(Jisso - O Aspecto Real, a Imagem Verdadeira da Vida)
Para compreender o Jisso, não é necessário esforço. Não é necessário uma busca. Não é necessário fazer coisa alguma. A busca e o esforço pertencem ao mundo transitório, mundo que é fenomênico, ilusório. O mundo Real não é "deste mundo". Quando ocorre alguma ação no mundo, isso é o homem "fazendo". Todo empreendimento de ações ou de esforços pertence ao fazer humano - e Deus jamais atua onde atua o homem. Deus age, realiza suas obras, mas opera tudo isso na Sua Realidade Absoluta, que é o Reino de Deus, o Reino dos Céus, o Mundo do Jisso. Quando o homem se esforça, quando ele age e busca no mundo -- tentando compreender/perceber o mundo único de Deus --, isso é "mera ação do homem egoísta que se julga separado de Deus e, por isso, procura alcançá-lo". Deus não atua onde atua o homem. Mas Deus pode atuar como o homem, por meio do homem, utilizando-se do dele como um "canal". Quando ocorre isto, não é o homem atuando, mas Deus.
Não é o homem que compreende Deus e seu Reino - Deus é quem mostra. E é por isso que não é necessário esforços humanos. O que o homem necessita fazer é se aquietar e acalmar todos os seus esforços: os esforços no sentido de "se esforçar" e também os esforços no sentido de "não se esforçar". Quando o homem, na tentativa de ver o Jisso, aprende a parar com essas tentativas de esforços, de repente ei-lo ali! O homem não necessita realmente fazer nada; a ele basta perceber que "a visão já está sendo vista", "a percepção já está sendo percebida", tudo já é! A porta por onde ele entrará e que o fará "ver" já existe, já está lá, pronta, sempre lá. É assim que se "entra" no mundo de Deus.
O problema básico e principal é o homem achar que, para conseguir perceber, ele deverá primeiro aprimorar-se em algum sentido. As pessoas pensam que para chegar "lá" será necessário a elas fazer um exame de consciência, orar mais, meditar mais, compreender as coisas um pouco mais, expandir a consciência um pouco mais, purificar um pouco mais a sua mente... tudo isso (e muito mais) na verdade é desnecessário. Uma pessoa que possuidora de pouco entendimento espiritual possui as mesmas chances de captar o Jisso que possuem os homens abarrotados de conhecimentos espirituais. Conhecimento mundano e conhecimento espiritual - tudo isso pertence a o mundo fenomênico e transitório. Uma pessoa pode possuir muito ou pouco conhecimento espiritual - qualquer um deles existe/pertence ao mundo que não é o Real. Por isso, no que diz respeito ao Jisso, nenhum deles influenciará "para mais" ou "para menos", em qualquer sentido. Porque Deus concede a todos a mesma possibilidade, as mesmas oportunidades. É um Deus justo! O homem que busca conhecer Deus tentando meditar, orar e adquirir cada vez mais conhecimentos está movendo-se no mundo, está partindo do mundo e rumando para o seu destino final e inevitável: o próprio mundo. E o homem que também não está nem aí para Deus move-se no mundo da mesma forma. A diferença de um de de outro é que o primeiro possui a vontade de conhecer, enquanto o segundo não a tem. Mas ambos movem-se no mundo.
Para conhecer a Deus, é necessário o buscador deixar de mover-se no mundo. Para que isso aconteça, é preciso haver uma entrega total, um estado de completo abandono, uma mente (um estado mental) de absoluto desapego. Essa postura mental de desapego surge quando o homem cessa com seus esforços "no sentido de esforçar-se para alcançar", bem como com seus esforços para "fazer cessar seus esforços". Então ele deixa o mundo e subitamente se vê na dimensão onde não é ele quem faz. Não foi preciso a ele fazer esforço pessoal algum, ele viu pela Graça! "Filho, é do agrado do Pai dar-te o Reino", disse Jesus. E o mundo não pára; coisas continuam a acontecer, mas é o Pai quem estará fazendo. "As minhas obras, eu de mim mesmo não as realizo. Mas o Pai quem está em mim, este realiza as obras".
O que importa não são as ações realizadas no mundo pelo homem. E mesmo a busca, mesmo a tentativa de tentar alcançar, são a barreira que impedem o homem de "conseguir".
