conhecer a Verdade é ser a Verdade.

Quem conhece sabe, não simplesmente acredita. Acreditar é forma de percepção mental e te tornará um crente fervoroso, cada vez mais convicto de sua crença; e cada vez mais distante de perceber a verdade; porque a verdade é Deus, e você É Deus, portanto, você é a Verdade, mesmo que não acredite! Acreditar ou não acreditar não altera a realidade de Quem você É. Ou você percebe ou não percebe, mas saiba que seu Eu real sempre está percebendo!

Seu Eu real já percebe, portanto, já é "iluminado".

Se você diz que "não percebe" Quem é, isto indica que esta percepção é mental, e que você está "em cena", está "encenando", atuando perfeitamente como um personagem que se identifica com quem "está sendo", e que acredita ser o personagem.

Mas nossa identidade real é Quem somos, não quem estamos sendo. Somos o Ser; Somos o que somos. "Eu Sou o que Sou". Eu Sou a Verdade. É isto o que é para ser percebido, mas isto não deve ser percebido mentalmente, ou seja, não deve ser percebido com a "mente do personagem", porque o personagem poderá no máximo "acreditar", mas jamais saberá. Assim como a vida do personagem não é a vida real, pois a Vida real é Vida de Deus, a percepção do personagem, que é a percepção mental, não é percepção real, não é o que Deus sabe, mas é apenas o que o personagem acredita, pois, a percepção de Deus é o que está em sua Consciência, ou seja, é a percepção consciencial. E ela está em você e não pode estar em outro lugar porque você é o Ser.

Sim, você já é Iluminado! Perceba!


domingo, agosto 11, 2013

Vivifique o presente!

 
 - Núcleo -

 
Vivifique o presente!

Isto significa: vivifique o agora, conscientize-se do presente!
 
No âmago do ser humano vive o Ser Real, o “Eu Verdadeiro”, que está encoberto pela visão da mente de nossos personagens, ou seja, está encoberto por nossas “personas”, que são “máscaras” que velam o Ser, que encobrem o Ser Real.
 
Já foi dito que a palavra “presente” tem um duplo significado: O de momento presente e o de aquilo ou aquele que é presente. Aquele que é presente é o Ser Real, o Eu Verdadeiro.
 
O que cria, o que gera a persona [a máscara que encobre o Eu Verdadeiro] são os pensamentos. Através dos pensamentos nos identificamos apenas como sendo seres individuais, separados de Deus. Mesmo o pensamento de que “somos um com Deus” não nos leva a percepção de Quem Somos. O “acreditar” [que é forma de perceber mentalmente] que somos um com Deus não nos conscientiza de nossa natureza divina. Por isso Jesus disse enfaticamente que: “Quem não comer da minha carne e quem não beber do meu sangue não terá a Vida eterna.” O que Jesus revelou ao dizer “comer a Minha carne e beber o Meu sangue” foi que devemos nos conscientizar da Sua natureza divina e nos fundirmos nela, tornando-se também a nossa. Em outras palavras, que devemos nos elevar da crença [percepção mental] da natureza divina de Jesus para a percepção [percepção consciencial] de Sua essência [Sua carne e Seu sangue] em nós. Fazemos isso vivificando “o presente”, ou seja, vivificando “Aquele que é presente”, o Cristo Eterno. Assim, “vivificar o Presente” significa que devemos vivificar a Vida de Deus EM nós.
 
Como fazer isso, como “vivificar o presente”? Comece onde você está! Perceba que o seu personagem está num certo contexto [é isto o que ele "pensa"; e não apenas pensa, mas também analisa e julga o contexto onde está. E dependendo do julgamento mental você se sentirá feliz ou infeliz]. Seu personagem está num certo contexto mas você vive no Reino de Deus! A percepção de que você vive agora no reino de Deus não é mental; ela não é fruto de “pensamento, análise e julgamento”; e se continuar “pensando”, apenas “terá razão”; você continuará no nível da percepção mental, que se auto-alimenta de conceitos e percepções mentais, de raciocínio, de lógica, enfim, de razões…

Contudo, num nível que transcende os conceitos e o raciocínio está a Vida! A Vida verdadeira não é a vida mental. A Vida verdadeira é a Vida de Deus, é a Verdade que pode e deve ser conhecida, mas não pode ser “pensada”, porque os pensamentos a expressam em conceitos, e a Vida verdadeira é algo real, algo não conceitual.
 
Existe em nós algo que nos possibilita perceber essa “Vida verdadeira” que é a própria Vida! Parece ser paradoxal para a mente que pensa, mas é real. Quando Jesus Cristo revelou que: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai Pai senão por Mim”, quis dizer que “o Pai” é Deus e que Deus é Vida; e que a Vida de Deus é Quem Sou porque “Eu e o Pai somos Um”.

Ao revelar isso ele estava se referindo ao Cristo eterno que Vive EM nós. Este é nosso "Eu Verdadeiro", Aquele que é “presente” no “reino de Deus”, que está “dentro de nós”.

Portanto, devemos “comer e beber  dessa carne e desse sangue”, ou seja, devemos perceber [nos conscientizar] e desfrutar essa essência divina, que é a Vida de Deus, o Cristo que vive EM nós.

Por fim, aquilo que “aciona essa “conscientização” é o ato de compartilhar. “Não há percepção sem ação”!
 
Enfim, para ativar a percepção que transcende o nível dos pensamentos, comece onde está, pois, a Vida de Deus já está presente em você. Deixe os conceitos mentais de lado e desfrute dessa percepção, ou seja, coma, beba e sacie-se dela. E por fim a compartilhe; compartilhe generosamente.

O ato de compartilhar é que sedimenta em você a percepção do Presente.

Por isso compartilho a percepção; por isso esta mensagem está chegando  a você; por isso Buda compartilhou a iluminação que percebeu e desfrutou; por isso Jesus compartilhou o que “ouviu do Pai”.

