Eis mais um “texto nuclear”!
Permitam-me comentá-lo.
Os comentários estarão em azul negritado e entre chaves {...}
(...) Ao encontrar a si mesma, a pessoa encontra o sentido da vida, o significado da vida, a alegria da vida, o esplendor da vida. Encontrar a si mesmo é o maior achado na vida de uma pessoa, e esse encontro só é possível quando você está sozinho, quando sua consciência está completamente vazia — nesse vazio, nesse nada, um milagre acontece. E esse milagre é a base de toda a religiosidade {esse milagre é a percepção de Si mesmo; de Quem você É; a percepção do “Eu Verdadeiro”; a percepção de Sua real identidade divina}.
Eis o milagre: quando não existe nada mais para a sua consciência ficar consciente, a consciência se volta para si mesma. Ela se torna um círculo. Não encontrando obstáculo, nenhum objeto, ela volta para a fonte {A Fonte é a Consciência do Ser, que é o próprio Ser Real; o mundo visto pela mente é uma “representação”, que é um emaranhado de conceitos, e conceitos não são reais; quando “este mundo” é percebido pelo que ele é, como uma representação, deixa de ser um desafio, um obstáculo e passa a ser um deleite... Um deleite divino! Quem Se deleita é o próprio Ser Real...}. E, no momento em que o círculo está completo, você não é mais apenas um ser humano comum {um personagem na representação}; você se tornou parte da divindade que circunda a existência {você se tornou consciente de que é o Ser que abrange tudo, que é o todo}. Você não é mais você mesmo {não se vê mais como um personagem}, você se tornou parte de todo o Universo {você Se percebe consciente do Ser que É} — o palpitar do seu coração é agora o palpitar do coração do próprio Universo.
Essa é a experiência que os místicos têm procurado por todas as vidas, através dos tempos {é a experiência do despertar – Contudo, é preciso ver que toda experiência está na representação, e por isso não é algo real. Você já é um ser desperto desde o início... e nem sequer há um início... O início também é algo que está na representação, assim como o fim, ambos dão a ambiência onde se passa a representação e também não são reais}. Não existe outra experiência mais arrebatadora, mais bem-aventurada. Essa experiência transforma toda a sua perspectiva: onde costumava haver escuridão {representação}, agora existe luz {divina Realidade do Ser}; onde costumava haver infelicidade {representação}, existe bem-aventurança {Realidade}; onde costumava haver raiva, ódio, possessividade, ciúme {representação}, existe somente uma bela flor do amor {Realidade}. Toda a energia que era gasta em emoções negativas não é mais desperdiçada; ela passa por uma reviravolta positiva e criativa.
Por um lado, você não é mais seu antigo eu {a máscara que vela o Ser, a “persona”; o personagem...} e, por outro lado, você é, pela primeira vez, seu autêntico eu {o Ser Real, a identidade verdadeira, o Eu Verdadeiro}. O velho {o personagem} se foi, o novo {o Eu Verdadeiro} chegou. O velho está morto {de fato nunca esteve vivo, pois, sempre foi um personagem... cuja vida está no Ator, no Ser Real}; o novo pertence ao eterno, ao imortal {ao Ser}.
A menos que você se conheça como ser eterno, como parte do todo {como o Ser}, continuará com medo da morte {que também está na representação e que não é real}. O medo da morte existe simplesmente porque você não está consciente da sua fonte eterna de vida {porque está na representação como um personagem indesperto... Na representação existem personagens despertos e indespertos, você mesmo, o Ator, é quem escolhe o papel...}. Uma vez constatada a eternidade de seu ser {uma vez que na representação você se torna um “personagem desperto”}, a morte se torna a maior mentira da existência {a morte revela-se como representação, algo que não é real}. A morte nunca aconteceu, nunca acontece, nunca acontecerá, porque aquilo que existe sempre existirá, em formas diferentes, em níveis diferentes; não existe descontinuidade. Há eternidade no passado e no futuro, ambas lhe pertencem. E o momento presente se torna um ponto de encontro entre duas eternidades: uma indo em direção ao passado e outra indo em direção ao futuro {há a Realidade do Ser, que é um eterno presente...}.
A lembrança de sua solitude não deve ser somente mental {não pode ser; nem deve ser uma lembrança, que é mental, mas sim, uma percepção, que é consciencial}; cada fibra de seu ser, cada célula de seu corpo deveria se lembrar, e não com uma palavra, mas como uma profunda sensação {como uma percepção}. O esquecimento de si mesmo {o esquecimento do seu Eu Verdadeiro; de sua origem divina; a imersão na representação de forma inconsciente, como um personagem indesperto...} é o único pecado {visão encoberta} que existe, e a lembrança {visão descoberta} de si mesmo, a única virtude.