Outro dia, conversando com alguém sobre este assunto, tal pessoa afirmou que para que consigamos compreender a Verdade, deveríamos estar dispostos a manter uma mente sempre aberta, dispostos a apagar tudo o que sabemos e, assim, recomeçarmos do zero. Deveríamos fazer isto várias vezes quanto necessárias! Recomeçar do zero a cada dia. Isso constituiria um comportamento virtuoso, um ato humilde (mas, na verdade, é um ato imbuído de ego) e espiritual. Manter a mente aberta ou mantê-la fechada, tanto faz - não há meio mais eficiente para atrasar a nossa compreensão espiritual! A compreensão da Verdade não virá através de nada disso! Não é importante o que o homem faz. O homem pode agir com a presunção de que sabe sempre cada vez mais, ou pode agir com a humildade de recomeçar do zero a cada dia - este não é o ponto. Porque ambos eles constituem esforços humanos. Não é importante o estado humano (físico, intelectual, mental, espiritual) que a pessoa se encontra. Deus olha para seus filhos e diz: "filho, se você permitir, eu lhe salvo agora, na forma em que você estiver, na condição que você estiver, onde você estiver, seja quem você for - nada disso importa. Apenas se entregue a Mim". E é assim que Deus arrebata seus filhos para o céu, para o Reino. O ensinamento do Budismo da Terra pura diz que o Buda Amitabha viveu uma vida de imenso sofrimento - assim como Jesus Cristo, O Buda Amitabha sofreu por todos os homens deste mundo, e não somente pelos homens de sua época, mas pelas pessoas de todas as épocas e eras - e os tomou todos sobre si, para que ninguém mais precisasse sofrer para entrar no Céu, no Nirvana, na Terra Pura, no Jisso. E após ter sofrido tanto quanto Jesus Cristo, e ter finalmente atingido a iluminação espiritual, o Buda Amitabha declarou: "Escolhi sofrer no lugar de todos para remir a humanidade. De hoje em diante, aquele que crer em mim e chamar pelo meu nome, eu o salvarei onde ele estiver, como ele estiver, quem quer que ele seja". E, desde então, alguns budistas têm tido como principal prática espiritual a entoação e repetição do nome de Amitabha, através do mantra "Namu Amida Butsu" ou por "Namandabu" (que é a contração do mantra mais extenso).
Jesus diz: "Vinde a Mim, os que estão cansados e sedentos, e EU vos aliviarei", "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida...", "Aquele que crer em MIM, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva... e ainda que ele morra, viverá", "Se pedirdes ao Pai em meu nome, sereis atendidos". Buda diz: "Aquele que crer em MIM e chamar pelo meu nome, será salvo e eu lhe mostrarei a Terra Pura". Krishna diz: "Mas, quem de coração puro se voltar a MIM e fizer em meu espírito tudo quanto faz - quem renunciar a si mesmo e, dia e noite, firmado em MIM, me servir -, esse será salvo por MIM do tempestuoso mar da existência desse inconstante mundo do nascer e do morrer, porque buscou refúgio em MIM.” Deus é misericordioso demais! Só existe um EU. Este EU apareceu neste mundo como Jesus, como Buda, como Krishna e, por Revelação, está aparecendo também como cada vida existente, como cada um de nós. Possuímos o mesmo Espírito, a mesma Essência, porquanto no universo inteiro há um único EU, uma única Presença, uma única Vida. Esta é a Revelação. Os iluminados compreenderam esta Unicidade. Este EU único é o que tem aparecido através dos tempos para mostrar a humanidade o Caminho da Vida.
No livro "A Verdade da Vida, vol. 01", o Professor Masaharu Taniguchi relata uma experiência mística/espiritual que de fato foi vivida por um homem que ele havia conhecido. Segue a transcrição do texto:
"O sr. Giichi Ano era um respeitável seguidor do Budismo. Mensalmente convidava um mestre budista e realizava uma reunião para que jovens e fiéis de sua vila pudessem ouvir boas palavras. Desde quando era jovem de uns 20 anos, pensava seriamente sobre o assunto "vida". Quanto mais pensava, mais foi-se embaraçando nos indecifráveis sofrimentos humanos e chegou a um ponto tal de confusão, que pensou até em se matar, tamanha era sua seriedade. Ele era herdeiro de uma fábrica de molho de soja, por isso, do ponto de vista econômico , não havia propriamente que sofrer. E também não sofreu porque tivesse uma saúde débil. Sofreu psiquicamente a ponto de querer morrer, por pensar em assuntos como o que vem a ser a "vida", o que vem a ser o "homem", o que vem a ser o "desejo". Ainda jovem, com cerca de 20 anos apenas, chegou a sofrer tanto com tais problema; só por isso podemos imaginar o quanto era séria, por natreza, a personalidade do sr. Ano. Quando ouvi esta história do Sr. Ano senti admiração pela seriedade de sua personalidade. Nessa ocasião, o sr. Ano, para resolver o sofrimento da vida, estava fazendo a invocação de Amitabha, sentado em posição de prece, confinado num quarto. Então, certo dia, teve uma visão, na qual contemplou nitidamente uma situação que parecia um paraíso búdico, cheio de luz. Quando