Ao compartilhar o que perceberam e desfrutaram, eles “vivificaram Aquele que é Presente” neles, vivificaram Quem São e em o fazendo vivificaram Quem Somos, vivificaram a Vida de Deus, o Cristo que Vive EM nós.

Sim! Vivifique o presente!
 
Namastê.


quinta-feira, agosto 08, 2013

Dois ensinamentos Nucleares

 
 - Núcleo -
 

Divinos Personagens,
 
O que compartilho é um novo comentário referente ao texto anterior, de Joel Goldsmith, publicado no aqui no Templo dos Iluminados.
 
Em certo trecho do texto, Joel Goldsmith escreve:
 
A mesma coisa se dá em nossa relação com Deus: temos que dar-Lhe plena atenção, amor, obediência e gratidão. Não é propriamente amar um Deus que não vês, senão amá-Lo nos colegas e professores com quem convives. Ainda que Deus esteja em teu íntimo, só Lhe podes receber a graça se tiveres amor, júbilo e respeito, em tua mente, em teu coração e em tua alma. (Quem percebe consciencialmente percebe a onipresença, percebe Deus presente em tudo e em todos. Ainda que os personagens estejam agindo inconscientes de sua real identidade, ou seja, apenas como personagens, a vida que os anima é o próprio Deus Se manifestando; Se não julgar os personagens – ou seja, se não agires mentalmente - perceberá como a reação desses mesmos personagens mudará em relação a você. "Algo" – uma percepção ainda incipiente neles – os fará perceber "algo" em você.)
 
Cada pessoa é responsável por si mesma. Não há um Deus sentado no céu a olhar e julgar os que estão aqui em baixo. A Consciência divina está em nosso íntimo (enfatize-se isso) e sabe tudo o que pensamos, sentimos, falamos ou fazemos, atraindo imediatamente de fora tudo o que mandamos para lá. Portanto, o amor e respeito que exprimes aos outros, logo os recebes de volta.
 
Há dois ensinamentos compartilhados no Núcleo que têm estreita relação com este ensinamento de “O Caminho Infinito”, evidenciando que ambos são “ensinamentos nucleares”, ambos vêm do Núcleo, Essência ou Fonte...
 
O primeiro é expresso assim: “Eu apareço como. Às vezes nem eu mesmo percebo. Mas se você perceber, já é o suficiente.”
 
O segundo é expresso assim: “Você escolhe reagir aos personagens ou interagir com o Ser?”
 
Agora atentem bem ao que Goldsmith está dizendo: “Não é propriamente amar um Deus que não vês, senão amá-Lo nos colegas e professores com quem convives.” Esse é outro meio de se enfatizar que “Eu apareço como colegas e professores.” Às vezes esse “eu” [o personagem, que é "quem você está sendo"], não percebe. Mas se você perceber que estes colegas e professores [personagens] sou Eu [seu próprio Ser, sua real identidade] “aparecendo como”, já é o suficiente.
 
No momento em que percebe que “sou Eu aparecendo como”, percebe também que está despido das sandálias, está despido daquilo que te liga à terra, à representação; percebe também que “o solo onde estás é solo sagrado”.
 
Assim, para realmente perceber que “sou Eu aparecendo como”, ou seja, para poder “interagir com o Ser” você deve "retirar as suas sandálias."
 
Por isso está escrito: "Retira dos teus pés as tuas sandálias, pois o lugar em que estás é solo santo." (Êxodo 3:5)
 
Esse ensinamento de que "Eu apareço como..." também está na Bíblia com o título: "O Grande Julgamento", como segue:
 
"Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com Ele, então, se assentará no trono da Sua Glória; e todas as nações serão reunidas na Sua Presença, e Ele separará uns dos outros, como o pastor aparta os bodes das ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a Mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna." [ Mt 25; 31-46 ]
 
Há que se notar que o texto bíblico é colocado em perspectiva porque é direcionado para a "visão das mentes dos personagens", pois é assim que a mente percebe, em perspectiva; ou seja, a "mente do personagem", a mente de quem "estamos sendo ou representando", percebe algo que concebe como estando situado no passado, no presente ou no futuro.
 
Mas a percepção consciencial percebe o eterno presente!, que é a Vida de Deus. Por isso é ensinado no Núcleo: Você prefere permanecer na visão mental e apenas "reagir aos personagens" ou prefere elevar-se à percepção consciencial e "interagir com o Ser"Quem escolhe perceber "Quem aparece como" deve "interagir com o Ser!"
 
Só assim é possível, agora, no presente, perceber Quem está "aparecendo como", vê-Lo com fome... e dar a ELE o que comer!; vê-Lo com sede... e dar a ELE o que beber; vê-Lo como estrangeiro... e O hospedamos; vê-Lo nu... e O vestirmos; vê-Lo enfermo ou preso... e visitá-Lo!
 
E por que é assim? 
Porque A MIM o fizestes!   
Isto é o que deve ser percebido!

Notem que aqueles que “interagem com o Ser", percebem que é “a Mim” que o fazes; e que, aqueles que “reagem aos personagens", não percebem que é “a Mim” que o fazes. Portanto, percebam que “Sou Eu” aparecendo como, e então desfrutem e compartilhem essa percepção.

A propósito, você já está em solo sagrado, mas pode não estar consciente, se estiver apenas percebendo mentalmente e reagindo aos personagens. Aqui vale citar outro “ensinamento nuclear”, que vem da “Seicho-No-Ie”, no qual é dito: “Na verdadeira Meditação Shinsokan, não contemplamos Deus pelas faculdades do nosso cérebro físico. É o nosso Deus interior que O contempla. É o estado mental em que um iluminado se encontra com outro iluminado, soltando faíscas.” [Do livro Explicações detalhadas sobre a Meditação Shinsokan, 3ª edição, página 46]
 
Em verdade, o iluminado percebe que tudo são manifestações do próprio Ser, não no sentido de que Deus seja aquilo que está sendo, porque Deus é o Ser, é o que É, e aquilo que está "aparecendo como" é a representação; mas a representação, que é o mundo fenomênico, revela esta “seidade” de Deus.
 
