- Gustavo -
Os comentários sobre este capítulo estão sendo divididos em duas partes devido à importância do conteúdo dos dois últimos tópicos: "O que vemos é o nosso conceito de universo" e "Visualize o universo espiritual". Eles merecem uma atenção especial, pois dizem respeito a um ponto muito crucial e importante que é passado no ensinamento. Goldsmith afirma que a falta de compreensão deste ponto compromete o sucesso do estudante em realizar as curas espirituais. Esses pontos devem ser completamente muito bem assimilados.
Goldsmith diz que o universo visível é um conceito do Universo Infinito Invisível. O que quer dizer isso? Significa que o universo visível apenas retrata ou indica algo do Universo Real. Por exemplo: imagine que uma fotografia está sendo tirada de uma pessoa. A "imagem" da pessoa na foto não será a "pessoa em si", mas apenas um conceito dela. E que diferença há entre a pessoa real e o conceito dela que surge na foto! A pessoa em si existe em três dimensões, é viva, é livre, é emotiva, se move, se expressa, fala, sorri, e faz mil e uma outras coisas. Por sua vez, na imagem fotográfica a pessoa é reduzida a duas dimensões, não está viva, não se move, não se expressa, não sente, etc.. Ao aparecer na fotografia, inúmeros aspectos da pessoa são "filtrados" e perdidos. Embora não expresse a totalidade da pessoa real, uma fotografia pode ao menos indicar algo sobre ela. Esse é o significado de quando se diz que a fotografia é um "conceito" da pessoa.
Do mesmo modo, o "universo aparente" é apenas um conceito do Universo Espiritual. O Universo Espiritual é infinito-dimensional, está acima e além do espaço-e-tempo, é eterno, imutável, unido, total, completo. Por sua vez, o universo conceitual é tri-dimensional, com espaço-e-tempo, é efêmero, mutável, separado, incompleto. A mente humana é o instrumento que capta a presença do Universo Espiritual e o traduz/reduz para este universo visível. Ao fazer a tradução, um número incalculável de aspectos do Universo Real são filtrados e perdidos. E a mente humana fica restringida a ver e a perceber somente o que existe no universo por ela concebido. Por isso os aspectos maiores do Universo Real ficam invisíveis e parecendo não existir para a mente.
Mas, apesar de o Caminho Infinito fazer menção a "Universo Real" e "universo aparente", isso não significa que existem dois universos (assim como no exemplo da fotografia não existem "duas pessoas"). Este é o ponto que Goldsmith deseja que os estudantes compreendam e assimilem. Somente um deles é que pode ser chamado de Universo, pois é real. O outro não deve ser chamado e nem tratado por "universo", já que é apenas um conceito. Um conceito não está presente, um conceito não tem substância e não tem realidade. A vida existe no Universo! A substância existe no Universo! O homem existe no Universo! Todos os acontecimentos estão ocorrendo no Universo! Não há ninguém vivendo no universo aparente, que sequer universo é – é apenas um conceito. Não há nada acontecendo no universo conceitual, o qual é desprovido de vida, substância e realidade. Por isso, Goldsmith diz: "Temos dito que Deus é a substância de toda a forma, que Deus é a realidade de toda a forma, a substância e a realidade de todo efeito. Estaríamos então a compreender a Deus como sendo a substância do corpo, das árvores, flores, do sol, lua, estrelas e tudo mais que captamos com os sentidos materiais? Não. Este é um universo espiritual. É verdade que Deus é a substância de toda a forma: Deus é a substância de seu corpo e de toda a creação; mas não se esqueça de que, quando eu o vejo, isto é, quando eu vejo o seu corpo ou quando vejo a árvore ou as flores, eu não estou vendo a creação de Deus – eu não estou vendo o universo espiritual – eu estou vendo apenas um conceito finito e material dele." Mas para a mente parece haver vida no universo conceitual, e muitos eventos parecem estar ocorrendo nele. Enquanto o praticante se deixar levar pela percepção equivocada da mente humana, sua atenção ficará "dividida", e ele não poderá focalizar por inteiro o Universo, a Realidade, o Reino de Deus. E a meditação ensinada no Caminho Infinito nada mais é do que a pura contemplação do Universo.
