Masaharu Taniguchi
CRISTO E NICODEMOS
A ORIGEM DA FALTA DE LIBERDADE E DAS DISCÓRDIAS DO SER HUMANO
Quando o ser humano começa a se apegar, por pouco que seja, aos aspectos materiais, ele tolhe com sua própria mente a liberdade que lhe é inerente, e passa a sofrer a falta de liberdade. A discórdia também é uma faceta da falta de liberdade. Isto é, quando a liberdade intrínseca do todo é tolhida, surgem discórdias. Isso é comparável ao que ocorre com as engrenagens de um relógio: se não acontecer nenhum impedimento no movimento do mecanismo do relógio, não acontecerá de as engrenagens entrarem em atrito entre si; mas se ocorrer algum impedimento, as engrenagens não poderão se mover harmonicamente, atritam-se, e o relógio pára. O atrito resultante da perda de movimento livre e harmônico é que constitui a discórdia.
Atritos ocorrem também entre as entidades religiosas, havendo muitas se criticando e repelindo umas às outras. E, assim, as próprias entidades religiosas, cuja missão é pregar a paz, harmonia e união entre os homens, frequentemente estão agindo de maneira oposta a suas doutrinas. Isso acontece porque os seus seguidores estão presos ao erro chamado "primeiro encobrimento da natureza divina", tendo como objeto de adoração a imagem material de Cristo, de Buda, etc., e não a natureza divina eterna dEles.
Como já foi dito, o "pecado original cometido por Adão" é o primeiro encobrimento da natureza divina do homem, que consiste em considerar o homem um mero corpo carnal, em vez de reconhecer sua natureza espiritual de fiho de Deus.
Mesmo entre as religiões ocorrem discórdias quando as pessoas vêem numa forma material o seu objeto de adoração. Portanto, é evidente que, quando os homens buscam sua vida individual dentro de uma forma material chamada corpo carnal em vez de buscá-la na Vida Infinita, passem a surgir males de todas as espécies, decorrentes do pecado original (o primeiro encobrimento da natureza divina), que consiste em apegar-se à matéria em vez de reverenciar à Vida.
Lamentavelmente, nos dias atuais, muitas pessoas que se dizem cristãs estão cometendo o mesmo pecado cometido por Adão. Quão grande é o número de cristãos que só conseguem apreender como Cristo o Jesus carnal, e não o Cristo eterno (natureza divina) ao qual ele próprio se referiu ao dizer "Antes que Abraão existisse, Eu Sou", e vivem a pregar que a humanidade só poderá ser salva através do Jesus carnal! Eles estão confundindo o "corpo carnal" com a "natureza divina", a "ilusão" com a "Imagem Verdadeira". Alcançamos a salvação somente quando buscamos através da natureza divina eterna, à qual o próprio Jesus se referiu dizendo "Antes que Abraão existisse, Eu Sou". Na verdade, a salvação já está ao nosso alcance, dentro de nós próprios, pois a mesma natureza divina eterna de Jesus Cristo existe também em nós, ou, melhor dizendo, essa natureza divina eterna é que é o nosso verdadeiro ser. Portanto, é uma tolice acreditar que o homem só poderá ser salvo através do Cristo que está fora do nosso ser -- ou seja, através do Jesus carnal.
O cristianismo repudia e despreza o culto às formas, rotulando-o de idolatria. Mas muitos cristãos, ao afirmarem que o homem só alcançará a salvação através do Jesus carnal nascido na Judéia há cerca de 2.000 anos, e reverenciarem sua imagem carnal em vez de sua natureza divina eterna, estão cometendo a idolatria que eles próprios tanto condenam. Renegar assim a natureza divina eterna (consequentemente, renegar o próprio Deus) e adorar um determinado corpo carnal equivale a ignorar a natureza verdadeira de Deus. É um pecado grave que consiste em esconder o Deus verdadeiro com a ilusão da mente.
