"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Correta leitura da Palavra de Deus

- Núcleo - 


Quando pela primeira vez foi publicado este post, foi feito o seguinte comentário:

“Este texto comentado é um 'divisor de águas' neste blog! Nunca antes o próprio autor deste blog revelou tão abertamente sua percepção de Quem Somos; Nunca antes ficou tão explícito o que há no caminho espiritual para ser percebido e desfrutado por todos!"

Este post continua sendo um divisor de águas, e poderá sê-lo também pra você, leitor, tanto quanto foi para o divino personagem Gustavo, quanto foi um divisor de águas para Jesus quando num dia de sábado entrou na sinagoga, e levantou-se para ler... E disse: "Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos.” (Lucas 4:16-21)

Por que é divisor de águas?

A resposta está no próprio texto bíblico, neste detalhe: "e levantou-se para ler..." 
O detalhe não está no fato de Jesus ter lido a escritura mas sim em como a leu!
Jesus leu esta passagem com a Consciência de que é a palavra de Deus!

E como está escrito [em Hebreus 4;12], a Palavra de Deus "é viva e eficaz, mais cortante que qualquer espada de dois gumes; capaz de penetrar até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração."

Por tê-la lido com a percepção de que é de fato a palavra de Deus, Jesus começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos.” (Lucas 4:16-21)

É necessário que a Palavra de Deus seja lida com a consciência de que não provém da mente, a mente dos personagens, mas da própria Consciência. Com essa percepção as graças sempre serão dadas a Deus!

Em 1 Tessalonicenses 2:13 foi compartilhada esta percepção: “Outro motivo ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a Palavra que de nós ouvistes, que provém de Deus, acolhestes não como simples ensino de homens, mas sim como, em verdade é, a Palavra de Deus, a qual, com toda certeza, está operando eficazmente em vós, os que credes.”

Sobre a expressão "os que credes”, atentem que há uma grande diferença entre acreditar e crer, porque crer é ter fé, é perceber! O acreditar é algo mental e depende dos condicionamentos a que se expôs a pessoa (o personagem), enquanto o perceber é algo consciencial, livre de condicionamentos. Acreditar ou não acreditar não altera a realidade. No momento em que percebemos a realidade passamos a saber, a conhecer. E então tanto o "acreditar" ou "não acreditar" perdem o sentido. 

No momento em que alguém percebe que aquelas palavras de Isaías são em verdade a palavra de Deus expressa através de Isaías, há uma percepção de algo de validade atemporal e impessoal. Quando Jesus as lê, percebe que se trata da Palavra de Deus e por isso começa a dizer-lhes: “hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos.” 

O cumprimento da escritura em nós se dá apenas através da percepção da Verdade nela expressa, e não pelo mero acreditar em que ela é verdadeira. Jesus não disse: acredite na verdade e ela os libertará, mas sim conheça a verdade e ela os libertará!

Normalmente as pessoas acreditam no que vêem (com a mente) sem se darem conta de que o que vêem pode estar sendo apenas um simples efeito daquilo em que acreditam...

Sobre este ponto, o que se segue é um elucidativo exemplo de uma forma equivocada de ler em contraposição à leitura perfeita de Jesus sobre o que leu. Trata-se de uma leitora de A Verdade da Vida, que expôs objetivamente tudo o que via diante dos seus olhos (da mente), e escreveu:

“Eu li A Verdade da Vida, mas meu marido não se curou da doença. Tornei-me adepta, mas ele não se curou... Diversos tipos de infelicidade estão surgindo um após outro. Até agora, eu não vi realizar-se nada do que desejei, mas pelo menos este desejo gostaria que fosse atendido: quero que transfiram meu marido do cargo que está ocupando agora...”

Sobre esta “leitura” de A Verdade da Vida, Masaharu Taniguchi deu uma resposta a princípio lúdica mas muito profunda, dizendo: “Esta é a carta que recebi hoje de uma senhora. Que parte de A Verdade da Vida ela terá lido?”

Eis o ponto! 

A Verdade da Vida é uma revelação divina! Veio através de Masaharu Taniguchi, que foi a forma como Deus Sumiyoshi escolheu para aparecer no cenário do mundo fenomênico.

Será que os que lêem A Verdade da Vida o fazem da forma correta, assim como Jesus leu as palavras de Isaías, ou estão fazendo como essa leitora de A Verdade da Vida?

É essencial atentar ao fato de que mesmo diante de um texto que expresse a Verdade, como o texto bíblico de Isaías ou o texto de A Verdade da Vida, é necessária uma leitura correta, sem o que não haverá libertação dos pensamentos condicionantes de quem os lê, pensamentos esses que delimitam a representação divina vivenciada pelo personagem. 

