Guy Halferty
Logo após Mary Baker Eddy haver descoberto que o poder sanador do Cristo estava ainda intacto e disponível para quem o compreendesse, ela aprendeu uma lição muito importante que passou a ser um marco para ela. Uma de suas alunas, Sue Harper Mims, relata esse fato em reminiscências que escreveu sobre a última classe da Sra. Eddy.
A Sra Eddy conta que, logo após sua descoberta, família e amigos sabiam que se ficassem doentes e pedissem que ela orasse por eles, ficariam restabelecidos. No entanto, eles nunca admitiam o que havia realizado a cura. A Sra. Mims se recorda das palavras da Sra. Eddy assim: “Por vezes, logo que enviavam alguém para pedir minha ajuda, eles se recuperavam, mesmo antes de eu chegar lá, e assim sabiam que era Deus quem os havia curado.” Certo dia, foi chamada para acudir uma criança doente e, enquanto se dirigia apressadamente para lá, ela foi invadida por um senso de responsabilidade pessoal sobre o caso.
“Eu estava tão ansiosa para que o poder da Verdade fosse reconhecido”, continua ela, “que disse a mim mesma: ele não pode melhorar até que eu chegue.” “É evidente que isso não estava certo, eu sabia que tinha de deixar tudo nas mãos de Deus, mas o orgulho se infiltrara e eu havia perdido minha humildade e o paciente não foi curado. Apercebi-me da admoestação recebida e, ao voltar para casa, joguei-me no chão, pus a cabeça entre as mãos e orei para que, em nenhum momento, eu fosse atingida pela ideia de que era alguma coisa, ou realizava alguma coisa; reconheci que essa era a obra de Deus e que eu O refletia. A criança foi então curada”.(ver We know Mary Baker Eddy, p. 133).
Essa experiência de nossa Líder nos dá uma lição. Em determinado ponto, em praticamente todas as curas realizadas na Ciência Cristã, chegamos a esta maravilhosa percepção: somente Deus, e não uma pessoa, é o sanador. As palavras de Jesus, registradas no Evangelho de João, abrangem amplamente essa questão: “Eu nada posso fazer de mim mesmo” e “o Pai que permanece em mim, faz as obras”. Constatamos que nas curas realizadas por Jesus, por seus discípulos e apóstolos, poucas palavras eram ditas e, por vezes, nenhuma. O que cura é a compreensão, é dar o verdadeiro testemunho. Não são as palavras que curam, nem mesmo afirmações metafísicas grandiosas, apesar de tais palavras e afirmações refletirem a compreensão espiritual e serem auxiliares valiosos para que alcancemos um ponto de vista espiritual mais elevado.
Qual é, então, o papel do sanador na cura? Em todos os casos, seu papel mais importante é o de compreender a verdade: dar testemunho e reconhecer que Deus, o infinito e totalmente perfeito, é o único poder em ação no processo de cura. Nosso papel é o de sermos o homem de Deus, eliminar o sentido pessoal do cenário, para que nosso reconhecimento da verdade seja literalmente o reflexo de Deus. Todo poder e autoridade procedem de Deus e são refletidos por Seu homem. O trabalho do sanador é o de humildemente reconhecer esse grande fato, ceder a ele, insistir nele e assim demonstrar o Cristo, a verdadeira ideia de Deus e Seu poder.
Eis um exemplo de como o papel do sanador entra em ação. Um praticista da Ciência Cristã recebeu um telefonema de um homem que disse ter uma excrescência nas costas, ao longo da coluna, e isso o preocupava muito. Disse que a excrescência estava aumentando de tamanho, causava bastante desconforto e ele estava com muito medo. O praticista concordou em orar por ele.
À noite, enquanto orava por esse caso, o praticista saiu para caminhar nas redondezas. Enquanto andava, começou a fazer vigorosas declarações, quase como se estivesse em meio a uma discussão sobre o poder sanador da Verdade, usando frases da Bíblia e das obras da Sra. Eddy.
Por vezes tais argumentos e veemência em prol da Verdade são justamente o que se faz necessário. Dentro em pouco, porém, ele percebeu que estava labutando com um forte senso de responsabilidade humana e pessoal pela cura. O paciente lhe pedira ajuda na total confiança de que, como praticista, ele sabia o que fazer sobre o caso. A sugestão de que ele, praticista, era pessoalmente responsável pela saúde do homem, começou a aflorar com insistência em seu pensamento: o homem ser curado ou não, dependeria de quanto o praticista compreendesse a respeito de Deus.
De repente, o praticista teve este pensamento inspirador: “Este paciente é completo, saudável e perfeito, não porque estou fazendo declarações sobre a Verdade, mas porque sua vida está totalmente a salvo e intacta em Deus, cuja lei é o irresistível poder de cura”. Seguiu-se um grande sentimento de alegria, uma enorme sensação de alívio, uma torrente de gratidão pelo fato de que nem o paciente, nem o praticista, poderiam, por um momento sequer, estar separados de Deus ou da saúde total e completa. Com humildade viu todo sentimento de responsabilidade pessoal simplesmente desvanecer-se. Viu a si mesmo em seu verdadeiro papel, o de fiel e confiante testemunha do poder divino. Ele teve certeza de que a cura se efetuara.
