- Gustavo -
O capítulo 2 é intitulado "Construindo a nova consciência". Nele, Goldsmith explica que a maneira de construir ou desenvolver a "nova consciência" é através da prática da Meditação. Para o Caminho Infinito, a oração ou prece são sinônimos de meditação. Meditar é orar. E o que é a meditação? É o contato consciente com Deus. A prática da meditação eleva o estudante em percepção, fazendo com que ele deixe perceber só com a mente humana (mente dualística que nos dota dos 5 sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato, além do sexto sentido: capacidade de ver, ouvir, cheirar e ter contato com seres espirituais) e passe a perceber com a Consciência (Mente divina que discerne a unidade/unicidade de tudo o que existe).
Goldsmith diz que a oração ou prece "não é aquilo que dizemos a Deus, mas aquilo que Deus nos diz". Enquanto estivermos usando a mente dualística (dotada do senso de separação entre "eu" e "Deus", "eu" e o "outro", "eu" e "tudo mais") tenderemos a orar pedindo aquilo que julgamos "não ter". A mente humana dualística percebe a separação e julga que não somos um com Deus ou com aquilo que pensamos necessitar. Por isso, é inevitável que a oração originária da mente humana seja no sentido de pedir a Deus para que conceda algo que não está aqui. Em suma, quando o indivíduo percebe unicamente com a mente humana, ele tem de se dirigir a um Deus que está longe, para informá-Lo de suas necessidades, e lembrá-Lo de cumprir o dever de ser Deus.
Todavia, quando o indivíduo usa a Consciência (ou Mente divina), ele percebe que "Deus e eu somos um", "eu e o outro somos um", "eu já sou um com aquilo que necessito". A Mente divina percebe a Presença de Deus, percebe a unicidade entre todas coisas e, por isso, percebe a provisão. Tudo já está provido! Usando a "Mente divina", o homem não se dirige a Deus, mas deixa que Deus mesmo Se revele e Se expresse. Não é necessário se dirigir ou dizer algo a Deus, pois a Consciência sente a Presença de Deus aqui e agora mesmo. E Deus, sendo onisciente, sabe de todas as nossas necessidades. Por isso, a única preocupação do Caminho Infinito é fazer com que o ser humano se eleve em percepção, abandonando a mente dualística/separativista para, com a Mente Divina, alcançar o espaço onde o homem se percebe sendo um com Deus. Uma vez que isso seja feito, passamos também a receber e vivenciar os benefícios da Presença Divina. E tudo isso é realizado através da Meditação.
Goldsmith ensina que a Meditação requer silêncio e receptividade. Silêncio para ouvir aquilo que a mente humana não consegue ouvir (logo, este silêncio não diz respeito aos sons ou ruídos do ambiente, e sim ao silêncio dos pensamentos e atividades da mente). E receptividade para permitir que o Ser se revele e Se expresse em nosso corpo, nossa mente e em todas as nossas atividades. Esses dois requisitos (silêncio e receptividade) devem ser trabalhados e obtidos em nossas práticas espirituais. Mas Goldsmith advete que, ao se sentar para meditar, a mente não fará silêncio, e que de nada nos adianta tentar aquietar a mente huamana, paralisar os pensamentos ou deixá-los em branco. Não devemos tentar lutar ou interferir, nem desejar que passem ou permaneçam, mas apenas observá-los, impessoalmente. A observação desidentificada dos pensamentos/mente retira da mente a força que ela usa para produzir pensamentos, e logo ela começa a silenciar.
Goldsmith ensina que a Meditação requer silêncio e receptividade. Silêncio para ouvir aquilo que a mente humana não consegue ouvir (logo, este silêncio não diz respeito aos sons ou ruídos do ambiente, e sim ao silêncio dos pensamentos e atividades da mente). E receptividade para permitir que o Ser se revele e Se expresse em nosso corpo, nossa mente e em todas as nossas atividades. Esses dois requisitos (silêncio e receptividade) devem ser trabalhados e obtidos em nossas práticas espirituais. Mas Goldsmith advete que, ao se sentar para meditar, a mente não fará silêncio, e que de nada nos adianta tentar aquietar a mente huamana, paralisar os pensamentos ou deixá-los em branco. Não devemos tentar lutar ou interferir, nem desejar que passem ou permaneçam, mas apenas observá-los, impessoalmente. A observação desidentificada dos pensamentos/mente retira da mente a força que ela usa para produzir pensamentos, e logo ela começa a silenciar.