Para enfatizar a leitura correta, Masaharu Taniguchi respondeu a carta da leitora e elucidou que:

“A Imagem Verdadeira da Vida já tem todos os desejos realizados” – este é o nosso ensinamento. Ainda que na face da Terra o tempo esteja nublado ou chuvoso, o Sol não está coberto de nuvens. Este é o Aspecto Verdadeiro. Da mesma maneira, ainda que este mundo se mostre adverso para nós, no Aspecto Verdadeiro temos todos os desejos já realizados. Se contemplarmos este Aspecto Verdadeiro, brotará a alegria em nossa alma. Brotando a alegria na alma, essa alegria manifestar-se-á no mundo das formas e nosso destino tornar-se-á feliz. 

Como essa senhora tem apenas queixas na “mente”, surgem-lhe somente motivos para queixas, de acordo com a lei “Os três mundos são a manifestação da mente”. Justamente porque a pessoa se queixa é que sucedem “coisas que lhe causam queixa”. A felicidade não virá se a pessoa ficar descontente com Deus, quando é ela própria quem está criando motivos de queixa para si. Realmente, tudo é feito conforme se crê. 

Quando eu digo “Se você não tiver queixas na sua mente, não surgirão coisas que lhe causam queixa”, os queixosos me respondem: “Se desaparecerem as coisas que me causam queixa, poderei deixar de me queixar; mas, aparecendo tantas coisas desagradáveis, não é possível deixar de me queixar”. E assim, queixam-se todos os dias, e esse “pensamento de queixa” é concretizado no dia seguinte em forma de “incidentes desagradáveis”; em consequência, queixam-se mais ainda. Assim, para tais pessoas, a queixa e a infelicidade giram num círculo vicioso interminável.

Isso acontece porque não conhecem a lei da mente. Como pensam ser real a infelicidade que está acontecendo agora diante de seus olhos, não conseguem alegrar-se por mais que o tentem, e suas queixas continuam interminavelmente. As queixas são como o carvão que move a locomotiva da “infelicidade”. Não adianta dizerem “Ó locomotiva da infelicidade, não se mova”, se essas pessoas continuam ativando o fogo na fornalha da locomotiva.

“Então, como poderemos deixar de nos queixar?” – perguntarão. Basta pensar: “O que está acontecendo agora diante de meus olhos é a materialização dos meus pensamentos do passado, os quais estão se apagando desta forma. Graças a Deus!” Em seguida, agradecendo, mentalizar: “Seja o que for que esteja acontecendo diante de mim, isso é apenas a projeção dos pensamentos e não existe de verdade. Na verdade, agora, eu, meu marido e meus filhos somos todos saudáveis e felizes... Graças a Deus!”.

A mente é a origem de todas as coisas. [A Verdade da Vida, vol. 37, páginas 131 a 133]

Por fim, a Palavra de Deus é percebida consciencialmente e percebemos que não provém de nossas mentes e nem das mentes de outros personagens. Ela vem realmente de Deus, por isso damos graças a Deus. Dar graças a Deus está presente tanto na mensagem de Masaharu Taniguchi quanto é enfatizada em Tessalonicenses e repetida aqui: “Outro motivo ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a Palavra que de nós ouvistes, que provém de Deus, acolhestes não como simples ensino de homens, mas sim como, em verdade é, a Palavra de Deus, a qual, com toda certeza, está operando eficazmente em vós, os que credes.”

"Os que crêem" não são aqueles que acreditam (mentalmente) na onipresença divina, mas os que a percebem! São estes os que tem fé!

"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." [Hebreus 11:1].

Notem que não é aquilo que vêem o que move os que tem fé, mas o que percebem (consciencialmente) e que na maior parte das vezes ainda não está visível aos olhos da mente dos personagens. Por isso os que verdadeiramente tem fé são aqueles guiados pelo Espírito de Deus e não pelo pensamento de suas mentes, por isso são chamados Filhos de Deus, como está em Romanos 8;14: “Porquanto, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus." 

E os que percebem, agem. Por isso no Núcleo é dito que não há percepção sem ação! Ao perceber Jesus agiu e disse: 'Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos”.

Agora é com você! Que “leitura” fará desta percepção divina compartilhada por Jesus?

A sua postura diante do texto de Isaías, que já foi identificado como a Palavra de Deus e lido corretamente por Jesus, poderá ser para você um divisor de águas em sua vida!

Namastê.



2 comentários:

Eduardo Piereck disse...

Sentimentos autênticos são a marca registrada dos que almejam alavancar sua consciência. Tal qual o pássaro em pleno vôo, tome nota de tua garantia e direito, estrelando por tal área demarcada em teu próprio coração. Convido-o a conhecer www.sentidosplenos.blogspot.com

Templo disse...

Grato pela visita, Eduardo.

Sentimentos autênticos realmente são a marca registrada dos que desejam alavancar a consciência.

Em termos bíblico, isso foi expressado da seguinte forma: "Buscar-Me-eis, e Me encontrareis quando me buscardes de todo o vosso coração.".

Bela poesia.
Belo site, também.

Volte sempre.
Namastê!