segunda-feira, fevereiro 16, 2015

A experiência de transição para o Eu Real

- Núcleo -


"Se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus;
Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano;
E vos renoveis no espírito da vossa mente;
E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade."
(Efésios 4:21-24)


Personificações da divindade.

Permitam-me compartilhar percepções advindas deste maravilhoso texto!

Neste texto Joel Goldsmith fala da “experiência de transição”. Trata-se de uma transição para o que ele chama de “quarta dimensão”.

O que é a “a experiência de transição” Joel Goldsmith expõe no texto “Os Dois Pactos”, também publicado neste blog em: http://busca-espiritual.blogspot.com.br/2011/01/os-dois-pactos.html

Tenham em consideração os dois textos para acompanhar as percepções aqui compartilhadas. 

De início, atentem que “O Caminho Infinito” [o grande ensinamento espiritual de Joel Goldsmith compartilhado com a humanidade] é uma unidade. Assim, todos os seus textos devem ser vistos como uma unidade, ainda que os temas sejam tratados em textos diversos. 

O tema da experiência de transição é tratado com profundidade nestes dois textos citados.

A profundidade está no fato de que nestes dois textos Goldsmith expõe o que é a experiência de transição, quem a vivencia, de que forma é vivenciada, qual o motivo de ser vivenciada, quando e quais as conseqüências desta experiência! 

Assim, no texto "Os Dois Pactos" Goldsmith é enfático ao afirmar que: “virá um dia, na consciência de cada um de nós - para alguns agora mesmo e para outros daqui a diversas existências -, quando pela Graça interior seremos capazes e desejosos não só de nos livrar dos desgostos da carne, mas também de seus proveitos e prazeres; desejaremos nos familiarizar com nossa identidade espiritual, ou seidade, com essa nova criatura, outra que não a antiga, saudável e honrada, uma criatura nova nascida do Espírito. Essa é a experiência de transição.”

Para compreendermos a essência desta grande revelação compartilhada por Goldsmith devemos atentar que há um “fio condutor” que a desvela para nós. Este “fio condutor” aparece neste texto! Este “fio condutor” é essencialmente nossa identidade espiritual ou o que Goldsmith muito inspiradamente denomina de “seidade”! 

Sobre a identidade espiritual Goldsmith expõe que: 

“A individualidade humana é sempre limitada, sempre finita, consistindo, na sua maior parte, daquilo que aprendemos através da educação, da experiência pessoal, do ambiente e das influências hereditárias. Oculto atrás deste eu pessoal, contudo, está nosso Eu Verdadeiro. Há um outro Ser, Algo além da pessoa física e mental. Paulo denominou esse Algo de 'Cristo', que realmente quer dizer 'o filho de Deus', a identidade espiritual de nosso ser, a nossa realidade.”

Dito de outra forma, esta nossa identidade espiritual é a própria “seidade”, que é um termo que se refere diretamente ao Ser, e é usado para evidenciar o “Ser” que realmente somos; para expressar a realidade de Quem Somos; em outras palavras, para desvelar o Ser que Eu Sou. 

A experiência de transição refere-se à transição de nossa vida enquanto identificados com a limitada “individualidade humana” (eu pessoal), para uma vida identificada com nosso “Eu Verdadeiro”, que é aquele “Algo além da pessoa física e mental”, ou seja, “o Cristo, o filho de Deus, a identidade espiritual de nosso ser, a nossa realidade.”. 

A essa nossa real identidade, divina, em outros textos Goldsmith a expressa como sendo Lei, Causa, Princípio, que é a realidade de Quem Somos, Deus. 

Há neste ponto um detalhe sutil que pode confundir e causar enorme equívoco nos autênticos buscadores espirituais, e até mesmo desviá-los do caminho! A sutileza é a seguinte: Mesmo sendo verdadeira a percepção: “Eu Sou Deus”, a pessoa não deve partir da afirmação [mental] de que: “eu sou Deus”. Isso só iria insuflar o ego e afastar ainda mais o buscador da experiência de transição.

“Eu Sou Deus” trata-se de uma “percepção” [não mental] de Quem Somos!

Enfatize-se que “Eu Sou Deus” é uma percepção [consciencial] daquela nossa “Seidade”, de nossa unidade com o Ser, com o Eu. De forma alguma deve ser confundida com uma afirmação [mental] de que “eu sou Deus”. 

Na Bíblia está escrito: "Aquieta-te e saiba: Eu Sou Deus". Ou seja: Aquieta a tua mente [faça completo silêncio, não faça afirmações sobre nada], E apenas saiba [perceba que]: Eu Sou. 

