"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

sábado, setembro 28, 2013

"Quem é?"

 
Joel S. Goldsmith
 

Um antigo, antigo conto, fala de um grande mestre espiritual que bateu às portas do céu para ser admitido no paraíso. Deus veio atendê-lo e perguntou: “Quem é? Quem está batendo?”. Para tal pergunta, veio a confiante resposta: “Sou eu!”. E Deus lhe disse: “Lamento, sinto muitíssimo, mas não há lugar. Vá embora e volte em outra ocasião”.
 
O bom homem, surpreso com a recusa, foi embora muito confuso. Após anos de meditações e ponderações sobre aquela estranha recepção, voltou e bateu à porta novamente. Ouviu de Deus a mesma pergunta, e deu uma resposta similar. Outra vez foi informado de que não havia mais lugar no céu; estava completamente lotado naquele instante.
 
Nos anos seguintes, o mestre avançou profundamente em seu interior, meditando e ponderando. Após um longo período, pela terceira vez, bateu à porta do céu. E mais uma vez ouviu de Deus a pergunta: “Quem é?”. E sua resposta, desta vez,  foi: “Sou o Senhor!”. E os portões se abriram largamente, quando Deus lhe disse: “Entre! Nunca houve espaço para Mim e você”.
 
Não existe Deus e você; existe unicamente Deus expresso ou manifesto como Ser individual. Há somente uma Vida: a do Pai. Permanecemos “fora do céu”, sem esperança alguma de nele ingressarmos, enquanto acreditarmos possuir uma identidade apartada de Deus, um ser separado e independente de Deus.
 
 

5 comentários:

Silvano disse...

Outra profunda percepção consciencial compartilhada por Aquele que apareceu como o divino personagem Joel Goldsmith!
Há uma substancial diferença em dizer: "Eu Sou Deus" e perceber que "Quem Eu Sou É Deus"

Por isso, permitam-me comentar este texto.

“Um antigo, antigo conto, fala de um grande mestre espiritual que bateu às portas do céu para ser admitido no paraíso.”

É sempre assim, os contos atemporais são sempre vistos como “antigos”, muito antigos. De fato, nem se pode dizer que a Verdade, que é atemporal, pode ser classificada na categoria de tempo... Então está bem começar assim, dizendo: “Um antigo, antigo conto...”

Sobre o que fala este conto antigo? Ele “fala de um grande mestre espiritual”... Há realmente mestres e mestres, incontáveis!...
Há mestres cujo objetivo é ter muitos discípulos;
Há mestres cujo objetivo é fazer outros mestres;

Mas há aquele que sabe que só há um Mestre!

E mais, este que sabe, sabe Quem é o Mestre...

Como exemplo, Jesus sabia Quem é o “Mestre”!
Por isso, compartilhou o seguinte ensinamento:
Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.
Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.
Mateus 23:8-10

O ensinamento compartilhado no Núcleo é que: Só há um Mestre, que é Deus!

Assim, continua o conto:

“Deus veio atendê-lo e perguntou: “Quem é? Quem está batendo?”. Para tal pergunta, veio a confiante resposta: “Sou eu!”. E Deus lhe disse: “Lamento, sinto muitíssimo, mas não há lugar. Vá embora e volte em outra ocasião”.

Silvano disse...

Deus logo percebeu que se tratava de um divino personagem do primeiro tipo:
Do tipo de mestre cujo objetivo é ter muitos discípulos... Este tipo de mestre desconhece sua real identidade, por isso seu objetivo é ter muitos discípulos...

Diz o conto:
“O bom homem, surpreso com a recusa, foi embora muito confuso. Após anos de meditações e ponderações sobre aquela estranha recepção, voltou e bateu à porta novamente. Ouviu de Deus a mesma pergunta, e deu uma resposta similar. Outra vez foi informado de que não havia mais lugar no céu; estava completamente lotado naquele instante.”

Pois, Deus percebeu que se tratava de um divino personagem do segundo tipo:
Do tipo de mestre cujo objetivo é fazer outros mestres... Este tipo de mestre desconhece sua real identidade, por isso seu objetivo é fazer outros mestres... E então lota o céu... “assim foi informado de que não havia mais lugar no céu; estava completamente lotado naquele instante”.

Prossegue o conto antigo:

“Nos anos seguintes, o mestre avançou profundamente em seu interior, meditando e ponderando.”

Neste momento o “mestre caminha na direção certa... Seu objetivo não é mais “ter muitos discípulos” e nem mesmo “fazer outros mestres”. Seu objetivo agora é “conhecer a Verdade”, por isso o conto narra que “avançou profundamente em seu interior”...

Então, diz o conto:

“Após um longo período, pela terceira vez, bateu à porta do céu. E mais uma vez ouviu de Deus a pergunta: “Quem é?”. E sua resposta, desta vez, foi: “Sou o Senhor!”.

Foi dito acima:
Há uma substancial diferença em dizer: "Eu Sou Deus" e perceber que "Quem Eu Sou É Deus"
Dizer, ainda que convictamente: "Eu Sou Deus" não é o mesmo que saber que "Quem Eu Sou É Deus".
Aquele que sabe que "Quem Eu Sou É Deus" conhece Quem percebe isso!

Silvano disse...