Portanto, ao meditar nós não teremos que lidar com dois universos. É necessário superar o impulso de querermos alterar o universo conceitual a partir da conscientização do Universo Real. Goldsmith ensina que isso é um erro – e é o que leva a pessoa a falhar em curar. Não há um universo que esteja aqui para ser curado, modificado ou melhorado. Por sua vez, o universo que está aqui já é imutável e completo, e nele está contido o Todo-Infinito que Deus é. Portanto, em nosso trabalho de cura espiritual, só o que temos de fazer é visualizar o Universo. É o que Goldsmith diz:
"Quando a consciência espiritual é atingida, podemos visualizar o universo espiritual; não que perceberemos pelo ver, ouvir, provar, tocar e cheirar dos cinco sentidos, mas num estado de consciência iluminada, teremos vislumbres dele. Abandonando-se a aparência [conceito], voltando-se a Deus visando conscientizar a realidade como o Espírito Se manifestando, resultará naquilo que aparece como cura. Realmente é a harmonia de Deus sendo revelada a nós que vemos como forma melhorada. Este é o ponto mais importante do nosso trabalho de cura. Em seu trabalho, não pense nas coisas que estiver tentando curar. Pense naquilo que Deus é, e naquilo que Deus aparece como – Deus aparecendo, não como uma forma delimitada, mas como infinitude, eternidade, imortalidade, harmonia, alegria, abundância. E então você terá as curas."
Mas, apesar de o Caminho Infinito fazer menção a "Universo Real" e "universo aparente", isso não significa que existem dois universos (assim como no exemplo da fotografia não existem "duas pessoas"). Este é o ponto que Goldsmith deseja que os estudantes compreendam e assimilem. Somente um deles é que pode ser chamado de Universo, pois é real. O outro não deve ser chamado e nem tratado por "universo", já que é apenas um conceito. Um conceito não está presente, um conceito não tem substância e não tem realidade. A vida existe no Universo! A substância existe no Universo! O homem existe no Universo! Todos os acontecimentos estão ocorrendo no Universo! Não há ninguém vivendo no universo aparente, que sequer universo é – é apenas um conceito. Não há nada acontecendo no universo conceitual, o qual é desprovido de vida, substância e realidade. Por isso, Goldsmith diz: "Temos dito que Deus é a substância de toda a forma, que Deus é a realidade de toda a forma, a substância e a realidade de todo efeito. Estaríamos então a compreender a Deus como sendo a substância do corpo, das árvores, flores, do sol, lua, estrelas e tudo mais que captamos com os sentidos materiais? Não. Este é um universo espiritual. É verdade que Deus é a substância de toda a forma: Deus é a substância de seu corpo e de toda a creação; mas não se esqueça de que, quando eu o vejo, isto é, quando eu vejo o seu corpo ou quando vejo a árvore ou as flores, eu não estou vendo a creação de Deus – eu não estou vendo o universo espiritual – eu estou vendo apenas um conceito finito e material dele." Mas para a mente parece haver vida no universo conceitual, e muitos eventos parecem estar ocorrendo nele. Enquanto o praticante se deixar levar pela percepção equivocada da mente humana, sua atenção ficará "dividida", e ele não poderá focalizar por inteiro o Universo, a Realidade, o Reino de Deus. E a meditação ensinada no Caminho Infinito nada mais é do que a pura contemplação do Universo.
Portanto, ao meditar nós não teremos que lidar com dois universos. É necessário superar o impulso de querermos alterar o universo conceitual a partir da conscientização do Universo Real. Goldsmith ensina que isso é um erro – e é o que leva a pessoa a falhar em curar. Não há um universo que esteja aqui para ser curado, modificado ou melhorado. Por sua vez, o universo que está aqui já é imutável e completo, e nele está contido o Todo-Infinito que Deus é. Portanto, em nosso trabalho de cura espiritual, só o que temos de fazer é visualizar o Universo. É o que Goldsmith diz:
"Quando a consciência espiritual é atingida, podemos visualizar o universo espiritual; não que perceberemos pelo ver, ouvir, provar, tocar e cheirar dos cinco sentidos, mas num estado de consciência iluminada, teremos vislumbres dele. Abandonando-se a aparência [conceito], voltando-se a Deus visando conscientizar a realidade como o Espírito Se manifestando, resultará naquilo que aparece como cura. Realmente é a harmonia de Deus sendo revelada a nós que vemos como forma melhorada. Este é o ponto mais importante do nosso trabalho de cura. Em seu trabalho, não pense nas coisas que estiver tentando curar. Pense naquilo que Deus é, e naquilo que Deus aparece como – Deus aparecendo, não como uma forma delimitada, mas como infinitude, eternidade, imortalidade, harmonia, alegria, abundância. E então você terá as curas."