Você não é parte deste mundo mundano {sua natureza e real identidade não é a de um personagem...}; seu lar é o lar do divino {A Realidade divina}. Você está perdido no esquecimento, esqueceu-se de que dentro de você Deus está oculto. Você nunca olha para dentro — porque todo mundo {porque todo personagem indesperto...} olha para fora, você também insiste em olhar para fora {insiste em permanecer no papel de um personagem indesperto...}.
Ficar sozinho é uma grande oportunidade, uma benção, porque em sua solitude fatalmente você se deparará com você mesmo {perceberá Quem É} e, pela primeira vez, se lembrará de quem você é.
(...) Fique mais centrado em sua profunda solitude {Deus, que é o Ser Real, é a única Realidade!}. Meditação é isso: ficar centrado na sua própria solitude {Meditação é a percepção da Realidade divina; é a percepção de que tudo é o próprio Ser Se desvelando, é o Eu Verdadeiro “aparecendo como”...}. A solitude precisa ser tão pura que nem mesmo um pensamento, nem mesmo um sentimento a perturbe {apenas uma “percepção”}. No momento em que sua solitude for completa, sua experiência dela se tornará a sua iluminação {a percepção da Realidade e da real identidade divina de todos os seres como o único Ser Real...}. A iluminação não é algo que vem de fora, ela é algo que cresce dentro de você {dentro e fora são conceitos mentais, estão na representação, não são reais}.
Esquecer-se do ser é o único pecado {é a visão encoberta...}. E lembrar-se do seu ser, em sua completa beleza, é a única virtude, a única religião {é a visão descoberta...}. Você não precisa ser hindu, muçulmano, cristão — para ser religioso, tudo o que você precisa é ser você mesmo {perceber-Se como Ser}.
Ao conhecer a si mesmo {ao perceber-Se}, uma coisa fica clara: nenhuma pessoa é uma ilha {ninguém é um personagem num cenário...} somos um continente, um vasto continente, uma infinita existência sem nenhuma fronteira {somos todos o Ser, o único Ser Real, ilimitado, infinito, atemporal}. A mesma vida corre através de todos, o mesmo amor preenche cada coração, a mesma alegria dança em cada ser. Por causa do nosso mal-entendido apenas {por causa da visão encoberta}, achamos que estamos separados.
A ideia de separação é nossa ilusão {toda ideia está na representação, assim sendo, não é real}. A ideia da unidade {a percepção} será nossa experiência da verdade suprema. É necessário apenas um pouco mais de inteligência, e você poderá sair do desalento, da infelicidade, do inferno em que toda a humanidade está vivendo {a representação como está...}. O segredo de sair desse inferno é lembrar-se de si mesmo {é perceber-Se!}. E essa lembrança será possível se você compreender a ideia de que você está sozinho {de que é o Ser Real e único}.
Você precisa perceber {É isso! “Você precisa perceber”! Perceber-Se...}, não importa o quanto isso possa parecer doloroso no início, que está sozinho numa terra estranha. Na primeira vez, esse reconhecimento é doloroso. Ele elimina todas as nossas ilusões, que geram grandes consolos. Mas, quando você ousa aceitar a realidade {a Realidade divina do “Eu Verdadeiro”...}, a dor desaparece. E, oculta atrás da dor, está a maior das bênçãos do mundo: você vem a conhecer a si mesmo {vem a perceber-Se... em Sua Realidade!}.
Você é a inteligência da existência, a consciência da existência {Você É!...}, a alma da existência. Você é parte dessa imensa divindade que se manifesta de milhares formas: nas árvores, nos pássaros, nos animais, nos seres humanos... {No Núcleo é dito que na “representação” “Eu apareço como”... e também é dito que: “Às vezes, nem eu mesmo percebo [às vezes, “aparecendo como”, ou seja, representando papel de “árvore, pássaro, animal ou ser humano” este meu “personagem” nem mesmo percebe que Sou EU...} mas é a mesma consciência em diferentes estágios de evolução {Os estágios de evolução existem apenas na representação}. E a pessoa que reconhece a si mesma {a pessoa ou “persona” que Se percebe, que no Núcleo é chamada de “personagem desperto”} que sente que o deus que ela buscava e procurava por todo o mundo reside em seu próprio coração, atinge o mais elevado ponto da evolução {este “mais elevado ponto da evolução” é qualquer momento em que você Se percebe como Quem É}. Não existe nada superior a isso.
A pessoa pouco inteligente {o personagem inconsciente...} é aquela que está correndo por todo o mundo à procura de algo, sem saber exatamente o quê. Algumas vezes achando que talvez seja o dinheiro, seja o poder, seja o prestígio, seja a respeitabilidade {achando que aquilo que busca seja algo na representação}.
A pessoa inteligente {o personagem consciente...} primeiro procura seu próprio ser {procura conhecer sua própria identidade}, antes de começar a jornada no mundo exterior. Isso parece ser simples e lógico... pelo menos, olhe primeiro em sua própria casa, antes de procurar pelo mundo inteiro. E aqueles que olharam dentro de si mesmos o encontraram, sem nenhuma exceção {Você É Aquele que está onde você está!... Não há separação entre Quem você É e onde você está. Por isso é dito que a distância entre você e Deus é a mesma distância entre você e você mesmo...}.