Enquanto o divino personagem assume o papel de “mestre” neste conto e caminha em direção ao exterior, a outros “divinos personagens”, aos quais quer transforma em discípulos ou em outros mestres, o que está fazendo é estabelecer um espaço, uma diferenciação, entre ele e outros supostos “divinos personagens” sem jamais ter o conhecimento da real identidade de todos estes “divinos personagens” e, da real identidade de si mesmo!
Contudo, é a percepção de Quem Somos que revela Quem São os outros...
Por isso todo ensinamento espiritual verdadeiro aponta sempre a direção do caminho interior na busca da Verdade!
Em nosso interior, no “reino de Deus”, como diria Jesus, no momento em que o Mestre, que Vive em nós, porque é onipresente, revela a nossa real identidade... desaparecem aqueles “outros” como entidades separadas...
Por isso no Núcleo é compartilhado o ensinamento de que tudo o que está aparentemente fora de nós é uma “representação divina”, tanto o cenário quanto os personagens... porque a única Realidade é a própria divindade!
Há um Ser Real, que é Deus! Contudo, no momento em que olhamos para o exterior o que vemos é uma “representação”, pois, não há “o exterior”...
A palavra “Núcleo” é usada no sentido de “Essência ou Realidade do Ser!” Assim, não há um “núcleo do meu ser” e um “núcleo do seu ser”. Não há meu ou seu, pois, só há um Ser! Este Ser é Quem Sou [é Quem nós Somos] por ser a real identidade por trás de toda a representação. É preciso notar que pode nem haver representação, a qual só existe quando olhamos para “o exterior”. Este “olhar para o exterior” é na verdade ativar a percepção do personagem... que é a percepção mental, que projeta a representação. A representação não é real, é o que parece, por ser uma “representação” divina e bastante realística para a percepção da “mente do personagem”... Mas para a percepção do Ser ela é completa, total e absoluta inexistência! E Deus não cria o que não existe... mas só o que é bom!
Portanto, a realidade que está sendo vista por você, divino personagem, acredite ou não, está sendo projetada por você mesmo! Se você continua “olhando para o mundo” [olhando para o exterior] e o julgando, você terá sempre a visão de algo que não é real mas que parecerá ser real pra você!

Silvano disse...

Acima foi dito: “E Deus não cria o que não existe... mas só o que é bom!”
Para estar na representação mas não ser da representação, ou seja, para “estar no mundo mas não ser do mundo”, isso só é possível conhecendo o próprio Criador... e vendo que Ele cria mas com amor! Por isso a Realidade percebida por Deus é perfeita! É totalmente uma expressão Dele mesmo...
Essa “Realidade percebida por Deus” é a chamada de céu, no cristianismo, e por outros vários nomes usados conforme a linguagem do ensinamento, como por exemplo, Paraíso, Jissô, Nirvana, Mar Ryugu, e outros nomes.
O interessante, aqui no sentido de algo a ser notado, é que essa Realidade não está em outro lugar, portanto, não está separada, nem distante daqui. É uma “percepção”. Enquanto Deus usa o amor para perceber o que cria... os personagens usam o julgamento... E assim, da forma como julgam são julgados... pois, eles fazem parte da representação, o mundo que julgam...
Enquanto a percepção consciencial é uma visão amorosa de Deus em nós, a percepção mental é uma expressão dos condicionamentos da “persona”, ou seja, da personalidade, da máscara que vela o Ser. Perceba que não é a sua percepção, mas sim, que é a percepção da mente do seu personagem!
Perceba que você é livre, totalmente livre, para perceber de outra forma...
Notem como o divino personagem Joel Goldsmith expressou a percepção:
“Não existe Deus e você; existe unicamente Deus expresso ou manifesto como Ser individual. Há somente uma Vida: a do Pai. Permanecemos “fora do céu”, sem esperança alguma de nele ingressarmos, enquanto acreditarmos possuir uma identidade apartada de Deus, um ser separado e independente de Deus.”

Notem que quando a resposta foi: “Sou o Senhor!”, os portões se abriram largamente e Deus lhe disse: “Entre! Nunca houve espaço para Mim e você”.

Por isso foi dito acima: Dizer, ainda que convictamente: "Eu Sou Deus" não é o mesmo que saber, ou seja, perceber que "Quem Eu Sou É Deus".
Pois, enquanto houver um “eu” dizendo convictamente que: “sou Deus” haverá um personagem se esforçando ao máximo para ser quem não É.

Silvano disse...

A percepção de que "Quem Eu Sou É Deus" não envolve esforço algum do personagem, ela é a percepção de Deus, é do Ser, da “Consciência do Ser”, assim chamada na linguagem usada no Núcleo de percepção consciencial.
É Deus em nós Quem Se revela e nos faz saber que "Quem Eu Sou É Deus".
Por isso trata-se de uma percepção, da Consciência do Ser; e não de uma afirmação, ainda que muito convicta, da mente de um personagem!
Assim, finalizando o conto...
Na terceira ida às portas do céu, o “divino personagem” não faz afirmações sobre si mesmo, mas apenas compartilha uma percepção e diz: “Sou o Senhor!”

E Deus percebe que se trata de um “personagem desperto”, aquele que sabe que só há um Mestre, Deus; que é Quem percebe: "Quem Eu Sou É Deus".

E a “representação divina” na qual há um Ator representando um personagem finaliza com esta revelação:

E os portões [do céu] se abriram largamente, quando Deus [o Ator] lhe disse: “Entre [em Meu mundo]! Nunca houve espaço para Mim e você [personagem]”.

Namastê,