Finalizando, os pontos aqui explanados podem ser utilizados para lançar ainda mais luz sobre o assunto tratado no texto "Comentando o capítulo 3". Nele foi dito que "Deus aparece como a Consciência individual". Esse aparecimento (manifestação) ocorre no âmbito do Universo – e não no universo conceitual. A Consciência Única (Deus, o Pai) está aparecendo como a Consciência individual que somos (o Filho de Deus). Deus é a nossa substância! Deus é a nossa realidade! Todos os seres existem em Deus! Todos os acontecimentos estão ocorrendo em Deus! Não há nada existindo ou acontecendo fora de Deus. Não há seres vivendo ou experienciando mundo material. Em si, o universo conceitual é o "nada" – que ora pode assumir formas condizentes com a Realidade, e ora assume formas contrárias à natureza da Realidade. Que verdade há em algo que é incapaz de se definir? Por isso é desprovido de verdade, substância e realidade. Tudo o que Deus é, nós somos! Tudo o que o Pai tem, nós temos! Que possamos contemplar essas verdades! A contemplação delas eleva a nossa percepção ao âmbito do Universo Divino (trazendo realização e iluminação, que é o principal objetivo deste ensinamento) e faz o cenário do mundo assumir formas condizentes com a verdade do Ser (cura espiritual, que é um objetivo secundário).
Namastê!
Neste texto, Goldsmith ensina a importância de se visualizar o Universo Espiritual. Fazendo um paralelo com os ensinamentos de Goldsmith, Masaharu Taniguchi também ensina que a visualização realizada na Meditação não é feita para criar determinada realidade no mundo fenomênico. Ele diz que "ver é manifestar", o próprio "ver" já é a "manifestação" e também a "vivência".
ResponderExcluirVisualizar (ou ver) já é a manifestação, a vivência e a experiência daquilo que está sendo contemplado. Esse é o sentido da prática espiritual de "visualizar o Universo Espiritual ou Reino de Deus".
A fim de traçar um paralelo entre esses dois ensinamentos, deixo o link abaixo, onde Masaharu Taniguchi fala sobre essa visualização:
http://busca-espiritual.blogspot.com.br/2014/03/a-verdade-da-budificacao-do-homem-57.html
Namastê
ResponderExcluirNa onipresença de Buda (Cristo), somente existe Buda (Cristo). E, tudo o que existe em Buda (Cristo), é o próprio Buda (Cristo).
A presença de Buda, é Buda. O corpo de Buda, é Buda. A mente de Buda, é Buda. A percepção de Buda, é Buda. O olhar de Buda, é Buda. A Vida de Buda, é Buda. Em Buda, tudo (presença, corpo, mente, percepção, olhar, vida) é Buda.
Por isso, Masaharu Taniguchi se vale de uma explicação muito simples para mostrar o que o homem deve fazer para se "realizar como Buda". Ele diz: "Se não se manifesta a Imagem Verdadeira (Buda), é porque o homem não a visualiza, não a mentaliza. Ver (visualizar) é manifestar."
"Ver é manifestar". Esse ensinamento que está sendo compartilhado é muito profundo. Mentalmente, ver não é o mesmo que manifestar. Isso porque, no âmbito mental, a visão obrigatoriamente precede a manifestação.
Porém, consciencialmente, ver é o mesmo que manifestar. "Ver" surge concomitantemente com "manifestar".
Se em Buda tudo é Buda, então a própria visão (visualização ou olhar de Buda) já é Buda. Não é necessário haver (e não existe) uma espécie de "visão prévia" ou "mente prévia" que possa estar lá para ver Buda. Essa "mente" ou "visão" separada não existe, e Buda jamais será visto por intermédio dela. Buda se manifesta juntamente com a visão. A própria visão com que se vê Buda já é Buda. É por isso que diz: "Ver é manifestar".
Quando Masaharu Taniguchi recomenda a prática contemplativa (visualizativa) da Meditação Shinsokan, ele incita o indivíduo a praticar esse tipo específico de visualização. A Meditação Shinsokan não se trata, portanto, de mero exercício ou visualização mental. Nessa Meditação, a pessoa deve "mentalizar" (visualizar, ver) com a própria "mente" de Buda, e não com a mente cerebral/humana.
A Meditação Shinsokan não é prática de visualização mental, e sim visualização consciencial.
Namastê!