Deus É, sem que haja representação, mas não há representação sem que Deus Seja. Assim, há uma relação entre Deus e a representação ou mundo, que é o que Deus É, ou seja, é o próprio Ser ou Amor de Deus. Por isso é dito: “Deus amou de tal forma o mundo [que é a representação] que enviou o Seu Filho Amado...”  E Jesus ainda estando no mundo orou: “Pai, glorifica a teu Filho para que teu Filho glorifique a ti”; ... e completou sua oração: “...com a glória que me deste antes que houvesse mundo.”
 
Estando no mundo Jesus sempre escolheu “interagir com o Ser”, por isso, revelou que “o Pai não o deixou só, porque fez tudo o que agrada ao Pai.”
 
Quem quer “interagir com o Ser” deve, tal como ensinou Jesus, procurar em primeiro lugar o “reino de Deus” que ele revelou estar dentro de nós. Ou seja, o reino de Deus está no “núcleo”, não na superfície, na mente, mas sim “dentro”!  Este primoroso ensinamento de Goldsmith, de “O Caminho Infinito”, bem como o ensinamento da “Seicho-No-Ie”, assim como os ensinamentos de Jesus, não vêm da mente desses “divinos personagens”, mas sim, de Deus, que é a Fonte, o Núcleo, a Essência, a Origem desses ensinamentos, que são todos, portanto, “ensinamentos nucleares”, ensinamentos divinos.


domingo, agosto 04, 2013

"O lugar onde estás é solo sagrado" (Núcleo)

 
 - Núcleo -

"Retira dos teus pés as tuas sandálias, pois o lugar em que estás é solo santo."
(Êxodo 3:5)

 
"Estar no mundo e não ser do mundo": Esse é o ponto! É a percepção que se deve ter; é o que dever ser "percebido": Estamos no mundo, mas, deste mundo não somos, porque quanto ao "Eu" que realmente somos, "Meu" reino não é deste mundo. Isso é estar com a percepção de que não somos o corpo e nem a mente, ou seja, não somos a "persona", a máscara, o personagem, (a pessoa que estamos sendo), somos o Ser. A Consciência está no Ser, em nossa identidade real; a mente está no personagem. Quando nos colocamos como "observadores", ou seja, quando colocamos o foco de nossa percepção na Consciência, o mundo é claramente visto como um teatro divino onde os "divinos personagens" tem existência e atuação. A maior parte destes personagens "percebe" o mundo apenas com suas mentes, ou seja, estão "inconscientes do Ser" e assim se sentem separados do Todo; não percebem o que realmente são, não percebem sua "unidade com o Ser", sua conexão com a Fonte. O texto do Goldsmith revela o que deve ser feito para que essa "conexão com a Fonte" seja reestabelecida: Sentar-se em silêncio, aquietar-se!

Segue-se um comentário (feito entre parênteses, escrito com fonte de cor preta) sobre a carta de Goldsmith com a ênfase nos pontos sobre a mensagem que ela contém, que em síntese é a mesma verdade que temos ressaltado no Núcleo.
 
Eis o trecho da carta de Joel S. Goldsmith, considerado o místico do século, ao seu filho Sammy, quando este se ausentou do lar, do Hawai, para cursar a universidade na América.
 
Ofereço-te aqui, Sammy, uma lição importante, não só para um dia, mas suficiente para toda tua existência, se a praticares fielmente ainda que não recebesses nenhuma outra de mim ou de qualquer instrutor espiritual. Se a gravares no íntimo, ainda que ficasses só num deserto ou num barquinho, no meio do oceano, sem qualquer pessoa ou livro por perto, poderias sobreviver, encontrando salvação e segurança, alimento e vestuário, paz e tudo o mais que te fosse necessário. Quero revelar-te o segredo de minha felicidade, alegria, êxito, prosperidade e capacidade de servir a crianças e adultos ao redor do mundo inteiro, como sabes.
 
(Goldsmith revela "o segredo")
 
Desejo que conheças este segredo, para que possas agir como eu. Em primeiro lugar, quando defrontares algum problema, seja de saúde, estudos, desentendimentos com os colegas ou mestres, retira-te a um lugar tranquilo, senta-te com os pés no chão e mãos descansando nas coxas, fecha os olhos e lembra-te de que Deus está mais perto do que tua respiração: mais próximo do que teus pés e mãos. Ele está exatamente onde estiveres. Aquieta-te por um momento e Deus resolverá teu problema. Pode parecer estranho que não tenhas, pelo menos mentalmente, de expor teu caso a Deus, de não pedir-Lhe nada e nem fazeres qualquer afirmação.

No entanto, basta fechar os olhos, aquietar-te por um momento e saber que Deus está bem perto de ti: no centro de teu ser.

(A carta poderia terminar aqui! Pois "o segredo" é que Deus está no centro do teu ser, ou seja, está no "Núcleo". O Núcleo não é um lugar, mas uma dimensão, na qual devemos posicionar, quero dizer, "focar" nossa percepção, na Consciência do Ser, que realmente somos. Essa é a razão do nosso slogam: "Vá para o Núcleo" ou: "Esteja no Núcleo".)
 
Depois, sem ansiedade ou pressa, espera alguns minutos. O Espírito, Ele mesmo, se incumbirá de tudo. Se for um problema ou fórmula que não entendes, Ele te esclarecerá como sucedeu uma vez aqui em casa, em que pediste ajuda em matemática: sentamo-nos e meditamos e quando voltaste ao livro, encontraste a resposta plena, como se a tivessem escrito ali para ti.
 
(É sempre o "Eu oceânico" quem realiza as obras, não o "eu personal". Jesus disse: “eu de mim mesmo nada posso fazer, o Pai em mim é Quem realiza as obras.”)
 
