Masaharu Taniguchi
(...) Quando terminei de escrever esses versos e levantei os olhos, percebi que o chefe estava me observando. Levei um susto e voltei a me concentrar no trabalho que me havia sido atribuído: a tradução de um livro técnico.
Contudo, permanecia em mim o pensamento expresso no último verso da aludida poesia. Não achava que a minha missão fosse a de permanecer, até o fim, na vida rotineira de um simples assalariado. Sentia que um dia conseguiria tornar-me um pregador da salvação da humanidade com a atitude mental natural e simples como o florescer dos lírios do campo, e vivia acalentando esse ideal. Inevitavelmente, esse ideial conflitava com a vida oprimida de assalariado, e eu frequentemente sentia vontade de fugir daquele ambiente de serviço.
Esse desejo de fuga me impedia não só de conviver harmoniosamente com meus colegas de trabalho, como também de desempenhar bem as minhas funções. Cometia erros apesar de prestar muita atenção no que fazia. Era muito estranho, mas o fato é que, quando fazia revisão tipográfica dos textos impressos, acabava deixando escapar erros apesar do máximo cuidado com que executava esse serviço; e, quando fazia tradução, às vezes errava no decimal, transformando, por exemplo, 300 em 3000. Erros como esses eram fatais em se tratando de manual de instruções de um aparelho. Eu tinha o cuidado de conferir com o original os trechos em que apareciam números, mas, mesmo assim, deixava escapar alguns erros. Não conseguia compreender como isso acontecia. Às vezes um número saía errado apesar de eu ter confrontado duas vezes com o original.
Fiquei tão transtornado com tudo isso que, mesmo fora do expediente de trabalho, estando em casa ou andando pela rua, as letras e os números dos artigos para revisão tipográfica não me saíam da cabeça. Comecei a duvidar de minhas faculdades visuais. Pensei que talvez estivesse ficando com os nervos abalados e tivesse uma espécie de alucinação ao ler números. Cheguei até a pensar que talvez Deus estivesse provocando isso em mim para mudar o rumo de miha vida, já que, continuando naquele estado, acabaria ficando impossibilitado de permanecer no emprego, quer eu quisesse, quer não.
No dia em que havia cometido erros no escritório, eu chegava em casa particularmente mal-humorado. Durante o jantar, esgotava a paciência de minha esposa, queixando-me do trabalho e dizendo que queria demitir-me da firma. Como era natural, sempre que eu começava a me queixar, minha esposa ficava aborrecida. Assim, o ambiente na hora do jantar ficava pesado e desagradável. Frequentemente, eu ficava com problemas gastrintestinais e isso aumentava ainda mais a minha irritação.
Eu já havia percebido que a causa fundamental daquela situação estava no meu desejo latente de fugir daquele trabalho que não me agradava. A prova disso era que minha angústia se aplacava e minha condição física começava a melhorar quando eu refletia que a maioria das pessoas não tem a sorte de se dedicar à profissão de que gosta realmente, e pensava, com serenidade e resignação: "Devo aceitar com boa vontade os mesmos sofrimentos da maioria das pessoas, pois assim é possível que o sofrimento acabe se revertendo em alegria". Porém, mesmo tendo percebido a verdadeira causa da situação em que me encontrava, eu não conseguia superar definitivamente o meu desejo de fuga, e continuava a cometer frequentes erros no trabalho de revisão.
Dentro de mim, ocorria uma batalha entre o pensamento de resignar-me à vida que estava levando e o anseio de sair daquela vida rotineira e lançar-me logo ao movimento em prol da salvação da humanidade. Frequentemente, o chefe da seção retinha os funcionários após o expediente e passava algum tempo contando histórias bobas ou piadas obscenas. Eu não queria desperdiçar meu tempo ouvindo essas tolices. Muitas vezes, havia pessoas doentes esperando-me em minha casa para receber orientação. Em vez de desperdiçar meu tempo ouvindo histórias bobas e piadas obscenas do chefe, eu queria ir logo para casa e ajudar aquelas pessoas. Por isso, eu sempre pedia licença e ia embora. Creio que isso irritava o chefe, pois, no dia seguinte, se constatasse algum erro no meu trabalho, ele me repreendia mais asperamente do que o usual.
O conflito de minha mente deve ter refletido na condição física de minha filha, pois, no final daquele ano, ela ficou muito doente. Tinha dor de garganta e febre muito alta. Não dei muita importância al fato, dizendo para mim mesmo: "A doença não tem existência real. Não passa de aspecto manifestado como reflexo da distorção da mente. Portanto, acaba desaparecendo naturalmente". Mas, mesmo decorrido alguns dias, minha filha continuava com febre alta, estava com o rosto inchado devido à inflamação das amígdalas e das parótidas, e dormia profundamente como se estivesse em coma. A febre passava dos 40 graus.
- Não precisamos tomar alguma providência? - perguntou minha esposa.
