"Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre. Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos (pactos); um do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, essa Agar é Sinai, um monte da Arábia que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós". (Gálatas 4: 22, 23, 24, 25, 26)
Joel S. Goldsmith
Joel S. Goldsmith
Em nossa humanidade somos filhos da escrava, subjugados pela carne e suas imposições, presos às coisas, aos pensamentos e às atividades da carne, quer se trate da carne do corpo, quer seja a carne chamada dinheiro ou outras formas do humano viver.
Vivendo na e pela carne, como descendentes da escrava, estamos sob as leis da matéria, as leis da economia, da raça, da religião e da nacionalidade - sob o contrato "que foi gerado pela escravidão". O outro pacto, que é o de nossa adoção espiritual, que acontece pela atividade consciente dentro de nosso próprio ser e no momento em que estivermos prontos para a transição, já que a transição de humanidade para a filiação espiritual se dá exclusivamente pela Graça.
Quando alguém diz que gostaria de ser um filho de Deus e de ser livre das mazelas da carne, geralmente não quer dizer exatamente isso. Quer dizer que gostaria de ser livre das mazelas da carne, mas sem abrir mão de seus proveitos e prazeres. É por essa razão que, como seres humanos, não podemos escolher ser filhos de Deus.
Mas virá um dia, na consciência de cada um de nós - para alguns agora mesmo e para outros daqui a diversas existências -, quando pela Graça interior seremos capazes e desejosos não só de nos livrar dos desgostos da carne, mas também de seus proveitos e prazeres; desejaremos nos familiarizar com nossa identidade espiritual, ou seidade, com essa nova criatura, outra que não a antiga, saudável e honrada, uma criatura nova nascida do Espírito. Essa é a experiência de transição.
Ser nascido pelo Espírito significa renascer por uma transformação da consciência, e esse renascimento pode ocorrer enquanto estamos neste plano de existência terrena, assim como pode ter lugar após termos deixado esta esfera.
É bom lembrar que se não conseguirmos fazer a transição aqui, sempre haverá para nós uma oportunidade em outro momento, pois no reino de Deus não existe tempo. Ali é sempre o agora, e o agora sempre se nos apresenta com novas oportunidades. Esse momento é agora. Esse momento, esse agora, nos dá a oportunidade de abdicar de nossa humanidade para aceitar a divindade do nosso ser. Se porém isso estiver além de nossa capacidade imediata de fazê-lo neste momento, mais tarde descobriremos que também é agora, e nesse novo agora estaremos de novo diante da oportunidade de aceitar ou não a divindade do nosso ser.
Se não estivermos preparados para um tal recebimento, haverá amanhã, o ano que vem ou o seguinte; e a cada vez que se apresentar a oportunidade de descobrir nossa filiação divina, será o agora. Daqui a cem anos, será agora para nós.
Agora é sempre o momento de aceitar nossa divindade, embora para alguns possa ter ocorrido anos atrás e para outros possa acontecer daqui a anos. Quer ocorra neste exato momento ou a qualquer outra hora, quando acontecer será agora.
Cada um de nós terá de o defrontar, a qualquer momento de qualquer dia da eternidade, e aqueles de nós que, por uma razão ou outra forem incapazes de aceitar o "convite" de nossa liberdade nesse momento particular - liberdade com que estaremos revestidos quando da aceitação do Cristo - tranquilamente terão uma nova oportunidade ao longo do tempo. Para aqueles que se foram antes de nós - alguns dos quais em profunda escuridão espiritual, outros em estado de pecado mortal e de degradação - também existe o agora e eles também têm a mesma oportunidade agora que tiveram e rejeitaram aqui na terra; e agora podem ter desenvolvido uma maior capacidade de aceitação.
O que significa aceitar a revelação espiritual em nossa experiência? Sem a compreensão do que seja a revelação espiritual não podemos estar preparados para aceitá-la. Apesar de a maioria das pessoas afirmar acreditar em Deus, na verdade muitas delas não acreditam. De fato, podem acreditar que há um Deus ou ter uma crença acerca de Deus, mas não têm fé, nem percepção e nem convicção; isso porque a natureza do escravo é estar ligado aos efeitos - ao amor, à adoração, e ao temor de qualquer coisa que tenha forma, que tenha efeitos visíveis. Podem ser fisicamente saudáveis, de coração, fígado ou pulmões; podem ter montanhas de dinheiro, investimentos ou imóveis, porém o amor, a devoção ou o medo de muitos seres humanos está sempre voltado para algo ou para alguém do reino do visual. O filho da escrava está ligado a algum pensamento, coisa ou pessoa, e é o que constitui a humanidade em sua quase totalidade.
