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Divinos Amigos,
Em que consiste os ensinamentos dos Mestres, sábios, videntes e Iluminados de todos os tempos?
Em Percepções!
Eles as tiveram e as compartilharam.
Eles perceberam que há uma Realidade além deste mundo visível pelos cinco sentidos. E tendo percebido que este mundo dos sentidos não é a Realidade, compartilharam suas Percepções. E assim fizeram porque as tribulações deste mundo (para os que se percebem como sendo seres deste mundo) são vivenciadas como algo real.
Assim, Buda compartilhou a Percepção da irrealidade dos fenômenos de nascimento, envelhecimento, doença e morte. No Núcleo é dito que estes são acontecimentos que ocorrem na Representação. Na Realidade não há isso.
O ensinamento de Buda revela a visão transcendente da vida humana como sendo em realidade a Vida de Deus. A Percepção de que vivemos, não uma vida humana isolada de Deus, mas a própria Vida de Deus, nos faz conscientes de que na Realidade somos seres eternos e não sujeitos a nascimento, envelhecimento, doença e morte.
Esse é o cerne da Percepção compartilhada pelos que passaram na Representação pela experiência de Iluminação. Notem que a experiência de Iluminação ocorre na Representação. Esse acontecimento na Representação não altera o que na Realidade todos JÁ são! Jesus compartilhou essa Percepção ao responder a aqueles que o viam apenas como um homem e lhe questionaram: "Você ainda não tem cinquenta anos e conheceu nosso pai Abraão?". Ao que Jesus respondeu: "Antes que Abraão existisse EU SOU." O significado disso é que Abraão, como todos os "personagens", existem na Representação. Nessa passagem Jesus compartilha a Percepção de que Ele é QUEM É, na Realidade! Ou seja, antes que houvesse "mundo fenomênico", dualidade, Representação, AQUELE que É sempre É. A Percepção dAquele que sabe ser sempre o mesmo e único EU é: EU SOU.
Assim, aqueles que na Representação passaram pela experiência de Iluminação compartilharam a Percepção de que suas vidas são na Realidade a própria Vida de Deus. Eles perceberam que não há outra Vida senão a própria Vida de Deus. Por isso seus ensinamentos são tidos como "religiões", porque eles nos religam. Assim em torno do ensinamento destes Mestres - Buda, Krishna, Cristo - surgiram as grandes religiões da humanidade. Esses ensinamentos nos religam a nós mesmos, à nossa própria Essência e Realidade Divina. O essencial é Perceber que esses ensinamentos sempre apontam que há algo em nós que nos proporciona esse religar. Esse algo em nós é chamado por Jesus de "Justiça". Jesus enfatizou que devemos procurar em primeiro lugar o Reino de Deus e "Sua Justiça"!
As pessoas citam essa passagem bíblica de que "devemos procurar em primeiro lugar o Reino de Deus" mas nem sempre dão ênfase ao complemento "e Sua Justiça", que é o cerne do ensinamento Divino! Fazer-nos conscientes de que o CAMINHO é interno, pois, o Reino de Deus está dentro de nós (que é onde devemos buscá-lo), é a direção. Mas estando nesse Caminho interno, a meta, a finalidade da busca, é realizar a Justiça de Deus! Este é o parâmetro que devemos nos conscientizar e usar para conhecer a Verdade; é a "Visão Justa", a "Visão Divina" de todas as coisas.
Esclarecendo sobre essa "Visão Justa", essa medida interna de Percepção, há uma passagem bíblica que diz: "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da vossa mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Aqui há uma contraposição entre o "padrão deste mundo", pelo qual a mente é velada pelos cinco sentidos; e a "Justiça Divina", o parâmetro interno que produz uma renovação mental e nos faz "capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Essa Visão Divina, que é o parâmetro interior a ser usado para desvelar o Real, é a Visão a ser alcançada chamada por Jesus de "Justiça". Masaharu Taniguchi a descreve como sendo um despertar para a Imagem Verdadeira da Vida e revela o que acontece quando se chega a "isso", a esta Visão iluminada. Ele escreve: “Todos aqueles que despertaram para a Imagem Verdadeira da Vida podem alcançar a conscientização de que eles próprios são personificações do Deus Eterno, ou, em linguagem budista, personificações de Buda, que alcançou a iluminação há tempos imemoriais: podem alcançar um despertar espiritual tão grandioso, que os fará compreender que eles próprios estavam em Jesus Cristo quando ele pregava a Verdade na Judeia, há 2.000 anos; que estavam também em Sakyamuni quando ele pregava a Verdade na Índia, há 3.000 anos; e que estavam com o Criador quando Ele fez surgir o Universo e o colocou em movimento.”
É isso! Este é o ponto! Essa Percepção está em nós!
Nessa Percepção Divina sabemos que O Mestre está VIVO EM NÓS!
Todos os apóstolos de Jesus que chegaram a este ponto, conduzidos por essa "Justiça", testemunharam e compartilharam a Percepção de que: "Vivo, mas já não sou eu quem vive; é Cristo Quem Vive em Mim."
Sobre sua elucidação, acima descrita, Masaharu Taniguchi acrescentou: “Outro dia, o Sr. X disse-me que já se sente como Buda."
