segunda-feira, março 03, 2014

Assim se identificam o Budismo e o Cristianismo - 10/11

Masaharu Taniguchi


Prajnā, em termo sânscrito, significa inteligência e sabedoria. Passando por diversas situações, a mente contraria a verdade, e por isso não conhece a inexistência do eu; o eu é o corpo total da ignorância. O ato de se afastar da ignorância chama-se inteligência, e o expediente para tal chama-se sabedoria. A inteligência é o corpo da sabedoria, e esta é o emprego da inteligência. A humanidade está originariamente provida delas. É por meio delas que os budas todos os três mundos, todos os fundadores das religiões e os grandes mestres anciãos realizaram trabalhos admiráveis, manifestaram poderes divinos, fizeram pregações a instruíram seus discípulos. A verdadeira sabedoria não está nas letras; ela constitui a natureza verdadeira dos shundo-ganrei (Chushin-kyô, de autoria do mestre zen-budista Rankei)

Shundo-ganrei são as criaturas que se remexem e dotadas de espírito; são, portanto, todos os seres viventes. O trecho acima citado diz que a natureza verdadeira e originária de todos os seres viventes, isto é, a Imagem Verdadeira, não é matéria, mas o próprio prajnā, a própria sabedoria suprema. A nossa essência não é matéria, não é corpo carnal, mas corpo de sabedoria suprema; é a sabedoria kan-jizai (*Nota: Kan = visão ou ver; Jizai = plena liberdade). A própria Sabedoria Universal (Fu = Universal; Gen = Sabedoria), "encolhendo e diminuindo" (Sutra Kan-fugen-bosatsu), manifesta-se transitoriamente com aparência de corpo físico – isto somos nós, seres humanos.

Por isso, nós, seres humanos, com este corpo tal qual é, somos bodisatva Fugen (ser universal de sabedoria). Esse bodisatva é chamado também Kan-jizai-bosatsu porque, sendo plenamente livre (jizai) na visão (kan) e na sabedoria (gen), manifesta livremente corpos-expedientes conforme ele visualiza. Nós, com este corpo, em estado natural, somos Kanzeon-bosatsu, somos Fugen-bosatsu. Onde, a doença? Onde, a preocupação? Onde, a infelicidade? Isso não existe! Não existe absolutamente! Se você sofre, é porque não sabe disso. Saiba, saiba que o seu corpo da Imagem Verdadeira é Kanzeon-bosatsu, é Fugen-bosatsu! Então, a sua doença ou a infelicidade se autodesintegrará imediatamente.

Se nós estamos vivendo aqui, é a Vida de filho-de-Deus que está vivendo. Somos concebidos imaculadamente. Isso, em inglês, se diz imaculate conception. Trata-se de gravidez sem mácula. Nós não nascemos pelo desejo carnal, nem pelo adultério. No livro Imagem Verdadeira da coleção A Verdade da Vida, está claramente escrito que "o homem jamais nasceu do útero de mulher". Esta afirmação pode parecer absurda do ponto de vista do senso comum, mas o conceito do homem baseado no senso comum é uma ilusão baseada no conhecimento dos cinco sentidos, e é por essa razão que o homem que comeu do fruto da árvore do conhecimento (conhecimento dos cinco sentidos) teve a Vida eterna negada com a sentença "Tu és pó e ao pó tornarás". Para retomar a Vida eterna (Vida que não morre), é necessário negar o conhecimento dos cinco sentidos. A imagem que se vê nem sempre é a Imagem Verdadeira. A Imagem Verdadeira se apreende com a negação do conhecimento dos cinco sentidos ("vi claramente que os cinco agregados são vazios"). E, para essa apreensão, é necessário "deixar o mundo dos cinco sentidos, transcendendo-o, e entrar no mundo da Imagem Verdadeira". É para isso que nós praticamos o Prajnā Paramitā, isto é, a Meditação Shinsokan.