viu claramente com seus olhos o aspecto daquele mundo exclusivamente de luz, apagou-se completamente, sem deixar sinal, o seu sofrimento pela vida de treva que levava e, depois disso, o que preenchia seu coração era pura alegria e regozijante bem-estar. Esta visão, na qual lhe foi mostrado o mundo exclusivamente de luz, persistiu por cerca de um mês. Era demais a alegria, demais o regozijo, e nasceu um desejo de experimentar mais uma vez, como antes, o sofrimento em relação à "vida". Ele orou assim: "Permita-me sofrer mais uma vez em relação à vida." Então, de fato, repentinamente, se interrompeu a sua clarividência e apagou-se do campo visual o mundo exclusivamente de luz. Desde então, ele continuou a sofrer a respeito da "vida", exatamente na forma como pediu na oração e, somente agora, conseguiu dominar o sofrimento da vida que ele próprio procurara. (...)" (A Verdade da Vida, vol.01; pg. 184-186)
Essa foi a experiência vivida pelo sr. Giichi Ano, e deu-se através da clarividência. O Jisso verdadeiro não é algo que possa ser "visto", "ouvido", ou "tocado", mesmo que seja por meio dos sentidos espirituais mais sutis. Portanto, o mundo que o sr. Giichi Ano viu não era o verdadeiro Jisso, embora tal mundo o representasse. O Jisso verdadeiro está além de todas as formas. Por isso, "entrar" no Jisso, ou perceber o Jisso, não significa que a pessoa necessariamente terá visões paradisíacas ou celestiais. O Jisso absoluto simplesmente não pode ser captado por nenhuma espécie de sentido (material ou espiritual). Mas isso não constitui empecilho para conseguirmos ver o Jisso. Nós o vemos, mas o fazemos com outra espécie de "olhos" - são os "olhos do Jisso", ou, conforme ensina a Bíblia, a Mente de Cristo. Somente o Jisso vê o Jisso. Somente a Mente Divina vê a existência divina. Somente Deus vê Deus. Tentar ver Deus com outro instrumento que não seja a própria "Mente de Deus" é mera tentativa fútil. Por isso é que Cristo tomou sobre si as dores e os pecados de toda a humanidade. Por isso é que Jesus e o Buda Amitabha tomaram sobre si os sofrimentos de toda a humanidade: para que, no momento em que pedíssemos a eles, tivéssemos acesso incondicional ao Mundo de Deus, à Terra Pura. O segredo para entrar no mundo do Jisso consiste no fato de que nós podemos entrar nele exatamente assim como estamos agora. Não faz diferença se estamos melhores ou piores do que já somos - a dificuldade (assim como a facilidade) de entrar permanece a mesma. Não precisamos melhorar ou sequer mudar nenhum pouco. Somos aceitos como somos.
São poucas as pessoas que conhecem a história de Amitabha - ele foi outro grande Buda histórico. Sidharta Gautama, o Sakyamuni, não foi o único homem a tornar-se Buda. Amitabha foi anterior a ele e, inclusive, várias vezes, Sakyamuni faz referência ao Buda Amitabha para seus díscípulos durante a pregação de suas verdades. O Buda Amitabha possui a mesma história de Jesus Cristo - em épocas diferentes, cenários diferentes, culturas/costumes diferentes... mas a trama é a mesma. Isso mostra que Deus tem se manifestado através dos tempos para conduzir a humanidade a salvação. E a salvação é incondicional! Não depende de condições, esforços, não-esforços, buscas, não-buscas... é incondicional! Porque provém de um lugar que "não é deste mundo". Então, nada que seja deste mundo possui qualificação suficiente para levar-nos à Salvação, que nos é concedida por Deus. A salvação de Deus só pode ser pela Graça - porque não é deste mundo.
O problema básico e principal é o homem achar que, para conseguir perceber, ele deverá primeiro aprimorar-se em algum sentido. As pessoas pensam que para chegar "lá" será necessário a elas fazer um exame de consciência, orar mais, meditar mais, compreender as coisas um pouco mais, expandir a consciência um pouco mais, purificar um pouco mais a sua mente... tudo isso (e muito mais) na verdade é desnecessário. Uma pessoa que possuidora de pouco entendimento espiritual possui as mesmas chances de captar o Jisso que possuem os homens abarrotados de conhecimentos espirituais. Conhecimento mundano e conhecimento espiritual - tudo isso pertence a o mundo fenomênico e transitório. Uma pessoa pode possuir muito ou pouco conhecimento espiritual - qualquer um deles existe/pertence ao mundo que não é o Real. Por isso, no que diz respeito ao Jisso, nenhum deles influenciará "para mais" ou "para menos", em qualquer sentido. Porque Deus concede a todos a mesma possibilidade, as mesmas oportunidades. É um Deus justo! O homem que busca conhecer Deus tentando meditar, orar e adquirir cada vez mais conhecimentos está movendo-se no mundo, está partindo do mundo e rumando para o seu destino final e inevitável: o próprio mundo. E o homem que também não está nem aí para Deus move-se no mundo da mesma forma. A diferença de um de de outro é que o primeiro possui a vontade de conhecer, enquanto o segundo não a tem. Mas ambos movem-se no mundo.