Nessa primeira etapa, Goldsmith não aconselha a prática da mente vazia. Ao invés disso, é muito mais proveitoso dar início à meditação com alguma pergunta ou ideia específica sobre a qual você deseje alguma luz. Isso revela-se mais útil, pois diminui a possibilidade de o praticante pegar no sono durante a meditação. A fixação da mente em uma questão específica ajuda a diminuir os pensamentos dispersos/aleatórios e obter o aquietamento mental, além de possibilitar receber revelações e respostas. A mente deve estar fixada em Deus, nas coisas de Deus (consciência do puro Bem), e receptiva para que a Sabedoria divina se revele em sua própria consciência (essa mesma consciência/mente que você está usando para meditar). A consciência/mente do homem não é nem divina e nem humana. O homem é um ser misterioso/híbrido capaz de perambular entre dois universos (unidade e separatividade), duas percepções. Quando você meditar, deve manter receptividade para que a Sabedoria de Deus se revele na mesma consciência/mente com a qual você deu início à meditação. Uma vez ocorrida a revelação, sua mente não será mais a humana, e sim a divina. E, na Mente Divina, você se perceberá um com Deus.
Toda meditação traz benéfícios ao praticante. Benefícios que atuam em todos os campos e níveis: físico, mental, emocional, espiritual, até o ponto de conduzir a percepção da pessoa às alturas da Consciência. Em geral, as pessoas que meditam necessitam de menos horas de sono, vivem em estado simultâneo de alerta e repouso, são mais atentas, desfrutam de maior equilíbrio emocional, serenidade e paz interior. Além disso, a prática da meditação pode levar o indivíduo a desenvolver/ampliar a inteligência, a intuição e outras faculdades mentais ou psíquicas, chamadas de "siddhis" (poderes espirituais). Esses são os efeitos ou benefícios "superficiais" ou "secundários" da prática meditativa - não são o objetivo principal da meditação. O verdadeiro objetivo da Meditação é propiciar ao praticante a percepção da consciência de unidade com Deus e com a Vida.
Uma vez conscientizada a nossa unicidade com Deus, deixamos de "viver por nós mesmos", e Deus passa a viver "em" e "através" de nós. O homem mergulhado no senso de separação de Deus tem a sensação de existir independentemente, de viver por si mesmo, e realizar tudo por si mesmo. O homem que existe separado de Deus depende de sua própria força, capacidade, inteligência, recursos. O senso de separação de Deus impossibilita que a presença e poder de Deus atue na experiência humana. O meio para "trazer Deus para perto" do ser humano consiste em o homem adquirir a percepção da presença de Deus. Jesus Cristo dizia de si mesmo: "Eu e o Pai somos um", "eu de mim mesmo não faço coisa alguma, é o Pai em mim quem realiza as obras". Por isso, quando o homem entra em contato com o Cristo de seu ser, o Espírito de Deus vivem em nós e passa a realizar todas as obras. Esse Espírito de Deus passa a ser a lei sobre a qual toda a nossa vida se desenrola. As coisas deixam de ocorrer unicamente em função de leis materiais, cármicas (dualidade), passam a se submeter a uma lei mais elevada: a lei do Espírito, da Graça (Unidade).
Goldsmith diz: "É através da meditação que desenvolveremos a conscientização da presença e poder de Deus e passamos a sentir aquela Presença conosco, dia e noite, a nos guiar e proteger." Mais uma vez constatamos a necessidade de praticar a Verdade revelada nesta mensagem, ao invés de ficar apenas na leitura dela. Se quisermos acessar a presença e o poder divinos que estão aqui e agora, devemos pagar o preço de nos dedicar às contemplações e meditações da Verdade. Assim estaremos desenvolvendo ou "construindo a nova consciência".
Namastê!
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