"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

sábado, maio 18, 2013

Resultados obtidos a partir do correto Desapego à Matéria - 5/5


Masaharu Taniguchi

 
Outro dia, o sr. Tobita, residente em Yokohama, compareceu à reunião da Seicho-No-Ie e contou um caso curioso. Sua irmã foi salva pela Seicho-No-Ie e se tornou adepta fervorosa. Passou a divulgar os ensinamentos a todos os seus parentes e conhecidos, oferecendo-lhes a revista Seicho-No-Ie ou pregando sermões. Tendo uma parente que mora longe e está acamada há muito tempo, foi visitá-la com o intuito de permanecer na casa dela por três dias. Chegando lá, expôs à enferma os ensinamentos da Seicho-No-Ie: "O homem é filho de Deus. A doença não existe. As pessoas, quando adoecem, recorrem desesperadas a médicos e remédios. Entretanto, os remédios são substâncias materiais sem vida. Na matéria não existe força para curar a doença". Justamente nesse momento o filho da enferma chegou com os remédios que acabara de comprar. O ambiente ficou tenso, pois a visitante estava pregando a inutilidade dos remédios. O moço não gostou e reagiu violentamente: "Estou fazendo todo o possível para curar minha mãe, e vem você dizer que todo o meu esforço é inútil! Com apenas um sermão quer inutilizar tudo que fiz até hoje e ganhar a confiança de minha mãe?". Assim gritando, atirou os vidros de remédio diante dela. Ela fora com sincero desejo de curar a parente e no entanto foi agredida devido a uma mal-entendido. Isso a deixou profundamente magoada. Nessa noite, ela pousou na casa deles, mas não conseguiu dormir. Passou a noite inteira se remoendo. Na manhã seguinte, ao se levantar, notou que o dorso da mão direita estava inchado, formando uma saliência com hemorragia interna. Vendo isso, ela se lembrou de que há sete anos sofrera contusão exatamente naquela parte da mão. A alteração mental fez com que a mesma lesão reaparecesse depois de sete anos. Ela passara a noite inteira curtindo a mágoa, e na manhã seguinte essa dor interior se materializou em forma de lesão idêntica à que sofrera sete anos antes. Nesse instante, ela refletiu: "Aprendi na Seicho-No-Ie que o corpo carnal é projeção da mente. Realmente esta inflamação foi causada por minha mente. Aprendi também que não devo ficar obstinada em nada, nem em fazer o bem. Quando a mente fica obstinada em fazer algo, até um bem se transforma em mal. Eu estava obstinada em salvar essa enferma, perdendo minha flexibilidade mental. Eu errei". Ela percebeu seu erro e começou a massagear levemente a parte inchada, pedindo perdão mentalmente. Então, a mão desinchou rapidamente, ficando apenas um tênue hematoma. No mesmo dia regressou a Yokohama e mostrou a mão ao sr. Tobita, seu irmão. Este também se lembrou da contusão que ela sofrera naquela mão há sete anos e perguntou: "Mana, você feriu essa mão há sete anos, e como é que o hematoma reapareceu agora?". Ela explicou que passara a noite toda se remoendo e que seu ressentimento se materializara, provocando essa hemorragia interna. Disse que o corpo é realmente projeção da mente e que estava impressionada com a veracidade dos ensinamentos da Seicho-No-Ie. Este é o teor do que o sr. Tobita contou na referida reunião.

Este relato mostra de modo claro que a mente pode provocar hemorragia interna. Logo, é inegável que a mente tem muito a ver com a hemorragia pulmonar. Ignorando a mente, não se pode curar verdadeiramente a hemorragia pulmonar nem outra doença qualquer. Mostra-no eloquentemente o caso de asma do sr. Ishibashi e também o caso narrado pelo sr. Tobita, ou seja, ressurgimento de hematoma após sete anos, pela ação da mente.

Para finalizar esta palestra, citarei o caso de uma pessoa que se curou instantaneamente de hemorragia interna. É um caso narrado pelo sr. Ki-iti Furuya, que trabalha no laboratório de anatomia patológica da Faculdade de Medicina da Universidade Keiô.

