Masaharu Taniguchi
Certa vez, o monge zen Takuan e Yagyu Tajimanokami (mestre da esgrima) conversaram sobre o segredo do zen e da esgrima, quando de repente começou a chover forte.
Nessa hora o monge Takuan disse a Yagyu Tajimanokami:
- Você conseguiria caminhar neste jardim sem se molhar nesta chuva torrencial, usando sua habilidade no manejo da espada?
- Creio que conseguiria.
Dizendo isso, Tajimanokami se levantou, arregaçou as barras do hakama, prendeu as mangas do quimono com o cordão da espada e lançou-se na chuva torrencial brandindo a espada.
Tajimanokami deu uma volta no amplo jardim, manejando rapidamente a espada para dispersar a água da chuva, retornou sem se molhar.
-Como se vê, a espada consegue até dispersar uma chuva torrencial - disse orgulhoso, olhando o quimono que não se molhara.
O monge Takuan examinou o quimono de Tajimanokami de cima para baixo, de baixo para cima e, achando uma gota na extremidade da manga, disse:
-Tajimanokami, aqui está molhado. Mas agora vou andar neste jardim sem me molhar.
Quando Takuan saiu para fora, a chuva estava mais forte ainda. O monge sentou-se numa grande rocha no jardim e ficou a meditar com o semblante sereno e olhos fechados. Parecia dizer que os olhos da mente não enxergavam a chuva.
Permaneceu meditando por uns momentos, levantou-se e retornou molhado da cabeça aos pés. Do seu quimono gotejava água sem parar, mas, mesmo assim, disse calmamente:
-Veja, (EU) não estou nem um pouco molhado.
Nessa hora o monge Takuan disse a Yagyu Tajimanokami:
- Você conseguiria caminhar neste jardim sem se molhar nesta chuva torrencial, usando sua habilidade no manejo da espada?
- Creio que conseguiria.
Dizendo isso, Tajimanokami se levantou, arregaçou as barras do hakama, prendeu as mangas do quimono com o cordão da espada e lançou-se na chuva torrencial brandindo a espada.
Tajimanokami deu uma volta no amplo jardim, manejando rapidamente a espada para dispersar a água da chuva, retornou sem se molhar.
-Como se vê, a espada consegue até dispersar uma chuva torrencial - disse orgulhoso, olhando o quimono que não se molhara.
O monge Takuan examinou o quimono de Tajimanokami de cima para baixo, de baixo para cima e, achando uma gota na extremidade da manga, disse:
-Tajimanokami, aqui está molhado. Mas agora vou andar neste jardim sem me molhar.
Quando Takuan saiu para fora, a chuva estava mais forte ainda. O monge sentou-se numa grande rocha no jardim e ficou a meditar com o semblante sereno e olhos fechados. Parecia dizer que os olhos da mente não enxergavam a chuva.
Permaneceu meditando por uns momentos, levantou-se e retornou molhado da cabeça aos pés. Do seu quimono gotejava água sem parar, mas, mesmo assim, disse calmamente:
-Veja, (EU) não estou nem um pouco molhado.
(Do livro "A Verdade, vol.3", p.256)
Um comentário:
ótimo. muito bom. Obrigado.
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