- Núcleo -
Personificações da divindade!
Permitam-me compartilhar algo sobre este texto.
A princípio este parecer ser um texto singelo e despretensioso. Apenas parece! Trata-se em verdade de um texto profundo porque contém em si a mais profunda verdade já revelada ao ser humano. Esta revelação está exatamente no ponto em que diz: “você é um conceito”. Este conceito que é feito de quem estamos sendo é o que no Núcleo chamamos de “personagem”.
A principal característica de um “personagem” é o fato de não ser real! E o que dá realismo à visão do personagem sobre si mesmo é a percepção mental, ou seja, é a percepção da mente do próprio personagem quem atesta o “realismo” do mundo do personagem. O fato é que a mente tem a mesma natureza do personagem... Ou seja, a mente também não é real. E muito poucos “personagens” se dão conta disto! Os que se dão conta disto são os que no Núcleo são chamados de “personagens despertos”.
Embora em número reduzido no contexto do mundo dos personagens a principal característica destes “personagens despertos” é a total identidade com o Ser Real, que todos somos. Esta identificação com Quem somos não é feita pela “mente do personagem” mas pela “Consciência do Ser”. A principal diferença entre elas é que uma, a mente, é um conceito, um auto-conceito, e a outra, a Consciência, é real. A característica que as diferencia é que a mente percebe de forma dual e a Consciência percebe de forma unitária.
É neste ponto em que nem todos os ensinamentos espirituais deixam claro que é impossível à mente do personagem perceber a Unidade. Os personagens que percebem consciencialmente a Unidade sabem que sua real identidade não é a de “quem estão sendo”, ou seja, sabem que não são seres finitos, temporais, sujeitos a nascimentos e mortes, e a um contínuo processo de evolução dos seres. Eles sabem que tudo isso é a própria “Representação”, o próprio “universo dos personagens”, e que isto não é a Realidade de Quem somos! Aqui está o “núcleo” do texto! Este personagem desperto, que aparece na representação como Sri Bhagavan, está revelando uma vez mais e abertamente a todos que: a mente é uma prisão.
Contudo, não se trata de uma prisão real, pois, no momento em que se retira o foco da percepção da mente do personagem que está sendo representado (automaticamente, enfatiza o autor do texto, com o processo também automático de pensar e de acreditar como sendo real aquilo que é pensado) e se foca na percepção da Consciência ocorre a liberação da “prisão mental” e se passa daquilo que o autor do texto chama de mera condição de estar “existindo” para o real “viver”. Este é o momento em que se percebe a Unidade (percepção conciencial) que subjaz à multiplicidade (percepção mental).
Vale lembrar o que disse Aquele que na Representação apareceu como o divino personagem Jesus: “Eu vim para que tenham Vida, e vida em abundância.”
Assim seja (percebido por todos em Unidade), pois, assim já é.
Namastê!
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