"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

segunda-feira, junho 18, 2018

A divindade representando papéis

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- Núcleo - 


No texto anterior está expresso que “Tudo o que está sendo percebido é a divindade representando papéis”

Poderia surgir a dúvida: “Se a divindade representa todos os papeis, como é possível que Deus, sendo Amor, represente o papel de animais ferozes e até de seres humanos que agem como se fossem autênticas feras?”

A resposta está na própria pergunta na qual se depreende que se trata de uma representação, e que o ator divino sabe que nada de real está de fato acontecendo, a não ser no contexto da própria representação cujo realismo é convincente para a percepção das mentes dos próprios personagens que estão nela inseridos e que se identificam totalmente com quem estão sendo. 

A identificação do ator divino com quem Ele “está sendo” (ou seja, com o “personagem” que “está representando”) se dá através da percepção da “mente do próprio personagem” que está representando, e não pela “percepção da Consciência do Ser”, dAquele que em realidade ele É.

A esse respeito importa observar que nem sempre o ator está representando um personagem inconsciente de sua real identidade! Basta que na representação o personagem passe a se ver através da percepção consciencial, ou seja, com a percepção da Consciência do ator divino, e a real identidade do personagem se desvelará ao próprio personagem. É o que acontece com os “personagens despertos”, aqueles que mesmo ainda estando na Representação não fazem a identificação através da mente dos personagens que estão sendo, mas sim, com a Consciência do Ser Real. Na linguagem dos primeiros cristãos isso assim foi expresso: 

Já estou crucificado com Cristo [a identificação com a vida do personagem ou com o ego humano através da mente do personagem que estive representando, inconsciente do Ator que vive em mim foi transcendida]; e vivo, não mais eu [o personagem], mas Cristo [o Ator] vive em mime a vida que agora vivo na carne [a vida do meu personagem] vivo-a na fé no filho de Deus [vivo na percepção do Ator divino], o qual me amou {verdadeiramente com o Amor do Cristo, do Ator], e [na representação divina] se entregou a si mesmo por mim.” 

E nesse ponto importa também observar que nem sempre o ator divino está representando um personagem inconsciente de sua real identidade mesmo estando na representação divina como um animal!

É o que é revelado nas escrituras védicas na qual a divindade esteve na representação divina consciente de sua própria identidade por exemplo como Peixe [Matsya], Tartaruga [Kurma], Javali [Varaha], Homem–Leão [Nara-Simha], Elefante [Ganesha], Macaco [Hanuman]...

Contudo, quando a identificação do personagem é feita pela mente do próprio personagem, todo o tipo de atitude desumana e inconsequente é possível, porque neste caso os "divinos personagens" permanecem inconscientes de sua real identidade e “não sabem o que fazem”.

Assim, está escrito que: Apesar de tudo, Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo!” Lucas 23: 33

Por outro lado, por ser a própria divindade representando, por vezes podem alguns “divinos personagens” surpreender e revelar a Consciência do Ator!

Essa foi a percepção consciencial compartilhada por Jesus, como está escrito: 

“Naquele mesmo momento, Jesus exultando no Espírito Santo [desfrutando a percepção consciencial] exclamou [compartilhou com esta ênfase]: “Ó Pai, Senhor do céu e da terra! [Senhor da Realidade Divina – céu - e da Representação – terra] Louvo a ti, pois ocultaste estas verdades dos [divinos personagens] sábios e cultos e as revelaste aos pequeninos [divinos personagens que aparentemente sem conhecimento algum da vida manifestam percepções conscienciais]. Amém, ó Pai, porque Tu tiveste a alegria de proceder assim.” (Lucas 10: 21)

Por isso é compartilhada aqui uma vez mais a percepção de que subjacente a todos os divinos personagens é apenas, e sempre, o Mestre Quem se percebe a Si mesmo!

Por ser assim, com esta mesma percepção da Consciência do Ser Pedro a compartilhou dizendo que: “Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas”. (Atos 10: 34)

É o que Aquele presente em Pedro, em você, em mim e em todos os “divinos personagens” me faz perceber, desfrutar esta percepção, e compartilhá-la.

Por isso é dito: Percebam, desfrutem essa percepção divina e a compartilhem!

A paz seja com todos!


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