sábado, novembro 14, 2015

O princípio da Ciência Cristã (Goldsmith)


- Joel S. Goldsmith -


Sendo científica, a Ciência Cristã só pode ser praticada rigorosamente através de seus princípios e regras. Começa pela compreensão de Deus como única Causa. Todo desvio dessa regra resulta em falha na demonstração. Mary Baker Eddy baseou o seu ensinamento na totalidade de Deus e na nulidade de doença, pecado e morte.

Deus é a única Causa e tudo o que Ele criou é bom; portanto, todo mal ou coisa, que apareça ao senso finito, somente pode existir como ilusão, ou falso conceito da Realidade.

A Mente Imortal é a única Causa; portanto, doença não é causa nem efeito. Frente ao problema, devemos nos perguntar: “Que tenho em minha casa – consciência?”. Isto nos afastará do universo exterior, ou mundo do efeito, trazendo-nos à Fonte de todo o bem: nossa consciência. Tentar obter qualquer coisa do reino do efeito resultará em fracasso. Jesus disse: “O reino de Deus está dentro de vós”, e  “quando orardes, crede que já recebestes, e tê-lo-eis”.

Enquanto não percebermos que o assunto tratado já está em nossa consciência, iremos buscar num lugar em que ele nunca se encontra: fora de nós.

Precisamos nos esforçar para demonstrar e aprender a ganhar a consciência de todo bem. Ganhar esta consciência significa ganhar o bem em si. “Buscai, em primeiro lugar, o reino dos Céus e sua justiça, e tudo vos será dado por acréscimo”.

O que vem a nós, como resultado de nossa consciência do bem, permanece conosco eternamente. De fato, este bem jamais nos poderá ser tirado.

Como adquirir essa consciência de bem? Veja o que disse Jesus: “Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir”. Tudo que nos for necessário irá aparecer, se mantivermos a consciência da verdade de que nós existimos como uma consciência que incorpora todo o bem, à qual nada pode ser acrescentado e da qual nada pode ser tirado.

O Princípio da Ciência Cristã

Antes acreditávamos no bem e no mal. O bem era atribuído a Deus e o mal ao diabo. Agora, aprendemos que o diabo não existe; mas estaríamos reconhecendo que não existe o mal? Não apenas mudamos o nome do diabo para “mente mortal”, hipnotismo ou xyzismo?

O ponto central é: Pelo reconhecimento da irrealidade da doença, do pecado e morte, você demonstra a totalidade de Deus.

Não estaria você trabalhando contra a ilusão, como se a crença fosse um poder real ou causa de condição errônea? Ou você está firme na maravilha da Ciência Cristã, que revela Deus, somente, como causa e criador, e que “não existem efeitos de outra causa”?

Não basta soltarmos a crença de que o diabo é a fonte do mal. Precisamos entender a revelação de que Deus é a única Presença e o único Poder, e todo o resto como simples ilusão. A realização de que toda aparência do mal é ilusão dissolve sua aparência.

Por que não pensamos mais? Por que aceitamos que, ano após ano, um poder humano ou material nos destrói? Por que, se sabemos que existe Deus, um poder espiritual que ultrapassa as discórdias mortais de toda espécie? Por que nos sentimos indefesos diante de germes, medicina, teologia humana, e perseguidores? Por que, se existe Deus, infinito poder do bem? Há só uma resposta: devemos conhecer Deus. Acreditar não basta; precisamos experienciar Deus.

O erro está na ideia de procurar Deus, comungar com Deus, orar a Deus, quando aquilo que está procurando ou orando É a Consciência divina destruindo o senso finito. A Verdade é o reconhecimento deste fato.

Não há outra Vida que não seja a Sua, nem outra Mente; deixe que a Vida viva por si; deixe que a Mente Se expresse. Deus não é algo apartado de você. Deus é a Substância, Lei, Vida, e É a Sua realidade. Religiões e filosofias têm dito muito SOBRE Deus. Apresentam seus conceitos, mas eles não são Deus em si.

Enquanto Deus não for percebido como Vida, Mente e Alma do Ser, Deus permanecerá no plano do conceito. A Verdade revela Deus como Mente individual, como sua Mente. Revela o “Eu” de você como Deus. Não está “lá fora” para ser contatado ou receber orações. Deus é o “Eu”, o Princípio ou Alma, a Vida de seu ser. Deus, como sua Mente, pode Se expressar perfeitamente.

Deixe, apenas; repouse, apenas. Somente a Consciência espiritual revela que não há ilusão. Não caia no erro de acreditar que a Ciência Cristã cure doenças. NÃO HÁ ILUSÃO. Deus é onipotente.

Vamos aceitar a revelação do Cristo e repousar na consciência da ÚNICA PRESENÇA, PODER E VIDA. Somos seres espirituais, aqui e agora. Vamos acatar esta Verdade, livrando-nos para sempre da crença de separação de Deus.