Vivendo na e pela carne, como descendentes da escrava, estamos sob as leis da matéria, as leis da economia, da raça, da religião e da nacionalidade - sob o contrato "que foi gerado pela escravidão". O outro pacto, que é o de nossa adoção espiritual, que acontece pela atividade consciente dentro de nosso próprio ser e no momento em que estivermos prontos para a transição, já que a transição de humanidade para a filiação espiritual se dá exclusivamente pela Graça.
Quando alguém diz que gostaria de ser um filho de Deus e de ser livre das mazelas da carne, geralmente não quer dizer exatamente isso. Quer dizer que gostaria de ser livre das mazelas da carne, mas sem abrir mão de seus proveitos e prazeres. É por essa razão que, como seres humanos, não podemos escolher ser filhos de Deus.
Mas virá um dia, na consciência de cada um de nós - para alguns agora mesmo e para outros daqui a diversas existências -, quando pela Graça interior seremos capazes e desejosos não só de nos livrar dos desgostos da carne, mas também de seus proveitos e prazeres; desejaremos nos familiarizar com nossa identidade espiritual, ou seidade, com essa nova criatura, outra que não a antiga, saudável e honrada, uma criatura nova nascida do Espírito. Essa é a experiência de transição.
Ser nascido pelo Espírito significa renascer por uma transformação da consciência, e esse renascimento pode ocorrer enquanto estamos neste plano de existência terrena, assim como pode ter lugar após termos deixado esta esfera.
É bom lembrar que se não conseguirmos fazer a transição aqui, sempre haverá para nós uma oportunidade em outro momento, pois no reino de Deus não existe tempo. Ali é sempre o agora, e o agora sempre se nos apresenta com novas oportunidades. Esse momento é agora. Esse momento, esse agora, nos dá a oportunidade de abdicar de nossa humanidade para aceitar a divindade do nosso ser. Se porém isso estiver além de nossa capacidade imediata de fazê-lo neste momento, mais tarde descobriremos que também é agora, e nesse novo agora estaremos de novo diante da oportunidade de aceitar ou não a divindade do nosso ser.
Se não estivermos preparados para um tal recebimento, haverá amanhã, o ano que vem ou o seguinte; e a cada vez que se apresentar a oportunidade de descobrir nossa filiação divina, será o agora. Daqui a cem anos, será agora para nós.
Agora é sempre o momento de aceitar nossa divindade, embora para alguns possa ter ocorrido anos atrás e para outros possa acontecer daqui a anos. Quer ocorra neste exato momento ou a qualquer outra hora, quando acontecer será agora.
Cada um de nós terá de o defrontar, a qualquer momento de qualquer dia da eternidade, e aqueles de nós que, por uma razão ou outra forem incapazes de aceitar o "convite" de nossa liberdade nesse momento particular - liberdade com que estaremos revestidos quando da aceitação do Cristo - tranquilamente terão uma nova oportunidade ao longo do tempo. Para aqueles que se foram antes de nós - alguns dos quais em profunda escuridão espiritual, outros em estado de pecado mortal e de degradação - também existe o agora e eles também têm a mesma oportunidade agora que tiveram e rejeitaram aqui na terra; e agora podem ter desenvolvido uma maior capacidade de aceitação.
O que significa aceitar a revelação espiritual em nossa experiência? Sem a compreensão do que seja a revelação espiritual não podemos estar preparados para aceitá-la. Apesar de a maioria das pessoas afirmar acreditar em Deus, na verdade muitas delas não acreditam. De fato, podem acreditar que há um Deus ou ter uma crença acerca de Deus, mas não têm fé, nem percepção e nem convicção; isso porque a natureza do escravo é estar ligado aos efeitos - ao amor, à adoração, e ao temor de qualquer coisa que tenha forma, que tenha efeitos visíveis. Podem ser fisicamente saudáveis, de coração, fígado ou pulmões; podem ter montanhas de dinheiro, investimentos ou imóveis, porém o amor, a devoção ou o medo de muitos seres humanos está sempre voltado para algo ou para alguém do reino do visual. O filho da escrava está ligado a algum pensamento, coisa ou pessoa, e é o que constitui a humanidade em sua quase totalidade.
O novo "contrato", da nova criatura, começa a valer quando descobrimos que "Eu e o Pai somos um" e "Tudo o que o Pai tem, é nosso. Eu olho para uma única direção, a do Infinito Invisível. Então, o que vem de dentro eu reparto gloriosamente, com liberdade e júbilo".
