- Gustavo -
O capítulo 3 é intitulado "A Consciência individual como Lei". Se pudermos compreender o significado/sentido do que está expresso no título, isso já é um grande passo na assimilação dos ensinos do Caminho Infinito. A Consciência Individual é uma consciência espiritual ou divina, não sendo um produto deste mundo material. Alguém poderia escorregar, bater a cabeça no chão, e perder a "consciência". Essa "consciência", que surge quando o cérebro está ativo e desaparece quando o cérebro cessa de funcionar, não é a Consciência Individual a qual Joel Goldsmith está tratando. Ele está falando da Consciência divina. A consciência divina é a Consciência Única (Deus), que se manifesta como consciência individualizada. Ao mesmo tempo em que a Consciência é única, ela se manifesta como infinitas consciências individuais. O conjunto de "consciências individuais" formam a Consciência Única, pois se originam dela. Nesse âmbito espiritual, a Consciência Infinita (totalidade de Deus) está aparecendo como cada consciência individual existente. Isso faz com que a consciência individual seja exatamente o mesmo Infinito que Deus é. O Filho (Cristo) é exatamente o mesmo que o Pai (Deus). Portanto, somos o Cristo, o ser espiritual individualizado que tem sua origem em Deus. Essa é a nossa identidade verdadeira. Você pode saber mais sobre o princípio da individualidade clicando aqui.
Logo na abertura deste capítulo, Goldsmith inicia com a passagem bíblica que afirma: "Não se glorie o sábio no seu saber, nem se glorie o forte na sua força, nem se glorie o rico nas suas riquezas; porém, aquele que se gloria, glorie-se em Me conhecer e em saber que Eu sou o Senhor que exerço a misericórdia, a equidade e a justiça sobre a terra". Essa passagem bíblica chama a atenção para que tiremos nossa atenção do "mundo dos efeitos" a fim de podermos conscientizar Aquilo/Aquele que é a causa única e verdadeira de tudo o que existe. O homem que deposita sua fé em sua inteligência/capacidade/recursos próprios, apoia-se na natureza efêmera, frágil e incerta do mundo dos efeitos. Permitir que as coisas existentes no universo dos efeitos se tornem lei para nossa vida não é sabedoria. A Sabedoria verdadeira consiste em deixar que a Consciência Espiritual se torne lei para todos os acontecimentos de nossa vida.
Vamos começar a compreender que pessoas, coisas, lugares ou circunstâncias não são causas daquilo que nos acontece. Aparentemente falando, a coisa pode parecer chegar a nós por meio de uma pessoa ou circunstância, mas a "pessoa" ou "circunstância" em si são o puro nada. A Consciência ou Espírito Divino é a única causa/presença/força/substância atuando "por detrás" e "através" de cada pessoa, coisa, lugar ou circunstância que estão sendo utilizados. A compreensão disso permite-nos retirar a atenção/confiança do reino dos efeitos, e assim deixamos de conferir aos efeitos o poder para governar/dirigir o que acontece em nossas vidas. Não devemos colocar nossa dependência em efeitos (pessoas, dinheiro, etc.) mas sempre no Espírito de Deus que os conduz até nós.
Se algum elemento externo parece ter poder para agir sobre nós, é porque aceitamos a crença de que existe fora de nós um poder capaz de nos influenciar. Mas Goldsmith afirma que nenhum poder age sobre nós. Isso deve ser conscientizado, deve ser contemplado. O estudante necessita sentar e meditar, voltando sua atenção para Deus, e contemplando: "nada lá fora pode exercer poder sobre mim, exceto a própria Consciência que Eu sou. A Consciência (Deus) é a única causa do meu corpo, da minha mente, lar, relacionamentos, vida profissional, e essa Consciência é Bem, Amor, Sabedoria, Verdade, Harmonia, Abundância. Eu vivo dentro do Reino de Deus. Portanto, tudo em minha vida segue dentro da ordem divina, estabelecida por Deus. Tudo já está suprido/providenciado".
A propósito, a palavra "contemplar" significa "perceber aquilo que já existe, que já está acontecendo". Contemplação não diz respeito ao indivíduo querer criar (com o poder de sua mente ou de sua consciência) uma realidade que ainda não está lá. A meditação contemplativa consiste em o estudante perceber diante de si uma realidade que já existe, que já está acontecendo. É imbuído deste espírito que o praticante deve realizar a contemplação descrita acima. Esse é um ponto muito crucial e importante, por isso vale repetir: não realize as contemplações objetivando manifestar em sua realidade coisas que ainda não existem. "Contemplar" significa apenas "ver" o que já está lá. Alguma vez você já deve ter observado pássaros voando no céu. Se você pôde contemplá-los é porque eles já estavam lá. A você coube apenas o papel de desfrutar da visão de pássaros voando. Ao meditar, você deverá contemplar o Reino de Deus da mesma forma como contemplaria o cenário de pássaros cruzando o céu. Sem forçar, sem querer criar nada – apenas constatar aquilo que já é. O mínimo desvio desse princípio faz com que a sua prática se torne um mero exercício mental, e não espiritual. Se a mente contestar e relutar, com dúvidas e pensamentos de que "isso não existe, impossível!", conscientize que essa é apenas a opinião ou julgamento da mente, e saiba que a mente humana jamais será capaz de perceber o mesmo que Consciência Espiritual percebe. A partir disso, deixe que a mente limitada continue percebendo aquilo de que ela é capaz (isso é problema dela!), enquanto você se ocupa em reconhecer a presença do Reino de Deus.
