"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

sábado, dezembro 12, 2015

Tempo, espaço, e vidas passadas

- Sri Bhagavan -


Pergunta: Bhagavan, se "tempo e espaço" são ilusões, como essa verdade se relaciona com "experiências de vidas passadas"? Será que as vidas passadas realmente aconteceram no passado?

Bhagavan: Quando atingimos estados místicos elevados, podemos ver claramente como o tempo e o espaço são ilusões. Quando dizemos "vidas passadas" isso não significa que elas aconteceram no passado. É possível percebermos as "vidas passadas" acontecendo exatamente agora, neste instante. Mas para perceber isso, é necessário ser um grande místico. 

É realmente incrível. Nós podemos nos perceber vivendo muitas vidas ao mesmo tempo. Não apenas em diferentes reinos de existência, mas vivendo aqui mesmo neste planeta. Não é que você seja apenas um simples corpo. Você pode se experienciar vivendo em muitos corpos ao mesmo tempo. Um de seus corpos pode estar vivendo na Alemanha, outro poderia estar vivendo nos Estados Unidos, outro na África, outro na Índia - tudo ao mesmo tempo. É muito difícil compreender isso intelectualmente. Mas, misticamente, podemos perceber isso com muita clareza. 

Mas não é apenas isso. Também é possível nos percebermos existindo em vários reinos simultaneamente. Existem aproximadamente 21 reinos. Aquele que despertou em todos os reinos, na Índia é chamado um Paramahansa. Paramahansa significa "aquele que despertou em todos os reinos". A nossa realidade é muito diferente daquilo que pensamos que ela é. Nós somos seres grandes e vastos, e não o pequeno ser que você pensa que é. Mas à medida que você trilhar o caminho, todas essas coisas se tornarão muito claras para você. Com isso tudo ocorrerá uma grande transformação.


11 comentários:

SERgio disse...

Ok...palavras do Bhagavam...

Mas,esta questão das "vidas passadas"é um tanto polêmica:
Há muitos ensinamentos que pregam às tais "vidas passadas",ou reencarnação (para "pagar carma",evolui, etc.).E há outros que negam este conceito.

Podemos levantar aqui, uma discussão sobre esse tema, com a ajuda até, de algum "personagem desperto" , além deste da "Unidade".

Começo aqui, colocando as minhas palavras, já que nos é permitido comentar:

Como é comumente entendido esse conceito de "vidas passadas" - embora o Bhagavam tenha se referido várias dimensões ou locais simultaneos - , é no sentido de "várias encarnações/reencarnações".
É suposto que uma entida ou entidades (espírito[?]) entre e saia da carne várias vezes para "evoluir"; esse é o entendimento comum.

Mas, vai agora,para começo desta discussão, se assim o Autor deste Blogger permitir,minhas colocações:

O Espírito/Consciência (em "estado de repouso", por assim
dizer.) , sendo Onipresente,infinito e Perfeito, em Si Mesmo, embora Se indivisualize na "manifestação", para "brincar"(leela) ,ou "existir" (ex sistere) "aqui fora"... impessoalmente como "tudo em todos", aparentemente "entre na carne"... porém a rigor, isto não seja real, já que a Realidade não entra em "ilusão"...

Mas aproveitando esse conceito de "várias vidas", diria o seguinte: O que vive várias vidas não são "entidades"(espíritos), como ensinado , por ex.no "Espiritismo", ou em outras escolas, mas sim o Eu uno impessoal,simultaneamente (não há tempo) ,porém "aparentemente"...

Ora, se só há "Um de nós", quem são os "outros"?

O Real engendra "aparências" para "existir"...

O que É É, e não é "algo".Para existir ("O que É não exite,e o que existe não É") crea até o que não existe.
(Para o Divino tudo é possível!)

Então,como entendo,sobre esse ensinamento de "vidas passadas",
entendido no sentido comum de "reencarnação" neste Planeta,
fica sem sentido, haja visto o que é revelado pelos que percebem com os "olhos" da Consciência, que: "só há Aquilo, e que é Você." O Ser É em Si mesmo.

