"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

sexta-feira, julho 15, 2011

Descanse no que é permanente


Papaji

Todo mundo, qualquer um, quer desfrutar dos objetos dos sentidos.

Isso envolve todos, todos os seres estão envolvidos em gozar dos sentidos. Talvez vendo,ouvindo, cheirando, tocando, saboreando, isto é tudo. Então como desapegar nossa mente destas coisas? E como isto pode trazer quietude?

Quando você souber, que todos estes objetos, não lhe trazem nenhum descanso ou paz. Então mais e mais, pense nisto, isto que eu tanto gosto, não me dá real satisfação. Mais e mais, eu quero repeti-la; novamente, eu quero repeti-la, mas ainda eu não consegui paz. Você está criando uma espécie de desgosto com isso, com esses objetos. Agora você quer desapegar-se dessas coisas, porque elas não lhe deram paz ou relaxamento.

Um santo Telegu, um santo-poeta muito famoso de 500 anos atrás. Seu nome era Tyagaraja. O pessoal que se interessa por música conhecem muito bem esse nome, Tyagaraja, o rei dos músicos cantores, o rei dos músicos. Ele também disse “sianta malaika sowkya malaidu”, isto é em Telegu. “Quando não há quietude, nem o reinado pode dar-lhe felicidade”. Isso é o que ele diz, quando nós sabemos que os objetos sensoriais não vão trazer-nos permanente felicidade, nós vamos lentamente retirando nossa mente desses objetos. Continuamente, até nos Vedas isto é declarado, “yatra yatra manayadhi, tatra tatra samadhyd”—Sempre que a mente entra em contato com objetos sensoriais, traga-a de volta, traga-a de volta para a paz, traga-a de volta para a quietude.

Acalme-a, onde quer que ela for, sempre que ela for, seja muito cuidadoso e traga-a de volta, porque você tem visto que estes objetos sensoriais não trazem paz para você.

Portanto, este é abhyasa, a prática, que Krishna falou a Arjuna. Desapegue, onde quer que a mente vá, separe isto dos respectivos objetos sensoriais, novamente e novamente.

Então, lado a lado, está o desapego e lado a lado o desejo pela sabedoria de Brahman,liberdade, desejo por liberdade, ambos devem estar correndo juntos. Desapegue-se dessas coisas, que não são permanentes, e descanse no que é permanente, sempre.

2 comentários:

Anônimo disse...

Noto que isso - desapegar - é difícil também porque todos à sua volta cobram e contam com seu apego ao que deve desapegar. O mundo exige que você se apegue a ele, que pense nele. São as contas pra pagar, as responsabilidades que se assumiu, etc. Isso para não falar de como alguém desapegado da futilidade do mundo é mal visto e isolado. Acho que entendo porque alguns sábios iluminados decidem ir morar em cavernas e nas montanhas

Jucelino

Templo disse...

Sim, Juscelino.

O mundo só nos permite apreender o bastante. O bastante para lidarmos com ele e com as coisas que o permitem manter-se funcionando.

Acerca disso, dê uma olhada neste post... Su reflexão está todinha contida no texto.

http://busca-espiritual.blogspot.com/2008/07/masaharu-taniguchi-recebe-verdade.html


Grande Abraço!