"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)
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quinta-feira, outubro 17, 2013

O Universo conspira a seu favor


  

 
– Quão limitado é o nosso conceito de Deus, se pensamos ter o poder de influencia-Lo a fazer para nós aquilo que Ele já não esteja fazendo; e quão finita deve ser a nossa compreensão de Deus quando nos dirigimos a Ele com nossos desejos egoicos ou quando nos aproximamos d'Ele com a pretensão de obter o que quer que seja – exceto pedir por luz, graça e sabedoria, além do entendimento acerca de Seus caminhos, Suas leis, Sua vida. Ao orarmos, devemos liberar Deus de qualquer obrigação pessoal para conosco, com a consciência de que estamos confiando na sabedoria d'Aquele que criou o Universo e tudo faz para sustenta-lo e governa-lo. Quando é assim, não mais tentamos canalizar Deus na direção de nossos desejos pessoais. Deus não irá mudar os Seus caminhos a fim de nos atender ou beneficiar – nós é que devemos nos modificar em relação à Deus. Nós não podemos fazer  Deus se adequar à nossa desobediência e ignorância, mas podemos nos tornar obedientes e espiritualmente sábios. Que possamos abrir mão de nossas tentativas de usar Deus, assim como das eventuais expectativas de que Deus fará as nossas vontades ou realizará os nossos desejos, e assumamos o seguinte: "Pai, seja feita não a minha vontade, mas que a Sua vontade se cumpra em mim. Eu não peço que Vós atenda aos meus desejos, às minhas esperanças ou às minhas ambições; e sim que eu possa realizar a Sua vontade, a Sua graça, Seus caminhos. Liberta-me, ó Pai, de todos os desejos, esperanças, vontades, e planos. Faz com que eu seja obediente aos planos que tens para mim. Mostra-me claramente o caminho que eu devo seguir, e eu prometo seguir a luz conforme ela me seja mostrada." - Joel S. Goldsmith

– Quando oramos a Deus por nós mesmos ou por nossos próximos, é certo que pensamos conhecer melhor do que Deus quais são as nossas necessidades ou as necessidades de nossos vizinhos; mais do que isso, acreditamos  ter o amor de querer que o nosso semelhante tenha suprida todas as suas necessidades, mas que Deus não tenha o conhecimento nem amor para supri-lo. Contudo, no lugar mais recôndito de nosso coração, sabemos que essa não é verdade. Deus não é servo do homem, e Deus não age de acordo com o pensamento dos homens de como as coisas deveriam ser ou funcionar. Abandonemos, pois, as nossas tentativas de dizer a Deus quais bênçãos ele deveria conceder ou quando as deveria conceder, e descansemos na confiança de que a Sua graça é a nossa suficiência. Soltemo-nos, pois, no ritmo de Deus a fim de que possamos nos tornar integrados ao ritmo deste universo. - Joel S. Goldsmith

– Não precisamos procurar Deus. Só precisamos saber que Ele está conosco e que jamais irá nos abandonar: podemos descansar nessa Palavra. Se não o fizermos, estaremos cerrando as cortinas da janela e saindo em seguida à procura de luz! O Reino de Deus está dentro de vocês. Por que procurar mais? Aceitem que "Eu e o Pai somos um só, aqui e agora, e o lugar onde me encontro é solo sagrado." Se a nossa mente estiver serena, em vez de buscar, de investigar ou de mentalizar, nós podemos ouvir o que Deus tem a dizer. E não duvidem de que Deus tem coisas infinitamente mais interessantes a dizer a nós do que nós a Ele! Pratiquem a consciência da Onipresença até que obtenham uma completa percepção dela. Em vez de procurar Deus, reconheçam: "O pai está comigo; não onde eu O procuro, mas dentro de mim. Quando? Agora, agora que O reconheço, pois é Onipresente, sempre presente. Obrigado, Pai. Tu estás aqui!". - Joel S. Goldsmith
 
 Nossa união consciente com Deus constitui a nossa unidade com cada ser e ideias espirituais. Isso significa que somos todos um e, na medida em que amarmos o nosso semelhante como a nós mesmos e agirmos para com ele do mesmo modo que gostaríamos que agissem para conosco, nesse exato grau estaremos acionando e colocando em ação a lei espiritual. É grande a responsabilidade do estudante espiritual, ninguém possui tanta responsabilidade quanto aqueles que trilham o caminho místico. Conhecer a Verdade, seguir princípios espirituais – semear no espírito, ao invés de na carne –, apenas isso é que poderá proporcionar a nossa regeneração, ressureição, renovação e, finalmente, a nossa ascensão para além de toda a materialidade. Pela palavra semear entendemos "estar conscientes de". Em tal estado elevado de consciência, até mesmo a lei cármica cessa de operar em nossas experiências; pois, em decorrência do reconhecimento de que jamais somos o agente/fazedor, mas unicamente Deus é que opera/age através de nós, a lei do carma é simplesmente nulificada. - Joel S. Goldsmith




sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Realidade e aparência

Mesmo sendo visível a todas as pessoas que o sol nasce e se põe, esse fato não significa uma realidade absoluta, uma vez que o próprio sol nada sabe a respeito de ele estar "surgindo" e se "ocultando". Dessa forma, o nascer e o pôr-do-sol nada mais é do que uma verdade relativa.

Da mesma forma, somente após a ciência provar que a religião estava errada em acreditar que a Terra era plana e que o Sol girava em torno da Terra, foi que percebeu-se que aquela era uma realidade relativa e não absoluta.

Precisamos analisar também a questão do pecado e da doença (que parecem existir, contudo são somente verdades relativas e não absolutas), exemplificando cientificamente o que é realidade relativa e realidade absoluta. Assim sendo, segundo uma linguagem metafísica:



Textos de Joel S. Goldsmith


"Dizer que o pecado e a doença são irreais não significa que eles não existam, ou que não se manifestem. Não significa que não há algo que aparece como pecado ou doença, mas significa que essa aparência não tem nenhuma das qualidades da realidade.

O significado da palavra “irrealidade”, neste sentido, não é a definição comumente aceita da palavra. Ela é usada aqui como é usada em filosofia. A palavra “realidade”, neste sentido, significa aquilo que é permanente, aquilo que é eterno, aquilo que é infinito, aquilo que sempre é e sempre será. Neste sentido da palavra, você entenderia instantaneamente a natureza irreal da doença. Houve um tempo no qual a doença não existiu, e haverá um tempo no qual ela não existirá. A doença não é real, porque não tem nenhuma essência para mantê-la ou sustentá-la. Ela existe só num sentido finito, num sentido falso, da mesma forma que duas vezes dois igual a cinco existe – não como realidade, não como uma entidade ou identidade, mas como uma aparência, uma crença ou uma ilusão ou como um sentido falso de matemática.

Isto é de importância vital para nós, porque o mundo inteiro está tentando se livrar do pecado e da doença como se fossem realidades, como se eles tivessem uma existência real. O clero está tentando curar pecadores e remover o pecado. O mundo médico está tentando eliminar a doença, e muitas vezes se sai bem. Mas este não é o nosso trabalho, nem o nosso mundo: “Meu reino não é deste mundo” (João 18:36). Se nós, como metafísicos, abordarmos o assunto do pecado e da doença como se eles existissem como realidade, e como se esperassem que fizéssemos alguma coisa quanto a eles, ou usássemos algum poder ou força para removê-los, estaríamos no mesmo nível de consciência que o mundo material ou mental. Agora, lembre-se que o trabalho espiritual não está nesse nível. Você encontrará no livro Spiritual Interpretation of Scripture e em outros escritos do “Caminho Infinito” uma exposição completa da natureza do erro e, especialmente, da natureza da crença material e mental tão diversas da realidade espiritual." (Joel S. Goldsmith – “As Palavras do Mestre”)


"A medicina alivia as dores, mas não traz uma saúde verdadeira. Devemos extrair um poder maior daquele que é encontrado no corpo ou nos pensamentos humanos, que nos dê a felicidade, a harmonia e a paz que são direitos nossos de nascença. Tal poder está disponível para todos, pois ele já faz parte do nosso ser – na verdade, é a parte maior do nosso ser. Como um iceberg, que mostra apenas uma parte de si fora da água, assim os poderes humanos do corpo e da mente não representam senão uma parcela de nossos poderes e faculdades." (Joel S. Goldsmith – “O Caminho Infinito")

"O que ajuda é chegar a uma percepção real da irrealidade do erro e perceber o por que de ele ser irreal, perceber o que é que o torna irreal. Ele é irreal porque EM SI MESMO E POR SI MESMO nunca foi nada. O treinamento se inicia pela nossa reação diante dele – não ao fazer algo pelo erro, mas ao desenvolver nossa reação diante dele até podermos olhá-lo e dizer: “Obrigado, Sombra!”. Tudo isso nos leva ao ponto no qual não há nenhuma resistência mental ao erro. Por essa razão, esse trabalho diverge totalmente de muitos ensinamentos metafísicos. Estamos evoluindo para o ponto de não-reistência ao erro.

Quando chegamos a este ponto do pensamento, no qual não começamos a negar a sombra, mas onde conhecemos a irrealidade de todas as formas de pecado, doença e morte, e sabemos que eles, em si e por si mesmos, não têm poder e não podem fazer nada a ninguém, a não ser no grau de nossa reação diante deles, chegamos ao Cristo.

Supunhamos, por exemplo, que você vê um diamante e, ao olhá-lo, você o toma por uma imitação. No entanto, durante todo o tempo ele é um diamante. Onde está a imitação? Em nenhum lugar; não há nenhuma imitação. O que você está chamando de imitação representa um conceito finito ou falso de um diamante perfeito. Você aceita o seu conceito da imitação como verdade, até que um avaliador de diamante avalia a pedra e confirma que é um diamante. O que acontece com a sua imitação? Nunca houve uma imitação; a pedra existe agora é a mesma que sempre existiu – um diamante. Sua imitação desapareceu. Mas, de onde ela desapareceu, já que nunca teve qualquer existência? Não havia realmente nada para desaparecer, já que nunca houve uma imitação; a única existência da imitação foi como uma crença ou um sentido falso." (Joel S. Goldsmith – “As Palavras do Mestre”)


Embora muitos ainda não tenham compreendido também os textos do sábio filósofo Nietzsche, ele denomina de “erro da razão e equívoco intelectual”, a realidade aparente (crenças) que o ser humano encara como sendo uma realidade absoluta.