Ah,e nem mesmo "encarnação", quanto mais "reencarnação", ou "desencarnacão", no sentido OBJETIVO. Possivelmente só da forma que é colocada pelo Núcleo : como uma "Representação".

Sim, alguns podem achar "meio louco" o que escrevo aqui.

Mas também não existe nenhuma prova concreta sobre "vidas passadas" ou "reencarnação"... até o Bhagavam falou de uma forma vaga.

Não sei se me fiz entender.

Grato!




Silvano disse...

Divinos Personagens, SERgio e Gustavo!
Permitam-me compartilhar algo sobre esse tema.
A questão aqui refere-se à Realidade e às versões da Representação...
Mas, advirto que o tema é muito vasto, o que se segue são apenas o que podemos chamar de “algumas considerações sobre o céu e a terra”.
A sugestão do SERgio no sentido de podermos “levantar aqui, uma discussão sobre esse tema, com a ajuda até, de algum "personagem desperto" , além deste da "Unidade" é perfeita!
Proponho que a ajuda seja do personagem desperto Masaharu Taniguchi a esse respeito, já que ele deixou relatos escritos sobre seu despertar.
Ele escreveu: Esse meu despertar está assim registrado no diário que escrevi na época:
... Se deixarmos de nos ater ao mundo fenomênico {á Representação} e passarmos a observá-lo do alto do mundo da Imagem Verdadeira {Realidade}, constataremos que não só as dores, desgraças, enfermidades, etc., como também o próprio espírito {o personagem, encarnado ou desencarnado}, que procura evoluir e progredir lutando contra as dificuldades aparentemente inevitáveis, não são existências verdadeiras.
Tanto este mundo como o mundo espiritual são manifestações fenomênicas, ou seja, são mundos onde tudo é projeção da mente.
Esse é um ponto que deve ser notado com atenção! Masaharu Taniguchi revela que: Tanto este mundo [dos espíritos encarnados] como o mundo espiritual [dos espíritos desencarnados] são manifestações fenomênicas,
No Núcleo a Representação é tanto o mundo material [dos personagens encarnados] quanto o mundo espiritual [dos personagens desencarnados]. E essa é apenas uma “versão básica” da Representação: Mundo dos personagens encarnados e mundo dos personagens desencarnados, no qual ocorrem as encarnações e reencarnações; e no qual há sentido falar em vidas passadas ou concomitantes...
Bhagavan refere-se a algumas outras “versões da Representação”, O detalhe é que ele acaba tocando no assunto não só dessas versões da representação mas também dos vários reinos! A questão aqui é bem mais profunda porque ele está se referindo à Realidade, aquilo que Jesus chamou de “muitas moradas da casa do Pai”. É de tal forma magnificente o céu, a Realidade Suprema que a Bíblia no primeiro capítulo do Gênesis relata que: No Princípio criou Deus os céus [os céus...] e a terra.

Silvano disse...

Por sua vez, Masaharu Taniguchi em alguns pontos de A Verdade da Vida faz clara distinção entre revelações espirituais e revelações divinas, ou seja, revelações que vem do mudo espiritual e revelações que vem do mundo da Imagem Verdadeira.
Num texto anterior publicado neste blog Masaharu Taniguchi advertiu que: Sakyamuni não é, absolutamente, fantoche dos espíritos. Cristo também não é, absolutamente, fantoche dos espíritos. Ambos se aprofundaram na conscientização da infinitude de seu interior e finalmente atingiram, respectivamente, a natureza búdica e a natureza divina, razão pela qual inúmeros espíritos do mundo espiritual vieram servir a esses dois divinos. São dignos de pena os que veem apenas os espíritos vinculados a Sakyamuni e a Jesus, e não veem a natureza búdica que Sakyamuni conscientizou e a natureza divina que Jesus conscientizou.
A distinção entre céu e mundo espiritual também não era clara no tempo de Jesus. Quando Jesus disse: “Eu me retiro; buscar-me-eis, e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir. Então diziam os judeus: Será que ele vai suicidar-se, pois diz: Para onde eu vou, vós não podeis ir? [João 8:21,22] estava se referindo a ir para o céu, para a “Casa do Pai”, à Realidade Suprema, e não ao mundo dos espíritos. Por isso disse que para onde eu vou, vós não podeis ir.
E fez questão de deixar claro que: Vós [divinos personagens] sois cá de baixo [sois da representação] eu sou lá de cima {sou da Realidade Divina}; vós sois deste mundo {sois sujeitos à nascimentos e mortes}, eu não sou deste mundo. João 8:23
Em relação a sua real identidade Jesus disse: “Eu Sou a ressurreição e a vida [a Vida de Deus ]. Aquele que crê em mim, mesmo que morra [mesmo que vá para o mundo dos espíritos], viverá; e todo o que vive [no mundo material] e crê em mim, não morrerá eternamente [Aquele que se desperta para a real identidade sabe que não se sujeita a nascimentos e mortes porque a “roda de sansara”, a roda dos nascimentos e mortes pertence à Representação.
E Jesus indagou: Tu crês nisso? [Ou seja: Você “percebe” isso?]
Percebem isso, percebem o que está sendo compartilhado aqui?
Por isso Jesus disse: “ Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra [que revela a verdade], nunca verá a morte.”