Enquanto as afirmações partem de nossa “mente condicionada”, as percepções nos sobrevêm “do alto”, da Consciência do Ser que Somos, de Deus, e sempre como revelações do Eu que Eu Sou. Joel Goldsmith compartilhou a percepção de que há um Ser Real, que é Deus. E que esse Ser é a Lei, Causa, Princípio que rege nossa experiência humana. Embora Deus seja a única realidade, o Caminho Infinito não reduz a experiência humana a algo sem importância ou nada. Esse elevado ensinamento espiritual dá em muitos textos lições práticas de como o ser humano pode levar sua vida a ser regida pelo Cristo de seu próprio Ser, partindo da correta identificação! 

Em outro texto Joel Goldsmith ensina que:

“Quanto mais você aprende a se identificar com o Eu que Eu sou, em vez de se identificar com o corpo e com a experiência humana, mais qualidades espirituais se manifestarão em sua experiência. Se eu tivesse que tentar ser um ser humano muito bom, fracassaria. Mas, se tentar esquecer meu aspecto humano e residir no Eu que Eu sou e perceber que o Eu é Deus, então, Ele Se manifestará no corpo, nos pensamentos e nas ações que se originarem.”

Partindo da correta identificação em outro texto Goldsmith fala da percepção, que ele chama de “percepção mística” da unidade e onipresença divina, assim: 

“Deus, a Consciência divina, que é sua consciência individual, está onde você se encontra. Porque Ele é onipotente, Ele tem todo o poder para fazer por você. Porque Ele é amor divino, é Seu grande prazer dar a você o reino. Você precisa apenas permanecer na compreensão da presença de Deus, entendê-LO como aqui e agora. Então você terá a percepção mística de que nunca pode estar em qualquer lugar onde Deus não está. Sempre soubemos que Deus é a essência de tudo o que aparece. Sempre soubemos que Deus é a fonte de toda provisão. Então, onde este ensinamento difere de outros ensinamentos? Em parte nisto: Deus é a sua consciência, em vez de algo aqui fora ou lá em cima. Este é o verdadeiro âmago da Mensagem do “Caminho Infinito”.

Sua revelação mais importante [do Caminho Infinito] é a de que Deus não é algo muito distante (Marcos, 1-14, 15), mas a de que Deus é a sua verdadeira consciência. 

"Quando você compreender isto, você terá descoberto o segredo da vida. A partir daí tudo se manifesta, se demonstra e se revela. Sua própria consciência aparece como o seu Eu, como a sua alegria, a sua prosperidade e o seu sucesso, como a sua felicidade, o seu lar e como todos os seus relacionamentos – sociais, financeiros e comerciais.”

Enfim, como o expressou Goldsmith:

“Chega um momento, em nossa experiência, em que já não somos unicamente nós (aspecto humano), senão que alargamos nossa consciência para a percepção de uma Presença interna. Este momento de transição ocorre quando esta Presença se-nos torna real e assume a direção de nossa vida. A partir desta experiência, não mais ficamos “cuidadosos com a nossa vida”, porque sentiremos sempre a proximidade desse Algo – que é o Cristo ou Presença divina – que harmoniza nossa experiência diária.”

Assim seja esta Presença Interna perceptível para todos, pois, assim É!
Que todos percebam este Infinito Invisível;
Que percebendo, o desfrutem em sua experiência diária;
E que o desfrutando, o compartilhem generosamente.

Namastê.



2 comentários:

  1. Meu Amigo Gustavo e Divinos personagens.

    No Núcleo é feita uma diferenciação entre “mente” [do personagem] e “Consciência” [do Ser]. Por isso, à título de complementação, compartilho também o texto de Joel Goldsmith do livro Setas no “Caminho do Infinito”, página 185, onde ele revela que:

    “Quando te introverteres para além da mente, estarás penetrando no âmbito de tua própria consciência, no santuário de teu próprio ser, que é onde realmente vives. Na realidade, porém, não se trata de tua consciência humana, mas da divina Consciência que tu és.
    É desta Consciência, quando n´Ela penetras, que flui a graça espiritual, e não de ídolos físicos ou mentais.”

    Agradeço a Aquele que na representação divina aparece como meu Amigo Gustavo pela oportunidade de compartilhar essas percepções sobre temas tão elevados!

    Muito Obrigado!

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  2. Divino Amigo,
    O agradecimento é mútuo!
    Muito obrigado! _/\_

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