- Joel S. Goldsmith -
É normal pensar que nosso suprimento, material, de segurança, emocional, vem de fonte externa a nós. Quem de nós já percebeu a relação direta entre Deus e o suprimento?
Nos meus primeiros anos de trabalho, o sucesso me veio rapidamente e com ele a prosperidade.
Então, mudei-me para outra cidade e arquei com maiores despesas.
Aparentemente, eu cometera um erro, pois embora continuasse a ser bem-sucedido no trabalho de cura, fracassava em demonstrar o suprimento.
Passei a enfrentar grandes dificuldades para sustentar a família com uma renda insuficiente.
Fazia um bom trabalho de cura, empenhando-me nisso dia e noite, e no entanto o retorno não bastava para sustentar a família e a mim mesmo. Isso era intrigante porque eu já trabalhava havia dois anos e tinha provado, sem sombra de dúvida, que não apenas ocorriam curas, mas também que outras pessoas descobriam o suprimento. E, apesar de tudo, persistia o meu problema pessoal ... que um belo dia se agravou.
Talvez eu não precisasse comer, beber e vestir-me; mas era necessário , pelo bem dos que acreditavam no meu conhecimento, que eu soubesse como aplicá-lo, por que aplicá-lo, quando aplicá-lo. Só descansei ao obter as respostas.
Um dia, enquanto caminhava, ocorreu-me que, se realmente conhecesse Deus, eu não enfrentaria um problema tão grande.
Eu acreditava piamente no versículo bíblico que diz: "Nunca vi um homem honesto mendigando pão." O erro não podia ser de Deus ou da Verdade; logo, tinha de ser meu. Evidentemente, eu não era honesto naquele sentido; evidentemente, eu não tinha a idéia correta do suprimento. Então, algo estava errado.
O corolário era óbvio: minha falta de compreensão de Deus provocara a situação.
À primeira vista, parece impossível que uma pessoa ativamente empenhada no trabalho espiritual, capaz de promover curas verdadeiras, possa não conhecer Deus ainda, nem compreendê-lo corretamente.
Mas pensei: "Deve ser isso mesmo. As Escrituras estão certas. A falta é inteiramente minha. Sem dúvida, não conheço Deus." Queria pôr isso à prova, ver se conhecia Deus ou não.
Perguntei a mim mesmo: "O que é Deus?" Comecei a dar todas as respostas que provavelmente ocorrerão ao leitor.
Entretanto, percebi logo que as respostas não poderiam ser a Verdade porque não eram do meu próprio conhecimento. Eu estava apenas citando: "Deus é amor" (João disse isso; eu não conhecia isso); "Deus é a lei" (suponho que Moisés disse isso, mas eu não conhecia isso).
A senhora Eddy afirmou: "Deus é princípio"- porém eu não conhecia isso. Concluí que as coisas que eu sabia a respeito de Deus não correspondiam a um conhecimento real de Deus, eram meras citações sobre Ele, algo que os outros, e não eu, sabiam a propósito de Deus. Eu só conhecia citações, não conhecia Deus.
Ora, conhecer frases verdadeiras sobre Deus e conhecer o próprio Deus são coisas muito diferentes. Refleti então no que é Deus e no que eu sabia a Seu respeito. Nenhuma resposta. Comecei, pois, a pensar em humanidade, no que é humanidade, no que eu sou.
Constatei que Deus é o Eu do meu ser, o Eu sou - não a minha humanidade, não a minha mente, poder ou compreensão pessoal, mas o Eu sou de mim, o meu próprio Eu ou identidade espiritual.
Deus constitui o Eu que eu sou. Deus é o Eu que eu sou. Deus é a vida mesma, a verdadeira alma, a mente, a consciência das pessoas. A ser assim, então tudo o que Deus possui é parte de cada ser humano. Tudo o que o Pai tem é meu. A mente de Deus é a mente humana. A alma de Deus é a alma humana. O espírito de Deus é o espírito humano.