Além da realidade relativa comum resultante da ilusão de óptica, há também a realidade relativa ou aparente que a mente humana criou no passado através de crenças e superstições, que hoje acreditamos tratar de uma realidade definitiva e absoluta. Estas crenças não ficam somente no imaginário, elas se externalizam como realidade através das ações humanas e da expressão de nossa consciência imbuída ou repleta de tais crenças.
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* Texto extraído do site "Único poder".

segunda-feira, abril 06, 2020

Todo o poder está na Consciência - 1/2

Filme Joel S. Goldsmith, O Homem e sua Mensagem – Caminho Infinito
- Joel S. Goldsmith - 

O objetivo de "O Camnho Infinito" é levar-nos a experimentar o desdobramento da atividade de Deus como consciência individual. Trata-se de uma revelação dentro de teu próprio ser, de algo que ocorre dentro de ti.

O Reino de Deus está dentro de ti. Na verdade, tu és a individualização, de tudo o que Deus é: "Filho, tudo o que é meu é teu" (Lc, 15:31).

O Trabalho de "O Caminho Infinito" consiste em revelar o Infinito Invisível dentro de ti, dentro da parte exterior a que chamamos de ser humano e que, na realidade, não é ser humano, e, sim, um ser divino. O mundo interpreta o cenário da vida humana em termos humanos. Mas o que aparece no mundo como se fosse um ser humano, isto é, como 'tu', como 'eu', receberá, das profundezas de seu ser, mediante este trabalho, a revelação da sua verdadeira natureza.

A revelação que emana deste trabalho não é como a que se faz de um intelecto para a outro intelecto. É a divina Consciência revelando-Se como ser individual. Para os homens, as coisas de Deus são tolice, mas "se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça" (Mc, 7:16). Que esta mensagem se afirme e se firme na tua consciência; que estas palavras circulem na tua consciência até que possas captar a visão interna do que se contém nestas linhas. Então a mensagem será tua. E poderás transmití-la, não com as minhas palavras, com a minha linguagem, ou usando o relato das minhas experiências; será a tua própria revelação desta mesma verdade.

Em metafísica, não se pode ir muito longe ensinando apenas a letra da verdade. O verdadeiro ensinamento consiste na revelação da consciência interna. Se eu te transmitir algo que apenas ouvi, ou li, ou memorizei, isso não encontrará eco em ti. Se o ensinamento não tiver se tornado minha própria consciência, não poderás assimilá-lo. A única verdade que receberás na tua consciência, lendo este livro/texto, será aquela que for parte viva de meu ser. Perceberás a chama dessa verdade, e ela deitará raiz dentro de ti.

Infelizmente, na prática da metafísica se fazem aos pacientes muitas afirmações cujas verdades não foi demonstrada nem se tornou parte viva da consciência do curador.

Não há verdade mais profunda que a declarada nesta afirmação: "O erro não existe"O universo mortal deveria entrar totalmente em colapso quando se declarasse essa verdade, mas apesar do número de vezes que ela tem sido afirmada, o mundo continua sempre do mesmo velho modo. Por que? Porque a verdade desta afirmação não se tornou ideia incorporada à consciência e absorvida por ela.

O curador espiritual poderá dizer ao paciente: "Não existe senão uma vida, e essa vida é Deus. Isto que estás vendo é sugestão, não é real, não faz parte do teu ser." Quando o curador tem convicção e consciência desta verdade, muitas vezes o erro - a doença, o pecado, ou a carência - desaparece sem que ele precise fazer afirmações. Entretanto, se o curador estiver simplesmente a repetir o que viu, o que leu, ou alguma coisa de que se recorde, apenas desejando e esperando que isto seja verdade, então suas afirmações não terão poder algum.

As coisas de Deus são tolice, para os homens, e assim também os assuntos dos homens são tolices para Deus. Procura lembrar-te disto quando fores tentado a levar qualquer dos teus problemas a Deus. Pensar que Deus cure um corpo enfermo, ou que solucione determinado problema de desemprego, ou que faça com que seja eleito o teu candidato favorito, é tolice. Os assuntos humanos, os relativos a este sonho de Adão - este sonho de existência material de toda a humanidade - são desconhecidos de Deus. Isto é o que torna possível a cura. A doença não tem existência real: é desconhecida de Deus. É por isto que a doença e a aflição, ao se chocarem com a consciência que conhece esta verdade, inevitavelmente se rendem pela impotência própria da sua nulidade.

Lembra-te sempre de que, no mundo espiritual, ensinar e aprender são coisas espirituais. Entra na tua consciência e ora a Deus. Roga a Deus que te seja revelado o teu mestre e o conhecimento que ele deve impartir. Ora assim: "Pai, conduz-me a ele; conduz-me ao mestre; conduz-me ao meu mestre".

O objetivo e consequência da prática dos ensinamentos do Caminho Infinito é a expansão das atividades da tua Alma, o desenvolvimento das faculdades a Alma do teu próprio ser. Precisas escolher um instrutor espiritual com muito mais cuidado do que o que terias na escolha de um professor na esfera dos conhecimentos humanos. Para aqueles que transmitem conhecimentos espirituais, o ensino é um ministério sagrado. Um instrutor deve viver de tal maneira na consciência de Deus, que possa tornar-se capaz de impartir realidades divinas. Isso só poderá ser fruto de um estado de consciência de quem pratica e vive esta verdade. Nada é mais sagrado do que o ensino espiritual. Nada existe que mais contribua para elevar-te acima o senso de vida mortal, material, que o ensino espiritual correto.

Sê, pois, guiado pelo Espírito! Faze desta busca de um mestre um rito sagrado! Quando receberes alguma instrução, ou a encontrares em algum livro, senta-te silencioso e medita durante algum tempo: dá-lhe oportunidade de trabalhar dentro de ti.
Cont...

TEMPLO DOS ILUMINADOS!: Consciência x Mente (Joel S. Goldsmith)

terça-feira, junho 17, 2014

Deus: A Substância de Toda a Forma – Introdução



A partir de agora vamos dar início ao estudo de uma série de textos do Caminho Infinito. Hoje, dia 17 de junho de 2014, é o aniversário de 50 anos desde que Joel Solomon Goldsmith completou sua missão de vir à Terra e legar ao mundo um profundo e poderoso ensinamento espiritual capaz de despertar e elevar a consciência ser humano às alturas da Consciência Una, a Consciência Crística. Portanto, essa série que está se iniciando é uma homenagem, reverência e agradecimento ao grande Homem, Instrutor, Mestre, Iluminado, Curador, Místico, Metafísico, que foi Joel Goldsmith. Ele é, sem dúvidas, um dos Mestres mais queridos, essenciais e importantes apresentados neste blog.

Há tempos que sinto falta da presença dos ensinamentos do Caminho Infinito aqui no blog. Isso ocorreu devido ao fato de a maioria dos materiais em português já terem sido disponibilizados neste site, restando apenas alguns poucos ensinamentos a serem compartilhados. Todavia, recentemente tive a alegria de receber em mãos o livro de Goldsmith entitulado "DEUS: A SUBSTÂNCIA DE TODA A FORMA", livro que até hoje estava disponível somente em inglês. E este livro chegou em minhas mãos em português, e sem jamais ter sido publicado por qualquer editora! Não existe disponível no mercado. Mas esse é o tipo de coisa que acontece quando ficamos sintonizados/conectados na energia de um ensinamento verdadeiramente divino. O Universo faz manifestar! Deus "aparece como". No caso, Deus (substância espiritual) apareceu como livro (forma materializada). Por isso, considerei esse acontecimento um grande presente de Deus para mim, para o blog, e para os leitores do blog – principalmente para aqueles que são sintonizados com os ensinamentos do Caminho Infinito.

O livro que está para ser apresentado é essencial para os que, como eu, são estudantes do Caminho Infinito. Nele, Goldsmith, passo a passo, e muito inspiradamente, aborda princípios vitais do Caminho Infinito, sem os quais o estudante dificilmente sai do nível do intelecto para se elevar em direção àquilo que ele chama de conscientização/experiência da Presença de Deus. O livro pega desde os aspectos mais simples e básicos até o ponto mais alto/elevado do ensinamento, o que gera muito proveito para o estudante. A mensagem espiritual de Goldsmith, que é totalmente fundamentada na Escritura Bíblica, está inteiramente voltada para o despertar de uma consciência de unicidade, em total sintonia e harmonia com a profunda sabedoria do Oriente, tais como a filosofia Budista, Zen, Advaita e ensinamentos védicos. Uma vez que o ser humano entre em contato com essa Consciência Divina, e tenha a experiência da Presença de Deus, então começará a ter domínio sobre sua vida e seu universo – que nada mais são do que expressões de sua própria consciência.

Esta série de Goldsmith será acompanhada de uma outra. Após a exposição deste livro, iniciaremos o estudo de um outro, um brilhante livro metafísico, escrito por Dárcio Dezolt, inteiramente voltado para a assimilaçãoprática dos princípios espirituais explanados nos ensinos de Goldsmith. A apresentação de ambos os livros tornará este um trabalho muito especial. As duas séries se complementam, apresentando extraordinário alinhamento e sintonia entre si, otimizando ao máximo o progresso/sucesso do leitor na interiorização e realização do ensinamento. Essas duas séries foram escolhidas em decorrência de inspiração ou orientação interna, que acato e sigo. Ambas serão publicadas em homenagem a Joel S. Goldsmith e ao Caminho Infinito. Portanto, mais uma vez, durante um longo tempo, este blog se ocupará em expor e aprofundar o ensinamento de um único autor – desta vez, o de Joel Goldsmith.

Os ensinamentos do Caminho Infinito constituem expressão da Verdade Suprema, última! É um poderoso ensinamento iluminado, que Deus enviou ao mundo, para que a humanidade se eleve em percepção, consciência, amor, sabedoria, bondade, realização! Unicidade com Deus! Por isso, valerá todo o trabalho e o esforço! Este também é um trabalho oferecido em agradecimento a Deus.