Silvano disse...

Uma observação final... Embora se diga que “Deus criou o céu”, Deus é Amor e a expressão desse Amor é o céu. Nesse sentido tudo o que há no céu, na Realidade Suprema, expressa o que Deus É. Por isso Masaharu Taniguchi chama a Realidade de Mundo Imagem Verdadeira [de Deus].
Por isso o homem [ o Eu verdadeiro ] é Imagem e Semelhança [de Deus].
Em termos absolutos o céu ou Mundo Imagem Verdadeira é o que é Real, e somente isso! Apenas Deus é Real e não há nada real além do Ser Real.
Finalizo este comentário com a percepção do real compartilhada por Masaharu Taniguchi, que ao despertar relatou:
“Naquele momento, compreendi claramente que a mente em ilusão [mente do personagem] é inexistente e, consequentemente, não existe também a “mente que
alcança a iluminação por meio do despertar”. Compreendi que é um
equívoco pensar que a mente em ilusão evolui, alcança a iluminação e
se torna Buda. Compreendi que só existe a Mente (EU) [A Consciência do Ser real] da Imagem Verdadeira, que é Buda, que é Deus desde o princípio. Só existe o Universo do Jissô, que é a extensão da Mente-Jissô. O Buda fenomênico (Sakyamuni), que saiu do palácio do seu pai, Suddhodana, e meditou sob uma figueira durante seis anos para alcançar a iluminação, não era existência verdadeira. Unicamente o Buda eterno a quem ele se referiu na declaração “Eu sou Buda desde oprincípio dos tempos” é existência verdadeira, e esse Buda eterno vive aqui e agora. Jesus Cristo na condição de homem fenomênico, que,
pregado na cruz, clamou “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?”, não era existência verdadeira. Unicamente o Cristo
eterno, a quem ele próprio se referiu na declaração “Antes que Abraão
existisse, eu sou” é existência verdadeira, e esse Cristo eterno vive
aqui e agora. Conscientizei-me de que eu também não sou um homem
fenomênico nascido de minha mãe em 22 de novembro de 1893 e que só
agora alcançou o despertar. Compreendi que sou um ser divino, um ser
búdico, desde o princípio dos tempos. (Do livro “A Verdade da Vida, vol. 20”, pgs. 158 à 164)
Namastê.

Templo disse...

Caro SERgio,

Obrigado pelas reflexões que o seu comentário nos proporciona.
Sobre suas considerações, eu posso dizer o seguinte:

Você disse algo que considerei ser o ponto mais importante do seu comentário, suas palavras foram:

"O que vive várias vidas não são 'entidades'(espíritos), como ensinado , por ex.no 'Espiritismo', ou em outras escolas, mas sim o Eu uno impessoal,simultaneamente (não há tempo), porém "aparentemente"

E disse também:

"O Espírito/Consciência (em 'estado de repouso', por assim
dizer.) , sendo Onipresente,infinito e Perfeito, em Si Mesmo, embora Se individualize na 'manifestação', para 'brincar'(leela) ,ou "existir" (ex sistere) 'aqui fora'... impessoalmente como 'tudo em todos', aparentemente 'entre na carne'... porém a rigor, isto não seja real, já que a Realidade não entra em "ilusão"


Acredito as duas observações, acimas destacadas, feitas por você, são capazes de nos fornecer uma resposta para um tema tão polêmico, que é a encarnação/reencarnação.

