Capítulo 11
"NÃO ESTÁ ESCRITO: SOIS DEUSES?!”João 10:34
Todo o universo é infinitamente perfeito agora. Todos os seres já são infinitamente perfeitos agora. Todos os acontecimentos estão se manifestando em harmonia perfeita agora. Só existe o universo espiritual perfeito. Só existe o agora. Nada há para ser corrigido ou melhorado.
"NÃO ESTÁ ESCRITO: SOIS DEUSES?!”João 10:34
Todo o universo é infinitamente perfeito agora. Todos os seres já são infinitamente perfeitos agora. Todos os acontecimentos estão se manifestando em harmonia perfeita agora. Só existe o universo espiritual perfeito. Só existe o agora. Nada há para ser corrigido ou melhorado.
A Verdade única, que procuramos revelar nestas páginas, é esta: "Vós sois deuses". Os princípios que expusemos não passam de artifícios a serem usados pela mente humana a fim de que ela se torne uma simples transparência para que a Verdade marque Sua presença neste mundo aparente. Jamais devemos aceitar que a Verdade não esteja totalmente manifesta, ou que o Cristo não esteja manifesto como cada um de nós. O fato de a Verdade marcar ou não presença neste mundo visível em nada altera a condição verdadeira deste universo e de cada um de nós. Não temos reiterado que este conceito material de mundo é completamente ilusório? É um mero conceito da mente humana.
Muitos até já conseguem admitir a própria natureza divina; porém, fazem-no como se esta divindade fosse algo latente, "morto", não ainda manifestado! Para eles, soaria muito bem a citação bíblica com o verbo no futuro: "Sereis deuses". E, sujeitos à hipnótica influência das crenças coletivas, passam anos a fio se esforçando para "se tornarem deuses". Ora, não foi esta a intenção original de Adão, ao "comer do fruto do conhecimento do bem e do mal"? Não pretendia ele suplantar a Deus em sabedoria? Tratamos, aqui, de temas bem profundos. Mas, nem por isso eles são arrastados em longas explanações teóricas. Não temos a intenção de apresentar "tratados metafísicos"; antes, objetivamos expor diretamente os Princípios Espirituais capazes de propiciar aos interessados uma comprovação na prática pelos frutos obtidos. Que frutos seriam? Já sabemos: os visíveis são todos uma ilusão! Mas, são úteis para comprovar que o UNIVERSO ESPIRITUAL, sendo mentalmente reconhecido como JÁ MANIFESTO, se mostra presente como "aparência", nos moldes concebidos pela mente humana.
Os frutos verdadeiros
Como temos afirmado, o "universo aparente" é ilusório. Por mais frutos que a pessoa consiga neste mundo ilusório, ela não os terá para sempre. A ilusão é efêmera, transitória! Não queremos dizer que as boas coisas deste mundo visível sejam desprezíveis! Queremos somente salientar que devemos dar uma parada para conscientizar a ilusória natureza deste mundo aparente. Esta percepção nos levará à lógica conclusão de que devemos buscar os frutos verdadeiros e eternos, frutos que já nos pertencem exatamente agora. Nesse sentido, também nos alertou Jesus: "Trabalhai pela comida que não perece".
A mente humana aceita com naturalidade a errônea idéia de dualidade, e tenta a todo instante iludir-nos com ela, apesar de toda literatura mística pregar a Verdade do Princípio da UNIDADE.
O estudante da Verdade lê citações do tipo: "Vós sois deuses", "Eu e o Pai somos um", "Vós sois a luz do mundo", e fica aguardando que em algum "futuro" estas verdades se mostrem válidas para ele. De pessoas assim, ouvimos: "De que adianta ficar repetindo que "Eu sou Deus", se internamente eu não sinto isso como experiência atual?", ou, "Até mesmo Jesus Cristo disse não ter sido ele o autor de suas obras, mas o Pai que nele estava; logo, também ele aceitava a dualidade". Analisemos estes temas à luz da Verdade absoluta:
A dualidade é apenas uma aparência. O universo que é captado pela mente humana é um quadro mental com duas características básicas:
a) é ilusório; b) é uma imagem una.