Deus revela a Verdade àqueles que têm um desejo profundo, ardente e sincero – e que se empenham em conhecê-La.

Desejo a todos bons estudos e bom proveito!


domingo, fevereiro 28, 2010

Explanações sobre o Caminho Infinito - (fim)

Pergunta:

"Uma das mais libertadoras experiências que podem ocorrer a uma pessoa é quando ela apreende o sentido de: "ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém." (Salmos 24;1). O conhecimento dessa verdade eliminará o equívoco generalizado a respeito da questão de dízimos..." (Joel S. Goldsmith)

"Só alguns nascem com o instinto espiritual de desejar dar e, como dar não ocorre naturalmente à maioria das pessoas, deve-se ensinar a toda criança não apenas os Dez Mandamentos, mas também que é mais abençoado dar do que receber. Ser obediente aos dez mandamentos não é, porém, de maneira alguma viver a vida espiritual. A retidão do estudante espiritual deve ultrapassar a lei e ser uma realização interior..." (Joel S. Goldsmith)

Questiono sobre o dízimo, aqui. Afinal, como surgiu a imposição do dízimo?! À luz da realização interior, o que vem a ser o dízimo?





Resposta:

A questão do dízimo está relacionada com a lei do "dar e receberás". É uma lei mental que rege não só o mundo fenomênico, mas todo o Universo. Não apenas o Joel Goldsmith, como também os outros grandes instrutores espirituais do mundo, recomenda que vivamos mais pela ação de doar/de dar do que receber. Deus é o Grande doador do Universo, Ele nada quer para si, senão doar completamente o próprio Ser que ele é. Se não fosse assim, não seria válida a verdade pregada pelo Caminho Infinito de que "o nosso ser é Deus", que "Tudo o que é do Pai, é nosso". Isso só é possível porque Deus é o eterno Doador. Somos a "Imagem e semelhança de Deus", por isso, quando alcançamos o verdadeiro modo de viver, passamos a despreocupar mais com relação a nós, e começamos a cuidar mais do "outro". Passamos a amar! Os espiritualmente iluminados sabem que não precisam preocupar-se em cuidarem de si mesmos. Lao-Tsé escreve no Tao Te Ching: "O Sábio não se preocupa com a sua salvação, e por isso a encontra". Ao conhecermos verdadeiramente a Deus, passamos a saber que somos seus filhos, e que somos amados pelo Pai, infinitamente, em todos os sentidos. Não precisamos preocuparmo-nos em cuidar de nós. O Pai se encarregará de fazê-lo. Não precisamos nos preocupar em "receber", "obter" ou "conquistar"... a sabedoria espiritual revela que temos dentro de nós o infinito. "Todas as coisas do Pai são nossas". Podemos viver doando, compartilhando, levando sempre mais e mais o outro em consideração, de modo a vivificá-lo cada vez mais. Isso é viver o amor. Viver o amor significa "abdicar de si mesmo em prol/em benefício do outro". Mas o estranho é que, quanto mais abdicamos de nós mesmos em favor do outro, quanto mais nos doamos - e quanto mais vivificamos o outro -, mais recebemos, mais somos vivificados e maior é a nossa vida. Quando "abrimos mão" de nossa vida, mais vida recebemos! Essa é a lei do "dar e receberás". Não é só uma lei mental. A lei do "Dar", porque diz respeito ao amor, atua em todos os âmbitos: material, mental e espiritual.

E o dízimo está ligado a questão do "dá e receberás". Oferecer o dízimo a Deus não significa ter que tratar com dinheiro. Quem não tem dinheiro, pode oferecer o dízimo a Deus de outras formas, inúmeras - doar uma palavra, um pouco de atenção, ou mesmo um sorriso... tudo isso constitui formas de amar, de doar, de "contribuir" com os nossos "10%". E o que importa não são os atos que praticamos, e sim nossa disposição/vontade/intenção de praticá-los. Quem sorri a uma pessoa apenas superficialmente (com a boca), não está praticando o dízimo. O sorriso deve ser feito com uma intenção sincera. Essa intenção sincera é o que conta. Ela é aquilo que nós estamos oferecendo a Deus. Não estamos oferecendo a Deus dinheiro, um sorriso, uma palavra ou qualquer outra coisa. Estamos oferencendo a Ele o nosso amor, a nossa "intenção sincera de amar". Essa "intenção sincera de amar" é a alma de tudo o que fazemos, e por isso pode assumir a forma de uma caridade, de uma atenção ou de um gesto. Quando essas coisas são praticadas sem a alma, elas se tornam atividades "vazias", então mesmo que você doe grande soma de dinheiro, não terá praticado o dízimo. Como Deus é Amor, Ele vive Sua Vida para "os outros". Se atingirmos o estado de consciência no qual somos "filhos de Deus", feitos à Imagem e semelhança do Pai", nossa vida será vivida da mesma forma que Deus vive a Sua vida. Não precisamos de nada, já temos tudo - só o que nos resta a fazer, então, é fazer o amor circular: distribuindo, compartilhando, amando. Deus ama a tudo e a todos, porque tudo e todos são UM com Ele. Deus vive para todos os seus filhos, porque Ele é a vida de cada um dos filhos que ele tem. Por isso, Deus se doa por inteiro, doa todo o Ser que ele é. Por isso, tudo o que Deus é, nós somos. Por isso, tudo o que Deus tem, nós temos. Porque somos UM. Se Deus é Deus, nós também somos, porque nesse instante recebemos de Deus todo o Ser que Ele próprio é. Não há maior dizimista do que o Pai, que tudo nos doa.

Para finalizar, transcrevo as palavras de Joel Goldsmith acerca do dízimo, nas quais ele explica que o dízimo visa transcender nossas tendências egoístas e egóicas e estabelecer um relacionamento entre nós e o Todo, um relacionamento impessoal, imparcial e universal:

"Depois de algum tempo, em nosso caminho espiritual, devemos começar com uma quantia de cinco ou dez por cento de nossa renda e aprender a gastá-la num sentido universal; aprender a gastá-la em algo que não traga benefício para nós mesmos ou para nossa família - algo que seja universal: para a educação ou para a religião, ou para os filhos daqueles que não podem dar o que eles precisam, ou para os órfãos ou para os idosos. Deve ser por alguma razão impessoal e imparcial. Mais cedo ou mais tarde, ao fazermos isto com cinco ou dez por cento de nossa renda, nos encontraremos fazendo isso com quinze ou vinte por cento. Há pessoas que estão dando oitenta por cento de sua renda para algum propósito impessoal e universal, e ainda estão encontrando o suficiente para eles mesmos e suas famílias.

O amor humano nos instigaria a pegar tudo o que temos e a gastar com as pessoas que amamos. O amor universal nos permite começar, pelo menos num grau pequeno, a ser impessoais e imparciais com o nosso dinheiro. Assim, dizemos que esta riqueza não é nossa, que ela é de Deus e, porque é de Deus, pertence ao mundo, pertence ao mundo dos filhos de Deus.

O amor espiritual nos mostra como ser impessoal e imparcial em nosso amor. Ele nos mostra como a chuva de Deus cai sobre o justo e o injusto. Ele nos mostra como a impessoalidade da palavra de Deus é expressa. Ele nos mostra por que podemos curar os pecadores tão bem como os santos, e que, às vezes, é mais fácil curar pecadores do que santos, porque o santo, via de regra, representa um alto grau de egoísmo. O amor espiritual é muito diferente do amor humano. O amor espiritual transcende o amor humano; todavia, o amor espiritual se manifesta no amor humano. É um mistério e um paradoxo (...)"


"Deus não concede ao homem o Espírito por medida. O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou nas suas mãos." (João 4;34-35)

sexta-feira, dezembro 27, 2013

"Eu Vim"

 
Joel S. Goldsmith / Núcleo
 
Se disser que Deus é onisciência, onipotência e onipresença, ou que Jesus é onisciência, onipotência e onipresença, não fará nenhuma diferença, pois estará considerando Deus e Jesus separadamente do “Eu” que você é.
 
Quando considerar que “Eu  o Pai somos um”, sabendo que este “Eu” é onisciência, onipotência, onipresença, você, nesta UNIDADE, será infinito. Nesta UNIDADE, o “Eu” de seu Ser será imortalidade. E poderá verificar a diferença que se fará notar em sua vida diária.
 
A cada reconhecimento do “Eu”, você estará demonstrando a presença de Deus. Feche os olhos; volte-se internamente em atitude de “escuta”: Deus Se revelará. Deus revelará Sua Presença em seu âmago; mas será você quem Lhe deverá abrir caminho; terá de esvaziar recipientes já cheios; terá de entrar no silêncio sem quaisquer conceitos.
 
Pensar que Jesus, ou algum místico, “falava de si mesmo”, ao revelar o “Eu”, é enorme erro. Quando o Mestre disse “Eu”, referia-se àquele “Eu” que está em seu Centro, o que dava sentido a uma das maiores passagens das Escrituras: “Eu vim para que tenham vida, e que a tenham com abundância”. Se você lembrar que esta passagem está se referindo ao “Eu” que está em seu Centro, nunca mais temerá por sua vida, por seu suprimento, por sua felicidade ou por sua segurança. Para este “Eu”, em seu interior, é que você deverá olhar, e para nenhum outro. Deixe o divino “Eu” viver sua vida, vivendo conscientemente no “Eu” de seu próprio íntimo, no “Eu” que você declara ter vindo para que você tenha vida infinita, abundante e eternamente. (Joel S. Goldsmith)
 

Comentário (Núcleo):
 
A mensagem contida neste texto é profunda!
 
Goldsmith usa a palavra "centro"... No Núcleo dizemos: "Vá para o núcleo!"
 
"Ir para o núcleo" significa exatamente ir para este "centro" que está em nós, que Jesus chamou de "Reino de Deus", no qual percebemos que "Eu e o Pai somos Um". Este centro de percepção nos proporciona a percepção do Eu. 
 