Sempre que tiveres alguma dificuldade, para o que estavas fazendo e conscientiza Deus exatamente ali onde Ele está, em teu íntimo. Espera alguns minutos e verás que Ele é a Inteligência de teu ser e sabe porque O estás procurando. Não receies: de bom grado Ele sempre te responderá, se estiveres "ligado". Se Lhe perderes a sintonia, não poderás receber ajuda. Isto é compreensível. Digamos que estivesses aqui perto de mim, recebendo instrução espiritual. Se te distraísses, pensando em outra coisa ou saísses a passear, como poderia receber a lição que eu tinha a oferecer-te gostosamente? Como pai humano, bem gostaria de oferecer-te cada segredo espiritual que possuo, como dou dinheiro quando dele necessitas. Mas não lhos poderei dar, se não estiveres receptivo e atento.

(Essa é a razão pela qual o meu personagem humano mantém nossas reuniões do Núcleo centradas na percepção que deve ser ativada. De que adiantaria uma reunião para compartilharmos as coisas da mente dos personagens? Seria apenas uma reunião social, enquanto sabemos que pode ser "mais que isso" quando ativamos a percepção consciencial)
 
A mesma coisa se dá em nossa relação com Deus: temos que dar-Lhe plena atenção, amor, obediência e gratidão. Não é propriamente amar um Deus que não vês, senão amá-Lo nos colegas e professores com quem convives. Ainda que Deus esteja em teu íntimo, só Lhe podes receber a graça se tiveres amor, júbilo e respeito, em tua mente, em teu coração e em tua alma.
 
(Quem percebe consciencialmente percebe a onipresença, percebe Deus presente em tudo e em todos. Ainda que os personagens estejam agindo inconscientes de sua real identidade, ou seja, apenas como personagens, a vida que os anima é o próprio Deus Se manifestando; Se não julgar os personagens – ou seja, se não agires mentalmente - perceberá como a reação desses mesmos personagens mudará em relação a você. "Algo" – uma percepção ainda incipiente neles – os fará perceber "algo" em você.)
 
Cada pessoa é responsável por si mesma. Não há um Deus sentado no céu a olhar e julgar os que estão aqui em baixo. A Consciência divina está em nosso íntimo (enfatize-se isso) e sabe tudo o que pensamos, sentimos, falamos ou fazemos, atraindo imediatamente de fora tudo o que mandamos para lá. Portanto, o amor e respeito que exprimes aos outros, logo os recebes de volta. 

Mas, tudo isto ainda é pouco. Mesmo que sejas humanamente bom em todos os sentidos, estás simplesmente cumprindo os Dez Mandamentos.

Agora te estou instruindo a cumprir o Sermão da Montanha, pois o Caminho espiritual é uma revelação mais alta.
 
(Notem com que clareza Goldsmith elucida este ponto – está revelando algo além de apenas vivermos como bons personagens humanos, pois estes ainda se identificam como sendo os "bons personagens" num universo de pares de opostos.)
 
Continuando, o texto diz que:
 
Não precisas de falar com Deus, senão apenas reservar pequenos períodos, durante o dia e à noite, para ouvi-Lo dentro de ti.
 
(Como se trata de uma "percepção" não é necessariamente um diálogo, pois nesta percepção o personagem imerge e se funde com o Ser Real. Há uma revelação: não no sentido de que algo esteja sendo revelado ao personagem, mas sim, de algo que está sendo "desvelado" – literalmente com esse significado de que os véus se esvaem – não nos identificamos como o personagem que estamos sendo, mas como o Ser que já somos. Nesse sentido dizemos que "estamos no mundo", como personagens, mas que "não somos deste mundo", porque somos o Ser Real, a Fonte da existência da vida e do cenário de onde vêm todos os personagens.)
 
Continuando o texto:

Mesmo que não ouças literalmente uma voz, ao abrir os ouvidos a Deus e silenciar por um minuto ou dois, permitir-me-ás encher o vácuo que formaste internamente.

Atenta bem para o que deves fazer, para formar este vazio expectante: logo ao acordar senta-te confortavelmente, pés no chão, braços apoiados relaxadamente nas coxas, olhos fechados, sintonizando o Cristo interno em silêncio, escutando o íntimo por alguns minutos. Em seguida, lembra-te de que o dia que se estende diante de ti será governado e protegido por Deus. Serás então mantido e inspirado por Ele, porque abriste, anelante e conscientemente, tua consciência à Presença e Direção de Deus. Mas se não fizeres cada manhã, fielmente, teu contato com Deus, o teu encontro com o mundo será como de um ser humano comum, sujeito a todas as surpresas e desencontros da vida, sem a assistência divina.
 
(Em outras palavras: Se não ativarmos, da forma acima, nossa percepção consciencial, estaremos apenas percebendo tudo mentalmente durante o dia; estaremos inconscientes da Presença, reagindo aos acontecimentos como seres humanos. Contudo, somos mais que isso: Somos Filhos de Deus!)
 
Em tua idade atual, com o preparo que já recebeste aqui, estás apto a quatro pequenos exercícios diários: de manhã cedo, ao meio-dia, ao anoitecer e antes de dormir. Sentado, relaxado e quieto, podes dedicar dois minutos de cada vez a Deus. Inicialmente, para facilitar, podes mentalmente dizer: "Aqui estou, Pai. Fala que teu filho escuta. Desejo fazer a Tua vontade". Em seguida, aquieta-te. Se fores fiel nesta prática, garanto que tua vida na universidade e de modo geral, será um sucesso e ainda mais do que isso: uma bênção. Estarás preparando os fundamentos para uma vida inteiramente governada por Deus. (Governada pela Consciência, desperta, de que somos Filhos de Deus).
 
Procure estar em harmonia com teus colegas em tudo que seja bom. Se te convidarem a cerimônias religiosas, sugiro que os acompanhes. Entra em cada templo com a mente aberta, agradecendo à oportunidade de aquietar e ouvir a "pequenina e silenciosa voz".

Não te esqueças de que a sintonia com Deus é mais importante que o ritual.
 
