"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

quarta-feira, junho 29, 2011

Deus aparece como a consciência individual - Final


Joel S. Goldsmith


A FINALIDADE DA VIDA

Eis diante de nós um dos assuntos mais importantes do mundo. Para quê nascemos? Não é possível que tenhamos vindo a este mundo simplesmente para ganharmos a vida, nos procriarmos, fazer serviços domésticos, escrituração mercantil ou seja lá o que for que o destino nos reserve, apenas pelo privilégio de, no final das contas, nos deitarmos para morrer. Se vivemos a fazer somente essas coisas, é porque ainda não descobrimos nossa verdadeira vocação.

Contudo, no momento que identificares a Deus, a Consciência infinita, como a tua consciência individual, transporás os limites do teu ambiente, por mais fechado que pareça. Sentirár o impulso insopitável de conhecer a finalidade da tua vida, porque todos nós temos uma alta missão a cumprir neste mundo. "Não está escrito na vossa lei... Sois deuses?" (Jo 10:34). Sempre o Mestre tentou alçar a consciência pessoal do homem ao nível que permitisse a este o reconhecimento da própria e verdadeira identidade, Deus - que és, que somos. Jesus simplesmente aconselhou seu povo a ser o que ele era.


"... É esta a vontade de quem me enviou: que todo homem que vir o Filho e crer nele tenha a vida eterna... (Jo 6:40)


Se puderes sentir ou perceber que Deus trabalha através de alguma pessoa, terás então que reconhecer que Ele trabalha igualmente através de ti, porque a experiência dessa pessoa era como a tua, antes que o Espírito a tocasse. O objetivo do ensino da verdade espiritual é elevar o nível de nosso entendimento a ponto de nos podermos aperceber de nossa verdadeira identidade. Se puderes crer que notaste sinal de Consciência espiritual, ou Consciência-Deus, emanar de algum instrutor espirtual, estarás crendo que "o Filho" está nele e, nesse momento, estarás salvo. Serás de tal modo levantado que saberás que o que é verdade a respeito dele o é também com relação a tua própria identidade. Se assim não o for, será porque o que notaste nesse instrutor não é real. Deus não olha as pessoas. Atenta na história da vida de todos os líderes espirituais e descobrirás que, antes de se tornare líderes, aconteceu-lhes algo que despertou suas mentes do mesmerismo dos serviços domésticos ou das atividades de empregado ou do comércio, permitindo-lhes perceber o fato de que o Cristo era o próprio ser dele, o fato de que o próprio ser deles era "o Filho".


"... É esta a vontade de quem me enviou: que todo o homem que vir o Filho e crer nele tenha avida eterna, e eu o ressuscite no último dia." (Jo 6:40).


Ao te aperceberes de que "o Filho" está dentro de ti, o teu próprio ser ser´levantado a um nível de consciência que te permitirá entender que tudo o que tenha sido verdade em relação aos líderes espirituais do passado, é verdade também em relação a ti, porque o que aparece como "tu" e como "eu" é intrinsecamente o mesmo EU.


Murmuraram dele os judeus por ter dito: "Eu sou o pão que desceu do céu." (Jo 6:40)

Como os seres humanos detestam ouvir isso! Como os irrita ouvir alguiém dizer: "Tenho algo de Deus dentro em mim. Sou a própria presença de Deus." Ofendem-se com isto porque acgam que alguém está se colocando acima deles, julgando-se maior que eles e pretensendo separar-se dos demais. Não compreendem que isso é apenas a expressão de um princípio que todos devem e podem adotar.


Diziam: "Não é este, porventura, Jesus, filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como diz, pois: Eu desci do céu?"

Tornou-lhes Jesus: "Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim, se não o atrair o Pai que me enviou; eu o ressucitarei no último dia. Está escrito nos profetas: Serão todos ensinados por Deus." (Jo 6: 42-45)


Compreendes a mensagem? Jesus coloca-se acima de si mesmo e glorifica o Cristo, internamente. Depois volta e diz: "serão todos ensinados por Deus." Ei-lo, pois a reduzir a mínimo a personalidade humana.

Nosso estudo é para que Deus possa se revelar como nossa consciência individual: Eu sou o Verbo que se fez carne. O início da sabedoria é quando desviamos nossa atenção do mundo externo, do mundo dos efeitos ou aparências e começamos a perceber que o poder não se encontra nele, mas em nós, como indivíduos. É-nos dado indivdualmente todo o poder. Como indivíduos, nós temos domínio sobre todas as coisas que aparecem no mundo dos efeitos.

Ao invés de darmos tratamentos, vejamos se podemos sorrir, pelo menos internamente - não abertamente, para não ofender a ninguém ou não parecer que estejamos fazendo pouco de seus sofrimentos -; vejmos se podemos sorrir na atitude de quem dissesse mentalmente: "Sim, mas eu sei que não há poder em aparências. O poder está em mim, em ti, em cada um, não importa quem seja ele. Deus, a consciência de qualquer indivíduo, é o poder. Já não mais odeio, não amo nem temo aparências externas, ou o que o homem mortal ou efeitos materiais me possam fazer." Não atribuas poderes a números, a "pães e peixes", porque eles não têm nenhum poder. "Eu sou o poder". Deus, a divina Consciência, tem que aparecer como o meu infinito suprimento espiritual, como o meu corpo espiritual, ilimitado.