Dentro de poucos dias, o homem telefonou para dizer que o problema havia simplesmente desaparecido. Ele estava curado.
Pelo fato de os Cientistas Cristãos negarem a veracidade e realidade da doença e de todas as formas de mal, não quer dizer que ignorem o peso das argumentações dos sentidos materiais e do mundo material. Longe disso! O sanador científico enfrenta esses argumentos da mesma forma como um matemático enfrenta um problema de aritmética ou de cálculo. O Cientista Cristão não se deixa impressionar ou desalentar pela argumentação agressiva do mal, que tenta nos convencer de sua realidade, mas trabalha baseado exclusivamente na perfeição da Ciência. Ele sabe que essa Ciência fundamenta-se no Princípio divino, Deus, e que é, portanto, capaz de ser provada quando compreendida.
O metafísico deve estar tão imbuído do fato espiritual da totalidade e onipotência de Deus e do fato de que o homem é o reflexo de Deus, que os argumentos dos sentidos tomam o aspecto não de alguma coisa, mas do nada, como conceitos errôneos. Em outras palavras, o verdadeiro sanador está tão espiritualmente consciente daquilo que é, que até certo ponto perde o falso senso daquilo que não é, e regozija-se com aquilo que é verdade.
Como é compreendida na Ciência Cristã, a cura nada tem a ver com o fato de um indivíduo “pensar” sobre a cura. Não se trata de “pensamento positivo”, nem do poder da “mente sobre a matéria”. Não é uma questão de persuasão pessoal ou da crença humana na verdade a prevalecer sobre a crença em algum erro material. Acima de tudo, não se trata de levar o homem de volta à perfeição. Trata-se, isso sim, de reconhecer e insistir na perfeição criada por Deus, da qual o homem nunca está separado, e de se incluir tanto o praticista como o paciente nessa perfeição.
Na metafísica divina, o sanador é uma testemunha da totalidade de Deus, o Espírito, e da perfeição do homem como Sua semelhança. Como reflexo de Deus, o sanador envolve o paciente com essa verdade outorgada pelo Espírito. Ele sabe que nada existe fora do Espírito, mas que todos estão incluídos no Espírito. A respeito desse tipo de testemunho, a Sra. Eddy promete em Ciência e Saúde: “Se o Espírito ou o poder do Amor divino dá testemunho em favor da verdade, isso vem a ser o ultimato, o modo científico, e a cura é instantânea.
A Sra Eddy conta que, logo após sua descoberta, família e amigos sabiam que se ficassem doentes e pedissem que ela orasse por eles, ficariam restabelecidos. No entanto, eles nunca admitiam o que havia realizado a cura. A Sra. Mims se recorda das palavras da Sra. Eddy assim: “Por vezes, logo que enviavam alguém para pedir minha ajuda, eles se recuperavam, mesmo antes de eu chegar lá, e assim sabiam que era Deus quem os havia curado.” Certo dia, foi chamada para acudir uma criança doente e, enquanto se dirigia apressadamente para lá, ela foi invadida por um senso de responsabilidade pessoal sobre o caso.
“Eu estava tão ansiosa para que o poder da Verdade fosse reconhecido”, continua ela, “que disse a mim mesma: ele não pode melhorar até que eu chegue.” “É evidente que isso não estava certo, eu sabia que tinha de deixar tudo nas mãos de Deus, mas o orgulho se infiltrara e eu havia perdido minha humildade e o paciente não foi curado. Apercebi-me da admoestação recebida e, ao voltar para casa, joguei-me no chão, pus a cabeça entre as mãos e orei para que, em nenhum momento, eu fosse atingida pela ideia de que era alguma coisa, ou realizava alguma coisa; reconheci que essa era a obra de Deus e que eu O refletia. A criança foi então curada”.(ver We know Mary Baker Eddy, p. 133).
Essa experiência de nossa Líder nos dá uma lição. Em determinado ponto, em praticamente todas as curas realizadas na Ciência Cristã, chegamos a esta maravilhosa percepção: somente Deus, e não uma pessoa, é o sanador. As palavras de Jesus, registradas no Evangelho de João, abrangem amplamente essa questão: “Eu nada posso fazer de mim mesmo” e “o Pai que permanece em mim, faz as obras”. Constatamos que nas curas realizadas por Jesus, por seus discípulos e apóstolos, poucas palavras eram ditas e, por vezes, nenhuma. O que cura é a compreensão, é dar o verdadeiro testemunho. Não são as palavras que curam, nem mesmo afirmações metafísicas grandiosas, apesar de tais palavras e afirmações refletirem a compreensão espiritual e serem auxiliares valiosos para que alcancemos um ponto de vista espiritual mais elevado.