(Por isso no Núcleo não temos pauta nem rituais, é apenas um preparo, uma celebração da consciência de nossa união com Deus, para que essa conscientização se expanda em nossa relação com o mundo. Dessa conscientização seremos naturalmente "bons personagens humanos" – não porque ansiemos ser assim, nem para nos vangloriarmos e nos sentirmos pessoas melhores em relação às demais. Cientes de que todos são "personagens da divindade", não há personagem mais divino ou menos divino que qualquer outro. Há os que estão conscientes de sua real identidade e os que ainda não estão. Os que estão agem seguindo esta "consciência interna", e os que ainda não estão agem seguindo a mente do personagem que estão representando. Por isso é importante "ir para o Núcleo", transcender a percepção mental e ativar a percepção consciencial. Goldsmith expõem neste texto como fazer isso.)
 
A união com os colegas no que seja construtivo suscita o bem, embora o verdadeiro bem te venha porque reconheces a graça e a glória de Deus em tudo e em todos. A coisa mais importante que desejo sublinhar-te é que, em qualquer instante do dia ou da noite, Deus é instantaneamente acessível. Basta que O sintonizes e ouças. Enfatizo este ponto para que compreendas que não precisas falar, de fazer afirmações ou lembrar a Deus tuas necessidades. 

(Basta nos elevarmos em consciência, nos tornando receptivos e atentos Àquele que habita o Núcleo do nosso Ser, ou, em termos bíblicos, "o esconderijo secreto do Altíssimo"...)
 
O segredo que recebi é que Deus, como Inteligência infinita, já conhece tuas necessidades, antes mesmo de Lhas pedires. Ele vê nosso íntimo quando Lho abrimos em atitude receptiva e confiante. Não é por nosso falar ou pensar, pois o Mestre ensinou: "não vos preocupeis por vossa vida, pelo que tendes de comer: nem por vosso corpo, pelo que tendes de vestir. Vosso Pai sabe que necessitais destas coisas. É do bom agrado dEle dar-vos todas elas". Compreendes, Sammy? É do agrado do Pai dar-te o Reino! Deus não te castiga quando te arrependes sinceramente do erro ou pecado que acaso cometas. No instante em que reconheces que não agiste bem, estás perdoado. Não carregarás a penalidade quando em teu coração vibra o reconhecimento do mal que fizeste e te arrependeres. Mas deves compreender que ao reconhecer as falhas, não deves repeti-las. (Esta é a real conscientização, que nos torna naturalmente seres humanos melhores) Caso contrário, perderás a sintonia com a graça divina. Tu mesmo é que te cortas dela. Quando isto acontecer, procura reatar com a graça, reconhecendo verdadeiramente: "Sei que errei!" Ou talvez: "Não sei se agi erradamente, mas se o fiz, ajuda-me a compreender e limpa isto de mim, Pai. Não tive má intenção. Não quero fazer o mal. Ao contrário, desejo fazer aos outros o que gostaria que me fizessem".

Dessa maneira te purificas. Tenho-me curado de diversas enfermidades, pedindo simplesmente a Deus perdão por meus pecados. É claro que meus pecados não são graves. Conheces nosso modo de viver. Mas sempre que cedemos à crítica e condenação, não estamos amando e perdoando suficientemente. Assim, é recomendável que nos voltemos de vez em quando e digamos: "Reconheço, Pai, que não estou agindo perfeitamente. Perdoa meus pecados. Limpa as minhas transgressões, para eu começar tudo de novo". Grava bem, Sammy, a mais importante lição que me foi dada: "que o lugar em que estás é solo santo", ou seja, Deus está exatamente onde estás, disponível, no instante em que paras de pensar, de falar e de te identificar com as coisas externas (ou seja, que para de agir mentalmente), e te voltas ao íntimo, reconhecendo-Lhe o Poder e a graça.

Conscientiza o Espírito de Deus em ti e, em seguida, relaxa-te por um ou dois minutos, deixando que Ele Se manifeste. Isto é tudo. (É a síntese de nossas reuniões do Núcleo – quantos milagres, quantas manifestações do Ser temos presenciado!) Todo o nosso propósito é de levar as pessoas à realização da onipresença de Deus e sua constante disponibilidade; de nos dirigir a Ele sem pensamento nem palavras: basta a humildade de sentar-nos (ou mesmo em pé ou deitado), fechar os olhos e reconhecer: "Eu, de mim mesmo, nada posso. O Pai, em mim, é Quem faz as obras. Fala Senhor, que teu filho escuta".
 
(Importante observar aqui que essa "consciência de Quem faz", expressada na frase: "eu, de mim mesmo, nada posso. O Pai, em mim, é Quem faz as obras", deve estar atrelada ao "estado de receptividade", expressa aqui pela frase: "Fala Senhor, que teu filho escuta". Isto porque não estamos nos sintonizando com um Deus surdo... A Consciência do Ser é viva e ativa! Deus age segundo as "nossas preces", nosso estado de sintonização e de receptividade.)
 
Em seguida, aguardar um ou dois minutos em silêncio expectante, antes de levantar e prosseguir as tarefas. Se aprenderes a praticar corretamente este exercício quatro vezes ao dia, como lhe estou sugerindo, não demorará muito para que o faças mais vezes ao dia, para teu inteiro benefício.
 
Bela carta, excelente lição para a vida!

O resumo desta lição poderia ser: “Em todo momento do dia e da noite, clama a Deus e o Senhor o ouvirá!”

Lembro por fim aqui a passagem que diz:

"Então, Me invocareis, passareis a orar a Mim, e Eu vos ouvirei. Buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte." (Jeremias 29, 12-14)

Saudações a todos.
 