Permita-me revelar um detalhe sutil.... O que nenhum "personagem" percebe é que quando aparentemente nos dirigimos a este núcleo ou centro de percepção, a este Eu, em realidade é o próprio Eu que está se dirigindo, se revelando a nós! Isto não é possível perceber do ponto de vista do próprio personagem, porque parece ser ele quem se dirige ao Ser... mas é o próprio Ser Quem Se revela! O "personagem" que estamos sendo não tem vida em si mesmo e nada pode fazer se o próprio Ser não o fizer! É Deus, o Ser Real, o Cristo, Quem Vive em nós! Por isso o apóstolo e divino personagem que teve esta percepção ou revelação disse: "Vivo, mas já não sou eu Quem vive; é Cristo Quem vive em mim."
 
A revelação compartilhada no Núcleo de que "Não há percepção sem ação" traz em si esse detalhe sutil, mas poucos se dão conta e perguntam seguidamente: Como faço para ativar esta percepção? A resposta é a própria percepção! E está contida nesta revelação de que "não há percepção sem ação".

O que deve ser percebido é: "Perceba Quem percebe em você!". Para ter a percepção do Ser e perceber como o Ser percebe é preciso ser como o Ser É. Por isso Jesus ora para que sejamos todos perfeitos em Unidade - "Eu neles e Tu em mim para que sejam perfeitos em unidade". Assim, para ter a percepção do Ser e perceber como o Ser percebe é preciso "ser UM com Deus". Esta unidade com o Ser, do ponto de vista do personagem, se realiza pela ação! Por isso é revelado que não há percepção sem ação. Desta forma, é "amando" que percebemos que Deus é Amor; é "sendo verdadeiros " que percebemos que Deus é a Verdade; é "vivendo em comunhão com Deus" que percebemos que Deus é a própria Vida. É preciso notar que esta ação de que estamos falando não é necessariamente um "fazer", mas um "estado de ser". Podemos "amar" sem mesmo estarmos fazendo algo; mas o amor nos leva a agir de determinada forma; Podemos "ser verdadeiros" sem mesmo estarmos fazendo algo, mas isto nos leva a agir de determinada forma; Podemos "viver em comunhão com Deus" sem mesmo estarmos fazendo algo, mas a vida em comunhão com Deus nos leva a agir de determinada forma. Jesus nos dá o exemplo de um ser que aparentemente não age – uma árvore –, e nos faz ver que pelos seus frutos a árvore é conhecida! Assim, a árvore também "age". Em verdade é a Vida de Deus quem Se manifesta, quem age, pela árvore! E no tempo devido ela produz seus frutos ou seus frutos podem ser conhecidos. Toda a natureza manifesta este tipo de ação, que é a própria ação de Quem faz. É o Ser subjacente a tudo Quem verdadeiramente está agindo, é Ele Quem faz. Por isso Jesus declara: "Eu de mim nada posso; o Pai em mim é Quem realiza as obras."
 
Agir pra perceber Quem faz é algo semelhante a nos voltar em direção a luz... Percebemos a luz vindo em nossa direção [percepção] quando nos voltamos em direção à luz [ação]. Somente quando nossa ação é voltada para a Luz divina, Deus, é que percebemos que em realidade é Deus Quem está "vindo" a nós!
     
É dito que: "Não há percepção em ação." Esta ação parte da percepção de que há uma luz divina vindo a nós. Por isso aquele que percebe Deus deve agir e se voltar para Deus para ativar, firmar ou confirmar esta percepção! Caso contrário esta percepção ficará apenas como algo pressuposto, algo em que acreditamos mas que não temos evidência. É algo como perceber a claridade e olhar para a sombra. A fonte de luz não será vista e será apenas pressuposta por estarmos voltados para a sombra que ela projeta... Essa é a percepção dos que acreditam que Deus existe, mas que de fato não o percebem; esta é a percepção mental. Outra é a visão dos que se voltam para Deus que percebem que veem porque é a própria Luz de Deus que se projeta neles que os faz ver! 
 
Assim, é o próprio Eu "projetado" em nós Quem nos faz vê-lo! Contudo, essa "projeção" do Eu em nós depende de estarmos voltados para este Eu em nós. Por isso a oração de Jesus é: Eu neles e Tu em  mim. "Eu neles" significa que nosso foco de atenção deve estar "voltado para" o Cristo em nós! Ou seja, deve estar focado no Cristo que Vive em nós. O Cristo em nós está voltado para o Eu, para o Pai, ou seja, a percepção crística em nós está sempre voltada para Deus mas se não estivermos voltados para ela, se estivermos voltados para as nossas mentes, focados em nossa visão e certezas mentais, não veremos a Realidade de Deus; veremos apenas a "representação", que é a realidade vista pela mente.
 
Sempre que um personagem desperto – Aquele que percebe a Realidade –, dá este esclarecimento, ele está projetando essa luz sobre a humanidade e sabe Quem de fato é a Fonte dessa Luz. O personagem desperto não é quem projeta a luz mas é um dos que a refletem... e em assim o fazendo dá oportunidade para que todos possam fazer o mesmo, que possam refletir a luz que incide sobre todos. A luz divina já está incidindo sobre todos! E isto pode ser percebido por todos. 
 
Todos os que olham para um mestre, e percebem que ele de fato se trata de um mestre, só o fazem porque a percepção do mestre já está desperta e ativa neles! Estes são os que estão voltados ou focados na percepção do mestre que está neles
 
Poderia ser dito: Todos os que olham para um buda e percebem que se trata de um buda só o fazem porque a percepção do buda já está desperta e ativa neles! São os que estão voltados ou focados na percepção do buda que está neles. 
 
A propósito, a expressão "divinos personagens", que é usada no Núcleo, tem como base a percepção de que apenas Deus é Real. A "realidade" vista pela mente é uma representação, nela nada é real, a não ser como representação mesmo, assim como um personagem de quadrinhos é real na realidade dos quadrinhos. Somos "seres conscienciais", vivemos na Consciência de Deus; somos todos Imagem e Semelhança de Deus, como está na linguagem bíblica; somos todos seres búdicos, como revela o budismo.             
 
Enfim, o texto "Eu Vim" fala da percepção que emerge em nós vinda do centro... Todos os textos sagrados falam desta percepção. Esta percepção não nos faz sair do mundo, mas nos torna conscientes de qual é nosso verdadeiro mundo... Nosso verdadeiro mundo não é a representação, mas a Realidade divina. Jesus disse: "Eu desse mundo não sou, vós também não sois."  E disse também: "Eu vim para que tenha Vida e Vida em abundância." A vida dos personagens não é a Vida do Ator, que é o Ser Real. Da mesma forma, nossa Vida não é a vida de "quem estamos sendo", dos "personagens", mas sim, a Vida de Quem Somos! Somos o Ser, o Eu verdadeiro. Isto é o que é percebido quando emerge em nós, quando "vem a nós" Aquele que já veio, que já É; o Cristo que disse: "Eu Vim"!
  
Assim seja percebido por todos, pois, assim É.
 
É o que percebo, desfruto e compartilho.

 

sexta-feira, setembro 28, 2018

Meditação pelos problemas do mundo

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- Lorraine Sinkler -


Após diversas experiências da onipresença através de Joel realizando curas e proteção. 

Joel imaginou grupos de pessoas em todo o mundo que se dedicariam a períodos específicos do dia para a realização do Cristo em conexão com os problemas do mundo. 

Havia um forte anseio dentro dele de introduzir essa ideia em maior escala para mais pessoas, e em várias ocasiões diferentes ele sentiu que estava pronto para começar este trabalho. 

De fato, já em 1950 Joel escreveu, me pedindo para fazer parte de tal grupo para continuar o trabalho diário para realizar a atividade do Cristo nos assuntos mundiais. 

Mas foi só em janeiro de 1956 que ele começou a trabalhar com um pequeno grupo de estudantes no Havaí nessa linha. 

Então, nas aulas de março daquele ano em Nova York, cerca de vinte e cinco pessoas foram convidadas a se reunir com Joel enquanto ele apresentava essa nova fase do trabalho para eles. 

"Ele enfatizou o princípio do sigilo e salientou muito claramente que nunca haveria qualquer glória pessoal ligada ao trabalho porque ninguém saberia que estava acontecendo". 

Mais tarde, Joel convidou todos aqueles que estavam interessados ​​em se dedicar ao trabalho mundial para participar: 

Você está disposto a ser contado entre aquelas pessoas dedicadas e consagradas que se elevaram acima do egoísmo e que pensam em termos de universalidade e não de personalidade? 

Você está disposto a dar períodos de meditação todos os dias para a dissolução do sentido material que mantém o mundo em cativeiro? 

O Cristo está escondido dentro de você, mas você deve liberar esse Cristo no mundo. 

Esteja disposto a sentar no silêncio até que você tenha um sentimento consciente de que Deus está no campo. Então o Cristo está funcionando. 

Depois de ter alcançado a consciência do Cristo, perceba que este Cristo está dissolvendo os erros desse sentido material que dissolve o mundo - e que essa compreensão do Cristo está abrindo a consciência humana para uma receptividade à Verdade. 

Só para fazer a afirmação de que a consciência humana está sendo aberta para a verdade é uma perda de tempo, mas ter percebido o Cristo e depois saber que essa realização do Cristo está operando na consciência humana para torná-lo receptivo à Verdade será eficaz. 

Nesta meditação você não está criticando ou condenando ninguém. 

Você não está julgando se o sentido material está operando neste ou naquele. 

Você está percebendo que onde quer que o sentido material levante sua cabeça, este Cristo realizado está dissipando isto...

Dê três períodos de cada 24hs para o mundo. Esta é sua contribuição para a liberdade mundial. 

Portanto, três vezes a cada dia abra um caminho para o Espírito do Senhor Deus que está em você para escapar ao mundo. 

Deixe o seu período de meditação apenas ser apenas para o propósito de sentir uma consciência da presença de Deus. 

Quando isso for alcançado, esse é o fim desse período de meditação para o mundo. 

Em sua segunda meditação dedicada à liberdade do mundo, novamente alcance a consciência da presença de Deus e perceba que essa percepção do Cristo está dissipando o sentido material na consciência humana. 