Esse termo "profundo" da Sutra da Sabedoria é abreviação da expressão "extremamente profundo e indescritivelmente sublime". O "Prajnā", como já expliquei anteriormente, significa "sabedoria"; não a inteligência humana ou dos cinco sentidos, mas a "sabedoria as Imagem Verdadeira". "Paramitā" significa "alcançar a outra margem", passar para a outra margem. "Outra margem" é o mundo do outro lado (mundo da Imagem Verdadeira, o mundo que existe verdadeiramente), que transcende o mundo fenomênico (o mundo aparente). Caro leitor, feche imperiosamente os olhos para o mundo fenomênico, que "considera o homem como corpo carnal", e passe para o mundo do outro lado. E apodere-se do mundo da Imagem Verdadeira. Traga o "outro lado" para "agora, aqui". Não veja o paraíso no distante mundo do outro lado; realize-o agora, aqui; apreenda-o agora, aqui. Esta é a revolução copernicana do conceito do homem. Este é o verdadeiro arrependimento. "Arrependei-vos, porque o reino de Deus está aqui, agora". Esta é a tradução do trecho bíblico em inglês: "Repent, for the Kingdom of heaven is at hand". Na Bíblia em japonês, está traduzido "o reino de Deus está próximo", mas essa tradução está equivocada. "At hand" quer dizer "ao alcance das mãos" isto é, à nossa disposição, agora. Portanto, o reino de Deus (pode-se dizer Terra Pura) está ao alcance de nossas mãos, à nossa disposição.

Caro leitor, acredite nisso. Fé é poder. Tendo fé, o reino de Deus se realiza aqui, agora, imediatamente. Primeiramente, acredite que você é filho de Deus. Acredite em Deus disponível agora, no mundo real. Tome posse dessa fé. Os pensadores otimistas da Inglaterra e dos Estados Unidos chamam a "Deus disponível na prática" de available God. Quando se apreende a Deus agora, aqui, isto é, no agora eterno, realiza-se agora, aqui, o viver de Deus. Agora é a hora de Deus; aqui é o lugar de Deus; este eu é a pessoa de Deus. Com esta compreensão, a tradicional visão a respeito do mundo e a visão acerca do homem sofre um giro de 360 graus. (Com o giro de 180 graus, não é possível praticar o Caminho na vida natural e comum  – "a mente em estado normal é o caminho". Com o giro de apenas 180 graus, a fé degenera ao nível de despertar do pequeno veículo, em que um ermitão nega a carne e passa a viver em ascese na floresta. O despertar do grande veículo consiste em ver o "vazio" no corpo carnal na exata circunstância em que existe, conscientizando que ele é corpo indestrutível. Isto é o giro de 360 graus da visão atinente ao homem.)

Ver o mundo da matéria como "vazio" assim mesmo como é e conscientizar que ele é o mundo da Vida-Espírito, o reino de Deus (Terra Pura) repleto de sabedoria suprema, agora, aqui  – isto é o despertar do grande veículo. Sakyamuni também atingiu esse despertar do grande veículo. E, a partir disso, foi que surgiram milagres. Também entre os leitores da Seicho-No-Ie ocorrem curas milagrosas e provisões infinitas porque, com o giro dos 360 graus na visão respeitante ao mundo e ao homem, concretiza-se agora, aqui, o reino de Deus (ou Terra Pura de Buda).

Cont...

Do livro "A Verdade da Vida, vol. 39", pp. 150-154

5 comentários:

  1. Personificações de Kanzeon Bosatsu,

    Os divinos ensinamentos dAquele que aparece na “representação” como o divino personagem Masaharu Taniguchi devem ser assimilados como um todo.

    E Masaharu Taniguchi ensinou que:

    “Prajnā, em termo sânscrito, significa inteligência e sabedoria. Passando por diversas situações, a mente contraria a verdade {a “mente em ilusão”; a “mente do personagem”}, e por isso não conhece a inexistência do eu { não conhece a inexistência do “eu” do personagem}; o eu { ou seja, o “eu” do personagem} é o corpo total da ignorância. O ato de se afastar da ignorância chama-se inteligência, e o expediente para tal chama-se sabedoria. A inteligência é o corpo da sabedoria, e esta é o emprego da inteligência. A humanidade está originariamente provida delas. É por meio delas que os budas todos dos três mundos, todos os fundadores das religiões e os grandes mestres anciãos realizaram trabalhos admiráveis, manifestaram poderes divinos, fizeram pregações e instruíram seus discípulos. A verdadeira sabedoria não está nas letras; ela constitui a natureza verdadeira dos shundo-ganrei (Chushin-kyô, de autoria do mestre zen-budista Rankei)