Notem, o quão sutil e elevado é Masaharu Taniguchi! Ele não enfatiza o personagem, nem sequer cita o nome do "personagem", descrevendo-o apenas como "Senhor X"! Assim é como o Mestre enfatiza que o essencial é a Percepção e não o personagem! Por isso Masaharu Taniguchi objetiva e assertivamente enfatiza a Percepção tida pelo Senhor X, com muita naturalidade, compartilhando o que lhe foi dito pelo Senhor X sem julgar, dizendo aos ouvintes: “Outro dia, o Sr. X disse-me que já se sente como Buda."
Caro leitor! Que compartilhar DIVINO de Masaharu Taniguchi. Ele poderia falar de si mesmo e de suas tantas Percepções, mas isso só faria com que muitos dissessem: "Ele tem essas Percepções porque ele é o Mestre!"
Mas Masaharu Taniguchi afirma com total naturalidade que o Senhor X tem essa Percepção e já se sente como Buda!
Jesus enfatizou o mesmo quando disse a Simão: "Simão, isso Quem te revelou não foi carne e sangue, mas meu Pai que está no Céu."
Caro leitor! Da mesma forma, que compartilhar DIVINO foi esse realizado por Jesus Cristo. Ele poderia falar de si mesmo e de suas tantas Percepções como Cristo, mas isso só faria com que muitos dissessem: "Ele tem essas Percepções porque é Jesus Cristo!"
De que adianta seguir um Mestre apenas para concordar com Seus ensinamentos, sentir-se discípulo e seguidor, ou praticante, mas não levá-lo a sério nos pontos em que o Mestre expõe e enfatiza o essencial?
Nenhum Mestre expôs Seus divinos ensinamentos para que servissem apenas de consolo a alguém. Todo ensinamento divino tem em si o poder de produzir uma transformação na vida dos discípulos. O ensinamento de Jesus transformou a vida dos discípulos, que então testemunharam: "Vivo, mas já não sou eu quem vive; é Cristo Quem Vive em Mim."
A própria palavra "transformação" tem em si algo essencial. Atentem bem à palavra transformAÇÃO.
Transformar pela AÇÃO! Por isso no Núcleo é dito: "Não há Percepção sem Ação"! Perceber e não agir significa apenas acreditar. Perceber não é o mesmo que acreditar! Percepção é sinônimo de FÉ. E está escrito: A FÉ sem obras é morta.
A próxima vez que você ler um texto espiritual não sinta apenas que: "acredito neste ensinamento do Mestre". Dê um passo além! Aceite o texto espiritual com "coração de criança" [expressão bíblica] ou seja, aceite com total naturalidade, não como algo vindo de alguém que está no exterior, fora de você, de um Mestre, pois isso apenas fará sua mente concordar com as Palavras do Mestre. E assim que terminar a leitura você voltará a lidar com as tribulações deste mundo; voltará a se ver imerso em um mundo fenomênico...
O que quero enfatizar é que há algo preexistente em nós! Nós não O fizemos! Deus fez Isso!
Somos Filhos de Deus e estamos todos "destinados" a reconhecer este fato! RE-CONHECER...
Na Representação é conhecer novamente assim como já O conhecíamos..."antes que Abraão existisse..."
Notem bem! Na Representação este fato aparece como um re-conhecimento; mas na Realidade este fato é uma PERCEPÇÃO, o conhecimento é ALGO JÁ SABIDO!
Notem que os ensinamentos divinos têm validade atemporal e impessoal e não trazem uma Verdade Nova!
Por isso a ênfase do ensinamento compartilhado no Núcleo é dada à PERCEPÇÃO! Não é dada ênfase a "este" ou "aquele" Mestre, pois todos são "personagens despertos", conscientes de que nossa real identidade é o próprio Ator subjacente ao personagem!
Quando a ênfase é dada à Percepção estando diante de um Mestre, o que ocorre em nós é algo muito diferente do que se apenas quiséssemos seguir o Mestre. Isso faz com que o Mestre seja PERCEBIDO EM nós! Assim sendo, já não há o sentimento de que existe "um Mestre e nós", mas sim, "o Mestre e Sua manifestação COMO nós"!
Assim os textos são experienciados claramente como a Verdade emergindo em Mim, no Eu que Eu Sou! Nas palavras do apóstolo: Que nos faz "capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."
Este é o sentido de compartilhar todos estes textos.
Jesus disse: "Se o mundo vos aborrece, aborreceu a mim também. Neste mundo passarás por tribulações, mas tende bom ânimo, EU venci o mundo!"
Assim, para "vencer o mundo" Jesus revelou: "EU vim para que tenham VIDA e VIDA em abundância!"
Atentem que é a emergência, o vir à tona, da Percepção deste EU em nós que vence o mundo!
E não há Percepção sem AÇÃO!
O mais paradoxal que acontece quando estamos percebendo e agindo, ou seja, quando estamos agindo pela FÉ, é que temos a total consciência de que Quem está agindo é Deus! É aquele Eu Impessoal. Em relação a isso Jesus compartilhou a seguinte Percepção: "As obras que faço não sou eu quem as realiza; o Pai em Mim é Quem realiza as obras."
Quanta clareza nesta revelação de Jesus sobre Quem Faz! No Núcleo é dito: Perceba Quem faz!
Essa é a Percepção que pode vir a ser desfrutada e compartilhada por todos os "Filhos de Deus"!
Por isso compartilho a Percepção dos discípulos que testemunharam: "É Cristo Quem Vive em Mim!".
É o que Aquele que Vive em Mim [Emanuel, Deus em nós] me faz Perceber, desfrutar e compartilhar.
Namastê.
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