AS DESAVENÇAS RELIGIOSAS TÊM ORIGEM NA ADORAÇÃO DE IMAGENS
As coisas materiais, que possuem forma, são limitadas. Por isso, quando os homens transformam as coisas materiais em objeto de sua adoração, surgem disputas, cada qual procurando defender seus domínios. Mesmo em se tratando de religião, cuja missão principal é estabelecer a paz entre os homens, se os seus seguidores estiverem presos à imagem material de Cristo (ou de Buda, pois tal fato também ocorre em algumas ramificações do Budismo) manifestada em forma de ser humano, será inevitável o surgimento de desavenças entre eles, já que as imagens manifestadas variam conforme o lugar e a época. Podemos saber o quanto uma religião tende à adoração de imagens, verificando o quanto ela repele outras religiões. Em última análise, os germes de toda e qualquer discórdia surgem devido à adoração de coisas materiais, que têm forma -- no caso da religião, devido à adoração de imagens. Se alguém nos perguntar "qual é o maior de todos os pecados", responderemos "É a idolatria", de acordo com a doutrina da Seicho-No-Ie.
Quando todos os cristãos deixarem de ver o Cristo apenas como imagem física chamado "Jesus carnal" e passarem a vê-lo como natureza divina eterna, ou seja, como um ser espiritual, referido na frase "Antes que Abraão fosse, Eu Sou"; quando todos os budistas deixarem de adorar o Sakyamuni carnal e descobrirem o Buda eterno ao qual ele próprio se referiu assim numa resposta ao discípulo Ananda: "Todos os budas do passado foram meus discípulos"; e quando se compreender que a Seicho-No-Ie (Lar do Progredir Infinito) não é a casa do homem carnal chamado Masaharu Taniguchi, mas sim o Eterno Lar do Progredir Infinito referido na frase: "Todos os ensinamentos fluem para dentro de mim e vivificam-se"; aí então, as religiões não precisarão mais disputar entre si para ampliar seus domínios.
Atritos ocorrem também entre as entidades religiosas, havendo muitas se criticando e repelindo umas às outras. E, assim, as próprias entidades religiosas, cuja missão é pregar a paz, harmonia e união entre os homens, frequentemente estão agindo de maneira oposta a suas doutrinas. Isso acontece porque os seus seguidores estão presos ao erro chamado "primeiro encobrimento da natureza divina", tendo como objeto de adoração a imagem material de Cristo, de Buda, etc., e não a natureza divina eterna dEles.
Como já foi dito, o "pecado original cometido por Adão" é o primeiro encobrimento da natureza divina do homem, que consiste em considerar o homem um mero corpo carnal, em vez de reconhecer sua natureza espiritual de fiho de Deus.
Mesmo entre as religiões ocorrem discórdias quando as pessoas vêem numa forma material o seu objeto de adoração. Portanto, é evidente que, quando os homens buscam sua vida individual dentro de uma forma material chamada corpo carnal em vez de buscá-la na Vida Infinita, passem a surgir males de todas as espécies, decorrentes do pecado original (o primeiro encobrimento da natureza divina), que consiste em apegar-se à matéria em vez de reverenciar à Vida.
Lamentavelmente, nos dias atuais, muitas pessoas que se dizem cristãs estão cometendo o mesmo pecado cometido por Adão. Quão grande é o número de cristãos que só conseguem apreender como Cristo o Jesus carnal, e não o Cristo eterno (natureza divina) ao qual ele próprio se referiu ao dizer "Antes que Abraão existisse, Eu Sou", e vivem a pregar que a humanidade só poderá ser salva através do Jesus carnal! Eles estão confundindo o "corpo carnal" com a "natureza divina", a "ilusão" com a "Imagem Verdadeira". Alcançamos a salvação somente quando buscamos através da natureza divina eterna, à qual o próprio Jesus se referiu dizendo "Antes que Abraão existisse, Eu Sou". Na verdade, a salvação já está ao nosso alcance, dentro de nós próprios, pois a mesma natureza divina eterna de Jesus Cristo existe também em nós, ou, melhor dizendo, essa natureza divina eterna é que é o nosso verdadeiro ser. Portanto, é uma tolice acreditar que o homem só poderá ser salvo através do Cristo que está fora do nosso ser -- ou seja, através do Jesus carnal.