Se é verdade que o que vive várias vidas não são 'espíritos individuais', mas sim o 'Eu único' Se individualizando e Se manifestando como tudo, isso nos abre um leque de infinitas possibilidades (aqui mesmo na Representação!). Enquanto o Ser estiver identificado com a mente (e a mente atua tanto sobre os personagens encarnados como também os desencarnados), estará se vendo como 'espírito individual' e sua percepção/experiência será a de estar nascendo, morrendo e renascendo novamente, na linearidade do tempo. A percepção linear do tempo, como diz Bhagavan, é uma ilusão, mesmo aqui na Representação. Quando o Ser acredita no tempo, ele percebe o tempo como se fosse realidade, e sua experiência é a de viver o tempo em sua sequência linear. Assim, ele realmente poderia experienciar a existência como se ela existisse linearmente, movendo-se de vida em vida do passado para o presente e para o futuro.

Mas se na Representação o Ser transcender a ilusão de tempo e alcançar nível de consciência maior, ele poderia passar a experienciar as vidas (que estão acontecendo dentro da Representação) acontecendo simultaneamente. Nesse caso, a Representação estaria sendo experienciada de uma maneira totalmente nova. O comentário de nosso Amigo Silvano sugere que a Representação é infinita e, por isso, apresenta infinitas possibilidades. Dependendo da forma de se olhar para a Representação, ela se nos apresentará de acordo com a nossa percepção.

Templo disse...

A Representação pode ser experienciada de formas muito grandiosas! Já li e ouvi relatos de pessoas dizendo que, em meditação, se viram vivendo a vida de outra(s) pessoa(s) que moravam em lugares/países distantes (vivendo inclusive a vida de animais em seus habitats). Se algo assim é possível, é justamente porque existe um Ser único se manifestando como tudo. Por ser único, Ele é o ponto central que interliga todas as individualidades aparentemente separadas, e isso torna possível uma pessoa acessar a vida/experiência de outros seres individuais.

Se tivermos a ideia inflexível de que a Representação é algo fixo/determinado, então a questão da reencarnação (vidas passadas) se torna polêmica. Mas se tivermos a visão de que a Representação pode assumir aspectos infinitos, a questão das "vidas passadas" deixa de ser assim tão polêmica, e revela que todas as possibilidades podem ser experienciadas como real (na representação).

Assim, as pessoas que percebem as várias vidas acontecendo linearmente (no passado, presente e futuro) através de encarnação e reencarnação, estão de fato vivendo isso na Representação. Elas vivem assim porque o Ser nelas escolhe olhar para a Representação assim.

Da mesma forma, as pessoas que percebem as várias vidas todas acontecendo ao mesmo tempo (passado, presente e futuro estão todos dentro do Presente-todo-abragente), de fato estão experienciando a Representação assim, porque é assim que o Ser nelas está escolhendo olhar para a Representação.

Nada disso é contraditório, uma vez que, por existirem infinitas individualidades, infinitos seres, existem também infinitos centros, infinitos universos, porque cada um de nós é o centro de um universo infinito. Para mim a Representação pode estar se revelando de uma determinada forma, enquanto que para outra pessoa a Representação pode estar se revelando de outra forma. Assim é a Representação.

Nosso Amigo Silvano disse que esse assunto pode ser abordado a partir de várias "versões da Representação", o que o torna um tema muito vasto, pois a Representação é capaz de englobar infinitos aspectos.

Creio que essa seja a melhor forma de se olhar para as questões levantadas por você!
Obrigado por nos proporcionar tantas reflexões.

Reverências!

SERgio disse...

Grato aos comentários dos Amigos!