Comece sua terceira meditação novamente com a realização do Cristo, e então reconheça que essa realização do Cristo está dissipando o sentido material e abrindo a consciência humana para uma receptividade à Verdade. 

Este é o seu presente para o mundo - pouco para dar pelo inestimável presente que você recebeu. 

O mundo não é uma agregação de muitos seres humanos, cada um vivendo sua própria vida separada e à parte de todas as outras. 

Cada um sofre no grau em que o mundo sofre. Não é possível estar neste mundo, embora não o façamos e não conheçamos os sofrimentos da humanidade. 

Como disse Joel: "Estamos no mundo e, embora vivamos num sentido de maior segurança e maior paz do que o mundo, no entanto, estamos em uma dívida para com o mundo... e estamos tentando contribuir com algo a fim superar esses problemas". 

Essa atividade de meditação diária em todo o mundo foi a resposta de Joel aos males que ele viu no mundo e a única maneira pela qual ele sentiu que poderiam ser remediados. 

Através da realização do Cristo, aqui um e outro alguém seria levantado, que surgiria com uma solução para algum problema que incomoda o mundo. Apareceria de uma maneira normal e natural, mas o ímpeto para aquela atividade, para aquela nova ideia ou novo líder, viria desta atividade espiritual do Cristo que estava sendo liberado no mundo por esses trabalhadores silenciosos e desconhecidos. 

Aqueles que foram criados para cumprir um propósito nos assuntos mundiais, sem dúvida, nunca saberiam a fonte da impulsão que os ativou. 

As questões diante do mundo e a perturbação do mundo de hoje como: desonestidade na política e nos negócios, ignorância no cristianismo, falta de moral nas relações humanas - não podem ser resolvidas pelos meios atualmente utilizados. 

Nenhuma quantidade de exposição, punição ou pregação irá melhorar os pensamentos ou atos: de homens e mulheres. Não será moralizando, não será prometendo recompensa, que irá influenciar a condução da trilha no caminho. 

Somente quando a alma do homem é tocada pela Luz espiritual, os valores morais são liberados em expressão. 

Apenas quando ideais espirituais tomam posse do indivíduo, ele pode ser a saída para a expressão de ideias de integridade. 

Quando a iluminação interior ocorre, a paz exterior e a harmonia são manifestadas nos pensamentos e atos da humanidade. 

Moralidade, integridade e retidão não são do corpo ou da mente, mas são qualidades da Alma e aparecem como pensamentos, soluções e ideias de homens e mulheres. 

A Alma é tocada pela Luz divina de duas maneiras: 

Através da preparação na consciência do indivíduo através de séculos de desenvolvimento; 

Através do toque de uma pessoa já iluminada; 

À medida que os iluminados de todas as épocas tocam os sentidos obscurecidos do homem e despertam uma centelha, essas centelhas no tempo inflam as chamas da Luz, e assim o trabalho é levado adiante na consciência humana até aquele Dia, profetizado há muito tempo, quando o Reino dos Céus estará estabelecido na Terra. 

Neste Dia, a paz, a alegria e a prosperidade serão a experiência natural de todos ao longo do tempo. 

Por fim, Joel não estava otimista sobre o futuro imediato do mundo com todos os seus problemas, mas sua visão de longo alcance era otimista. Ele sabia que o mundo teria que passar por alguns momentos difíceis, pois os males que agora são desenfreados no mundo estavam sendo destruídos. 

Tudo isso é um prelúdio para aquele glorioso Dia em que o homem não mais viverá pela força ou pelo poder, mas pelo gentil Espírito de Cristo. 

Que o Cristo, que é a pedrinha na mão de Davi matando Golias, a pedra esculpida da montanha sem o uso de mãos humanas, quando se perceber, revelará a impotência do poder temporal e a glória do único Poder de quem reinado não haverá fim. 

Um novo mundo pode se tornar uma experiência universal apenas quando as correntes que atam os homens são quebradas. 

E quais são essas cadeias que mantêm o mundo em cativeiro? 

É algum inimigo da liberdade na forma de uma ditadura implacável? uma ideologia? uma guerra de desastres econômicos ou o flagelo da doença? 

Ditadura após ditadura tiveram seus dias. Ideologias vieram e se foram. Depressões ocorreram em uma espécie de ciclo recorrente, apenas para serem seguidas por períodos de grande prosperidade. 

Assim como a paz após a guerra foi apenas uma trégua precária, certas doenças causaram sua devastação, e depois foram encontradas curas para elas, às vezes abrindo caminho para doenças novas e ainda mais mortais. 

Todas essas fases da escravidão humana foram superadas muitas vezes apenas a fim de serem substituídas por novas formas. 

E assim continuará até que um Novo Elemento seja introduzido na consciência humana, o qual dissolverá o desejo de poder, a ganância e o medo que constituem a consciência humana atualmente. Esse Novo Elemento pode ser chamado por muitos nomes: a Presença de dentro realizada, o Messias predito de Eras, o Cristo de cujo reino não haverá fim. O nome não é importante. O que Ele realmente é, é uma realização absoluta e convicção de um Poder que não conhece opostos e nenhuma oposição. 

Com a sua vinda, as primeiras coisas são passadas ", e eis que todas as coisas são novas. 

Que este Novo Elemento possa ser introduzido na consciência humana é a visão do Caminho Infinito. 

Como isso pode ser feito é o aspecto maior, mais amplo e o melhor desta mensagem, assim como do seu verdadeiro propósito, que nunca foi principalmente no sentido de tornar alguns milhares de pessoas mais saudáveis, mais felizes ou mais ricas. 

A visão de O Caminho Infinito é que, através da dedicação espiritual daqueles que abraçam os princípios mais profundos do ensinamento místico, alcancem as alturas da consciência mística, a consciência humana pode ser emancipada de si mesma, que a Presença escondida dentro pode surgir em Seu esplendor e glória universalmente. 


Lorraine Sinkler no Livro: "Jornada Espiritual de Joel S. Goldsmith"

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segunda-feira, março 30, 2020

Efeitos da Iluminação Espiritual

- Joel S. Goldsmith -


Todo aumento de nossa compreensão espiritual representa mais luz para nós, que expulsa as trevas dos sentidos. Este fluxo de iluminação continuará até que tenhamos compreendido por inteiro que a nossa verdadeira identidade é a "Luz do mundo". Sem a iluminação, lutamos contra as forças do mundo, trabalhamos para viver, nos esforçamos para manter nossa posição e competimos por riquezas e honrarias. Muitas vezes lutamos contra nossos amigos, para acabarmos percebendo que lutamos contra nós mesmos. Não há segurança nas posses materiais, mesmo que tenhamos vencido a luta pela sua obtenção.

A iluminação nos traz primeiro a paz, e depois a confiança e a segurança; isto nos dá repouso das contendas do mundo, e então todo o bem flui para nós pela Graça. Podemos agora perceber que não vivemos pelo que ganhamos ou conquistamos; vivemos, sim, pela Graça.

Tudo que temos é dádiva de Deus; nós não ganhamos o nosso bem, pois que já o possuímos. "Filho, tu estás sempre comigo, e tudo que tenho é teu."

Os prazeres e os sucessos do mundo nada são se comparados com as alegrias e os tesouros que se desdobram diante de nós pela consciência espiritual. À luz da Verdade, os maiores triunfos e felicidades mundanas são como nada, diante dos tesouros da Alma e sua imensa glória, insondável e desconhecida pelos sentidos.

Possuindo a Luz divina dentro de si, ganha o homem sua liberdade do mundo, e a segurança contra todos os perigos terrestres e humanos. Nosso momento histórico tem amedrontado e assustado a muitos. Os espiritualmente iluminados reconhecerão que nenhum bem aparece ou desaparece, que a atividade espiritual tem por natureza a realização, e que, como a sua iluminação lhes revelou a verdade dos fatos, eles estão ancorados à Alma, à consciência divina, à paz espiritual, à segurança e à serenidade.

Não mais temeremos as mudanças das condições exteriores, que não passam do reflexo da totalidade interior. Com a certeza de que somos consciência espiritual individual, embora infinita, e que incorpora todo o bem, não mais precisamos levar em consideração aquilo que os sentidos nos mostram.

A iluminação espiritual revela a harmonia do Ser e dispersa as aparências captadas pelos sentidos materiais. Ela nada muda no universo, pois que o universo é espiritual, habitado pelos filhos de Deus, mas muda nossa visão do universo.




* Nota sobre o texto de Goldsmith: 

Neste post, Joel Goldsmith explica quais são os efeitos da iluminação espiritual no que concerne à nossa vida prática. Ele diz que a consciência desperta, iluminada, confere ao homem a vida pela graça: o indivíduo não mais necessita se preocupar com aspectos importantes da sua vida, tais como segurança, suprimento de bens e relacionamentos e demais aspectos exteriores (inclusive curas) que para o mundo são considerados importantes.

Há contudo um detalhe para o qual se requer muita atenção, que ele também explica, e é a parte mais importante da mensagem: jamais devemos buscar iluminação com vistas a obter consecuções de desejos materiais. A Consciência Iluminada (Deus) deve ser buscada por si mesma, e mais nada. Goldsmith diz: "Vá ter com Deus esperando Deus". Neste ensinamento, ir à Deus com a intenção/esperança de satisfazer um desejo pessoal é o mesmo que andar na direção contrária à Deus. Isso é assim porque em Deus tudo já está feito;nada há que precise ser melhorado ou curado. A Consciência Iluminada e o mundo fenomênico não podem ser conciliados e, assim, deveremos optar por Deus ou pelo mundo.

A realização/percepção da presença de Deus é tudo que necessita ser buscado, sem ficarmos olhando com o canto do olho para conferir ou verificar se no mundo houve alguma melhora ou mudança das condições materiais. Então, quando este ensinamento é colocado corretamente em prática, segue-se a cura ou a melhoria de algum aspecto exterior - mas você não os estava buscando! Goldsmith diz que essa é a obediência à recomendação de Cristo: "buscai primeiramente o reino de deus, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas".