- Não há necessidade disso. A doença não tem existência real - disse eu.
- Mas nossa filha está mesmo doente, como estamos vendo.
- Isso não passa de reflexo da distorção da mente. Se quiser, tome as providências necessárias. Mas a doença extingue-se por si mesma quando desaparece naturalmente a distoção da mente.
Ante a minha aparente indiferença, minha esposa foi comprar uma cataplasma e aplicou-a no peito e no pescoço da criança. Eu continuava certo de que a cura ocorreria naturalmente.
Passaram-se mais alguns dias e chegou o sábado, sem que minha filha apresentasse sinais de melhora. Nesse dia, resolvi visitar o mestre Baiken Imai, que há cerca de dois meses vinha sofrendo com o agravamento de uma doença gástrica crônica. Devido à sobrecarga de serviço (eu trabalhava até na hora do almoço), ficara muito tempo sem poder visitá-lo. Somente quatro dias atrás tive a oportunidade de visitá-lo, aproveitando a hora do almoço. Naquele dia, fiz-lhe a mentalização para cura colocando as mãos sobre o seu abdômen, e o mestre ficara muito contente, dizendo que a dor havia desaparecido. No sábado, após o encerramento do expediente ao meio-dia, resolvi tornar a visitar o mestre Imai e fazer-lhe mais uma vez a mentalização para cura. Assim, pouco depois do meio-dia, tomei um trem elétrico, com destino à província de Hyogo, onde o mestre morava na época. Durante o trajeto refleti: "Por que será que deixo minha própria filha entregue ao tratamento material, dizendo à minha esposa que tomasse as medidas que julgar necessárias, e empenho-me em ministrar cura espiritual somente aos outros? Isso não está certo. Como pude ser tão indiferente com minha própria filha?". Meu coração se encheu de amor por minha filha e desejei, sinceramente, curá-la. De mãos postas, fiz mentalização para cura, durante algum tempo. Como era sábado, demorei-me bastante na casa do mestre Imai e voltei para casa no final da tarde. Assim que cheguei, minha esposa me disse:
- Aconteceu uma coisa estranha, esta tarde. Logo depois do almoço, quando estava colocando uma nova cataplasma no peito da Emiko, senti-me tomada por uma força estranha, e comecei a entoar freneticamente algo parecido com sutra budista ou oração xintoísta, colocando as mãos no peito e na garganta da Emiko. Não sei quanto tempo fiquei assim. Quando percebi, Emiko estava dormindo tranquila e profundamente, e a cataplasma que eu havia colocado em seu peito estava completamente ressecada. A febre havia cedido. Olhei para o relógio e vi que já eram três horas da tarde.
Fato surpreendente: a hora em que minha esposa ficara em estado de transe coincidia com a hora em que eu dirigira a mentalização de cura para minha filha, durante a viagem de trem. Foi assim que constatei, por minha própria experiência, que as mentalizações dirigidas a alguém são captadas também a distância. Arrependi-me de ter deixado minha esposa recorrer a tratamentos materiais como a aplicação de cataplasma, na tentativa de curar nossa filha, quando eu próprio podia tê-la curado com a mentalização. Pedi à minha esposa que retirasse imediatamente a cataplasma, e vi que a inflamação das amígdalas havia cedido completamente.
Isso aconteceu pouco antes de eu publicar o meu primeiro número da revista Seicho-No-Ie, e num dos números apresentei o caso acima citado, relatando: "Recentemente, aconteceu tal fato". Porém, dois anos depois, quando inseri o mesmo caso no livro A Verdade da Vida, esqueci-me de citar a data do ocorrido e repeti "Recentemente...". Devido a isso, muitos leitores pensam que, ainda hoje, que o fato ocorreu recentemente e indagam: "Professor, por que o senhor, pregando a inexistência da doença, aplicou cataplasma na sua filha?". Então, para evitar esse equívoco, passei a citar claramente a data do ocorrido.
O caso retrocitado levou-me à seguinte conclusão: como eu ainda tinha resquícios de ilusão na mente apesar de ter conhecido a Verdade e, deixando-me levar pela angústia devido ao descontentamento no local de trabalho, acabara provocando doença em minha filha como reflexo dessa atitude mental negativa, Deus conduziu as coisas de modo a fazer-me comprovar, por mim mesmo, o poder da mente. Primeiramente, Ele deixou que eu recorresse a tratamentos materiais para tentar curar minha filha, e depois deu-me a oportunidade de refletir melhor e fazer a mentalização para cura. Em outras palavras, Ele deu-me a oportunidade de ministrar, na mesma pessoa e na mesma doença, tanto o tratamento material como o tratamento pelo poder da mente, para que eu pudesse descobrir, pessoalmente, qual dos dois tem maior poder de cura. Aquela foi a última vez em que, na minha casa, se recorreu a tratamentos materiais contra doença. Contudo, isso não significa que a Seicho-No-Ie afirme ser absolutamente desnecessário o emprego de meios materiais para combater doenças. Somente a Vida possui a verdadeira força curativa, mas quem ainda não conseguiu descobrir em si mesmo a força curativa da Vida pode recorrer a tratamentos materiais. Isso é comparável ao fato de que, na falta de luz elétrica, podemos recorrer à luz de vela.