O mundo precisa de uma grande revolução, na qual cada indivíduo encontre sua religião dentro de si mesmo {a verdadeira religião, ou seja, o verdadeiro “religare” ocorre internamente; a verdadeira religião é uma percepção! Aquele que diz: “Vivo, mas já não sou eu Quem vive, é Cristo Quem vive em mim” religou-Se a si mesmo com o “Cristo”, com o Ser, com Quem É}. No momento em que as religiões se tornam organizadas, elas ficam perigosas {pelo fato de nas religiões organizadas as pessoas se reunirem em torno de “ideias” e não de “percepções”}, na realidade, elas se tornam política, com uma falsa face de religião. Por isso, todas as religiões do mundo tentam converter mais e mais pessoas à sua religião. É a política dos números; aquela que tiver um número maior será mais poderosa. Mas ninguém parece estar interessado em trazer milhões de indivíduos a seus próprios seres. {Por isso o ensinamento do Núcleo não é persuasivo, não objetiva convencer mas sim “compartilhar percepções”, evidenciar que elas existem, que estão relatadas nas experiências dos “personagens despertos” os chamados “místicos”, mestres ou seres iluminados de todas as principais religiões. Elas são também a experiência das pessoas comuns que se iluminam... que passam a estar conscientes de que elas também tem percepções e que o fato de serem compartilhadas ativa a percepção de outras pessoas! Assim, o “ensinamento nuclear” que se transmite de mente a mente ativa a “percepção consciencial” compartilhada pelos próprios “personagens”}
Meu esforço aqui consiste em afastá-lo de qualquer tipo de esforço organizado, porque a verdade nunca pode ser organizada. Você precisa seguir sozinho na peregrinação, porque a peregrinação será interior. {Por ser uma “percepção” ninguém, nenhum outro “eu”, nenhum outro “personagem” percebe por você... É seu próprio “Eu” Quem Se percebe!} Você não pode levar ninguém com você. E você precisa deixar de lado tudo o que aprendeu com os outros, porque todos esses preconceitos distorcerão sua visão e você não será capaz de perceber a realidade nua de seu ser. A realidade nua de seu ser é a única esperança de encontrar Deus.
Apenas um passo para dentro de si mesmo e você chegou. {Simples assim!}
Pode levar um pouco de tempo, porque os velhos hábitos demoram para ser vencidos; mesmo que você feche os olhos, sua cabeça estará cheia de pensamentos {sua mente estará ocupada e cheia de “idéias” relacionadas à representação}. Esses pensamentos são de fora, e o simples método, que foi seguido por todos os grandes videntes do mundo, é simplesmente observar os pensamentos, ser uma testemunha. Não os condene, não os justifique, não os racionalize. Permaneça à parte, permanece indiferente, deixe-os passar — eles irão embora. {Não resista ao mal, pois, resistência gera existência... Por você se focar em um pensamento ou ideia é o que o faz se restringir aos limites da realidade aparente em que eles existem... Os pensamentos são como nuvens que encobrem no céu. Assim como nuvens são passageiras e o céu é permanente, pensamentos são passageiros e a consciência é permanente! O céu sempre está lá, num nível bem mais elevado que as nuvens, mesmo que não esteja sendo visto; Da mesma forma, a Realidade eterna, da Consciência, sempre está lá, num nível bem mais elevado que a realidade aparente, da mente, mesmo que não esteja sendo percebida...}
E, no dia em que sua mente estiver absolutamente silenciosa, sem nenhuma perturbação {em que a mente estiver transparente e receptiva à percepção da Verdade... Vide http://busca-espiritual.blogspot.com/2019/08/perceba-se.html]}, você dará o primeiro passo que o leva ao templo de Deus.
O templo de Deus é feito da sua consciência {a Consciência é o próprio Ser, o único Ser Real; E por isso o seu, o meu e o Ser Real de todos nós... Compartilho aqui a “percepção” dAquele divino personagem que disse: “Nós vivemos, nos movemos e temos nossa existência em Deus”}. Você não pode ir lá com seus amigos, com seus filhos, com sua esposa, com seus pais
{Você não pode “ir lá”... no núcleo de seu próprio ser, com a “ideia” de que eles são outros... Não pode “ir lá”... com a “ideia” de que existem outros... Você não pode “ir lá”... com “ideias”... Mas, você pode “ir lá”!}.
Todos precisam ir lá sozinhos {Enfim, deve “ir lá”! Este “ir lá” não significa sair de onde está...; não significa procurar por Deus em algum templo ou lugar; não significa ir ao céu; não significa nem mesmo se mover... Você deve “ir lá” significa: Você deve “perceber”!}.
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