 

"Eu Sou Aquele que Sou"

sexta-feira, agosto 02, 2013

Elevando-se acima do Parêntesis

 
 Joel S. Goldsmith


Em minha meditação eu estava viajando ao redor do mundo em memória. E não apenas ao redor do mundo, mas ao redor do calendário também. E eu estava vendo as duas salas onde as atividades do Caminho Infinito começaram em Hollywood – primeiramente na sala de minha casa, e depois num escritório. Eu viajei para São Francisco, onde nossa primeira reunião consistiu de um grupo de 12 pessoas, e depois tudo o que aconteceu desde então em Portland, Seattle, Victoria, Vancouver, Chicago, New York, Europa, África, Down Under – sentados no gramado na Índia, falando a um grupo de 40 ou 50 estudantes num dia, e a um grupo de 200 estudantes, não do Caminho Infinito, mas de ensinamentos Orientais – de volta aqui ao Hawaí, onde sentamos no gramado do Hotel Halekulani, ou do outro lado da rua num pequeno apartamento do Nedra na Rua Kalia, ou em Kahala, onde falamos para sete estudantes a fita "O Trovejar do Silêncio". Eu via todos esses grupos pequenos que ouviram essa mensagem e os grandes grupos - as classes. E finalmente, até os halls com 1.000 a 1.500 pessoas. E assim continuando por 15 anos com crescente sucesso, crescente atividade e ainda assim retornando aos grupos como esse, com um trabalho do tipo que tivemos nesses últimos seis meses.

E eu pude ver que todos os frutos do trabalho, o sucesso da mensagem, sua expansão, se deve primariamente ao trabalho feito em pequenos grupos como esse, onde vocês dedicaram consciência. Dedicaram-se não a um homem ou a um movimento, mas a atingir a realização de Deus.

É uma coisa difícil explicar aos grandes grupos o significado dessas pequenas reuniões, o que nelas transpira, e o efeito que têm em todo o mundo – ou melhor, em toda a consciência humana –, porque essas pessoas estão interessadas numa mensagem primariamente porque ela vai afetar sua saúde ou o seu suprimento ou suas relações familiares; vocês têm uma história completamente diferente daquela que se tem quando as pessoas se reúnem sem propósitos pessoais. Esta tem sido a função desses pequenos grupos em cada local do mundo onde temos tido pequenos grupos – onde temos tido grupos como esse. E, certamente, em toda a história do nosso trabalho nas ilhas do Hawaí, onde sempre tivemos esses pequenos grupos, a diferença é que a dedicação não tem o propósito de obter alguma coisa para nós mesmos, mas ao contrário, contribuir de alguma forma para a consciência humana. Não sem negligenciar o fato de que eu mesmo devo ser elevado a fim de trazer o mundo até mim, mas lembrando que o propósito de ser elevado é trazer o mundo até mim. Não é ser elevado para que eu possa fazer uma melhor demonstração da vida ou de vocês, mas que em nossa elevação o mundo também possa ser elevado na mesma medida.

A consciência de um grupo de pessoas dedicadas, o que o Mestre chamou de "dois ou mais estiverem juntos em meu nome", deve ser uma experiência de elevação de toda a consciência humana. Isto só se torna claro para vocês, quando percebem que no universo espiritual, não existem coisas como tempo e espaço. As pessoas na África do Sul não estão separadas de nós pelo tempo ou pelo espaço, nem as que estão na Austrália, Nova Zelândia ou Londres. No momento em que nos unimos em consciência, estamos todos em um único espaço de uma única mente, e o que o mapa parece testemunhar como tempo e espaço não tem qualquer sentido. Vocês têm a prova disso na cura espiritual, onde já vimos que não há necessidade da presença física do curador. Isso, indiferentemente de onde vocês possam estar no tempo e no espaço, no momento que se unem com a consciência do Cristo, vocês são um com ela, e nem tempo nem espaço entram na demonstração. Entretanto, há uma coisa que de fato entra nela, e isso é realmente ao que eu os estou conduzindo.

Na semana passada, ao abrir a minha Bíblia eu tive um daqueles acidentes que vocês todos conhecem tão bem, de abri-la numa página que por acaso estava iluminada como que com lâmpadas elétricas. Era o 16º capítulo de Marcos – o último capítulo e o último verso. O Mestre acaba de ascender e deixar os seus discípulos. Mais uma vez ele tinha estado sozinho com seu pequeno grupo, mas ascendeu e foi embora. Isso é o que se lê: "Eles, pois, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam".

Pensem o que isso faz a você quando percebe que eles foram em frente e pregaram em toda parte, mas o quanto teria sido inútil exceto por, cooperando com eles o Senhor, proporcionava a confirmação da palavra com os sinais que as acompanhavam. Que bem há em pregar sem os sinais que se seguem? Que bem há em ensinamentos sem sinais que se seguem? Que bem há em dizer a verdade a quem quer que seja, sem os sinais se seguirem? Qual o sentido de se publicar uma Bíblia ou um livro metafísico sem os sinais se seguirem? E como poderiam haver sinais se o Senhor não estivesse trabalhando com eles? Se o Senhor não está na revelação das escrituras que se tornam a Bíblia, se o Senhor não está trabalhando na consciência de um indivíduo que escreve um livro sobre metafísica ou misticismo, se o Senhor não está trabalhando com a pessoa que está ensinando ou revelando ou pregando, como vocês recebem os sinais que se seguem uma vez que "Eu de mim mesmo não posso fazer nada. Se falo de mim mesmo, eu testemunho uma mentira"? Se não há uma presença transcendental agindo comigo – isso nos leva de volta à nossa última palestra da manhã de Domingo, quando falamos a respeito de 1º Coríntios, primeiro e segundo capítulos, nos quais Paulo deixa claro que Cristo não o enviara para batizar, mas para pregar, e não para pregar em palavras de homens sábios, mas para pregar o Espírito Santo. E isso deve sempre acontecer com sinais se seguindo.

Temos muita pregação no mundo – tanta pregação no mundo – e tão poucos sinais se seguindo. A razão é que nós tentamos pregar, ou tentamos ensinar sem estar certos de que o Senhor está trabalhando conosco. Para um de nós se levantar para falar sobre o Caminho Infinito, ou ensiná-lo, ou pregá-lo sem sinais se seguirem, seria uma evidência definitiva de que não temos o Senhor conosco. Em outras palavras, que nós não meditamos até o ponto da realização. Isto por si deveria ser um guia para cada estudante do Caminho Infinito – agora e pelas próximas 1000 gerações – que antes de pregar a palavra do Caminho Infinito ou ensiná-la, estejam certos de que houve suficiente meditação para atingir o ponto de realização, para que saibam que o Senhor está trabalhando comigo e que sinais se seguirão.