    Shundo-ganrei são as criaturas que se remexem e dotadas de espírito; são, portanto, todos os seres viventes. O trecho acima citado diz que a natureza verdadeira e originária de todos os seres viventes, isto é, a Imagem Verdadeira, não é matéria, mas o próprio prajnā, a própria sabedoria suprema. A nossa essência não é matéria, não é corpo carnal, mas corpo de sabedoria suprema; é a sabedoria kan-jizai (*Nota: Kan = visão ou ver; Jizai = plena liberdade). A própria Sabedoria Universal (Fu = Universal; Gen = Sabedoria), "encolhendo e diminuindo" (Sutra Kan-fugen-bosatsu), manifesta-se transitoriamente com aparência de corpo físico – isto somos nós, seres humanos {em realidade a Sabedoria Universal não “encolhe ou diminui” mas apenas aparenta “encolher e diminuir” para haver a representação divina}.

    Por isso, nós, seres humanos, com este corpo tal qual é, somos bodisatva Fugen (ser universal de sabedoria). Esse bodisatva é chamado também Kan-jizai-bosatsu porque, sendo plenamente livre (jizai) na visão (kan) e na sabedoria (gen), manifesta livremente corpos-expedientes conforme ele visualiza {os corpos-expedientes são os divinos personagens}. Nós, com este corpo, em estado natural, somos Kanzeon-bosatsu, somos Fugen-bosatsu. Onde, a doença? Onde, a preocupação? Onde, a infelicidade? Isso não existe! Não existe absolutamente! {trata-se de uma representação divina} Se você sofre, é porque não sabe disso {é porque não percebe que se trata de uma representação divina}. Saiba {perceba}, saiba {perceba} que o seu corpo da Imagem Verdadeira é Kanzeon-bosatsu {por isso o tratamento foi: “Personificações de Kanzeon Bosatsu”}, é Fugen-bosatsu! Então, a sua doença ou a infelicidade se autodesintegrará imediatamente.

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  2. Se nós estamos vivendo aqui, é a Vida de filho-de-Deus que está vivendo. Somos concebidos imaculadamente. Isso, em inglês, se diz imaculate conception. Trata-se de gravidez sem mácula. Nós não nascemos pelo desejo carnal, nem pelo adultério. No livro Imagem Verdadeira da coleção A Verdade da Vida, está claramente escrito que "o homem jamais nasceu do útero de mulher". Esta afirmação pode parecer absurda do ponto de vista do senso comum {pode parecer absurda do ponto de vista da percepção da mente dos personagens}, mas o conceito do homem baseado no senso comum {o conceito do homem baseado na percepção da mente dos personagens}, é uma ilusão baseada no conhecimento dos cinco sentidos {nos cinco sentidos de percepção do personagem}, e é por essa razão que o homem que comeu do fruto da árvore do conhecimento (conhecimento dos cinco sentidos) {fruto da árvore do conhecimento de bem e mal; fruto do conhecimento dual} teve a Vida eterna negada com a sentença "Tu és pó e ao pó tornarás" {esta “sentença” refere-se ao personagem e é ilusória! Esta “sentença” é fruto da própria ilusão; da ilusão de separação do Ser Único; É fruto do conhecimento dual; é fruto da árvore do conhecimento de bem e mal}. {Notem que o terceiro capítulo do Gênesis [3, 19], onde aparece esta “sentença” não é o capítulo que descreve a criação de Deus, descrita no primeiro capítulo, na qual tudo o que Deus fez Ele mesmo vê que é bom! Aqui há um detalhe bastante sutil que deve ser atentamente observado: É Deus Quem percebe que aquilo que Ele fez é bom! É a própria “percepção de Deus”, ou seja, é a “percepção divina” que vê, que sabe que tudo o que foi feito por Deus é bom! Outro detalhe a ser notado aqui é que não há nada real que não tenha sido feito por Deus! No Núcleo é compartilhada a percepção de que Deus criou em si mesmo, em Sua própria Consciência e Realidade o universo! Tudo o que há no universo criado por Deus, que é o único Ser real, foi feito da própria essência de Deus; não havia nada além de Si mesmo, de Sua própria essência que pudesse ser usado na criação divina; nem havia outro “local”, além de Sua própria Consciência; nem outro “tempo”, além do tempo de Deus... E ainda não há! Por isso o universo criado por Deus em sua própria Consciência é repleto de “seres conscienciais”, todos conscientes de que são Filhos de Deus, ou seja, de que são feitos da mesma essência do Ser único!}