A propósito, a palavra "contemplar" significa "perceber aquilo que já existe, que já está acontecendo". Contemplação não diz respeito ao indivíduo querer criar (com o poder de sua mente ou de sua consciência) uma realidade que ainda não está lá. A meditação contemplativa consiste em o estudante perceber diante de si uma realidade que já existe, que já está acontecendo. É imbuído deste espírito que o praticante deve realizar a contemplação descrita acima. Esse é um ponto muito crucial e importante, por isso vale repetir: não realize as contemplações objetivando manifestar em sua realidade coisas que ainda não existem. "Contemplar" significa apenas "ver" o que já está lá. Alguma vez você já deve ter observado pássaros voando no céu. Se você pôde contemplá-los é porque eles já estavam lá. A você coube apenas o papel de desfrutar da visão de pássaros voando. Ao meditar, você deverá contemplar o Reino de Deus da mesma forma como contemplaria o cenário de pássaros cruzando o céu. Sem forçar, sem querer criar nada – apenas constatar aquilo que já é. O mínimo desvio desse princípio faz com que a sua prática se torne um mero exercício mental, e não espiritual. Se a mente contestar e relutar, com dúvidas e pensamentos de que "isso não existe, impossível!", conscientize que essa é apenas a opinião ou julgamento da mente, e saiba que a mente humana jamais será capaz de perceber o mesmo que Consciência Espiritual percebe. A partir disso, deixe que a mente limitada continue percebendo aquilo de que ela é capaz (isso é problema dela!), enquanto você se ocupa em reconhecer a presença do Reino de Deus.
A princípio isso pode parecer um exercício de mentalização, mas conforme a pessoa for se aprofundando na prática (de retirar o poder do efeito e fazer de Deus o único poder capaz de dirigir a experiência de sua vida), um sentimento muito profundo começa a surgir, e é quando o indivíduo começa a ter contato com a parte puramente espiritual (e não mental) deste ensinamento. Alcançar esse "sentimento profundo" será o bastante. Goldsmith diz: "Quanto maior for a sua compreensão da Consciência como sendo Deus, maior será sua transparência para manifestar o reino de Deus em suas atividades. Deus é onipresente, mas este fato somente se tornará efetivo quando puder sentir conscientemente aquilo como sendo verdade.".
O objetivo do capítulo 3 é expôr o princípio de que Deus é a única causa, e que não há nenhum poder no efeito. Se as formas ou efeitos aparentam atuar sobre nós como se fossem "causas", é porque acreditamos na existência de um poder externo, separado da nossa Consciência. Todavia, o poder existe no Espírito que produz o efeito e não no efeito em si. Nossa Consciência Espiritual é a única causa (e portanto o único poder) capaz de reger todo e qualquer acontecimento em nosso universo. Esse é o princípio que realiza os milagres.
Apenas saber essas verdades não é o suficiente. Goldsmith diz que: "Deus é onipresente, mas Deus deve ser reconhecido, pois é o consciente reconhecimento do Espírito de Deus que faz com que Ele Se torne manifesto na forma necessária para o momento. Até que haja uma consciência e reconhecimento do Espírito de Deus como a substância, poder e lei de todo efeito, será como se o Espírito de Deus não existisse. Há uma só maneira de experienciarmos a presença e poder de Deus, e esta é através do reconhecimento e conscientização de que o Espírito é a realidade de tudo aquilo que aparece, porém sempre com a compreensão de que a aparência em si não é realidade." Por isso, finalizo este texto, chamando mais uma vez a atenção para a importância de realizar as práticas meditativas ou contemplativas. Elas é que farão com que os resultados prometidos sejam colhidos em nossa vida, tanto espiritual como material.
Namastê!
Um comentário:
Meu Amigo Silvano!
Excelente indicação! Vou incluir essa postagem como referência de leitura, na próxima vez que estiver comentando um texto pois, como você bem disse, é importante para transmitir a ideia de que "as coisas espirituais são discernidas espiritualmente" (e não mentalmente!).
Agradeço por mais essa ótima contribuição! _/\_
Grande abraço!
Namastê!
Postar um comentário