O suprimento de Deus é o suprimento humano. O amor de Deus é o amor humano. Por quê? Porque eu o Pai somos um só e tudo o que o Pai possui é meu. Essa unicidade constitui a infinidade do nosso ser. Em nós e por nós próprios nada seríamos. Mas como Deus constitui o nosso verdadeiro ser, como Deus é o Pai do nosso verdadeiro ser, Ele estabeleceu em nós a plenitude da Sua sabedoria, a plenitude do seu amor, a plenitude da Sua vida e a plenitude do Seu suprimento. "Do Senhor é a terra e a sua plenitude" (Salmo 24:1), e "Filho, todas as minhas coisas são tuas" (Lucas, 15:31).
Sobreveio a constatação de que, se a Totalidade constitui o ser individual, o bem não nos chega de fora, mas deve ser buscado dentro de nós. Isso mudou imediatamente a minha compreensão e a minha vida.
Como se sabe, Deus tem como atender às nossas necessidades em todas as circunstâncias. Logo depois eu dava com os olhos num poema de Robert Browning, no qual ele afirma que não devemos tentar abrir uma entrada para que o bem de fora nos alcance, mas antes rasgar uma saída para que o esplendor encerrado dentro de nós possa jorrar.
Em outras palavras, todo o bem, toda a eternidade e imortalidade, toda a divindade, toda a Cristandade, toda a espiritualidade estão corporificados em nós - mas temos de abrir uma brecha para que o esplendor encerrado em nós possa jorrar.
O milagre ocorre quando percebemos que esse esplendor de Deus, esse amor infinito, essa vida sem fim, essa sabedoria divina, essa graça espiritual e o Consolador já se encontram dentro de nós.
Dentro de nós já se encontra esse fulgor de Deus que multiplica pães e peixes, que cura os enfermos e prega o Evangelho aos pobres, que abre os olhos aos cegos. Não mais lançamos o olhar para as pessoas lá fora.
A esposa perde imediatamente o sentimento de dependência com relação ao amado; o empresário perde imediatamente o sentimento de dependência com relação ao cargo, aos investimentos ou aos negócios.
Logramos compreender que, embora o suprimento possa vir por esses canais, a fonte dele está dentro de nós. Graças a essa compreensão, novas e melhores sendas se abrem. Se uma delas se fecha, temos a certeza de que outras se abrirão de acordo com a necessidade.
Suprimento é espírito - e está dentro de nós. Não é visível e nunca será. Escapa ao olhar humano; não o sentimos com nossos dedos humanos; jamais o ouvimos ou degustamos. O que vislumbramos no mundo exterior são as formas que o suprimento assume.
Externamente, o suprimento assume a forma de dinheiro, de alimento, de vestuário, de moradia, de transporte, de capital empresarial, etc.
Nosso discernimento espiritual nos confirmará essa verdade. Mais tarde, teremos a prova disso - não porque conseguiremos ver o suprimento, mas porque seremos capazes de reconhecer as formas que ele assume.
O suprimento é infinito e onipresente, onde quer que estejamos. Como Moisés, podemos compreender que não precisamos viver do maná de ontem, nem estocar o de hoje para amanhã: o suprimento é inesgotável.
Amigo, você teria condições de me orientar se tem algum lugar confiável onde posso obter o PDF do livro O Suprimento Invisível, ou se por acaso você conhece algum blog que já tenha postado esse livro aos poucos, mas que contenha todo o conteúdo dele? Você teria aqui em seu blog todos os desse maravilhoso livro?
ResponderExcluirTenho alguns livros do Joel e procuro muito por esse que citei. Já encontrei sites que dizem ser o PDF, mas percebi serem não confiáveis.
Grato.
Olá, saudações!
ResponderExcluirEu tenho esse livro em PDF.
Me diga o seu e-mail e eu o envio para você.
Namastê!