O cristianismo repudia e despreza o culto às formas, rotulando-o de idolatria. Mas muitos cristãos, ao afirmarem que o homem só alcançará a salvação através do Jesus carnal nascido na Judéia há cerca de 2.000 anos, e reverenciarem sua imagem carnal em vez de sua natureza divina eterna, estão cometendo a idolatria que eles próprios tanto condenam. Renegar assim a natureza divina eterna (consequentemente, renegar o próprio Deus) e adorar um determinado corpo carnal equivale a ignorar a natureza verdadeira de Deus. É um pecado grave que consiste em esconder o Deus verdadeiro com a ilusão da mente.
AS DESAVENÇAS RELIGIOSAS TÊM ORIGEM NA ADORAÇÃO DE IMAGENS
As coisas materiais, que possuem forma, são limitadas. Por isso, quando os homens transformam as coisas materiais em objeto de sua adoração, surgem disputas, cada qual procurando defender seus domínios. Mesmo em se tratando de religião, cuja missão principal é estabelecer a paz entre os homens, se os seus seguidores estiverem presos à imagem material de Cristo (ou de Buda, pois tal fato também ocorre em algumas ramificações do Budismo) manifestada em forma de ser humano, será inevitável o surgimento de desavenças entre eles, já que as imagens manifestadas variam conforme o lugar e a época. Podemos saber o quanto uma religião tende à adoração de imagens, verificando o quanto ela repele outras religiões. Em última análise, os germes de toda e qualquer discórdia surgem devido à adoração de coisas materiais, que têm forma -- no caso da religião, devido à adoração de imagens. Se alguém nos perguntar "qual é o maior de todos os pecados", responderemos "É a idolatria", de acordo com a doutrina da Seicho-No-Ie.
Quando todos os cristãos deixarem de ver o Cristo apenas como imagem física chamado "Jesus carnal" e passarem a vê-lo como natureza divina eterna, ou seja, como um ser espiritual, referido na frase "Antes que Abraão fosse, Eu Sou"; quando todos os budistas deixarem de adorar o Sakyamuni carnal e descobrirem o Buda eterno ao qual ele próprio se referiu assim numa resposta ao discípulo Ananda: "Todos os budas do passado foram meus discípulos"; e quando se compreender que a Seicho-No-Ie (Lar do Progredir Infinito) não é a casa do homem carnal chamado Masaharu Taniguchi, mas sim o Eterno Lar do Progredir Infinito referido na frase: "Todos os ensinamentos fluem para dentro de mim e vivificam-se"; aí então, as religiões não precisarão mais disputar entre si para ampliar seus domínios.
CRISTO E NICODEMOS
Na Bíblia, há uma passagem onde se diz que, chegando Jesus à Jerusalém, foi procurado por um homem chamado Nicodemos, que era fariseu e membro do Sinédrio. Este foi ter com Jesus depis do anoitecer, e lhe disse: "Rabi, sabemos que és mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele" (João 3, 2). Jesus percebeu que Nicodemos acreditava em Deus, não por ter compreendido a natureza divina, mas por ter visto os milagres revelados no plano material. Por ter percebido esse equívoco de Nicodemos é que Jesus lhe respondeu: "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus" (João 3, 3). Com isso ele quis dizer: Não pense que viu o Reino de Deus simplesmente por ter presenciado milagres no plano material. Mas Nicodemos interpretou literalmente as palavras de Jesus e pensou que "nascer de novo" era retornar ao útero materno e nascer outra vez. Por isso, perguntou a Jesus: "Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer uma segunda vez? (João 3, 4). Ao que Jesus respondeu: "... o que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: Importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem pra onde vai; assim acontece com aquele que nasceu do Espírito" (João 3, 5-8).
Certas doutrinas espiritistas pregam que "a vida carnal é o período de preparação para ingressar no Reino de Deus". Assim, muitas pessoas pensam que o seu ingresso no Reino de Deus, depois desta vida, depende dos resultados dos empenhos do seu corpo carnal. Gostaria que essas pessoas refletissem acerca daquelas palarvas de Jesus Cristo: "O que é nascido da carne é carne...". Não é após o nascimento e renascimento através da carne que o homem pode, finalmente, alcançar o Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, não importa quantas vezes o seu corpo torne a nascer. O que é nascido do ser fenomênico é sempre ser fenomênico. Não é depois de encerrar a sua vida fenomênica que o homem finalmente pode passar para o Mundo da Imagem Verdadeira, assim como não é depois de se revelar o filme e aparecer a imagem na fotografia que a pessoa fotografada passa a existir. Desde o princípio, existe irrefutavelmente a pessoa real, e fotografando sua imagem é que se obtém seus retratos em diversas poses. Por mais que se reproduzam cópias, a pessoa real jamais se introduz na fotografia. O mesmo se pode dizer do homem verdadeiro (Imagem Verdadeira) e relação ao homem fenomênico: desde o princípio existimos como homem verdadeiro (ser espiritual), e neste mundo revelamo-nos como homem fenomênico.