É necessário, portanto, buscar a iluminação espiritual sem se preocupar com os efeitos que a iluminação espiritual proporciona; ir à Deus sem segundas intenções. Só assim é possível atingir (perceber) a Consciência Iluminada. Esse é o modo correto.

quinta-feira, abril 09, 2020

Todo o poder está na Consciência - 2/2

Filme Joel S. Goldsmith, O Homem e sua Mensagem – Caminho Infinito
- Joel S. Goldsmith - 

CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL

Este ensinamento trata da expansão das atividades da consciência, ou seja, de auto-revelação ou automanifestação de Deus, a Consciênca Infinita, Indivisível, que Se revela, Se desenvolve, e Se manifesta como consciência individual. Este trabalho é, potanto, de natureza individual e deve ser realizado pelo esforço próprio de cada um - pelo teu esforço.

E teu êxito se revelará quando alcançares certo grau de consciência espiritual.

Consciência espiritual é esse estado de consciência do qual desapareceream até certo ponto as crenças mundanas. Consciência espiritual, ou consciência-crística, é esse estado de consciência que não mais reage às coisas do mundo externo. Tu és consciência infinita, espiritual. És a lei para a tua vida. Nada do que está fora de ti - nada do que existe como efeito - pode ter influência ou autoridade sobre ti. És a lei para todo efeito. Quando amas, odeias ou temes alguma coisa do mundo externo, é porque estás hipnotizado, num estado de consciência mortal.

O que os seres humanos mais procuram neste mundo é ganhar dinheiro - primeiro o dinheiro, depois o sexo. Estas são as coisas que a humanidade busca com mais empenho. A consciência mortal valoriza o dinheiro e diz: "Isto me ajudará muito!". Mas a consciência espiritual não confia nele. Ela conhece a verdadeira natureza do suprimento: "Suprimento é a minha consciência individual; é a Consciência-Deus individualizada como sendo eu. Seja lá o que for que pareça necessário à minha vida, terá que vir como revelação da infinitude da minha consciência. Por isso não me procupo com a aquisição de um dólar ou de um iate."

Esta é a atitude que precisas aprender a tomar, que precisas praticar até que se torne uma realidade em tua vida. Humanamente, esta atitude não é natural para os adultos, mas o é inteiramente para as crianças. A criança, que ainda não aprendeu a valorizar o dinheiro, é capaz de lançar fora uma moeda de ouro de vinte dólares. Seu senso de valor é o afeto, o amor que sente aos pais e o que estes têm por ela. Este amor é o seu suprimento, e ela o sabe. Enquanto existir esse afeto entre a criança e seus pais, o alimento diário, a roupa e o lar se lhe apresentarão naturalmente. O amor é o senso de suprimento da criança. Somente quando perde este senso de amor é que o seu senso de suprimento muda e passa a representar-lhe cinquenta centavos ou um milhão de dólares.

Precisamos voltar a ter essa mesma confiança que tínhamos nos dias de nossa infância. O Mestre nos disse que temos de nos tornar "como uma criança" (Lc, 18:17). Procuremos, pois, voltar a esse estado em que não se considera o dinheiro como suprimento. Comecemos a compreender que o nosso suprimento é o Amor, a Consciência, ou a espiritualidade, e que enquanto tivermos a presença do Amor, tudo o que precisarmos chegará até nós pelo desdobramento natural de Sua presença. Isso representa uma etapa no desdobramento e revelação de Deus, a divina Consciência, que aparece como amor, suprindo as nossas chamadas necessidades humanas. É fácil compreender que por algum tempo precisa-te lembrar, toda vez que lidares com dinheiro, de que este não é suprimento, mas, sim, efeito do Amor, o resultado da presença de Deus, que aparece como a tua consciência. Deste modo, desenvolverás, pouco a pouco, dentro de ti mesmo uma atitude na qual não reconhecerás o dinheiro como o teu verdadeiro suprimento.

Como exemplo disto, cito o caso do casal de hindus que se iniciou na vida espiitual e se pôs a caminho com suas tigelas de pedintes. Certo dia, quando andavam por uma estrada, o marido à frente, e bem perto da mulher, inclinou-se e apanhou algo no chão, esfregou-o no manto e meteu no bolso. A mulher perguntou o que havia encontrado. Quando ele mostrou um diamante, ela de imediato o repreendeu com severidade: "Estamos vivendo uma vida espiritual. Como poderá este diamente ter mais valor que o lôdo de que lhe tiraste?" O valor não está no diamente. O valor está em nossa consciência. O valor é a nossa consciência, que é a substância, a forma, o princípio e a lei para o diamante. Enquanto Eu existir - e o "Eu" é Deus -, serei a lei que produzirá aquilo que eu precisar, sob a forma necessária, seja ela qual for.


TODO O PODER ESTÁ NA CONSCIÊNCIA

Vamos supor que alguém te telefone e diga: "Estou doente. Ajuda-me." Pois bem: até agora, quando alguém te dizia: "Não me sinto bem", provavelmente negarias isso, mas daqui por diante vamos aprender a não mais negá-lo. Não vamos levantar uma "parede" diante da doença. Ao invés disto, responderemos: "De que se trata? De algum poder? De alguma presença? De alguma realidade? Ou todo o poder está na consciência do indivíduo, que é a lei da saúde? E esse tumor, essa dor, ou essa carência, constituem alguma lei? Não. Naturalmente que não."

Desde o momento em que comecem a pedir-nos ajuda, esta deve ser a nossa atitude, a nossa compreensão. Poderemos encontrar-nos dizendo a nós mesmos: "E daí?" ou alguma coisa semelhante que nos ajude a concordar com o adversário. O princípio da cura é o seguinte: "Entra em acordo sem demora com o teu adversário." Não poderás combater coisa alguma com que estiveres de acordo. No momento em que te empenhes em luta ou combatas qualquer afirmação errônea que se te apresente, estarás acirrando o ânimo do teu adversário, ao invés de te reconciliares com o que se te afigura um erro mas, que na realidade, não passa de uma ilusão - se é que pode haver realidade numa ilusão. No instante em que combates ou atacas qualquer erro como algo que precise ser removido, tu o estarás ajudando a firmar-se, e então ninguém sabe quanto tempo a cura levará. As curas instantâneas se realizam quando o curador está cônscio ou convicto de que não existe poder ou presença na suposta manifestação do erro.

Havera tal coisa como possibilidade de cura enquanto estivermos pensando em cura ou tentando curar doenças ou seja o quê for? A cura resulta do reconhecimento de que a consciência individual é Deus, ou que Deus é a consciência do indivíduo. A consciência do indivíduo é a lei que determina o estado em que ele se encontra externamente. Em linguagem bíblica: "maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo."

A Consciência, de Deus - a consciência do indivíduo -, é sempre a lei, é sempre a presença, é sempre a realidade. Tudo o que aparece exteriormente não passa de efeito e, como tal, não pode ser a lei. Como efeito, não pode ser causa. Como efeito, não pode ser poder. Nenhum efeito pode ter poder sobre outro efeito. É lei espiritual. A Consciência é todo o poder. Todo poder vem do Alto. Deus deu domínio ao homem. Em outras palavras: Deus, a Consciência universal, deu ao homem, isto é, à consciência espiritual individualizada, todo o poder sobre todas as coisas que existem no reino dos efeitos, quer seja uma pequenina flor ou um planeta no céu.

No momento em que admitires que alguma coisa do reino dos efeitos tenha domínio sobre ti, estarás convertendo-a em lei para ti mesmo, e por isto sofrerás enquanto não mudares de atitude para com essa coisa, compreendendo não ser possível que o Eu, a plenitude de Deus manifesta, o Filho infinito de Deus, de quem Deus disse: "Filho, tudo o que é meu é teu", esteja à mercê de alguma coisa do mundo externo, à mercê de alguma condição ou de qualquer conjuntura externa. Quando te compenetrares de que Deus, a Consciência divina e infinita, constitui a consciência do indivíduo e é a lei para o universo, tomarás posse da tua vida e terás certo grau de domínio sobre ela. Do contrário, continuarás vítima de certa forma de governo externo, de certa quantidade de dólares; vítima de germes, infecções ou contágio. Somente à medida que conscientizares tua unidade com Deus; somente até o ponto em que sentires realmente que és a própria presença de Deus atuando como uma lei para o teu universo, somente até esse ponto é que serás senhor da tua existência!

"Onde está Deus, eu estou. 'Eu e o Pai somos um'. O lugar onde estás (onde Eu estou) é solo santo. Se faço minha cama no mais profundo abismo, Eu, Deus, estou ali. E esse EU SOU é uma lei para tudo o que aparece como sendo o universo inteiro, o universo externo do efeito."

O primeiro passo para atingir a Consciência-Cristo, consiste em perder o medo seja do que for, no mundo do efeito. A Consciência-Cristo não teme nem pecado, nem se horroriza deste, mas limita-se a dizer: "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. Quem vos impediu? Levanta-te, toma o teu leito e anda." E por que? Porque dessa maneira ela se põe de acordo com o adversário e reconhece que o único poder é a consciência do indivíduo. Toda vez que vires pecado, carência ou limitação no cenário da vida externa, em vez de te precipitares a dar tratamento, deverás dizer: "Não, tu não vais me fazer de tolo! Tu existes como uma espécie de efeito. Não passas de uma ilusão como aquela de que os trilhos de estrada de ferro se encontram num ponto distante de nós. Meus olhos já não me enganam mais."

Não dês tratamentos! Não dês tratamentos a Deus e Seu universo! O tratamento, em si mesmo, não tem valor. A história da metafísica não conhece ninguém que tenha alterado alguma condição real por meio de tratamento. Nunca se melhorou alguma coisa em todo o universo espiritual por meio de tratamento. O que tem valor é a oração. Ora sem cessar, porque oração é desdobramento de consciência. Pela tua oração é que Deus se manifesta e ti. Em teu estado de oração é que Deus revela Sua verdade à tua consciência individual.

Oração é revelação da realidade divina à nossa consciência individual. O segredo que nos permite viver espiritualmente, consiste em nos voltarmos para dentro de nós mesmos, nos observarmos e estarmos sempre procurando ouvir a realidade divina. Este é o segredo que nos revela Deus como o centro de nossa indvidualidade. Nesta intimidade de nosso ser - e somente nela -, é que se encontram a harmonia, a paz, alegria, poder ou domínio.