Levando em conta o caso acima narrado e diversos outros acontecimentos, pode-se dizer que o final daquele ano (1929) foi o encerramento da minha "antiga vida". Uma parente que morava em Osaka, viera nos visitar e, como ela manifestou o desejo de comprar novelos de lã, saímos todos juntos para fazer compras na cidade de Kobe. Quando voltamos, tivemos uma surpresa desagradável: um ladrão havia entrado em casa arrombando a porta e tinha levado praticamente tudo o que havia no guarda-roupa. Foi o segundo roubo que sofremos, depois do grande terremoto.
Sofrer um roubo, para muitas pessoas, é um indicente que, apesar de muito desagradável, não tem nenhum significado especial. Mas os dois roubos que sofri tiveram grande significado para mim, pelo seguinte motivo: eu havia decidido que passaria a publicar uma revista com mensagens da salvação da humanidade tendo como base o meu próprio despertar, quando minha economias atingissem um montante que me permitisse arcar com as despesas de publicação. Mas tanto o primeiro como o segundo roubo ocorreram quando eu mal tinha conseguido juntar dinheiro para as necessidades imediatas, como roupas e calçados. Então pensei: "Se as coisas continuarem assim, não sei quando etarei em condições de realizar aquilo que julgo ser minha missão. Talvez eu acaba morrendo sem poder cumprir minha missão na Terra". Nesse instante ouvi uma voz soar dentro da minha cabeça: - O momento é agora! - A voz, vindo de algum lugar desconhecido, prosseguiu:
- Comece agora mesmo a sua missão! Não há outro momento além do agora! No agora existe o infinito, existe a fonte inesgotável. Você pensa em iniciar o movimento de iluminação da humanidade quando tiver juntado algum dinheiro e quando dispuser de tempo e condição física para levar avante essa obra. Pois está errado! Este mundo é projeção da mente. No momento em que você tomar consciência da força infinita que existe dentro de si, passará a manifestar essa força. Você, na sua Imagem Verdadeira, é um ser divino e eterno, fotado de força infinita.
Contestei mentalmente:
- Mas isso só diz respeito à Imagem Verdadeira. No aspecto fenomênico não passo de um ser sem força e sem recursos.
- Já disse que você é dotado de força e de recursos.
- Quanto à Imagem Verdadeira, sim. Mas o meu eu fenomênico...
- O fenômeno não existe. Não se atenha àquilo que não existe. O que não existe simplesmente não existe. Saiba que existe unicamente a Imagem Verdadeira! Você é a Imagem Verdadeira, é Buda, é Cristo, é o infinito, a provisão inesgotável.
Aquela voz soava dentro de minha cabeça como uma rajada de granizos. Senti entorpecimento em todo o corpo. Ressurgiu em mim, com força poderosa, a conscientização de que no agora está a eternidade, e que desde o princípio sou um ser búdico, um ser divino, dotado de força infinita e sabedoria infinita.
Apesar de ter, anteriormente, recebido de Deus a revelação de que "o corpo carnal, a matéria, enfim, todas as coisas fenomênicas são originariamente inexistentes, e unicamente a Imagem Verdadeira é existência verdadeira", até aquele momento eu ainda não havia conseguido transcender o aspecto fenomênico: via meu corpo carnal e acreditava que esse homem carnal fosse eu; via minha figura esquálida e achava que eu fosse um homem fraco e doentio; via a pequena quantia que havia em minha carteira e julgava-me pobre. Mas estava equivocado. Compreendi que, na verdade, sou um ser cuja Vida é extensão da Grande Vida que preenche o Universo infinito. Compreendi que sou beneficiário da riqueza infinita que existe no Universo, sob as mais variadas formas - tais como fortunas pessoais de meus semelhantes, jazidas de minérios, etc. -, riqueza esta que circula livremente e flui para mim na quantidade necessária, no momento adequado. Esse meu despertar está ssim registrado no diário que escrevi na época:
Diante de Deus, o caminho abre-se por si mesmo. Todos se curvam perante Ele; até mesmo o terreno montanhoso torna-se plano - assim é a grande liberdade de Deus. Nós, que somos filhos de Deus e que herdamos os atributos do Pai, também devemos revelar a mesma liberdade. Alcançar o estado de grande liberdade é manifestar nosso amor ao Deus-Pai.
Deus não aceita como oferenda dos homens o sofrimento deles proveniente da perda de grande liberdade. Deus, sendo nosso Pai, alegra-Se quando alcançamos o estado de grande liberdade e manifestamos assim nossa semelhança com Ele.