Para algumas pessoas que têm uma facilidade natural para a leitura e a memorização, sendo capazes de repetir, não é muito difícil ensinar e pregar uma mensagem metafísica ou espiritual. Mas a dificuldade está em se ter os sinais se seguindo. Pode ser um mistério para o resto do mundo como vocês conseguem ter o Senhor trabalhando com vocês. E, de fato, esse é o mistério. Há muito poucos ensinamentos na face do globo que lhes diz como um ser humano não iluminado se torna um ser humano iluminado. Ou como o "Eu de mim mesmo não posso fazer nada" pode se tornar o pregador com sinais se seguindo.

Está claro desde o início desta mensagem do Caminho Infinito que nós resolvemos esse enigma do universo – e a resposta é, meditem até o Espírito do Senhor Deus vir sobre vocês – meditem até que realmente sintam esta presença divina e possam testemunhar pelos seus frutos que o Senhor está trabalhando com vocês. Em outras palavras, não é verdade, como muitos ensinamentos clamam, que um longo período de tempo é necessário, ou que sacrifício e ascetismo são necessários, ou que se sente numa determinada posição, ou se jejue, ou que se frequente escolas. Esta não é a resposta. A resposta é muito simples – meditem até saberem que a sua meditação resultou num contato com a presença e o poder transcendental, que já existe dentro de vocês.

Na verdade, mesmo a meditação não é tão difícil como parece a muitas pessoas. Se, quando vocês se sentam para meditar, vocês percebem que não estão indo a Deus por alguma coisa, ou seja, não estão esperando influenciar Deus a fazer alguma coisa – vocês não estarão esperando Deus descer do céu e escolher vocês para lhes fazer algum favor, é então que a meditação acontece. Em outras palavras, quando vocês aprenderem a libertar Deus, na realização de que "Deus É". Vocês não podem questionar isso. Vocês não estariam nesse estudo se questionassem isso, porque vocês precisam, antes de tudo, ter um sentimento interior de que "Deus É" – uma convicção que não precisa de provas. Se vocês precisam de provas ou de algum poder racional, vocês podem desistir da busca e levar uma boa vida humana da forma que forem capazes, porque vocês não alcançarão sua visão espiritual.

Não há meios de provar a ninguém que Deus existe. E não há indícios de que conseguirão provar isso. As Escrituras são claras ao dizer que se vocês ressuscitarem alguém dentre os mortos, isso não os convencerá, e temos testemunhado isso. Temos testemunhado isso muitas vezes, não importa quantas provas se forneça para alguém, cure alguém ou isso ou aquilo – traga-lhes um maior suprimento, felicidade no lar – isso não os convence porque no nível espiritual de vida não há nada que possa acontecer humanamente a vocês que os convença de uma causa espiritual.

Tudo o que possa acontecer a vocês como resultado de seus estudos espirituais, aconteceu a algumas pessoas sem esses estudos. Pessoas se tornaram milionárias sem se tornarem espirituais. Pessoas tiveram boa saúde sem se tornarem espirituais. Pessoas tiveram relações humanas felizes sem se tornarem espirituais. Portanto, apenas porque uma boa circunstância humana acontece a vocês, isso não deverá servir de prova de que Deus existe.

Deus não pode ser provado. Deus pode ser experienciado. E então pode acontecer uma convicção interior de que "Deus É". Mas isso não é baseado num processo racional, num processo mental ou em nenhuma prova que possa ser oferecida. A pessoa que acredita em Deus por causa de alguma prova, tem um fraco alicerce para sua fé. Ela sustenta a terra sobre nada. E se vocês realmente acreditam em Deus, tem que ser sem ser por razão alguma. Nenhuma razão para o universo externo. Deve ser uma convicção interior, sem nenhuma necessidade de prova exterior. Mesmo o fato que apenas Deus pode fazer uma árvore deve ser necessário. Na verdade, isso não é uma prova para todas as pessoas. Muitas pessoas testemunham todas as árvores que nós fazemos, e ainda assim continuam ateias. Por outro lado, os assim chamados cientistas ateus da Rússia estão se convencendo de que existe uma causa espiritual por trás de toda fundação material. Em outras palavras, isso não é baseado em nenhuma prova que tenham tido, mas uma convicção que veio do coração – uma convicção que veio da alma. Assim é.

Se houver alguém que queira uma prova do Caminho Infinito, poderá tê-la. Mas isso não provará nada a ninguém e será um fraco alicerce para a sua fé. Porque da próxima vez que queiram alguma prova e ela não vier, essas pessoas não terão nada em que se apoiar. No reino espiritual nós operamos numa base inteiramente diferente da do mundo material. O espírito é uma dimensão da vida ou da consciência. Seus valores são diferentes – suas maneiras, seus significados – suas atividades diferem das dos planos material ou mental. E, de uma coisa vocês podem ter certeza, no nível espiritual de consciência não existe tal coisa como uma prova. Existe apenas uma convicção interior. Enquanto antes eu estava cego, agora eu vejo. Eu não sei se esse homem me curou ou se essa cura me curou – a única coisa que eu sei é que, enquanto antes eu estava cego, agora eu vejo. Portanto, eu sei que existe alguma coisa – não por causa das evidências, mas apenas porque eu estava cego e agora vejo. Porque minhas faculdades espirituais interiores estavam obscurecidas e agora estão abertas, e eu vejo, eu sinto e eu tenho convicção.

A todo momento – e eu dou a vocês o Capítulo 16 de Marcos, verso 20 – faça dele uma espécie de senha: "Eles, pois, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam".