É nessas profundezas de teu ser que o universo espiritual deve revelar-se a ti. Não te deves preocupar ou perturbar com o que estiver acontecendo no mundo. Não quero dizer que escondas a tua cabeça na areia. Continuarás cuidando dos teus negócios, levando a vida segundo o teu mais alto sendo de retidão. Mas não te interessarás pelo resultado dos teus esforços, quando viveres conforme esse senso de retidão.

Lembra-te: Existe um universo invisível, e tu o estás procurando. "A carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus" (I Co 15:50). Nada do que existe para os teus sentidos mortais poderá ser levado para o Reino de Deus. Agora, não nos dedicamos a procurar melhorar as condições humanas, mas à revelação de Deus e do universo espiritual, que se manifesta como a nossa consciência individual. Há um universo infinito, invisível. Há um mundo de ideias espirituais, mas esse mundo não tem relação com o mundo das coisas que podemos ver, ouvir, apalpar, saborear e cheirar. O que percebemos neste mundo dos sentidos é um panorama deformado da ideia divina, do universo real que vemos "obscuramente, como por espelho em enigma". Aqui mesmo, justamente onde parece que estamos, está Deus. Mesmo em qualquer lugar onde pareça haver um fenômeno mortal, por mais insignificante e corriqueiro que seja, também ali está presente o universo espiritual. Nós o contemplamos "como espelho", e o chamamos de mortal e material. Mas, em sua verdadeira imagem, em sua verdadeira essência, ele é espiritual e divino.


TEMPLO DOS ILUMINADOS!: Consciência x Mente (Joel S. Goldsmith)

quinta-feira, abril 07, 2016

Encontro com Joel Goldsmith

- Roy Eugene Davis -


Uma senhora que assistira a minhas aulas providenciou um encontro entre mim e Joel S. Goldsmith, quando ele visitava a cidade em viagens de conferências. Antigo vendedor e, mais tarde, proeminente praticante da Christian Science antes de se tornar um instrutor independente, Joel era um dedicado professor e buscador da verdade. Encontramo-nos em sua suíte no Brown Palace Hotel, no centro de Denver.

- Conheci seu guru - ele me disse. Éramos amigos espirituais. - Ele confidenciou que Paramahamsaji (Paramahansa Yogananda) o havia iniciado nas práticas de meditação da Kriya Yoga e lhe fizera um convite aberto para permanecer no retiro de Encinitas sempre que quisesse meditar lá. Anos mais tarde, soube que Joel e sua esposa hospedaram Paramahansaji em sua casa, perto de Boston, durante as visitas do Mestre no final da década de 1920.

Joel me convidou para meditar com ele por alguns minutos, após os quais exclamou:

- Ora, Roy, seu mestre está bem aqui, junto de você! Pode estender a mão e tocá-lo a qualquer hora!

Sabendo que a consciência espiritual despertada de Joel o havia capacitado também a alcançar o êxito profissional, perguntei-lhe como proceder com meus esforços no ministério; especialmente sobre como conseguir fundos para tornar possíveis os vários projetos que tinha em mente. Ele deu uma risadinha e disse:

- Ora, Roy, está tudo ao seu redor. Tudo o que tem a fazer é estender a mão e pegar!

Mantivemos uma amizade espiritual por meio de troca de cartas e encontros eventuais em várias cidades, quando nossos respectivos programas de viagem coincidiam.

Através dos anos, tenho tido muitas boas amizades espirituais com outros instrutores: Ernest Holmes, Ernest Wilson, Neville Goddard, Manly Palmer Hall, Walter Lanyon, Masaharu Taniguchi, Swami Muktananda, Swami Rama, e outros.


Do livro: "Paramahansa Yogananda - Como Eu o Conheci"

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Explanações sobre o Caminho Infinito - 01

Pergunta: (...) "Só quando se examina da ponta dos pés ao alto da cabeça e descobre que não está dentro de seu corpo é que você começa a adquirir a percepção de sua incorporalidade como consciência. Você é Melquisedec, nunca nascido e nunca morrendo. Isto você compreenderá quando perceber que está usando seu corpo como instrumento, da mesma maneira que usa seu automóvel para viajar. Assim como adquire um novo automóvel quando precisa, um dia, quando seu corpo tiver servido a você em todos seus propósitos, você se desfará dele e tomará um novo. Assim como seu corpo nessa experiência serviu a diferentes propósitos e funções, seu novo corpo terá suas funções e desenvolverá tudo quanto for necessário para sua atividade porque sua consciência ajustará seu corpo a suas necessidades, visível ou invisivelmente....." (Trecho do livro "Viver Agora", de Joel S. Goldsmith)

A visão de Goldsmith é reencarcionista, por este texto... Alguém poderia comentar?




Resposta:

Joel Goldsmith ensina a Verdade Absoluta. 99% do conteúdo explicado no Caminho Infinito trata da Verdade Absoluta, do Cristo, o Ser, a Realidade Eterna sempre presente. Esse é o Ser que verdadeiramente somos. Essa é a nossa identidade Absoluta (e não nossa identidade relativa). Portanto, do ponto de vista do absoluto, jamais nascemos e, como nunca nascemos, também jamais poderemos morrer, porque "nascer" é um pré-requisito para que a "morte" possa ocorrer a alguém. Nascimento e morte existem no mundo da dualidade - são fenômenos relativos. O Absoluto é o Absoluto, e desconhece qualquer espécie de relativismo. É uma Realidade transcendente à existência relativa.

Mas nossa identidade relativa (que não existe verdadeiramente, mas apenas ajuda a compor o mundo das aparências/ilusão) existe neste mundo e, no tocante a ela, podemos sim afirmar que existe a reencarnação. Reencarnar é um processo que faz parte "deste mundo", contudo o "Meu Reino não é deste mundo". Isso exclui toda a dualidade e põe a nós diretamente em contato com a Realidade Absoluta, da qual Jesus Cristo falava, e que é onde existimos verdadeiramente. O Mundo Verdadeiro é invisível para a mente humana (a mente que vê com os 5 sentidos materiais), mas é nitidamente perceptível para a Mente de Cristo. A Bíblia afirma que "não recebemos de Deus a mente do mundo que só vê as coisas do mundo, mas que temos a Mente de Cristo". Esta é a mente que é a nossa, e não a mente que percebe e se agarra/prende a existência material. A Mente de Cristo é a mente completamente desprendida da realidade material, ela não rejeita as coisas que não podem vistas pelos sentidos do corpo, mas recebe e acolhe as coisas invisíveis. "Vísivel" ou "invisível" - a mente de Cristo está desprendida de qualquer condicionamento, e por isso ela é totalmente livre. Ela não se importa com "visibilidades" ou "invisibilidades"; se ela se importasse, seria uma mente apegada e limitada. Mas, justamente por ser ilimitada, infinitamente livre, é que brilha e prevalece diante de qualquer situação.

Por isso, o Ser que você é não pode está confinado/preso dentro de um corpo material. A visão espírita admite que a alma está confinada dentro do corpo material. Pode até ser assim, mas essa alma que está abrigada pelo corpo carnal não é o nosso Verdadeiro Eu, ela é apenas um corpo espiritual, etérico ou astral - mas mesmo esses corpos mais sutis não são a Verdadeira Realidade. Eles também são corpos fenomênicos, com a diferença de que alguns são de substância mais sutis do que outros. A Alma que Goldsmith afirma não estar dentro do corpo é o Eu Verdadeiro. Geralmente, quando observamos o mundo, vemo-nos como seres inseridos dentro dele - "existimos no mundo!", concluímos. Essa visão é uma forma material de se ver as coisas, pois admite o mundo como sendo existência verdadeira. A visão espiritual nos permite afirmar que o mundo é que está em nós! É como se fôssemos a tela de uma televisão, onde todas as cenas aparecem. Dentro da tela, milhares de coisas podem aparecer, há espaço para o mundo inteiro existir! Essa "tela" é chamada, nos ensinamentos espirituais, de "Consciência". Nós somos a Consciência onde tudo aparece. Vendo assim, nós podemos fazer a "troca" de referencial, e podemos passar a dizer: "O mundo existe em mim!", "Eu não estou preso dentro do meu corpo carnal, o meu corpo carnal é que está aparecendo em Mim", e mais: "o corpo material do meu próximo também está dentro de Mim". O nosso corpo material é tão nosso quanto o corpo material de nossos próximos. Essa visão nos traz um sentido de unidade entre "eu" e o "outro". EU não sou nem o "eu" nem o "outro", ESTOU além de ambos. Se eu disser que sou o "eu" terei também de afirmar que sou o "outro". E se eu negar um deles, o outro também deverá ser automaticamente negado. Para o EU, não existe a questão de "sou eu, mas não sou o outro". Ou o EU é todo mundo, ou então não é ninguém!

Goldsmith diz que, se pudermos compreender a nós mesmos como Consciência, ao invés de como sendo "corpos materiais", então estaremos mais próximos da Verdade. Antes víamos o mundo, e afirmávamos que tudo estava no mundo, mas o mundo não estava em nada, em lugar algum. Talvez estivesse no espaço cósmico, mas, então, nesse caso, nada haveria além do espaço cósmico para que ele pudesse "estar". Logo, ele seria a "realidade Primeira" O mundo ou o espaço sideral existiam como "pano de fundo" e eram o lugar onde tudo se encontrava. Mas nós aprendemos a ir além, e encontramos algo que existe além do mundo ou do espaço sideral, e isso nos permitiu dizer: "O mundo (ou o espaço sideral) existem em Mim!". Encontramos um novo "pano de fundo" e isso retirou a ilusão de nossos olhos, que viam o mundo ou o espaço como sendo a causa primeira. Agora entendemos que a Causa Primeira de todas as coisas é a Consciência que somos, isto é, o Eu que "Eu Sou".