Dores, desgraças, enfermidades, etc. não são coisas inevitáveis. Se deixarmos de nos ater ao mundo fenomênico e passarmos a observá-lo do alto do mundo da Imagem Verdadeira, constataremos que não só as dores, desgraças, enfermidades, etc., como também o próprio espírito, que procura evoluir e progredir lutando contra as dificuldades aparentemente inevitáveis, não são existências verdadeiras. Tanto este mundo como o mundo espiritual são manifestações fenomênicas, ou seja, são mundos onde tudo é projeção da mente. Portanto, mudando nossa mente, muda também nossa situação neste mundo ou no mundo espiritual. Os carmas são como meros rastros. Por isso, o homem verdadeiro não se deixa tolher pelos carmas, que não passam de seus rastros. Rastros são marcas deixadas por quem não está mais ali. Assim sendo, aquele que está manifestado como um ser preso aos "rastros" (carmas) não é o homem verdadeiro, mas sim a sombra do homem.
A partir desse momento, fiquei livre de todas as preocupações e aflições. Resolvi publicar sem demora o primeiro número da revista Seicho-No-Ie e comecei imediatamente a redigir as matérias. Apesar de ter ficado mais pobre do que antes devido ao roubo de que fora vítima, mudei-me para uma casa maior. Pude tomar essa decisão porque conscientizei-me de que, embora fosse pobre sob o aspecto fenomênico, na verdade era dono de riqueza ilimitada.
Com a publicação da revista Seicho-No-Ie, começaram a ocorrer fenômenos curiosos. Passaram a chegar cartas de agradecimento de pessoas que haviam se curado milagrosamente de doenças graves, pela simples leitura da aludida revista, e esta, já no quinto ou no sexto número, passou a ser considerada uma publicação sagrada. Mas, pensando bem, já que as pessoas se curavam só de ouvir de mim a Verdade para a qual eu havia despertado, era natural que os doentes se curassem lendo a revista que contém a mesma Verdade.
Decorrido um ano e meio, aumentaram os pedidos de pessoas que queriam adquirir todos os exemplares já publicados, desde o primeiro número. Mas eu não podia atender a esses pedidos, pois praticamente todos os exemplares publicados no primeiro ano estavam esgotados. Então, muitos pediram a reimpressão de todos os números do primeiro ano. Mas, como as matrizes não haviam sido convservadas, teria de ser feita a recomposição das mesmas. Já que era necessário fazer a recomposição, achei que seria melhor reunir de forma organizada, num só livro, os principais artigos de todos os números do primeiro ano, de modo que os leitores pudessem assimilar mais facilmente a Verdade, e com esse intuito passei a colocar em ordem as matérias.
Apos cerca de meio ano, gasto em trabalho de organização das matérias e na impressão, finalmente foi publicado o primeiro livro A Verdade da Vida encapado em couro. Com o lançamento desse livro, de conteúdo bem organizado, aumentou muito o número de cartas de agradecimento dos leitores que me informavam ter-se curado da doença pela leitura do aludido livro, certamente porque através dele a Verdade era mais facilmente assimilada do que pelos exemplares separados da revista Seicho-No-Ie. Eu, pessoalmente, não sei se a Seicho-No-Ie é, ou não, uma religião. Mas, como passaram a se suceder fatos milagrosos, em que as pessoas ficavam curadas de doenças graves ou libertavam-se das dificuldades e dos sofrimentos desta vida pela simples leitura de revistas e livros da Seicho-No-Ie, os que acreditavam que somente as religiões relizam milagres passaram a considerar a Seicho-No-Ie uma religião. Até mesmo os que eram contra a Seicho-No-Ie passaram a respeitá-la a seu modo, considerando-a "uma nova espécie de religião". Nem Sakyamuni nem Jesus Cristo pregaram a Verdade com o inuito de fundar uma religião. Como a revista por mim publicada (cujos artigos eu escrevia nas horas vagas) passou a operar milagres um atrás do outro, as pessoas começaram a dizer que a Seicho-No-Ie é uma religião.
Como já disse, eu não tive a intenção de fundar uma religião, mas posso afirmar o seguinte: se uma doutrina for capaz de provar concretamente a Verdade que ela prega, operando muitos milagres inexplicáveis do ponto de vista científico ou exercendo uma força positiva na vida das pessoas, e por isso as atrai naturalmente, então essa doutrina constitui uma religião viva e, portanto, verdadeira. Mesmo que não se faça nada para divulgá-la, tal doutrina faz com que as pessoas venham espontaneamente em torno dela, do mesmo modo que uma árvore generosa, que dá lindas flores e deliciosos frutos, atrai para si muita gente, embora continue sempre silenciosa, e assim acaba se formando, naturalmente, um caminho que conduz até ela.