A IMPORTÂNCIA DO ESTADO DE CONSCIÊNCIA DO CURADOR ESPIRITUAL

Quando recorres a um curador espiritual, que é o que pensas que te vai ajudar? tens alguma ideia sobre qual seja a razão, o modo ou processo por que se dará a cura que esperas? Será por fé cega, confiança em Deus? Ou reconheces que se opera pelo estado de consciência do curador? Quando pedes auxílio a um curador, esse auxílio vem porque ele alcançou um estado de consciência em que o mal, ou erro, seja qual for seu nome ou natureza, perdeu seu poder aparente.

Se pedires a ajuda de alguém que crê que a dor seja alguma coisa que se deva recear, ou que o erro seja algo odioso ou temível, não serás curado. Mas quando perdires a ajuda de um curador que não teme germes, infecções ou contágio; alguém que sabe qe micróbios, infecções e contágio não existem como poder, senão simplesmente como efeitos - serás curado ui rapidamente. O que cura é o estado de consciência do curador espiritual.

Poder-se-á perguntar: "Onde está Deus em tudo isso?" Na consciência que sabe que não existe nada que lhe seja oposto. Deus é esse estado de consciência do curador que não teme, não odeia nem ama o erro sob forma alguma. Então, e só então, é que o curador é realmente capaz de curar.

Aquele que teme a doença ou sente repugnância por esta ou aquela forma de pecado, ou que critica ou condena o alcoólatra ou o libertino, revela não possuir estado de consciência capaz de curar realmente. O estado de consciência do curador é agente curativo somente na medida em que esteja isento de medo, aversão ou amor ao erro, seja qual for o nome ou a natureza deste. Se tememos certa doença e acreditamos que ela tenha o poder de matar, então não podemos curá-la. Além disso, precisamos compreender que não há um Deus sentado perto de nós aguardando oportunidade para intervir no trabalho a nosso favor.

Deus é Consciência espiritual infinita, em que não há pecado, doença nem morte. Na medida em que o curador reconhecer esta verdade, tal será seu estado de consciência. Ninguém superou de todo a crença de que existe poder e presença na matéria. Mas Jesus conseguiu superá-la mais do que todos os outros.

Há nisto um outro ponto a considerar. Talvez queiras saber por que será que um dia vais a um curador e és curado instantaneamente e, depois, em outra época, tens de voltar a ele quatro ou cinco vezes antes que se dê a cura. No primeiro caso, a cura foi instantânea porque quando pediste o auxílio do curador, este se achava num alto estado de consciência, isenti de ódio, medo e amor às aparências. No segundo, a cura foi retardada porque as sugestões hipnóticas do mundo, chegadas através de rádio e televisão ou de manchetes de jornais, ou devidas a problemas de família, talvez o tivessem feito descer daquele alto estado de consciência.

O sistema econômico sob o qual vivemos não é o mesmo da época de Jesus. Naquele tempo lhe era possível tomar seu manto branco, subir uma montanha, lá ficar durante quarenta dias e depois vir curar multidões. Se hoje pudéssemos fazer isso, nós também poderíamos curar as multidões. Mas a maioria dos curadores não podem fazê-lo. Para ser franco, em parte os próprios pacientes sõ culpados desta situação. Eles tendem a ficar ressentidos com o curador quando não o encontram à sua disposição. Querem que seja possível comunicar-se com ele durante as vinte e quatro horas de cada dia e os sete dias de cada semana, e por isso, até certo ponto, ajudam a impedir que se operem curas instantâneas.

Não permitem ao curador permanecer no alto estado de consciência necessário para produzí-las. O curador faria melhor trabalho se pudesse ausentar-se frequentemente por períodos de dois ou três dias de cada vez.

Não há mistério nem milagre em relação à cura. Esta resulta diretamente da influência do estado de consciência daquele a quem se recorre. Ao pedires o auxílio do curador, entras em contato com a consciência dele. Se ele sempre estivesse num estado de consciência divina, infinita, toda vez que lhe pedisses ajuda serias curado imediatamente. Se a cura não segue de imediato ao pedido de ajuda, é unicamente porque o curador ainda não alcançou esse estado de consciência, ou, se o alcançou, não o mantém.

Farás curas à medida que te aperceberes desta verdade: Deus é que é a tua consciência divina, e não a tua mente pensante.

Quando alguém te pedir ajuda, volta-te, imedatamente e sem hesitar, ao teu mais alto entendimeno, sabendo que o auxílio está chegando na medida de tua percepção de Deus como consciência individual, consciência que nada sabe acerca do erro e nem toma conhecimento de forma alguma de erro e que, por isso mesmo, não o odeia, não o teme, nem o ama.

Na proporção em que estudares, na medida em que meditares, Deus ou a Verdade, Se manifestará e Se revelará como a tua consciência individual.



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