5 comentários:

  1. Meu divino Amigo Gustavo,
    Sei que os visitantes deste Templo dos Iluminados apreciam ensinamentos essenciais.
    Aquele que na Representação aparece como o divino personagem Joel Goldsmith disse: Enquanto Deus não for percebido como Vida, Mente e Alma do Ser, Deus permanecerá no plano do conceito.
    Eis um ensinamento essencial, compartilhado por Joel Goldsmith, em perfeita sintonia com o ensinamento essencial contido na série “Viver o Eu Verdadeiro”.
    A propósito, a série “Viver o Eu Verdadeiro” bem poderia intitular-se “Masaharu Taniguchi, ensinamentos essenciais”
    Permita-me aprofundar este tema. Na série “Viver o Eu Verdadeiro” ele trata especificamente da essência, que é o Eu Verdadeiro, e ensina como podemos vivenciá-lo!
    Sobre a essência Masaharu Taniguchi escreve que: “Na essência, tudo e todos constituem uma unidade harmoniosa, mas no plano material não podemos evitar a sensação de que cada indivíduo é um ser separado dos outros, e traçamos limites tais como "eu" e "os outros", "meu mundo pessoal" e "o mundo dos outros".
    Neste momento, vamos dar atenção a este ensinamento essencial, no qual nos é revelado que: “Na essência, tudo e todos constituem uma unidade harmoniosa...” Esta é a realidade e a Vida do Eu Verdadeiro!
    Agora vamos ao ensinamento essencial onde Masaharu Taniguchi diz: Para manifestarmos a liberdade e a harmonia inerentes à Vida, é fundamental eliminarmos da mente o apego ao mundo das formas. Por isso, a Seicho-No-Ie enfatiza que "a matéria não existe”.
    Esta afirmação é um ensinamento essencial que tem um objetivo específico, que o próprio Masaharu Taniguchi revela qual é: “libertar da ilusão as pessoas apegadas às coisas materiais, afirmo que "a matéria não existe"; mas, ao me dirigir àquelas apegadas à ideia de que "a matéria não existe", explico assim: "Não estou afirmando que a matéria simplesmente não existe. O que pretendo dizer é que todas as coisas que vocês pensavam tratar-se de mera matéria, são, na verdade, manifestação da Vida de Deus, e, portanto têm de ser tratadas com muito amor".
    Notem bem! A afirmação de que "a matéria não existe" é um ensinamento essencial cuja finalidade é “libertar da ilusão as pessoas apegadas às coisas materiais”. Notem que essa afirmação é uma PERCEPÇÃO do real, compartilhada por quem a tem! Da mesma forma Namu Amida Butsu é uma PERCEPÇÃO do real, compartilhada por quem a tem!
    No momento em que estas “percepções” passam a ser entendidas como meras idéias ou PENSAMENTOS, não mais atuam como “percepções”, não libertam.

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  2. Enquanto PERCEPÇÃO uma afirmação conduz à essência, conduz ao desfrute da Vida do Eu Verdadeiro; mas, enquanto PENSAMENTO a mesma afirmação prende-se à forma, ao mundo de aparência, e não mais conduz à essência, à Vida do Eu Verdadeiro.
    Assim, quando Sakyamuni disse: Eu sou Buda, compartilhou a PERCEPÇÃO de sua real identidade e também a real identidade de todos os seres. Isto está expresso na PERCEPÇÃO compartilhada por Masaharu Taniguchi de que: “Na essência, tudo e todos constituem uma unidade harmoniosa”
    Porém, a mesma afirmação Eu sou Buda, quando as pessoas a entoam como um PENSAMENTO sobre quem são, essa afirmação apenas insufla o ego e é até bastante prejudicial. Por isso o mesmo Namu Amida Butsu capaz de libertar da ilusão das aparências deixa de ser uma PERCEPÇÃO e passa a ser um mero PENSAMENTO não mais conduz à essência, e ata ainda mais à forma, conduzindo ao eterno sofrimento.
    Por isso o Nichiren afirmou que "o nenbutsu conduz ao inferno do sofrimento eterno... e advertiu com energia que aqueles que vivem entoando o nenbutsu de maneira meramente formal, acabam caindo no inferno. Masaharu Taniguchi esclareceu que Nichiren não era contra a prática no nenbutsu, em si. O que ele condenava era a conduta das pessoas que se apegavam à entoação formal do nenbutsu e, por assim dizer, "suprimiam" o seu conteúdo vital (ou seja, se esqueciam da essência do ensinamento). A essas pessoas, ele advertia que "acabariam caindo no inferno, se continuassem procedendo de tal forma".
    Masaharu Taniguchi também disse que: “ao me dirigir àquelas pessoas apegadas à ideia [ao PENSAMENTO] de que "a matéria não existe", explico assim: "Não estou afirmando que a matéria simplesmente não existe. O que pretendo dizer é que todas as coisas que vocês pensavam [notem! “que vocês PENSAVAM” ] tratar-se de mera matéria, [ele compartilha a PERCEPÇÃO de que] na verdade são, manifestação da Vida de Deus [Notem! Vida de Deus é essência, algo que só pode ser PERCEBIDO] e, portanto têm de ser tratadas com muito amor".
    Por serem ensinamentos essenciais em perfeita harmonia Masaharu Taniguchi disse que: “Não é possível apreender a essência das coisas, com a mente apegada à forma. No momento em que reconhecemos a forma material, estamos deixando de apreender a essência”; e Joel Goldsmith disse que: ““devemos conhecer Deus. Acreditar não basta; precisamos experienciar Deus; e, enquanto Deus não for percebido como Vida, Mente e Alma do Ser, Deus permanecerá no plano do conceito”. E concluiu: Vamos aceitar a revelação do Cristo [a PERCEPÇÃO compartilhada por Jesus Cristo] e repousar na consciência da ÚNICA PRESENÇA, PODER E VIDA. Somos seres espirituais, aqui e agora. Vamos acatar esta Verdade [como sendo a NOSSA PERCEPÇÃO], livrando-nos para sempre da crença de separação de Deus.
    É o que PERCEBO, desfruto e também compartilho.
    Namastê