Contudo, permanecia em mim o pensamento expresso no último verso da aludida poesia. Não achava que a minha missão fosse a de permanecer, até o fim, na vida rotineira de um simples assalariado. Sentia que um dia conseguiria tornar-me um pregador da salvação da humanidade com a atitude mental natural e simples como o florescer dos lírios do campo, e vivia acalentando esse ideal. Inevitavelmente, esse ideial conflitava com a vida oprimida de assalariado, e eu frequentemente sentia vontade de fugir daquele ambiente de serviço.
Esse desejo de fuga me impedia não só de conviver harmoniosamente com meus colegas de trabalho, como também de desempenhar bem as minhas funções. Cometia erros apesar de prestar muita atenção no que fazia. Era muito estranho, mas o fato é que, quando fazia revisão tipográfica dos textos impressos, acabava deixando escapar erros apesar do máximo cuidado com que executava esse serviço; e, quando fazia tradução, às vezes errava no decimal, transformando, por exemplo, 300 em 3000. Erros como esses eram fatais em se tratando de manual de instruções de um aparelho. Eu tinha o cuidado de conferir com o original os trechos em que apareciam números, mas, mesmo assim, deixava escapar alguns erros. Não conseguia compreender como isso acontecia. Às vezes um número saía errado apesar de eu ter confrontado duas vezes com o original.
Fiquei tão transtornado com tudo isso que, mesmo fora do expediente de trabalho, estando em casa ou andando pela rua, as letras e os números dos artigos para revisão tipográfica não me saíam da cabeça. Comecei a duvidar de minhas faculdades visuais. Pensei que talvez estivesse ficando com os nervos abalados e tivesse uma espécie de alucinação ao ler números. Cheguei até a pensar que talvez Deus estivesse provocando isso em mim para mudar o rumo de miha vida, já que, continuando naquele estado, acabaria ficando impossibilitado de permanecer no emprego, quer eu quisesse, quer não.
No dia em que havia cometido erros no escritório, eu chegava em casa particularmente mal-humorado. Durante o jantar, esgotava a paciência de minha esposa, queixando-me do trabalho e dizendo que queria demitir-me da firma. Como era natural, sempre que eu começava a me queixar, minha esposa ficava aborrecida. Assim, o ambiente na hora do jantar ficava pesado e desagradável. Frequentemente, eu ficava com problemas gastrintestinais e isso aumentava ainda mais a minha irritação.
Eu já havia percebido que a causa fundamental daquela situação estava no meu desejo latente de fugir daquele trabalho que não me agradava. A prova disso era que minha angústia se aplacava e minha condição física começava a melhorar quando eu refletia que a maioria das pessoas não tem a sorte de se dedicar à profissão de que gosta realmente, e pensava, com serenidade e resignação: "Devo aceitar com boa vontade os mesmos sofrimentos da maioria das pessoas, pois assim é possível que o sofrimento acabe se revertendo em alegria". Porém, mesmo tendo percebido a verdadeira causa da situação em que me encontrava, eu não conseguia superar definitivamente o meu desejo de fuga, e continuava a cometer frequentes erros no trabalho de revisão.
Dentro de mim, ocorria uma batalha entre o pensamento de resignar-me à vida que estava levando e o anseio de sair daquela vida rotineira e lançar-me logo ao movimento em prol da salvação da humanidade. Frequentemente, o chefe da seção retinha os funcionários após o expediente e passava algum tempo contando histórias bobas ou piadas obscenas. Eu não queria desperdiçar meu tempo ouvindo essas tolices. Muitas vezes, havia pessoas doentes esperando-me em minha casa para receber orientação. Em vez de desperdiçar meu tempo ouvindo histórias bobas e piadas obscenas do chefe, eu queria ir logo para casa e ajudar aquelas pessoas. Por isso, eu sempre pedia licença e ia embora. Creio que isso irritava o chefe, pois, no dia seguinte, se constatasse algum erro no meu trabalho, ele me repreendia mais asperamente do que o usual.
O conflito de minha mente deve ter refletido na condição física de minha filha, pois, no final daquele ano, ela ficou muito doente. Tinha dor de garganta e febre muito alta. Não dei muita importância al fato, dizendo para mim mesmo: "A doença não tem existência real. Não passa de aspecto manifestado como reflexo da distorção da mente. Portanto, acaba desaparecendo naturalmente". Mas, mesmo decorrido alguns dias, minha filha continuava com febre alta, estava com o rosto inchado devido à inflamação das amígdalas e das parótidas, e dormia profundamente como se estivesse em coma. A febre passava dos 40 graus.
- Não precisamos tomar alguma providência? - perguntou minha esposa.
- Não há necessidade disso. A doença não tem existência real - disse eu.
- Mas nossa filha está mesmo doente, como estamos vendo.
- Isso não passa de reflexo da distorção da mente. Se quiser, tome as providências necessárias. Mas a doença extingue-se por si mesma quando desaparece naturalmente a distoção da mente.