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  3. Continua ensinando Masaharu Taniguchi:
    Para retomar a Vida eterna (Vida que não morre), é necessário negar o conhecimento dos cinco sentidos. A imagem que se vê nem sempre é a Imagem Verdadeira {a “imagem” vista pela “mente dos personagens” é a “representação”. Mas notem que Masaharu Taniguchi usa a expressão “nem sempre”... o que quer dizer que é possível perceber a Imagem Verdadeira! E ele ensina como fazer isso}. A Imagem Verdadeira se apreende com a negação do conhecimento dos cinco sentidos ("vi claramente que os cinco agregados são vazios"){essa declaração é uma percepção consciencial que foi [que está sendo] compartilhada!}. E, para essa apreensão, é necessário "deixar o mundo dos cinco sentidos, transcendendo-o, e entrar no mundo da Imagem Verdadeira". É para isso que nós praticamos o Prajnā Paramitā, isto é, a Meditação Shinsokan.

    Esse termo "profundo" da Sutra da Sabedoria é abreviação da expressão "extremamente profundo e indescritivelmente sublime". O "Prajnā", como já expliquei anteriormente, significa "sabedoria"; não a inteligência humana ou dos cinco sentidos, mas a "sabedoria da Imagem Verdadeira" {a percepção consciencial}. "Paramitā" significa "alcançar a outra margem", passar para a outra margem. "Outra margem" é o mundo do outro lado (mundo da Imagem Verdadeira, o mundo que existe verdadeiramente) {no Núcleo é chamado de “universo consciencial” ou “universo da Consciência do Ser”}, que transcende o mundo fenomênico (o mundo aparente) {no Núcleo é chamado de “universo mental” ou “universo da mente dos personagens”}. Caro leitor, feche imperiosamente os olhos para o mundo fenomênico {feche os olhos para o “universo da mente dos personagens”}, que "considera o homem como corpo carnal" {que considera o personagem como real}, e passe para o mundo do outro lado. E apodere-se do mundo da Imagem Verdadeira. Traga o "outro lado" para "agora, aqui". Não veja o paraíso no distante mundo do outro lado; realize-o agora, aqui; apreenda-o agora, aqui. Esta é a revolução copernicana do conceito do homem. Este é o verdadeiro arrependimento. "Arrependei-vos, porque o reino de Deus está aqui, agora". Esta é a tradução do trecho bíblico em inglês: "Repent, for the Kingdom of heaven is at hand". Na Bíblia em japonês, está traduzido "o reino de Deus está próximo", mas essa tradução está equivocada. "At hand" quer dizer "ao alcance das mãos" isto é, à nossa disposição, agora. Portanto, o reino de Deus (pode-se dizer Terra Pura) está ao alcance de nossas mãos, à nossa disposição.

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  4. Continua ensinando Masaharu Taniguchi:
    Para retomar a Vida eterna (Vida que não morre), é necessário negar o conhecimento dos cinco sentidos. A imagem que se vê nem sempre é a Imagem Verdadeira {a “imagem” vista pela “mente dos personagens” é a “representação”. Mas notem que Masaharu Taniguchi usa a expressão “nem sempre”... o que quer dizer que é possível perceber a Imagem Verdadeira! E ele ensina como fazer isso}. A Imagem Verdadeira se apreende com a negação do conhecimento dos cinco sentidos ("vi claramente que os cinco agregados são vazios"){essa declaração é uma percepção consciencial que foi [que está sendo] compartilhada!}. E, para essa apreensão, é necessário "deixar o mundo dos cinco sentidos, transcendendo-o, e entrar no mundo da Imagem Verdadeira". É para isso que nós praticamos o Prajnā Paramitā, isto é, a Meditação Shinsokan.