Qual é, então, o papel do sanador na cura? Em todos os casos, seu papel mais importante é o de compreender a verdade: dar testemunho e reconhecer que Deus, o infinito e totalmente perfeito, é o único poder em ação no processo de cura. Nosso papel é o de sermos o homem de Deus, eliminar o sentido pessoal do cenário, para que nosso reconhecimento da verdade seja literalmente o reflexo de Deus. Todo poder e autoridade procedem de Deus e são refletidos por Seu homem. O trabalho do sanador é o de humildemente reconhecer esse grande fato, ceder a ele, insistir nele e assim demonstrar o Cristo, a verdadeira ideia de Deus e Seu poder.
Eis um exemplo de como o papel do sanador entra em ação. Um praticista da Ciência Cristã recebeu um telefonema de um homem que disse ter uma excrescência nas costas, ao longo da coluna, e isso o preocupava muito. Disse que a excrescência estava aumentando de tamanho, causava bastante desconforto e ele estava com muito medo. O praticista concordou em orar por ele.
À noite, enquanto orava por esse caso, o praticista saiu para caminhar nas redondezas. Enquanto andava, começou a fazer vigorosas declarações, quase como se estivesse em meio a uma discussão sobre o poder sanador da Verdade, usando frases da Bíblia e das obras da Sra. Eddy.
Por vezes tais argumentos e veemência em prol da Verdade são justamente o que se faz necessário. Dentro em pouco, porém, ele percebeu que estava labutando com um forte senso de responsabilidade humana e pessoal pela cura. O paciente lhe pedira ajuda na total confiança de que, como praticista, ele sabia o que fazer sobre o caso. A sugestão de que ele, praticista, era pessoalmente responsável pela saúde do homem, começou a aflorar com insistência em seu pensamento: o homem ser curado ou não, dependeria de quanto o praticista compreendesse a respeito de Deus.
De repente, o praticista teve este pensamento inspirador: “Este paciente é completo, saudável e perfeito, não porque estou fazendo declarações sobre a Verdade, mas porque sua vida está totalmente a salvo e intacta em Deus, cuja lei é o irresistível poder de cura”. Seguiu-se um grande sentimento de alegria, uma enorme sensação de alívio, uma torrente de gratidão pelo fato de que nem o paciente, nem o praticista, poderiam, por um momento sequer, estar separados de Deus ou da saúde total e completa. Com humildade viu todo sentimento de responsabilidade pessoal simplesmente desvanecer-se. Viu a si mesmo em seu verdadeiro papel, o de fiel e confiante testemunha do poder divino. Ele teve certeza de que a cura se efetuara.
Dentro de poucos dias, o homem telefonou para dizer que o problema havia simplesmente desaparecido. Ele estava curado.
Pelo fato de os Cientistas Cristãos negarem a veracidade e realidade da doença e de todas as formas de mal, não quer dizer que ignorem o peso das argumentações dos sentidos materiais e do mundo material. Longe disso! O sanador científico enfrenta esses argumentos da mesma forma como um matemático enfrenta um problema de aritmética ou de cálculo. O Cientista Cristão não se deixa impressionar ou desalentar pela argumentação agressiva do mal, que tenta nos convencer de sua realidade, mas trabalha baseado exclusivamente na perfeição da Ciência. Ele sabe que essa Ciência fundamenta-se no Princípio divino, Deus, e que é, portanto, capaz de ser provada quando compreendida.
O metafísico deve estar tão imbuído do fato espiritual da totalidade e onipotência de Deus e do fato de que o homem é o reflexo de Deus, que os argumentos dos sentidos tomam o aspecto não de alguma coisa, mas do nada, como conceitos errôneos. Em outras palavras, o verdadeiro sanador está tão espiritualmente consciente daquilo que é, que até certo ponto perde o falso senso daquilo que não é, e regozija-se com aquilo que é verdade.
Como é compreendida na Ciência Cristã, a cura nada tem a ver com o fato de um indivíduo “pensar” sobre a cura. Não se trata de “pensamento positivo”, nem do poder da “mente sobre a matéria”. Não é uma questão de persuasão pessoal ou da crença humana na verdade a prevalecer sobre a crença em algum erro material. Acima de tudo, não se trata de levar o homem de volta à perfeição. Trata-se, isso sim, de reconhecer e insistir na perfeição criada por Deus, da qual o homem nunca está separado, e de se incluir tanto o praticista como o paciente nessa perfeição.
Na metafísica divina, o sanador é uma testemunha da totalidade de Deus, o Espírito, e da perfeição do homem como Sua semelhança. Como reflexo de Deus, o sanador envolve o paciente com essa verdade outorgada pelo Espírito. Ele sabe que nada existe fora do Espírito, mas que todos estão incluídos no Espírito. A respeito desse tipo de testemunho, a Sra. Eddy promete em Ciência e Saúde: “Se o Espírito ou o poder do Amor divino dá testemunho em favor da verdade, isso vem a ser o ultimato, o modo científico, e a cura é instantânea.
(Extraído de "O ARAUTO DA CIÊNCIA CRISTÃ" – Dezembro 1992)
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