Para conhecer a Deus, é necessário o buscador deixar de mover-se no mundo. Para que isso aconteça, é preciso haver uma entrega total, um estado de completo abandono, uma mente (um estado mental) de absoluto desapego. Essa postura mental de desapego surge quando o homem cessa com seus esforços "no sentido de esforçar-se para alcançar", bem como com seus esforços para "fazer cessar seus esforços". Então ele deixa o mundo e subitamente se vê na dimensão onde não é ele quem faz. Não foi preciso a ele fazer esforço pessoal algum, ele viu pela Graça! "Filho, é do agrado do Pai dar-te o Reino", disse Jesus. E o mundo não pára; coisas continuam a acontecer, mas é o Pai quem estará fazendo. "As minhas obras, eu de mim mesmo não as realizo. Mas o Pai quem está em mim, este realiza as obras".
O que importa não são as ações realizadas no mundo pelo homem. E mesmo a busca, mesmo a tentativa de tentar alcançar, são a barreira que impedem o homem de "conseguir".
Outro dia, conversando com alguém sobre este assunto, tal pessoa afirmou que para que consigamos compreender a Verdade, deveríamos estar dispostos a manter uma mente sempre aberta, dispostos a apagar tudo o que sabemos e, assim, recomeçarmos do zero. Deveríamos fazer isto várias vezes quanto necessárias! Recomeçar do zero a cada dia. Isso constituiria um comportamento virtuoso, um ato humilde (mas, na verdade, é um ato imbuído de ego) e espiritual. Manter a mente aberta ou mantê-la fechada, tanto faz - não há meio mais eficiente para atrasar a nossa compreensão espiritual! A compreensão da Verdade não virá através de nada disso! Não é importante o que o homem faz. O homem pode agir com a presunção de que sabe sempre cada vez mais, ou pode agir com a humildade de recomeçar do zero a cada dia - este não é o ponto. Porque ambos eles constituem esforços humanos. Não é importante o estado humano (físico, intelectual, mental, espiritual) que a pessoa se encontra. Deus olha para seus filhos e diz: "filho, se você permitir, eu lhe salvo agora, na forma em que você estiver, na condição que você estiver, onde você estiver, seja quem você for - nada disso importa. Apenas se entregue a Mim". E é assim que Deus arrebata seus filhos para o céu, para o Reino. O ensinamento do Budismo da Terra pura diz que o Buda Amitabha viveu uma vida de imenso sofrimento - assim como Jesus Cristo, O Buda Amitabha sofreu por todos os homens deste mundo, e não somente pelos homens de sua época, mas pelas pessoas de todas as épocas e eras - e os tomou todos sobre si, para que ninguém mais precisasse sofrer para entrar no Céu, no Nirvana, na Terra Pura, no Jisso. E após ter sofrido tanto quanto Jesus Cristo, e ter finalmente atingido a iluminação espiritual, o Buda Amitabha declarou: "Escolhi sofrer no lugar de todos para remir a humanidade. De hoje em diante, aquele que crer em mim e chamar pelo meu nome, eu o salvarei onde ele estiver, como ele estiver, quem quer que ele seja". E, desde então, alguns budistas têm tido como principal prática espiritual a entoação e repetição do nome de Amitabha, através do mantra "Namu Amida Butsu" ou por "Namandabu" (que é a contração do mantra mais extenso).
Jesus diz: "Vinde a Mim, os que estão cansados e sedentos, e EU vos aliviarei", "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida...", "Aquele que crer em MIM, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva... e ainda que ele morra, viverá", "Se pedirdes ao Pai em meu nome, sereis atendidos". Buda diz: "Aquele que crer em MIM e chamar pelo meu nome, será salvo e eu lhe mostrarei a Terra Pura". Krishna diz: "Mas, quem de coração puro se voltar a MIM e fizer em meu espírito tudo quanto faz - quem renunciar a si mesmo e, dia e noite, firmado em MIM, me servir -, esse será salvo por MIM do tempestuoso mar da existência desse inconstante mundo do nascer e do morrer, porque buscou refúgio em MIM.” Deus é misericordioso demais! Só existe um EU. Este EU apareceu neste mundo como Jesus, como Buda, como Krishna e, por Revelação, está aparecendo também como cada vida existente, como cada um de nós. Possuímos o mesmo Espírito, a mesma Essência, porquanto no universo inteiro há um único EU, uma única Presença, uma única Vida. Esta é a Revelação. Os iluminados compreenderam esta Unicidade. Este EU único é o que tem aparecido através dos tempos para mostrar a humanidade o Caminho da Vida.