E Goldsmith diz: Deus é onipresente! É onipresente, mas Ele não é onipresente no mundo ou na realidade que existe como "efeito". Deus existe no mundo da Causa primeira, ou seja, Ele não é onipresente em termos de "mundo material", a extensão de sua onipresença não percorre o espaço material existente entre o "brasil" e o "japão" - porque ele não é onipresente nesse sentido. Deus é onipresente em termos de Consciência. Eu (que estou escrevendo este texto) sou uma consciência individual e você (que está lendo) também é uma consciência individual. Assim, podemos perceber que as consciência individuais existentes são inúmeras, infinitas. E Deus é cada uma dessas consciências individuais! Ele é onipresente como a minha Consciência. A Consciência é o mundo da Causa. Deus não encontra-se no mundo dos efeitos, mas da Causa. Se Deus está presente em minha Consciência, então Ele também está no Brasil, na França, no Japão, porque todos esses lugares existem na minha Consciência, porque aparecem nela.

Assim, Deus não atua diretamente no mundo das coisas visíveis. O mundo material ou visível recebe todas as dádivas de Deus, mas as recebe indiretamente, por "tabela". Todas as coisas de Deus surgem no centro, no núcleo de nosso Ser, e atravessam todo o nosso ser até chegar ao mundo material. Mas Deus não deve ser procurado nas coisas materiais, nas coisas visíveis. "O Meu Reino não é deste Mundo". "Vós também, deste mundo, não sois". Somos invisíveis, somos Consciência. E a Consciência não existe confinada dentro de coisa alguma, não está presa a nada. A Consciência é a Mente absolutamente livre, a "Mente de Cristo", que recebemos de Deus.

Se reconhecermos Deus como a nossa Consciência (porque Deus é onipresente e está em todos os lugares. Mas os "lugares" não são os espaços físicos do mundo material que estamos acostumados a reconhecer. A Consciência é o lugar! É um LUGAR IMATERIAL. E como existem infinitas Consciências individuais, Deus está em todos os lugares, aparecendo como a Consciência de cada ser existente), veremos que todas as qualidades de Deus existem na nossa Consciência. Por isso, se Deus é Amor, a Consciência que eu sou também é Amor, porque Deus está inteiramente, completamente, absolutamente presente nela! Se Deus é sabedoria, a minha Consciência é Sabedoria. Se Deus é Abundância, então a minha Consciência é abundância. Tudo isso, em razão da onipresença de Deus! E Se minha Consciência possui uma qualidade repleta de amor, sabedoria e abundância, então todas as coisas que aparecem nela (o mundo!) devem surgir e acontecer segundo essas Leis de Deus que atuam na minha Consciência. É assim que o Amor, a Sabedoria, a Vida e a Harmonia de Deus vêm ao mundo. Elas não vêm ao mundo diretamente, porque Deus não existe no mundo, não é onipresente no mundo. Deus existe num lugar que "não é deste mundo". Quando fazemos esse reconhecimento, as coisas de Deus chegam ao mundo como sendo os "bens dados por acréscimo".

O Ser que somos é incorporal, imaterial, existimos como Espírito. Não um "espírito" que desencarna e reencarna vezes e mais vezes, mas como o Espírito de Deus - nunca nascido no mundo, mas nascido apenas e tão somente do próprio Espírito.


"O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito." (João 3:6)

"Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade." (II Coríntios 3:17)

"Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito tendem para as coisas do Espírito." (Romanos 8:5)

"Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito" (Romanos 8:9)

"Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus." (I Coríntios 2:12)



Portanto... acredito que estes versículos são o suficiente para explicar Quem realmente somos. Não estamos no mundo, estamos em Deus. A visão material nos faz acreditar vivermos e pertencermos a um mundo material. Mas a Mente de Cristo nos confirma que "em Deus vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17:28).


sábado, maio 10, 2008

LEI DE SUPRIMENTO (Joel S. Goldsmith)

Joel S. Goldsmith



Por nenhum momento iríamos pensar em construir uma casa sem termos compreendido: As leis de projeto, escavação, edificação, etc., bem como as leis locais de zoneamento e de saúde. Não tentaríamos ganhar uma causa no tribunal, a menos que conhecêssemos a lei que a regula; e, tampouco iríamos tentar navegar sem o conhecimento das leis de navegação. Entretanto, tentamos resolver nossos problemas de suprimento individual; tentamos demonstrar a disponibilidade e abundância de suprimento sem o devido reconhecimento das leis que o governam.

Muitos ignoram a existência dessas leis e crêem que uma cega fé em algum Deus ou Poder é suficiente para manifestar a operação do bem na experiência individual. No plano do Absoluto não há nenhuma necessidade de se resolver o problema do suprimento. Nele nada é requerido, pois a substância espiritual é onipresente e inexistem tempo e espaço em que o suprimento esteja ausente. Enquanto não atingirmos esta Consciência, a Consciência crística, teremos de preparar o nosso destino em conformidade com a lei das escrituras, encontrada nos textos sagrados de todos os povos. Nosso primeiro passo é o reconhecimento de nosso ser verdadeiro-nosso relacionamento com Deus.

Compreendendo Deus como a Consciência divina única universal, e o homem como a expressão individual desta Consciência, descobrimos que TUDO QUE É DO PAI É MEU, isto é, tudo o que está incorporado a Consciência universal está incorporado à consciência individual, por elas serem uma. Assim, quaisquer coisas ou idéias de que necessitemos já são partes integrantes de nossa consciência, e se desdobrarão à percepção humana tão logo nos familiarizemos com a lei e passemos a aplicá-la. "Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará" desta ilusão de que o que você busca encontra-se separado e apartado de você. Deverá haver o entendimento de que o universo inteiro está incorporado à Mente divina; e, em vista de esta ser a nossa única mente, todas as coisas já estão dentro de nós. Em conseqüência, jamais somos dependentes de alguma pessoa, lugar ou condição para coisa alguma! Portanto, nosso passo seguinte é abandonar toda dependência a pessoas, posições ou investimentos para o nosso suprimento.

A princípio, isto parece ser um disparate, já que as coisas do Espírito são loucuras para os homens. "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus porque lhe parece loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." ( I Cor. 2:14. ).

Um negócio ou uma posição podem parecer constituir o presente canal de nosso suprimento. Nossos alunos ou pacientes podem aparentar ser nossos únicos canais. Donas-de-casa podem acreditar que seus maridos ou filhos sejam seus canais de suprimento. MAS NADA DISSO É VERDADEIRO. Como Deus, a Consciência divina, é a FONTE, então esta exata Consciência é o canal de suprimento; e, de fato, é o SUPRIMENTO em si. Procure sempre se afastar de suas noções pré-concebidas sobre este assunto, Reconheça que todas as coisas estão incorporadas à infinita Consciência eterna; e então, SAIBA QUE ESTA CONSCIÊNCIA É A SUA!

Tendo se libertado de toda dependência a fontes e recursos materiais e humanos, você perceberá o bem continuamente se desdobrando em sua experiência humana, na forma de bem que a cada momento lhe estiver sendo requerido. Enquanto caminha rumo a esta Consciência superior, obedeça a duas recomendações importantes dadas pelas Escrituras: "Levarás à casa do Senhor, teu Deus, as primícias dos frutos da tua terra." ( Exodus 23:19.) A forma disso ser feito deverá ser como nos ensinou o Profeta Hebreu: "E esta pedra, que erigi em padrão, será chamada casa de Deus; e de todas as coisas que me deres te oferecerei ( ó Senhor ) o dízimo." ( Gen. 28:22.) Após reconhecermos que tudo que existe pertence a Deus, a Mente universal, pomos de lado uma pequena mas definida parte de tudo recebido individualmente, recirculando-a no Universal, ou seja, fazemos uso desta parcela sem a vincularmos com as despesas usuais ou pessoais. Podemos doá-la a alguma causa comunitária ou de caridade, podemos exprimir gratidão a um instrutor ou praticista espiritual, mas, seja como for, esta parcela deverá ser dedicada a serviço de Deus, o bem, independente da manutenção própria ou familiar. E ela deverá se constituir das "primícias" dos frutos-e não uma parte daquilo que sobrou de nossa receita. Deverá ser tirada da mesma tão logo a recebamos, de modo que possamos, nós mesmos, fazer o equilíbrio e confiar que "Deus dará o aumento".

Nossa obediência a estes princípios nos dará condição de provar que "quando todas as fontes materiais estão secas, Tua plenitude permanece a mesma." Quando relaxamos a mente consciente das tensões e lutas, e permitimos que o bem flua através de nossa consciência espiritual, descobrimos que não precisamos temer o que o homem mortal possa nos dar ou sonegar. Repousamos na firme convicção de que "Do Senhor é a terra e a sua plenitude", e de que TUDO que é do Pai é MEU; tudo o que existe no Universal está se desdobrando para o individual. Chegamos agora àquela que talvez seja a suprema lei espiritual da Bíblia, a nós revelada por Jesus Cristo. Na Oração do Senhor, podemos ler: "E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores." Eis o ponto em que você pode pôr suas próprias limitações em suas demonstrações do bem. Na proporção em que você perdoa, receberá as bênçãos do Infinito. Podemos perdoar aos que nos devem somas de dinheiro, e àqueles que têm para conosco dívidas de amor, gratidão, reconhecimento, ou mesmo dívidas de cortesia de família ou amigos. Mas devemos perdoar. Devemos viver num constante estado de bênçãos. Este é o perdão verdadeiro que nos liberta das obrigações mortais e materiais.

Há algum tempo, fui procurado por um homem muito necessitado de dinheiro, sem emprego e sem fonte de renda Contou-me que um de seus amigos lhe devia uma soma de dinheiro que o tiraria da dificuldade, e perguntou-me: "Como fará para que eu possa receber esta dívida?" Disse-lhe que perdoasse tanto o homem como a dívida. Não que lhe escrevesse cancelando a dívida, já que esta era problema de seu amigo, mas que o perdoasse mentalmente, e caso ela nunca fosse paga, que não pensasse mais nela, nem pensasse maldosamente a respeito do chamado devedor. "Tire-o de seu pensamento como se ele não existisse, e deixe o Princípio divino abrir seus canais de suprimento." Ele percebeu o ponto e se voltou deste único canal visível possível de suprimento para o Não-visto infinito. Exatamente na semana seguinte, ele recebeu dinheiro suficiente para mantê-lo por duas semanas, e, ao término da segunda semana, foi novamente chamado ao seu próprio emprego, de que havia sido desligado por vários anos.