Certo dia, o sr. Furuya foi mordido no pé por um cachorro. Por precaução começou a tomar vacina contra raiva. Parece-me que essa vacina, para ser eficaz, precisa ser aplicada durante dezoito dias consecultivos. Acontece que, no 13º dia, ele teve uma febre que chegou a quarenta graus. Assustado, consultou um médico amigo, o qual desconfiou que fosse tifo. o sr. Furuya foi internado na ala de isolamento e submetido a vários exames, mas não foi detectado nenhum agente causador de tifo. Nessa época, estranhamente, suas pernas ficaram adormecidas, e essa dormência começou a subir pelo corpo, chegou ao tórax, atingiu os braços e, quando chegou ao pescoço, ele perdeu os sentidos. Acordou após uma semana, mas parecia-lhe que havia dormido no máximo dois dias. Depois disso, a dormência começou a ceder, como se abaixasse o nível de água de uma garrafa. Esse processo foi tão lento que levou vários anos para que o nível de dormência abaixasse até a metade do tórax. E, quando chegou a esse ponto, estagnou. Obviamente, a parte inferior do corpo continuou adormecida. Certo dia, ele recebeu a visita do sr. Nirô Hattori, que levou os volumes 5 e 6 da coleção A Verdade da Vida e falou sobre os ensinamentos da Seicho-No-Ie. Na primeira visita, o sr. Furuya não conseguiu se equilibrar sentado. Mesmo que alguém o colocasse nessa posição na cama, ele caía. Porém, na terceira vez em que o sr. Hattori o visitou e falou sobre a Verdade, ele conseguiu ficar sentado e sua sensibilidade voltou um pouco, até o nível da boca do estômago. O sr. Furuya ficou exultante. Entretanto, a melhora estagnou nesse ponto. Então ele foi trazido à minha presença e perguntou porque a melhora não prosseguia apesar de ter lido várias vezes aqueles volumes da coleção A Verdade da Vida. Perguntei-lhe: "Suas pernas estão vivas, não estão? E não têm sensibilidade?". Ele respondeu "Vivas elas estão, mas não têm tato nem sentem nada" e prosseguiu: "Cientificamente, a paralisia das pernas é causada por problema na medula espinhal". Eu lhe disse o seguinte: "A espinha é formada de vértebras sobrepostas uma em cima da outra, como contas de um rosário e está ligada ao cérebro, que é a parte mais alta e importante do corpo humano. Você diz que suas pernas não param em pé devido a problema na medula que fica dentro da espinha. Saiba que a espinha e o cérebro representam a ascendência, isto é, antepassados. Por outro lado, as pernas param em pé quando se apoiam no solo, que também representam os antepassados. Logo, o fato de você não parar em pé significa que têm problema com seus antepassados. Acho que você não está orando devidamente e cultivando sentimento de gratidão para com seus antepassados. Ofereça a leitura da sutra sagrada Chuva de Néctar da Verdade a seus antepassados com bastante dedicação". Prosseguindo a conversa, ele me contou que se casara contrariando a vontade dos pais e praticamente havia rompido as relações com eles, isto é, com a família que lhe dera origem. "Aí está o problema. "Você precisa cultuar os antepassados de sua família de origem, pedir perdão e orar a eles lendo a sutra sagrada" - este foi o conselho que lhe dei. O sr. Furuya, com docilidade rara num cientista, procedeu exatamente conforme meus conselhos. Consequentemente, por incrível que pareça, suas pernas recobraram a sensibilidade e o movimento. Ele, que estava internado, disse a si mesmo: "Hoje deixo este hospital. Na próxima vez que voltar aqui, virei andando a pé". E, no caminho de volta para sua casa, passou na Sede da Seicho-No-Ie para me agradecer. Isso foi há pouco tempo.

Além da dormência, ele tinha outro problema nas pernas: por ter ficado vários anos com as pernas estivadas, havia se formado gordura atrás dos joelhos, o que impedia a articulação. Entretanto, essa gordura desapareceu sem que ele percebesse, e agora ele consegue dobrar facilmente os joelhos, razão pela qual estava sobremaneira contente.

Atualmente, na Faculdade de Medicina da Universidade Keiô, muitos médicos estão lendo A Verdade da Vida por indicação do sr. Furuya. Ele tem um amigo que é especialista em patologia. Esse médico também conheceu a Seicho-No-Ie por intermédio do sr. Furuya. Certo dia, ele caiu de um lugar alto e sofreu forte contusão na coxa. Devido à hemorragia interna, toda a parte lateral da coxa ficou coberta de hematomas. O volume que ele estava lendo explicava de modo muito claro que o corpo carnal é projeção da mente. Ele compreendeu que a lesão que recebera na coxa era também projeção de sua mente. Até então, pensava que tal lesão fosse curada por fatores externos, mas compreendeu que não era assim. Entendeu que a lesão externa também é projeção da mente. Nesse momento, sentiu vontade de examinar os hematomas de sua coxa e, ao fazê-lo, teve uma surpresa: não havia nem sinal de hematoma! A pele, que até minutos antes estava coberta de manchas roxeadas, agora estava limpa, perfeita.

Essa é uma experiência que um médico vivenciou em seu próprio corpo, com grande espanto. Ele guardou silêncio a respeito, pois seus colegas médicos não iriam compreender. Entretanto, contou ao sr. Furuya, dizendo: "Você é capaz de compreender essa cura instantânea de hemorragia interna".

Obviamente, o sangue acumulado no hematoma é absorvido pelo organismo, mas o processo é lento. A absorção quase instantânea é considerada um milagre pelos médicos. Isso pode ser chamado de milagre, mas do ponto de vista da Seicho-No-Ie, não é nenhum milagre. Quando se pensa que o corpo carnal é uma existência sólida, a absorção do sangue extravasado se processa lentamente, pois passa por uma série de operações físicas. Porém, quando se compreende que o corpo carnal é uma sombra, uma imagem projetada, a cura se processa no momento em que se troca o "filme mental". Portanto, não há nada de estranho nesse fato. O importante é compreender que a matéria não existe verdadeiramente, que o corpo carnal é sombra da mente, que o mundo material é projeção da mente, que a situação do sr. Ishibashi era manifestação de sua mente, que a paralisia do sr. Furuya também era produto da mente e que a hemorragia interna do patologista também era projeção da sua mente. Ao compreendermos isto, tornamo-nos capazes de mudar livremente nosso ambiente e nosso corpo, que pareciam existências materiais imodificáveis.

Termino aqui esta palestra, pois já me prolonguei demais.


(Do livro "A Verdade da Vida, vol. 27", pgs. 82 à 88)
 

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