Dependendo do tipo da "lente", pode-se obter diferentes "imagens": ora perfeitas, ora distorcidas. Mas o homem verdadeiro (Imagem Verdadeira) é aquele que, independentemente de estar ou não distorcida a sua imagem fenomênica, mantém sua original perfeição. Ele não é um ser que passa de um estado fenomênico para outro, como, por exemplo, do mundo fenomênico dos vivos para o mundo fenomênico após a morte. Tanto o mundo presente como o mundo após a morte são mundos fenomênicos. Podemos ter melhor compreensão disso, se os considerarmos como diferentes imagens reveladas pelas diferentes "lentes" com que se capta o Mundo da Imagem Verdadeira.
Explicando de forma objetiva e clara, a Verdade que Jesus Cristo transmitiu a Nicodemos foi a seguinte: "Ainda que a imagem tenha distorção, não pense que a pessoa real também seja distorcida. Ainda que o homem fenomênico esteja doente, não pense que o homem verdadeiro (Imagem Verdadeira) também o esteja. A Imagem Verdadeira é invisível aos olhos carnais. Você pode, por acaso, ver de onde vem o vento, e para onde ele vai? Certamente, não. Você não pode ver com os olhos da carne a Imagem verdadeira, assim como você não pode ver o vento. Nascer de novo significa volver para a Imagem Verdadeira os olhos da mente que estão voltados para o homem fenomênico".
Mas, como foi dito mais acima, Nicodemos não entendeu o significado das palavras de Jesus, e por isso redarguiu: "Como pode suceder isto?" E Jesus respondeu: "Tu és mestre em Israel, e não compreende estas cousas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto, contudo não aceitais o nosso testemunho. Se tratando de cousas terrenas não me credes (se não me compreendes apesar de eu ter lhe explicado usando a alegoria do vento do mundo fenomênico), como crereis, se vos falar das cousas celestiais (das coisas do Mundo da Imagem Verdadeira)?Ora, ninguém subiu ao céu (Mundo da Imagem Verdadeira), senão aquele que de lá desceu, a saber o filho do homem, que está no céu (poderá entrar no Mundo da Imagem Verdadeira somente aquele que nasceu do Mundo da Imagem Verdadeira, a saber, o homem verdadeiro). E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o filho do homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna (Importa que o filho do homem -- Jesus -- morra na cruz, para que aqueles que nele crêem compreedam que o homem verdadeiro é um ser eterno, um ser espiritual, que jamais morrerá, mesmo que o corpo carnal seja destruído)" (João 3, 10-15, com a interpretação feita entre parênteses).
"Para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna" -- este é o versículo em que os cristãos têm se fundamentado para afirmarem que o homem não poderá alcançar a vida eterna a não ser através de Jesus Cristo. Mas, por que será que o próprio Cristo disse "para que todo aquele que nEle crê tenha vida eterna", em vez de dizer "para que todo aquele que em Mim crê tenha a vida eterna"? Podemos constatar que, no referido trecho da Bíblia, Jesus usa as expressões "filho do homem" e "ele", em vez de "eu". E, quando se refere a "aquele que do céu desceu", acrescenta a explicação: "a saber, o filho do homem". Ao dizer isso, ele estava se referindo à Imagem Verdadeira de todo ser humano. Jesus não disse "Crê em mim" e sim "Crê no filho do homem; crê no homem verdadeiro (Imagem Verdadeira); eu sou um exemplo. Aquele que crê no homem verdadeiro como um ser eterno/espiritual, terá a vida eterna ainda que o seu corpo carnal pereça".
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