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  3. Percepção = Essência (percepção consciencial)
    Pensamento = Forma (percepção mental)


    Enquanto um deles nos revela a verdade, o outro a oculta.

    O universo dos objetos (incluindo os ensinamentos, tais como "a matéria não existe" ou "namu amida butsu") nada são em si. A forma, em si mesma, também não é nada, não possui significado. Nós é que damos significado à forma. É a percepção que temos da forma que nos liberta ou aprisiona. Enquanto a percepção do "namu amida butsu" liberta, o pensamento "namu amida butsu" aprisiona.

    Por isso, houve um tempo em que o ensinamento do nenbutsu foi trazido ao mundo, e ali surtiu efeito. Mas, com o decorrer do tempo, a mente das pessoas tornou-se condicionada, e elas passaram a entoar o nenbutsu de forma inapropriada. Foi então que um mestre posterior, constatando a atitude com que as pessoas entoavam o nenbutsu, pregou que o nenbutsu conduziria à perdição ao invés de à salvação. As formas nada são em si. Tudo depende do nosso modo de olhar/perceber. É isso o que nos salva. Na linguagem de Goldsmith, isso está expresso como: "Todo o poder (o único poder) reside no universo da causa, e não no universo dos efeitos."

    Essa verdade também traz uma implicação: as formas são como "cascas ocas", não têm o poder de aprisionar nem de salvar. E nós conferimos às formas o "conteúdo" mediante a visão/percepção com que olhamos para elas. O conteúdo é o que importa. E é ele que tem o poder de causar transformações tanto em nós como também em outras pessoas. Quando, por exemplo, estamos diante de um ser iluminado (Satsang ou Darshan) ele nos ensina no plano da essência. É comum ouvirmos eles dizer algo como "não se agarrem demais ao que eu estou falando (nível da forma), estejam presentes e recebam o que eu tenho para compartilhar com vocês".

    O real ensinamento está sendo transmitido no plano da essência, e para que a pessoa consiga receber/captar essa transmissão, ela deve estar presente/sintonizada com o Ser daquele mestre. Os ensinamentos falados ocorrem a nível superficial. É no nível mais profundo que o verdadeiro ensinamento/aprendizado acontecem. Isso porque nós não podemos apreender a Verdade no plano da superfície ou da mente. A Verdade é realmente apreendida/compartilhada no nível da essência. Daí a necessidade de estarmos desapegados às formas e atentos ao ser.


    Grato por sEu comentário, mais uma vez.
    Reverências!
    Namastê!

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  4. Joel goldsmith, diz que nao precisamos pedir nada em nossas orações. Lendo A ciencia Crista no inicio. capitulo 1, diz que tudo quanto em oração pedires crede que recebestes e será assim convosco.
    Poderia explicar essas ideias? Que me parecem muito diferentes.

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  5. Olá Fabrício!

    A resposta para sua pergunta está em uma frase de Goldsmith que consta no próprio texto deste post. Ele diz:

    "Tudo que nos for necessário irá aparecer, se mantivermos a consciência da verdade de que nós existimos como uma consciência que incorpora todo o bem, à qual nada pode ser acrescentado e da qual nada pode ser tirado."

    Quando Goldsmith diz que não precisamos pedir nada em nossas orações, ele está dizendo que devemos permanecer na compreensão/realização de que "nós existimos como uma consciência que incorpora todas as coisas boas e felizes". Estando com essa consciência não é necessário pedir por algo específico, porque esse "algo específico" já existe e já está realizado na Consciência Divina que está em nós. Assim, basta estar em contato com Ela, sabendo que "ela já nos deu tudo antes mesmo que pedíssemos". Essa conscientização faz com que as coisas que nós necessitamos vão aparecendo em nossa experiência conforme formos tendo necessidade delas.

    Praticar essa consciência da Verdade é uma forma de oração, é uma forma de pedir. Portanto, não há contradição com aquilo que é ensinado na Ciência Cristã.

    Reverências!

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