Então vocês percebem que não têm o direito de viver nenhum dia sem que o Senhor viva com vocês. Porque o dia não será tão bem sucedido de vocês o fizerem. Não devemos tomar para nós nenhuma tarefa, a não ser que tenhamos a convicção de que o Senhor está trabalhando comigo, porque do contrário nós podemos apenas esperar pelo sucesso, e então, se o tivermos, ele não será realmente nada de que possamos nos gabar, porque será algo que poderá ser revertido.

Façam disso uma parte de nossa experiência, que uma das funções de toda a mensagem do Caminho Infinito, é nos levar a um estado de consciência onde nós não tomamos para nós qualquer tarefa – onde nós não vivemos, e certamente não pregamos ou ensinamos antes que em nossa meditação tenhamos recebido o sinal interior "vá em frente", que diz que o Senhor está trabalhando conosco.

E então nós teremos certeza de que o Senhor está trabalhando conosco apenas pelos sinais que se seguirem. Porque o Senhor está trabalhando conosco, vocês podem estar seguros que enquanto antes eles estavam cegos, agora verão. Enquanto antes estavam doentes, agora estarão bem. Enquanto antes eram pobres, agora serão ricos. E onde antes estavam infelizes, agora serão felizes. Onde antes não estavam confortados, agora serão confortados. Em outras palavras, em cada avenida da vida, haverão sinais que se seguirão

Isso nos traz a um outro marco do Caminho Infinito. E um que, como o primeiro, esse também vai permitir que avaliem a si mesmos para ver se estão falhando ou se continuam no eixo. Esse ponto requer uma prática ativa de sua parte, enquanto eu lhes falo. Vocês terão que me seguir não apenas me ouvindo, mas realmente me seguindo num ato de consciência. Colocarei da seguinte forma:

A graça de Deus funciona apenas no agora imediato. Eu quero que vocês agora me sigam com sua própria consciência: "A graça de Deus funciona apenas no agora imediato. A graça de Deus funciona apenas no agora imediato."

Agora, enquanto pondero essa declaração. Agora enquanto estou sentado aqui escutando. Agora, enquanto estou num estado de receptividade, a graça de Deus está funcionando através de mim – nesse universo e através desse universo. A graça de Deus está funcionando na consciência da humanidade em todos os lugares da Terra, mas apenas agora.

Agora, enquanto eu estou nesse estado de receptividade, estou consciente que agora, agora existe uma força-vital permeando essas árvores e flores. Exatamente agora, existe uma força-vital permeando cada árvore e cada planta lá fora. Exatamente agora, existe uma força-vital permeando o oceano e os peixes sob as ondas.

Exatamente agora, neste exato agora em que vocês estão conscientemente receptivos – exatamente agora a graça de Deus está desenvolvendo uma seiva nas raízes no que aparecerá como amanhã ou na próxima semana ou no próximo mês, aparecerá externamente como botões e brotos e depois, finalmente como flores e frutos.

Entretanto, nada vai acontecer na próxima semana, ou no próximo mês, exceto pela graça de Deus que está funcionando neste universo nesse segundo. Portanto, lembrem-se de que os côcos que aparecerão na próxima semana estarão aparecendo por causa da graça que está funcionando no coqueiro neste momento. Se não há qualquer graça funcionando neste momento, então não haverá côcos na próxima semana. Se não houvesse a graça funcionando lá fora no mar, não haveria o movimento das marés ao longo dos dias, semanas, meses e anos.

Na medida em vocês estão conscientemente atentos, na medida em que seguem as minhas palavras, que uma graça – a Presença de Deus, um poder de Deus funcionando em toda a natureza, em toda a consciência humana – vocês percebem que não podem fazer Deus operar ontem? Perceberam o quão impossível seria voltar no tempo e fazer Deus operar ontem? Poderiam vocês impedir Deus de operar nesse instante? Poderiam vocês retornar a ontem e fazer alguma coisa? Poderia Deus retornar a ontem e começar a se manifestar? Claro que não.

Existe apenas o agora no reino espiritual. Existe apenas o momento presente. E existe apenas esse momento contínuo. É por causa deste momento contínuo que tudo o que acontece no futuro irá acontecer – por causa desse momento contínuo.

Poderiam vocês – observem isso atentamente – poderiam vocês ter Deus operando amanhã, agora, hoje? Poderiam vocês nesse momento ter Deus fazendo alguma coisa amanhã? Claro que não. Vocês não podem ter Deus fora deste rasgo de segundo. Vocês não podem mover Deus para frente e para trás. O que quer que seja para ser feito, Deus o está fazendo agora.

Vocês percebem, então, que cada momento em que vivem no passado vocês estão vivendo sem Deus? Vocês estão vivendo uma vida sem Deus cada momento que desperdiçam vivendo no passado, porque não há nada que Deus possa fazer a respeito dele, porque Deus não está lá. Deus está aqui e agora. O lugar onde estou é solo sagrado, agora.

Se houver alguma coisa para acontecer em minha vida no que chamamos futuro, isso tem que ser como uma continuidade da presença do agora – Deus – o Deus do agora. Eu não posso ter Deus operando amanhã. A manifestação de Deus amanhã é dependente da operação de Deus agora, porque Deus está operando apenas nesse rasgo de segundo e em cada rasgo de segundo em continuidade, Deus está operando. É por isso que nem mesmo Deus não toma um botão de rosa e uma hora depois o transforma numa rosa, porque Deus opera agora – e portanto, estarmos na manifestação do agora se desdobra de acordo com a natureza de nosso ser.

Mas, nós não poderíamos fazer isso sem Deus e não podemos ter Deus fazendo isso ontem, e não podemos ter Deus fazendo isso amanhã. O amanhã de Deus é apenas a continuidade do agora de Deus. Agora, nesse rasgo de segundo Deus é Deus, e Deus é um Deus eterno, porque Deus opera eternamente no agora, mas não no passado nem no futuro. Portanto, se vocês estão vivendo no futuro, vocês estão vivendo uma vida sem Deus, como se estivessem vivendo no passado. Tudo deve ser baseado no agora.