No livro "A Verdade da Vida, vol. 01", o Professor Masaharu Taniguchi relata uma experiência mística/espiritual que de fato foi vivida por um homem que ele havia conhecido. Segue a transcrição do texto:
"O sr. Giichi Ano era um respeitável seguidor do Budismo. Mensalmente convidava um mestre budista e realizava uma reunião para que jovens e fiéis de sua vila pudessem ouvir boas palavras. Desde quando era jovem de uns 20 anos, pensava seriamente sobre o assunto "vida". Quanto mais pensava, mais foi-se embaraçando nos indecifráveis sofrimentos humanos e chegou a um ponto tal de confusão, que pensou até em se matar, tamanha era sua seriedade. Ele era herdeiro de uma fábrica de molho de soja, por isso, do ponto de vista econômico , não havia propriamente que sofrer. E também não sofreu porque tivesse uma saúde débil. Sofreu psiquicamente a ponto de querer morrer, por pensar em assuntos como o que vem a ser a "vida", o que vem a ser o "homem", o que vem a ser o "desejo". Ainda jovem, com cerca de 20 anos apenas, chegou a sofrer tanto com tais problema; só por isso podemos imaginar o quanto era séria, por natreza, a personalidade do sr. Ano. Quando ouvi esta história do Sr. Ano senti admiração pela seriedade de sua personalidade. Nessa ocasião, o sr. Ano, para resolver o sofrimento da vida, estava fazendo a invocação de Amitabha, sentado em posição de prece, confinado num quarto. Então, certo dia, teve uma visão, na qual contemplou nitidamente uma situação que parecia um paraíso búdico, cheio de luz. Quando viu claramente com seus olhos o aspecto daquele mundo exclusivamente de luz, apagou-se completamente, sem deixar sinal, o seu sofrimento pela vida de treva que levava e, depois disso, o que preenchia seu coração era pura alegria e regozijante bem-estar. Esta visão, na qual lhe foi mostrado o mundo exclusivamente de luz, persistiu por cerca de um mês. Era demais a alegria, demais o regozijo, e nasceu um desejo de experimentar mais uma vez, como antes, o sofrimento em relação à "vida". Ele orou assim: "Permita-me sofrer mais uma vez em relação à vida." Então, de fato, repentinamente, se interrompeu a sua clarividência e apagou-se do campo visual o mundo exclusivamente de luz. Desde então, ele continuou a sofrer a respeito da "vida", exatamente na forma como pediu na oração e, somente agora, conseguiu dominar o sofrimento da vida que ele próprio procurara. (...)" (A Verdade da Vida, vol.01; pg. 184-186)
Essa foi a experiência vivida pelo sr. Giichi Ano, e deu-se através da clarividência. O Jisso verdadeiro não é algo que possa ser "visto", "ouvido", ou "tocado", mesmo que seja por meio dos sentidos espirituais mais sutis. Portanto, o mundo que o sr. Giichi Ano viu não era o verdadeiro Jisso, embora tal mundo o representasse. O Jisso verdadeiro está além de todas as formas. Por isso, "entrar" no Jisso, ou perceber o Jisso, não significa que a pessoa necessariamente terá visões paradisíacas ou celestiais. O Jisso absoluto simplesmente não pode ser captado por nenhuma espécie de sentido (material ou espiritual). Mas isso não constitui empecilho para conseguirmos ver o Jisso. Nós o vemos, mas o fazemos com outra espécie de "olhos" - são os "olhos do Jisso", ou, conforme ensina a Bíblia, a Mente de Cristo. Somente o Jisso vê o Jisso. Somente a Mente Divina vê a existência divina. Somente Deus vê Deus. Tentar ver Deus com outro instrumento que não seja a própria "Mente de Deus" é mera tentativa fútil. Por isso é que Cristo tomou sobre si as dores e os pecados de toda a humanidade. Por isso é que Jesus e o Buda Amitabha tomaram sobre si os sofrimentos de toda a humanidade: para que, no momento em que pedíssemos a eles, tivéssemos acesso incondicional ao Mundo de Deus, à Terra Pura. O segredo para entrar no mundo do Jisso consiste no fato de que nós podemos entrar nele exatamente assim como estamos agora. Não faz diferença se estamos melhores ou piores do que já somos - a dificuldade (assim como a facilidade) de entrar permanece a mesma. Não precisamos melhorar ou sequer mudar nenhum pouco. Somos aceitos como somos.