Ante a minha aparente indiferença, minha esposa foi comprar uma cataplasma e aplicou-a no peito e no pescoço da criança. Eu continuava certo de que a cura ocorreria naturalmente.
Passaram-se mais alguns dias e chegou o sábado, sem que minha filha apresentasse sinais de melhora. Nesse dia, resolvi visitar o mestre Baiken Imai, que há cerca de dois meses vinha sofrendo com o agravamento de uma doença gástrica crônica. Devido à sobrecarga de serviço (eu trabalhava até na hora do almoço), ficara muito tempo sem poder visitá-lo. Somente quatro dias atrás tive a oportunidade de visitá-lo, aproveitando a hora do almoço. Naquele dia, fiz-lhe a mentalização para cura colocando as mãos sobre o seu abdômen, e o mestre ficara muito contente, dizendo que a dor havia desaparecido. No sábado, após o encerramento do expediente ao meio-dia, resolvi tornar a visitar o mestre Imai e fazer-lhe mais uma vez a mentalização para cura. Assim, pouco depois do meio-dia, tomei um trem elétrico, com destino à província de Hyogo, onde o mestre morava na época. Durante o trajeto refleti: "Por que será que deixo minha própria filha entregue ao tratamento material, dizendo à minha esposa que tomasse as medidas que julgar necessárias, e empenho-me em ministrar cura espiritual somente aos outros? Isso não está certo. Como pude ser tão indiferente com minha própria filha?". Meu coração se encheu de amor por minha filha e desejei, sinceramente, curá-la. De mãos postas, fiz mentalização para cura, durante algum tempo. Como era sábado, demorei-me bastante na casa do mestre Imai e voltei para casa no final da tarde. Assim que cheguei, minha esposa me disse:
- Aconteceu uma coisa estranha, esta tarde. Logo depois do almoço, quando estava colocando uma nova cataplasma no peito da Emiko, senti-me tomada por uma força estranha, e comecei a entoar freneticamente algo parecido com sutra budista ou oração xintoísta, colocando as mãos no peito e na garganta da Emiko. Não sei quanto tempo fiquei assim. Quando percebi, Emiko estava dormindo tranquila e profundamente, e a cataplasma que eu havia colocado em seu peito estava completamente ressecada. A febre havia cedido. Olhei para o relógio e vi que já eram três horas da tarde.
Fato surpreendente: a hora em que minha esposa ficara em estado de transe coincidia com a hora em que eu dirigira a mentalização de cura para minha filha, durante a viagem de trem. Foi assim que constatei, por minha própria experiência, que as mentalizações dirigidas a alguém são captadas também a distância. Arrependi-me de ter deixado minha esposa recorrer a tratamentos materiais como a aplicação de cataplasma, na tentativa de curar nossa filha, quando eu próprio podia tê-la curado com a mentalização. Pedi à minha esposa que retirasse imediatamente a cataplasma, e vi que a inflamação das amígdalas havia cedido completamente.
Isso aconteceu pouco antes de eu publicar o meu primeiro número da revista Seicho-No-Ie, e num dos números apresentei o caso acima citado, relatando: "Recentemente, aconteceu tal fato". Porém, dois anos depois, quando inseri o mesmo caso no livro A Verdade da Vida, esqueci-me de citar a data do ocorrido e repeti "Recentemente...". Devido a isso, muitos leitores pensam que, ainda hoje, que o fato ocorreu recentemente e indagam: "Professor, por que o senhor, pregando a inexistência da doença, aplicou cataplasma na sua filha?". Então, para evitar esse equívoco, passei a citar claramente a data do ocorrido.
O caso retrocitado levou-me à seguinte conclusão: como eu ainda tinha resquícios de ilusão na mente apesar de ter conhecido a Verdade e, deixando-me levar pela angústia devido ao descontentamento no local de trabalho, acabara provocando doença em minha filha como reflexo dessa atitude mental negativa, Deus conduziu as coisas de modo a fazer-me comprovar, por mim mesmo, o poder da mente. Primeiramente, Ele deixou que eu recorresse a tratamentos materiais para tentar curar minha filha, e depois deu-me a oportunidade de refletir melhor e fazer a mentalização para cura. Em outras palavras, Ele deu-me a oportunidade de ministrar, na mesma pessoa e na mesma doença, tanto o tratamento material como o tratamento pelo poder da mente, para que eu pudesse descobrir, pessoalmente, qual dos dois tem maior poder de cura. Aquela foi a última vez em que, na minha casa, se recorreu a tratamentos materiais contra doença. Contudo, isso não significa que a Seicho-No-Ie afirme ser absolutamente desnecessário o emprego de meios materiais para combater doenças. Somente a Vida possui a verdadeira força curativa, mas quem ainda não conseguiu descobrir em si mesmo a força curativa da Vida pode recorrer a tratamentos materiais. Isso é comparável ao fato de que, na falta de luz elétrica, podemos recorrer à luz de vela.