Ficamos,então assim: "Versões da Representação"...

Embora para o Uno(Uni) o verso(diverso), a despeito de ilusório
seja útil para,saindo de sua monotonia("estado de repouso"real em Si) manifeste-Se "Aqui fora" como existência, mesmo aparentemente...

Namastê!

Templo disse...

A fim de tentar elucidar um pouco mais do que tentei expressar (no comentário anterior), permitam-me falar só mais um pouco:

A Representação é uma REPRESENTAÇÃO no verdadeiro sentido da palavra!
Apesar de ser ilusória, tudo o que ocorre na Representação é real para a própria Representação.

Por ser uma espécie de "espelho", a Representação pode refletir tantas ideias/conteúdos quantos possam ser colocados diante dela. Acredito que o nosso Amigo Silvano usou a palavra "versões" em razão de a Representação ser extremamente "versátil", ou seja, é capaz de assumir infinitos aspectos. O fato de a mente não ser capaz de perceber todos os aspectos da Representação não significa que ela não possa apresentar infinitas possibilidades.

Por exemplo: acredito que todos aqui já ouvimos falar em "realidades paralelas". Existe no universo da Representação uma realidade onde eu, Gustavo, nunca fiz um blog chamado "Templo dos Iluminados". A mente do meu personagem não percebe essa realidade, porque na Representação eu acessei uma sequência onde o Gustavo um dia desejou criar este blog. Todas essas (e infinitas outras!) realidades existem no universo da Representação. Mas nós experienciamos a realidade que desejamos acessar.

A fim de elucidar mais um pouco, um segundo exemplo: todos nós chegamos em nossas casas hoje. Mas existe uma sequência na representação (realidade) em que sofremos um acidente antes que pudéssemos chegar em casa, e o dia de hoje foi o último dia de nossa experiência aqui neste mundo terreno. Todavia, se estamos aqui hoje a noite trocando ideias/reflexões, é porque acessamos na Representação uma sequência onde continuamos a viver aqui no mundo terreno. A Representação pode expressar infinitas formas de representar. Além disso, muitas muitas realidades estão conectadas à sequência que estamos experienciando neste instante. Por exemplo: neste instante eu estou escrevendo aqui nos comentários. Mas em uma representação pode ser que daqui a cinco minutos eu saia do computador e vá assistir um filme. Numa outra representação, daqui a cinco minutos, eu posso estar conversando com o meu vizinho ali em frente a casa dele. Todas essas representações já estão prontas/existem no universo. Tudo depende de qual delas o meu personagem irá acessar e experienciar. Hoje em dia, a física quântica já fala sobre tudo isso.

Templo disse...

Mas o que foi descrito até aqui não é tudo. A Representação pode assumir formas ainda mais complexas. É possível a pessoa experienciar a vida na representação como sendo um ser individual (sujeito ao tempo e ao espaço), passando pelo tempo passado-presente-futuro na forma de "encarnações e reencarnações". Se na Representação o Ser em nós estiver acreditando no tempo, o tempo será uma experiência real para nós (na representação).
Inclusive, existem ensinamentos afirmando que o processo de reencarnação não ocorre em sequência linear do tempo. Segundo eles, nossa encarnação atual está ocorrendo no ano de 2015, mas nossa próxima encarnação pode ocorrer no tempo antigo em que vivia Jesus, ou mesmo num futuro muito distante (ou seja, em qualquer ponto do presente-passado-futuro). Sabendo que a Representação é extremamente versátil, ela pode assumir esse aspecto para o Ser que escolher percebê-la assim.

Além disso tudo, se na Representação o Ser transcender a ilusão de tempo, ele pode experienciar estar vivendo todas aquelas vidas todas ao mesmo tempo. É possível o Ser experienciar a Si mesmo vivendo muitas vidas/experiências ao mesmo tempo, numa mesma época (conforme Bhagavan afirmou neste post). É também possível o Ser experienciar a Si mesmo vivendo ao mesmo tempo a vida personagens que existiram em diferentes épocas. Um indivíduo de elevado nível de consciência pode estar vivenciando a vida de um de seus personagens aqui em 2015, e ao mesmo tempo estar experienciando a vida de um personagem que viveu na época de Jesus. Isso porque passado, presente e futuro - todos existem dentro do Presente-todo-abrangente que é o Ser/Consciência/Universo. (A esse respeito, Osho fala um pouco mais no próximo post).