São poucas as pessoas que conhecem a história de Amitabha - ele foi outro grande Buda histórico. Sidharta Gautama, o Sakyamuni, não foi o único homem a tornar-se Buda. Amitabha foi anterior a ele e, inclusive, várias vezes, Sakyamuni faz referência ao Buda Amitabha para seus díscípulos durante a pregação de suas verdades. O Buda Amitabha possui a mesma história de Jesus Cristo - em épocas diferentes, cenários diferentes, culturas/costumes diferentes... mas a trama é a mesma. Isso mostra que Deus tem se manifestado através dos tempos para conduzir a humanidade a salvação. E a salvação é incondicional! Não depende de condições, esforços, não-esforços, buscas, não-buscas... é incondicional! Porque provém de um lugar que "não é deste mundo". Então, nada que seja deste mundo possui qualificação suficiente para levar-nos à Salvação, que nos é concedida por Deus. A salvação de Deus só pode ser pela Graça - porque não é deste mundo.
"O meu Reino não é deste mundo"
Se, ao ler este texto, você conseguiu perceber o ponto, a sua mente atingiu um certo estado de liberdade, de "libertação". Este estado de libertação deve ser cultivado no dia a dia. Devemos nos recolher a ele sempre que for possível e, assim, nos aprofundarmos neste "vazio", neste "silêncio", cada vez mais. O mundo seguirá sozinho, sem nenhuma interferência de nossa parte (isso inclui os atos que estaremos praticando - não seremos nós as pessoas a fazê-los. Eles simplesmente acontecerão), coisas poderão ser-nos mostradas... Tudo ocorrerá conforme a vontade do Pai. Conforme vamos progredindo em nossa habilidade de "acessar" e "permanecer" no mundo do Jisso, começaremos a comprovar algumas das promessas de Cristo em nossas vidas, como, por exemplo, quando ele diz: "Buscai em primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça e as demais coisas lhe serão acrescentadas", "Não vos preocupeis com o que haverão de comer ou de vestir, pois o Pai sabe de todas as tuas necessidades", "Vossa oração foi atendida antes mesmo de a pedirdes".
"(...) Vede, eis o mundo da Imagem Verdadeira!
O Mundo da Imagem Verdadeira é o Reino do Pai,
é o Reino dos Céus,
é o Paraíso.
No Reino do Pai há muitas moradas.
Todas as moradas do mundo da Imagem Verdadeira são Seicho-no-Ie.
Logo, para seus moradores,
não há fome,
não há tristeza,
não há discórdia,
não há doença;
tudo o que é necessário aparece segundo a vontade de cada um
e, cumprida a finalidade, desaparece por si mesmo.
Mundo de harmonia, de fartura,
de pureza, de beleza sublime,
eis o mundo da Imagem Verdadeira!
Eis o vosso mundo!
Não é sonho! É a Imagem Verdadeira!
Não existe outro mundo além deste!"
(Sutra Sagrada: Chuva de Néctar da Verdade; Seicho-no-Ie)
"Neste momento, todos os doentes já estão curados e podem se levantar de seus leitos."
(Seicho-no-Ie)
A Verdaade realmente liberta!
ResponderExcluirObrigado irmão
Abraços fraternos
Carlos Guiss
Conhecer Deus..é conhecer o Amor Crístico e Universal!!!!
ResponderExcluirParabéns!!!
Ingrid Peredo
Seicho-No-Ie Regional Brasília DF
Querida preletora,
ResponderExcluirQue bom tê-la por aqui!
Reverências...!
Carlos Guiss,
ResponderExcluirObrigado você!
O seu agradecimento me foi muito importante.
Abraços.
Olá, GUGU! De todos os amigos virtuais que fiz depois que me tornei um "blogueiro espiritual", você sempre esteve entre os mais especiais. – Acho que o que temos é uma amizade verdadeira, porque eu e você somos de verdade, não somos bajuladores nem estamos preocupados em sermos bonzinhos ou fazermos o papel de “camaradas fraternos”. Para nós, a coisa que importa é a Verdade, até porquê, só quando estamos na Verdade é que podemos ser realmente amigos e parceiros. Assim é a nossa amizade, e você foi um dos caras com quem mais aprendi no universo virtual. Como sabe, não digo isso diretamente da pessoa Gustavo, falo da Vida falando através de você. Não acredito em mestres, acredito nO Mestre. Não acredito em Gurus, acredito no que a Vida ensina e mostra. E a Vida, nesse processo, usa coisas e pessoas. - Quando pessoas são usadas, elas rapidamente são chamadas “Mestres” e “Gurus”. Mas o Mestre é um só: a própria Vida. O único Guru que existe é a Verdade, e qualquer caminho humano não é o Caminho.