Levando em conta o caso acima narrado e diversos outros acontecimentos, pode-se dizer que o final daquele ano (1929) foi o encerramento da minha "antiga vida". Uma parente que morava em Osaka, viera nos visitar e, como ela manifestou o desejo de comprar novelos de lã, saímos todos juntos para fazer compras na cidade de Kobe. Quando voltamos, tivemos uma surpresa desagradável: um ladrão havia entrado em casa arrombando a porta e tinha levado praticamente tudo o que havia no guarda-roupa. Foi o segundo roubo que sofremos, depois do grande terremoto.
Sofrer um roubo, para muitas pessoas, é um indicente que, apesar de muito desagradável, não tem nenhum significado especial. Mas os dois roubos que sofri tiveram grande significado para mim, pelo seguinte motivo: eu havia decidido que passaria a publicar uma revista com mensagens da salvação da humanidade tendo como base o meu próprio despertar, quando minha economias atingissem um montante que me permitisse arcar com as despesas de publicação. Mas tanto o primeiro como o segundo roubo ocorreram quando eu mal tinha conseguido juntar dinheiro para as necessidades imediatas, como roupas e calçados. Então pensei: "Se as coisas continuarem assim, não sei quando etarei em condições de realizar aquilo que julgo ser minha missão. Talvez eu acaba morrendo sem poder cumprir minha missão na Terra". Nesse instante ouvi uma voz soar dentro da minha cabeça: - O momento é agora! - A voz, vindo de algum lugar desconhecido, prosseguiu:
- Comece agora mesmo a sua missão! Não há outro momento além do agora! No agora existe o infinito, existe a fonte inesgotável. Você pensa em iniciar o movimento de iluminação da humanidade quando tiver juntado algum dinheiro e quando dispuser de tempo e condição física para levar avante essa obra. Pois está errado! Este mundo é projeção da mente. No momento em que você tomar consciência da força infinita que existe dentro de si, passará a manifestar essa força. Você, na sua Imagem Verdadeira, é um ser divino e eterno, fotado de força infinita.
Contestei mentalmente:
- Mas isso só diz respeito à Imagem Verdadeira. No aspecto fenomênico não passo de um ser sem força e sem recursos.
- Já disse que você é dotado de força e de recursos.
- Quanto à Imagem Verdadeira, sim. Mas o meu eu fenomênico...
- O fenômeno não existe. Não se atenha àquilo que não existe. O que não existe simplesmente não existe. Saiba que existe unicamente a Imagem Verdadeira! Você é a Imagem Verdadeira, é Buda, é Cristo, é o infinito, a provisão inesgotável.
Aquela voz soava dentro de minha cabeça como uma rajada de granizos. Senti entorpecimento em todo o corpo. Ressurgiu em mim, com força poderosa, a conscientização de que no agora está a eternidade, e que desde o princípio sou um ser búdico, um ser divino, dotado de força infinita e sabedoria infinita.
Apesar de ter, anteriormente, recebido de Deus a revelação de que "o corpo carnal, a matéria, enfim, todas as coisas fenomênicas são originariamente inexistentes, e unicamente a Imagem Verdadeira é existência verdadeira", até aquele momento eu ainda não havia conseguido transcender o aspecto fenomênico: via meu corpo carnal e acreditava que esse homem carnal fosse eu; via minha figura esquálida e achava que eu fosse um homem fraco e doentio; via a pequena quantia que havia em minha carteira e julgava-me pobre. Mas estava equivocado. Compreendi que, na verdade, sou um ser cuja Vida é extensão da Grande Vida que preenche o Universo infinito. Compreendi que sou beneficiário da riqueza infinita que existe no Universo, sob as mais variadas formas - tais como fortunas pessoais de meus semelhantes, jazidas de minérios, etc. -, riqueza esta que circula livremente e flui para mim na quantidade necessária, no momento adequado. Esse meu despertar está ssim registrado no diário que escrevi na época:
Diante de Deus, o caminho abre-se por si mesmo. Todos se curvam perante Ele; até mesmo o terreno montanhoso torna-se plano - assim é a grande liberdade de Deus. Nós, que somos filhos de Deus e que herdamos os atributos do Pai, também devemos revelar a mesma liberdade. Alcançar o estado de grande liberdade é manifestar nosso amor ao Deus-Pai.
Deus não aceita como oferenda dos homens o sofrimento deles proveniente da perda de grande liberdade. Deus, sendo nosso Pai, alegra-Se quando alcançamos o estado de grande liberdade e manifestamos assim nossa semelhança com Ele.