Em minha opinião, apenas porque nossas mentes não conseguem perceber todas essas realidades, isso não significa que elas não existem. Na Representação, elas existem. O Ser é capaz de representar de infinitas maneiras, desde as formas mais simples (elementares) até as formas mais bem elaboradas (superiores). E mesmo tudo o que foi dito até aqui ainda não é capaz de expressar toda a potencialidade criativa inerente à Representação! Tal é a complexidade da Representação. Por isso em seu comentário, o Silvano disse:

"Advirto que o tema é muito vasto, o que se segue são apenas o que podemos chamar de “algumas considerações sobre o céu e a terra”.

"Essa é apenas uma “versão básica” da Representação: Mundo dos personagens encarnados e mundo dos personagens desencarnados, no qual ocorrem as encarnações e reencarnações; e no qual há sentido falar em vidas passadas ou concomitantes..."


No caso do post, Bhagavan está se referindo a várias versões da Representação, e que numa das versões não há sentido em se falar em "vidas passadas", já que todas as vidas passadas, presente e futuras podem ser percebidas existindo simultaneamente (Agora).

Enfim, a Representação pode apresentar infinitas versões. Todas elas existem (estão prontas) na Representação.

Namastê!

Silvano disse...

Personificações do Espírito Universal,

Seguindo ainda a ponderada sugestão do SERgio no sentido de podermos “levantar aqui, uma discussão sobre esse tema, com a ajuda até, de algum "personagem desperto" , além deste da "Unidade", compartilho aqui um pouco mais da
ajuda do personagem desperto Masaharu Taniguchi sobre a relação entre o Jisso e o fenômeno. [Para os que quiserem acompanhar no livro, o que se segue são palavras textuais de Masaharu Taniguchi que estão no volume 9 da coleção “A Verdade”, página 46, 6ª edição]
“A relação entre o Jisso e o fenômeno
Diz-se “mundo do Jisso”, “reino de Deus”, “Céu”, “Paraíso”, ou então “mundo da primeira criação”, ao mundo que Deus criou com Seu elevado pensamento, de acordo com Sua Sabedoria. Esse mundo já existe e já é perfeito, mas não é visível aos olhos carnais porque é feito de espírito. Sobre esse mundo do Jisso o próprio homem cria, como segunda criação, diversas imagens por meio de vibrações de seu pensamento. Este é o mundo do fenômeno.
No caso de realizarmos a segunda criação desenhando na mente imagens perfeitas, essa criação se identificará com o mundo da primeira criação e aparecerá a perfeição no mundo do fenômeno, com perfeita identidade entre Jisso e fenômeno.
E no caso de procedermos à segunda criação desenhando a imperfeição na mente, o Jisso não se mostrará aos nossos olhos e aparecerão no mundo das formas (fenomênico) somente as imagens imperfeitas que foram desenhadas. Neste caso surgirão doenças ou infelicidades.”

Silvano disse...

Cabe observar que onde Masaharu Taniguchi diz que “o próprio homem cria, como segunda criação, diversas imagens por meio de vibrações de seu pensamento” ele está se referindo ao Homem Verdadeiro, o Homem criado, conforme o relato bíblico, à Imagem e Semelhança de Deus.
Para os que quiserem acompanhar no livro , no mesmo volume 9 da coleção “A Verdade”, página 45, 6ª edição, Masaharu Taniguchi revela que: “O homem é uma existência que não tem princípio nem fim”. Ele escreve: “Se o homem verdadeiro não morre apesar da morte do corpo físico, significa que ele já existia antes do nascimento do corpo. Pode-se dizer, portanto, que é ele uma existência espiritual sem princípio nem fim. O espírito é uma existência universal que transcende o tempo e o espaço; ele não tem forma mas pode se manifestar nas mais diversas formas.”

Namaste