A transição para a filiação divina implica mudar a fé no que é visível para a fé no Infinito Invisível, no que jamais pderá ser visto, ouvido, saboreado, tocado, cheirado, ou mesmo pensado e argumentado. Tem de ser uma fé em si mesma, que não pede razões. Deve ser uma convicção avassaladora, condizente com essa fé, mesmo antes de se saber o que é - ou seja, um instinto profundo, uma intuição, uma graça interior.
"Não haverá sinais a seguir": os sinais seguem aquele que crê. Quando a fé se instala, os sinais vêm. Se nos dedicarmos a qualquer sinal, qualquer coisa ou pensamento em que podemos nos apegar, então tal coisa ou pensamento é algo sobre o qual repousa a nossa fé, em vez de estasr no Invisível, que é Deus. É possível pensar e repensar na verdade - e até certo ponto isso é natural e certo -, porém virá o momento em que o pensamento pára, se faz um branco, quase um vazio, e então nesse vazio jorra a própria Presença e Força de Deus.
Podemos atingir essa Presença apenas estando despidos, num momento de completo silêncio, quando todo processo de pensamento estiver parado, quando nada tivermos para nos apoiar, nada em que fixarmos nossa felicidade, e tivermos nos tornado estéreis e vazios.
Esse é o momento em que percebemos que, mesmo sem poder conhecê-Lo, senti-Lo, ou pensá-Lo, aí está uma Presença invisível, um Algo inatingível que todavia é atuante, e que de dentro da própria invisibilidade manifestará tudo o que for necessário ao nosso desenvolvimento.
Se acharmos que somos alguma coisa, erraremos gravemente. Apenas quando atingirmos a renúncia a nós mesmos é que a divina Seidade de nosso próprio Ser revelar-se-á. E o caminho é o Silêncio. O silêncio não é ausência de som, mas um estado de consciência que nos torna capazes de refrear qualquer reação da mente ao que é visto ou ouvido. Por exemplo, podemos ver e reconhecer uma sombra na parede, uma figura assustadora, e não ter uma reação de medo, sabendo que é uma sombra. Quando a consciência tiver atingido o conhecimento de uma força, de uma lei, uma substânbcia, uma causa - a unidade - não mais responderemos com medo, dúvida ou horror a qualquer coisa vista ou ouvida; e então a consciência terá ido além da força e atingido o Silêncio - a cura da consciência.
A transição para a filiação divina implica mudar a fé no que é visível para a fé no Infinito Invisível, no que jamais pderá ser visto, ouvido, saboreado, tocado, cheirado, ou mesmo pensado e argumentado. Tem de ser uma fé em si mesma, que não pede razões. Deve ser uma convicção avassaladora, condizente com essa fé, mesmo antes de se saber o que é - ou seja, um instinto profundo, uma intuição, uma graça interior.
"Não haverá sinais a seguir": os sinais seguem aquele que crê. Quando a fé se instala, os sinais vêm. Se nos dedicarmos a qualquer sinal, qualquer coisa ou pensamento em que podemos nos apegar, então tal coisa ou pensamento é algo sobre o qual repousa a nossa fé, em vez de estasr no Invisível, que é Deus. É possível pensar e repensar na verdade - e até certo ponto isso é natural e certo -, porém virá o momento em que o pensamento pára, se faz um branco, quase um vazio, e então nesse vazio jorra a própria Presença e Força de Deus.
Podemos atingir essa Presença apenas estando despidos, num momento de completo silêncio, quando todo processo de pensamento estiver parado, quando nada tivermos para nos apoiar, nada em que fixarmos nossa felicidade, e tivermos nos tornado estéreis e vazios.
Esse é o momento em que percebemos que, mesmo sem poder conhecê-Lo, senti-Lo, ou pensá-Lo, aí está uma Presença invisível, um Algo inatingível que todavia é atuante, e que de dentro da própria invisibilidade manifestará tudo o que for necessário ao nosso desenvolvimento.
Se acharmos que somos alguma coisa, erraremos gravemente. Apenas quando atingirmos a renúncia a nós mesmos é que a divina Seidade de nosso próprio Ser revelar-se-á. E o caminho é o Silêncio. O silêncio não é ausência de som, mas um estado de consciência que nos torna capazes de refrear qualquer reação da mente ao que é visto ou ouvido. Por exemplo, podemos ver e reconhecer uma sombra na parede, uma figura assustadora, e não ter uma reação de medo, sabendo que é uma sombra. Quando a consciência tiver atingido o conhecimento de uma força, de uma lei, uma substânbcia, uma causa - a unidade - não mais responderemos com medo, dúvida ou horror a qualquer coisa vista ou ouvida; e então a consciência terá ido além da força e atingido o Silêncio - a cura da consciência.
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