Dores, desgraças, enfermidades, etc. não são coisas inevitáveis. Se deixarmos de nos ater ao mundo fenomênico e passarmos a observá-lo do alto do mundo da Imagem Verdadeira, constataremos que não só as dores, desgraças, enfermidades, etc., como também o próprio espírito, que procura evoluir e progredir lutando contra as dificuldades aparentemente inevitáveis, não são existências verdadeiras. Tanto este mundo como o mundo espiritual são manifestações fenomênicas, ou seja, são mundos onde tudo é projeção da mente. Portanto, mudando nossa mente, muda também nossa situação neste mundo ou no mundo espiritual. Os carmas são como meros rastros. Por isso, o homem verdadeiro não se deixa tolher pelos carmas, que não passam de seus rastros. Rastros são marcas deixadas por quem não está mais ali. Assim sendo, aquele que está manifestado como um ser preso aos "rastros" (carmas) não é o homem verdadeiro, mas sim a sombra do homem.
A partir desse momento, fiquei livre de todas as preocupações e aflições. Resolvi publicar sem demora o primeiro número da revista Seicho-No-Ie e comecei imediatamente a redigir as matérias. Apesar de ter ficado mais pobre do que antes devido ao roubo de que fora vítima, mudei-me para uma casa maior. Pude tomar essa decisão porque conscientizei-me de que, embora fosse pobre sob o aspecto fenomênico, na verdade era dono de riqueza ilimitada.
Com a publicação da revista Seicho-No-Ie, começaram a ocorrer fenômenos curiosos. Passaram a chegar cartas de agradecimento de pessoas que haviam se curado milagrosamente de doenças graves, pela simples leitura da aludida revista, e esta, já no quinto ou no sexto número, passou a ser considerada uma publicação sagrada. Mas, pensando bem, já que as pessoas se curavam só de ouvir de mim a Verdade para a qual eu havia despertado, era natural que os doentes se curassem lendo a revista que contém a mesma Verdade.
Decorrido um ano e meio, aumentaram os pedidos de pessoas que queriam adquirir todos os exemplares já publicados, desde o primeiro número. Mas eu não podia atender a esses pedidos, pois praticamente todos os exemplares publicados no primeiro ano estavam esgotados. Então, muitos pediram a reimpressão de todos os números do primeiro ano. Mas, como as matrizes não haviam sido convservadas, teria de ser feita a recomposição das mesmas. Já que era necessário fazer a recomposição, achei que seria melhor reunir de forma organizada, num só livro, os principais artigos de todos os números do primeiro ano, de modo que os leitores pudessem assimilar mais facilmente a Verdade, e com esse intuito passei a colocar em ordem as matérias.
Apos cerca de meio ano, gasto em trabalho de organização das matérias e na impressão, finalmente foi publicado o primeiro livro A Verdade da Vida encapado em couro. Com o lançamento desse livro, de conteúdo bem organizado, aumentou muito o número de cartas de agradecimento dos leitores que me informavam ter-se curado da doença pela leitura do aludido livro, certamente porque através dele a Verdade era mais facilmente assimilada do que pelos exemplares separados da revista Seicho-No-Ie. Eu, pessoalmente, não sei se a Seicho-No-Ie é, ou não, uma religião. Mas, como passaram a se suceder fatos milagrosos, em que as pessoas ficavam curadas de doenças graves ou libertavam-se das dificuldades e dos sofrimentos desta vida pela simples leitura de revistas e livros da Seicho-No-Ie, os que acreditavam que somente as religiões relizam milagres passaram a considerar a Seicho-No-Ie uma religião. Até mesmo os que eram contra a Seicho-No-Ie passaram a respeitá-la a seu modo, considerando-a "uma nova espécie de religião". Nem Sakyamuni nem Jesus Cristo pregaram a Verdade com o inuito de fundar uma religião. Como a revista por mim publicada (cujos artigos eu escrevia nas horas vagas) passou a operar milagres um atrás do outro, as pessoas começaram a dizer que a Seicho-No-Ie é uma religião.
Como já disse, eu não tive a intenção de fundar uma religião, mas posso afirmar o seguinte: se uma doutrina for capaz de provar concretamente a Verdade que ela prega, operando muitos milagres inexplicáveis do ponto de vista científico ou exercendo uma força positiva na vida das pessoas, e por isso as atrai naturalmente, então essa doutrina constitui uma religião viva e, portanto, verdadeira. Mesmo que não se faça nada para divulgá-la, tal doutrina faz com que as pessoas venham espontaneamente em torno dela, do mesmo modo que uma árvore generosa, que dá lindas flores e deliciosos frutos, atrai para si muita gente, embora continue sempre silenciosa, e assim acaba se formando, naturalmente, um caminho que conduz até ela.
(Do livro "A Verdade da Vida, vol. 20", pgs. 177 à 190)
Um comentário:
Reforço o pensamento de Masaharu Taniguchi: se uma doutrina for capaz de provar concretamente a Verdade que ela prega, operando muitos milagres inexplicáveis do ponto de vista científico ou exercendo uma força positiva na vida das pessoas, e por isso as atrai naturalmente, então essa doutrina constitui uma religião viva e, portanto, verdadeira.
Também me lembro das palavras de Cristo: Pelos frutos podemos conhecer se a árvore é boa ou não.
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