ResponderExcluirComo vc também sabe, esse Caminho da Verdade e da Vida eu chamo de Jesus Cristo, e por isso sou rotulado como “cristão”. Às vezes isso me irrita, por causa da incompreensão de pessoas que não conseguem entender que os nomes não são importantes. Imagine se alguém que crê no Jisso fosse chamado de “jissão”. “Fulano é um jissão”. As pessoas ouviriam isso e já sairiam tirando conclusões precipitadas e preconceituosas. Isso acontece muito comigo, como vc também sabe. Já que a maioria dos que se rotulam cristãos não praticam o que dizem que acreditam, fazendo uma cagada atrás da outra... Logo, todo cristão deve ser um babaca... Tem lógica. Bem vindo ao mundo fenomênico.
As pessoas são assim. Se eu chamo de “Reino do Céu” aquilo que o Sr. Taniguchi chamava de “Jissô”, só por isso, dá-lhe confusão e conflitos. - Confusão e conflitos desnecessários, e eu sou da opinião que quanto mais inventamos nomes diferentes para as mesmas coisas, pior fica; mais descaminhos são criados.
O que esse texto diz é – EXATAMENTE, TOTALMENTE, INTEGRALMENTE – idêntico ao que diz o cristianismo místico. Não é só parecido: é IDÊNTICO, item por item, ponto por ponto. Claro que um cristão devoto não vai se sentir à vontade recitando mantras para “um tal de Amitaba” que ele não conhece, de quem nunca ouviu falar, sendo que ele tem Jesus, e esse Jesus conversa com ele, lhe dá repostas, lhe dá paz, lhe consola... - Sim, Jesus conversa LITERALMENTE com seus devotos, e eu sou um destes. Mas antes que me chamem de maluco, retomemos o nosso fio condutor... - Então, porque trocar este Deus Presente (é exatamente o que o nome de Jesus significa, ‘Deus Presente’, ‘Deus Conosco’), por um deus estrangeiro, exótico, do qual ele nunca ouviu falar??
“A história de Amitaba é igual a de Jesus”. Tá, mas nós vivemos num planeta que tem como maior religião de todas aquela que professa a fé em Jesus. Vivo num mundo que viu grandes guerras serem travadas em nome desse Jesus, que produziu as maiores obras de arte, pelos maiores artistas de todos os tempos, para honrar esse Jesus, que construiu catedrais e promoveu as maiores impiedades, e TAMBÉM as maiores e mais belas obras de caridade, tudo em nome dele... Um mundo que conta a própria passagem dos séculos a partir do nascimento desse Deus Jesus... Então, porque eu invocaria esse “tal” de Amitaba??
Percebe o que estou dizendo? Não estou desrespeitando a fé de ninguém, até porque eu creio firmemente que Deus se manifesta de muitas maneiras no mundo, fala pela boca de muitos “mestres”, e resgata seus filhos sob inúmeras formas. - O que estou querendo trazer para a reflexão é a tremenda estupidez dos homens. Em vez de buscar a Verdade, empregamos toda nossa energia e nosso tempo útil nos prendendo aos detalhes. “Eu sou cristão, você é um ‘jissão’” (ou vice-versa), por isso eu não ouço o que vc diz: eu não tenho nada para aprender com você, e a sua única chance de se salvar é aceitando as minhas verdades. É assim que o mundo funciona. Lamentavelmente.
Afirmação do post 1) “Para que isso aconteça, é preciso haver uma entrega total, um estado de completo abandono, uma mente (um estado mental) de absoluto desapego.”
ResponderExcluirAfirmação do post 2) “tal pessoa afirmou que para que consigamos compreender a Verdade, deveríamos estar dispostos a manter uma mente sempre aberta, dispostos a apagar tudo o que sabemos e, assim, recomeçarmos do zero. Deveríamos fazer isto várias vezes quanto necessárias! Recomeçar do zero a cada dia. Isso constituiria um comportamento virtuoso, um ato humilde (mas, na verdade, é um ato imbuído de ego) e espiritual. Manter a mente aberta ou mantê-la fechada, tanto faz - não há meio mais eficiente para atrasar a nossa compreensão espiritual!”
Ora, mas a entrega total, o estado de abandono e o estado mental de absoluto desapego (como o post preconiza), isso não envolveria também manter a mente aberta?? Ou manter a mente aberta não seria um reflexo em alguém que fez essa entrega total e se mantém nesse estado mental de desapego (ou vice-versa)??? Apagar o que sabemos, isto é, o que achamos que sabemos, e voltar ao zero, quer dizer, ao Vazio, isso não é um atributo daquele que está nesse mesmo estado, aclamado pelo post como iluminado???
