segunda-feira, fevereiro 08, 2016

Do que fugimos mais do que o silêncio?


- Adyashanti -
- Núcleo - 


Do que fugimos mais do que do silêncio? Muitos de nós preferiríamos nos agarrar a nossas ideias, nossas crenças e nossas opiniões - as próprias coisas que nos afastam da verdade, da realidade e da vida - do que enfrentar este silêncio.

Nós gastamos tanta energia fugindo do silêncio, mas o silêncio é o solo a partir do qual o despertar nasce. É o solo a partir do qual nós saímos deste estado egoico de consciência, desta crença na separação. Afinal de contas, a separação é, em última análise, apenas uma crença. É uma história criada em nossas mentes.

Na vida da maioria dos seres humanos, tudo é sobre uma fuga da verdade. A verdade que nós estamos evitando é a verdade do vazio. Nós não queremos ver que nós somos nada.  Nós não queremos ver que tudo o que acreditamos é errado.  Nós não queremos ver que tudo o que todos acreditam é errado.  Nós não queremos ver que o nosso ponto de vista é errado e que não existe nenhum ponto de vista certo.  Nós não queremos ver que tudo o que pensamos sobre Deus é o que Deus não é.  Nós não queremos ver o que o Buda quis dizer quando disse que não existe eu.

Nós preferimos inserir rapidamente uma declaração positiva. Então, ao invés de ver que não existe "eu" e que tudo o que a mente considera verdadeiro é fundamentalmente vazio, as nossas mentes rapidamente inserem algo positivo como: "Eu sou consciência" ou "Tudo é felicidade" ou "Deus é amor." Nós não queremos ver que há um vazio aberto no centro da nossa existência. (Adyashanti)


*Comentário (Núcleo):

Personificações da Bem Aventurança!

Que esplêndido compartilhar! Permitam-me comentar algo. Aquele que na Representação Divina aparece como o divino personagem Adyashanti revelou que tudo o que nossa mente considera verdadeiro é fundamentalmente vazio. 

De fato, o pensamento: Eu Sou "..." (Eu sou alguma coisa), é um pensamento, não uma percepção. O pensamento nos faz imergir na Representação Divina! E ela assumirá a feição do que acreditarmos que ela é... E nós mesmos assumiremos como verdadeiro o que pensarmos que somos... O "realismo" do que pensamos sobre a Representação e nossa crença sobre nós mesmos "está em nós". 

Da visão do personagem não vemos que o que nossa mente considera verdadeiro é fundamentalmente vazio. Por isso Quem Somos surge na Representação Divina como alguém que nos revela Quem Somos... Então surge um Jesus e diz: "Vós sois a Luz do mundo". Surge um Masaharu Taniguchi e diz: "O Homem é Filho de Deus". Surge um Joel Goldsmith e diz: "Aprenda a ouvir o que diz a "pequena voz silenciosa"... 

Isso tudo tem sido compartilhado pra que percebamos que o que pensamos não é uma percepção! O que nossa mente pensa cria um mundo. Esse mundo é semelhante a um filme. É realístico para quem se vê dentro do filme. Mas não estamos no filme. É o que revela a voz da  Consciência em nós. 

Por isso disse Jesus: "Eu não sou deste mundo, vós também não sois". Assim podemos estar no mundo com a Consciência de que não somos do mundo! Somos seres Divinos vivendo na Realidade Divina! Estamos representando papéis de seres humanos numa Representação Divina! E com essa percepção podemos tornar essa Representação Divina uma perfeita expressão da Realidade Divina. 

Esse é o trabalho do Portador da Luz, ou como disse Aquele que aparece na Representação Divina como o Dr. Luiz Mortari, esse é o trabalho do Embaixador de Cristo, ou ainda como disse Aquele que na Representação Divina aparece como Masaharu Taniguchi: essa é a missão do Filho de Deus! 

E com essa percepção essa missão é fantástica, porque em nosso caminho começam a se multiplicar os seres Divinos e conscientes de Quem todos somos! Olhe para cada um e desfrute a percepção de que você está diante do Filho de Deus! 

Finalizo esse comentário compartilhando aqui a percepção de Simão Pedro que disse: "Vós sois o Cristo, o Filho de Deus vivo!"

Namastê!


3 comentários:

  1. Legal!...

    Um "coloca na marca do pênalti, e o outro chuta"...e acertam!
    (ái a mente com suas elocubracões!)

    Um, usando o cunho Zen-budista, o outro o cunho Crístico.
    E acertam (desculpem-me a ousadia) o Gol.

    Na Representação, mesmo os personagens despertos, tornam rico o fenômeno da diversificação!

    Mas...Agora, sejamos o Silêncio! O "pano de fundo".

    Gratidão!

    OM

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  2. OM!

    Eis algumas palavras de Adyashanti a corroborar o sagrado Silêncio:


    "Você tem que se tornar mais interessado no fundo silencioso do que naquilo que está em primeiro plano, os fenômenos: pensamentos, emoções, sons, cheiros, etc. A maioria das pessoas estão focadas no primeiro plano e no que os seus cinco sentidos lhes trazem, mas o Ser é descoberto no fundo.

    O Ser é a fonte de onde os fenômenos nascem e o solo em que essa demonstração de fenômenos está acontecendo, dos sentimentos e experiências mais sutis á matéria mais grosseira.
    Quando você descansa neste fundo, você pode saborear o seu Ser.
    Você apenas dá-se a ele."


    Namastê!

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  3. Divinos Amigos, permitam-me comentar.

    Em termos da linguagem do Núcleo o Ser é o Ator que subjaz ao personagem.

    O personagem percebe mentalmente; O ator percebe consciencialmente.

    A mente tem a natureza da Representação Divina e parece ser real...
    A Consciência tem a natureza da Realidade Suprema e é real!

    Namaste.

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