No capítulo 01, falamos a esse respeito: se o universo real é UNO, sua imagem, formada na mente, também só poderá ser una. Todas as obras, palavras ou pensamentos, que são por nós discernidos através da mente humana, são o NADA! Não passa de uma ILUSÃO, simples APARÊNCIA. Assim, todas as pessoas e situações presentes neste "quadro mental" devem ser por nós reavaliadas como sendo meros "componentes" de um QUADRO GLOBAL, que é ilusório. Eis por que jamais damos "tratamentos espirituais" a pessoas ou condições como se fossem os nossos "pacientes diretos". O "paciente" é sempre o "quadro mental em si", considerado como um todo, e, sobretudo, um todo ilusório.
No capítulo 07, ao falarmos de Jesus Cristo e Barrabás, explicamos este assunto: se forem percebidos pela mente humana, tais imagens devem ser por nós consideradas como ILUSÃO. Este é o sentido das palavras de Jesus, ao afirmar que "de mim mesmo nada sou", ou "não sou eu quem realiza as minhas obras". ILUSÃO NÃO GERA OBRA ALGUMA! ILUSÃO JAMAIS VEM A SER ALGUMA COISA! PERSONAGEM DE UM QUADRO ILUSÓRIO JAMAIS SE TORNARÁ DEUS!
A pessoa aceita a dualidade por achar que ela própria é exatamente como a mente humana a conceitua. Seguindo os padrões errôneos e limitados desta mente ilusória, ela observa a si mesma, se compara com as outras pessoas, ou até mesmo se compara com Jesus Cristo, se julga muito aquém do desejado ou da perfeição, e acaba por se convencer de que "realmente ainda lhe falta muito para ser perfeito como Cristo". E qual seria a postura do próprio Jesus, diante da mente humana rotulando-o de bom? O cap. 10:18, de Marcos, registra a resposta: "Por que me chamas bom? ninguém há bom senão um, que é Deus". Pregava a UNIDADE!
A dualidade não passa de aparência, e deve ser por nós reconhecida como tal. Não somos estes seres limitados e imperfeitos vistos pela mente humana. Não devemos nos basear em "julgamentos segundo as aparências", nem referentes a nós mesmos nem aos demais. Apliquemos decididamente estas verdades em nossas vidas! Eliminemos de vez os complexos de inferioridade e os conceitos e pensamentos oriundos da "mente carnal". É exatamente neste estado "vazio" de conceitos e de pensamentos que constataremos a veracidade da citação: "Eu disse: Sois deuses!"
O reconhecimento iluminado
Diante da aparente dualidade -- a presença de um EU divino e um eu humano --, devemos imediatamente reconhecer:
"Este ser que parece existir como se fosse o meu Eu nada tem a ver comigo.
Ele não é existência verdadeira!
Não passa de componente do quadro ilusório mostrado pela mente humana.
Este ser não é Deus! Nem seus pensamentos são de Deus.
Isso tudo pertence a um quadro puramente hipnótico apresentado pela "mente carnal".
Impersonalizo, neste instante, o quadro todo.
Vejo-o como "miragem".
Percebo agora que EU SOU EXISTÊNCIA AUTÔNOMA com relação a tal miragem.
Percebo agora que Deus é a única EXISTÊNCIA.
Sei também que inclusive estes próprios pensamentos são divagações da mente ilusória.
E, a partir desta contra-argumentação, aguardo na quietude e no silêncio aquele "vazio" das crenças coletivas, que se traduz como a própria PLENITUDE E TOTALIDADE DIVINAS.
Só existe Deus! Deus Se revela como o Ser que EU SOU -- UNIDADE!
Habituemo-nos a não mais confundir o nosso Eu Real com o conceito criado pela mente humana a nosso respeito ou a respeito dos demais. Isolemo-nos internamente, realizemos o "autotratamento" durante a meditação contemplativa, e aguardemos o silêncio e paz interiores que demonstram, por si, o NADA das aparências (boas ou más) deste mundo, e a PLENITUDE do infinito REINO ESPIRITUAL em que vivemos. Este Silêncio e esta Paz constituem os frutos verdadeiros. Com eles, saberemos que já estamos no UNIVERSO ESPIRITUAL DIVINO, único universo realmente existente. Saberemos, também, que as declarações da Verdade contidas nas Escrituras se referem a NÓS PRÓPRIOS; referem-se a este AGORA!"Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?"
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