    Esse termo "profundo" da Sutra da Sabedoria é abreviação da expressão "extremamente profundo e indescritivelmente sublime". O "Prajnā", como já expliquei anteriormente, significa "sabedoria"; não a inteligência humana ou dos cinco sentidos, mas a "sabedoria da Imagem Verdadeira" {a percepção consciencial}. "Paramitā" significa "alcançar a outra margem", passar para a outra margem. "Outra margem" é o mundo do outro lado (mundo da Imagem Verdadeira, o mundo que existe verdadeiramente) {no Núcleo é chamado de “universo consciencial” ou “universo da Consciência do Ser”}, que transcende o mundo fenomênico (o mundo aparente) {no Núcleo é chamado de “universo mental” ou “universo da mente dos personagens”}. Caro leitor, feche imperiosamente os olhos para o mundo fenomênico {feche os olhos para o “universo da mente dos personagens”}, que "considera o homem como corpo carnal" {que considera o personagem como real}, e passe para o mundo do outro lado. E apodere-se do mundo da Imagem Verdadeira. Traga o "outro lado" para "agora, aqui". Não veja o paraíso no distante mundo do outro lado; realize-o agora, aqui; apreenda-o agora, aqui. Esta é a revolução copernicana do conceito do homem. Este é o verdadeiro arrependimento. "Arrependei-vos, porque o reino de Deus está aqui, agora". Esta é a tradução do trecho bíblico em inglês: "Repent, for the Kingdom of heaven is at hand". Na Bíblia em japonês, está traduzido "o reino de Deus está próximo", mas essa tradução está equivocada. "At hand" quer dizer "ao alcance das mãos" isto é, à nossa disposição, agora. Portanto, o reino de Deus (pode-se dizer Terra Pura) está ao alcance de nossas mãos, à nossa disposição.

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  5. Caro leitor, acredite nisso. Fé é poder. Tendo fé, o reino de Deus se realiza aqui, agora, imediatamente. Primeiramente, acredite que você é filho de Deus. Acredite em Deus disponível agora, no mundo real. Tome posse dessa fé. Os pensadores otimistas da Inglaterra e dos Estados Unidos chamam a "Deus disponível na prática" de available God. Quando se apreende a Deus agora, aqui, isto é, no agora eterno, realiza-se agora, aqui, o viver de Deus. Agora é a hora de Deus; aqui é o lugar de Deus; este eu é a pessoa de Deus. Com esta compreensão, a tradicional visão a respeito do mundo e a visão acerca do homem sofre um giro de 360 graus. (Com o giro de 180 graus, não é possível praticar o Caminho na vida natural e comum – "a mente em estado normal é o caminho". Com o giro de apenas 180 graus, a fé degenera ao nível de despertar do pequeno veículo, em que um ermitão nega a carne e passa a viver em ascese na floresta. O despertar do grande veículo consiste em ver o "vazio" no corpo carnal na exata circunstância em que existe, conscientizando que ele é corpo indestrutível. Isto é o giro de 360 graus da visão atinente ao homem.) { Esta expressão “giro de 360 graus” refere-se a mudança de percepção; da percepção mental à percepção consciencial; e é perfeita para descrever o que acontece, pois, é sinônimo da expressão “o mesmo mas diferente”, usada no Núcleo, para significar que o mesmo universo visto pela mente dos personagens como algo real é percebido pela Consciência do Ser como uma representação divina, algo irreal. Assim, com o “giro de 360 graus”, ou seja, com a mudança ou giro total de percepção – 360 graus – percebe-se “o mesmo” “mas com uma visão totalmente diferente”!}

    Ver o mundo da matéria como "vazio" assim mesmo como é {mas um vazio pleno da essência divina, da substância de Deus} e conscientizar que ele é o mundo da Vida-Espírito, o reino de Deus (Terra Pura) repleto de sabedoria suprema, agora, aqui – isto é o despertar do grande veículo {é a budificação do homem}. Sakyamuni também atingiu esse despertar do grande veículo {percebeu que ele e que todos os seres são “budas”, seres iluminados ou “filhos de Deus”}. E, a partir disso, foi que surgiram milagres. Também entre os leitores da Seicho-No-Ie ocorrem curas milagrosas e provisões infinitas porque, com o giro dos 360 graus na visão respeitante ao mundo e ao homem, concretiza-se agora, aqui, o reino de Deus (ou Terra Pura de Buda).

    Namastê.

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