Lendo essa parte, fiquei com a nítida impressão de que os dois (será que o cara que falou isso não fui eu mesmo?) estavam falando exatamente a mesma coisa, mas por causa das diferenças superficiais e formais, acaba acontecendo esse conflito, essa necessidade de contrariar o que o outro disse. Não acho que apagar o que se aprendeu seja um “ato imbuído de ‘ego’”, que vai atrasar a compreensão espiritual. O oposto disso seria nos apegarmos ferrenhamente às nossas convicções, aos “mestres” e ensinamentos espirituais que recebemos, e isso sim, seria um grande atraso, um obstáculo ao nosso progresso.
Entende o que estou querendo dizer? Eu compreendo e concordo com praticamente TUDO que o post afirma, mas achei esse pequeno trecho um tanto quanto dissonante de todo o resto. Alguém lhe disse algo que quer dizer exatamente a mesma coisa que vc está defendendo neste post, mas você classificou como atraso, perda de tempo, manifestação do “ego”... Por que isso acaba acontecendo sempre?
Achei que devia mencionar esse detalhe, - que é apenas um pequeno detalhe no oceano de delícias espirituais que é este post, - pois é assim que sempre aprendemos um com o outro: falando abertamente e sem pudores. Concluo dizendo que essa leitura foi, para mim, uma grande Graça, um verdadeiro Encontro. Continue com este lindo trabalho e continue verdadeiro como é, meu bom amigo e irmão!
Obrigado, Merton.
ResponderExcluirE respondendo à questão dissonante que você levantou, eu digo o seguinte:
Eu não tenho como avaliar o estado de consciência daquele que proferiu as palavras que você destacou. O problema não são as palavras que ele escreveu, mas a consciência que ele "acessou" no momento em que as escreveu. Se duas pessoas em estados de consciência distintos proferirem a mesmas palavras, pode ter certeza de que essas "mesmas palavras" carregam significados completamente diferentes. É fácil nos escondermos atrás das palavras que proferimos. E não posso saber da consciência de ninguém além da minha. Assim, preferi não avaliar superficialmente o que foi dito, e, pelo sim e pelo não, decidi fazer essa observação que você questionou no seu comentário. Seria imprudência da minha parte avaliar as palavras a nível superficial.
Se a pessoa que disse o que está mencionado no ítem 2 sabia que "a Verdadeira mente aberta é aquela que está livre inclusive de ter de se preocupar em manter a mente aberta", então a declaração dele foi perfeitamente espiritual.
Mas se ele disse isso no sentido de que "manter a mente aberta é uma condição para compreendermos a Verdade, receber a iluminação ou a salvação de Deus", então o estado de consciência não transcendeu o mundo, porque essa pessoa ainda luta contra o mundo. Ela não foi salva pela "Graça de Deus". Quem age asim, declara, através de sua sua crença, que Deus impõe condições para salvar o homem - o que não acontece absolutamente, em razão de Deus ser Amor Absoluto/Incondicional. Se essas palavras foram proferidas com essa consciência, tal pessoa não está livre do mundo e, portanto, o ser dela também não está. Por que o ser que somos acompanha perfeitamente a Consciência que o manifesta. O nosso ser visível (corpo e mente) é sombra da nossa consciência. Se houver "manchas" na Consciência, corpo e mente também estarão "manchados". Por isso, se não resolvermos a questão da transcendência no nível da Consciência, é perda de tempo tentar resolvê-la trabalhando no nível físico, intelectual ou mental. Temos que ir até as raízes. É só lá que tudo pode ser resolvido.
Espero ter esclarecido o porque de eu ter feito essas observações. Não o fiz com a intenção de criticar ou diminuir ninguém, até porque evitei citar nomes. O que eu quis fazer foi colocar em evidência aquele "ponto" imaterial/adimensional que existe e que, se nos tornarmos conscientes dele, saberemos o que significa desfrutar de um estado realmente livre. Por isso eu insisto: não devemos nunca perder o nosso foco acerca dessa noção iluminada que a palavra "liberdade" possui. LIBERDADE, GRAÇA são palavras que possuem tudo a ver com as coisas de Deus.
"Conhecereis a Verdade, a Verdade vos LIBERTARÁ" (frase dita pelo maior iluminado que já andou neste mundo.... melhor dizedo - o próprio Deus)
Nessa liberdade, o vazio.
Nessa liberdade, o tudo.
Nessa liberdade, o Eu.
Abraços, e muito obrigado por tudo.