A primeira coisa a se fazer é iniciar com a
pergunta: “Quem sou eu?”. E prossiga indagando. Não pare de investigar. "Quem sou eu?" não é realmente uma pergunta porque não há uma resposta para ela, ela é irrespondível. É um estratagema, não uma pergunta. Ela é usada como um mantra. Quando você pergunta constantemente dentro de você: "Quem sou eu? Quem sou eu?", você não está esperando por uma resposta. Sua mente lhe dará muitas respostas, todas elas devem ser rejeitadas. Muitas
respostas virão, a mente dirá: “Você é um corpo! Que absurdo! Não há necessidade
de perguntar, você já sabe disso”, ou até mesmo “Você é a alma, o espírito, a
consciência suprema”... Lembre-se, você deve parar apenas quando nenhuma
resposta estiver vindo, jamais antes. Enquanto vir alguma resposta dizendo “você
é isso, você é aquilo”, saiba bem que a mente o está suprindo com respostas. Todas essas respostas têm que ser rejeitadas: neti neti — a pessoa tem que continuar dizendo: "Nem isto, nem aquilo".
Quando você chegar ao ponto de indagar “Quem sou eu?” e nenhuma resposta estiver
vindo de qualquer lugar, então há silêncio absoluto. A sua pergunta ressoa em si
mesmo: “Quem sou eu?”, e há um silêncio e nenhuma resposta surge de lugar algum.
Você está absolutamente presente, absolutamente silencioso, e não há sequer uma
única vibração. “Quem sou Eu?” – e apenas o silêncio. Então um milagre acontece:
de repente você não pode sequer formular a pergunta. A pergunta final tornou-se
absurda. As respostas tornaram-se absurdas e por isso as perguntas também se
tornam absurdas. Primeiro desaparecem as respostas e depois desaparecem as
perguntas – porque uma somente pode existir ao mesmo tempo que a outra. Elas são
como os dois lados de uma moeda – se um lado for retirado o outro não pode ser
mantido. Primeiro as respostas desaparecem, depois desaparecem as perguntas. E
com o desaparecimento da pergunta e da resposta, você chega à realização: você é
transcendental!
Então você sabe, e no entanto você não pode dizer; você sabe,
mas não consegue articular sobre isso. A partir de seu próprio ser você sabe
Quem você é, mas isso não pode ser verbalizado. E esse conhecimento é vívido,
existencial; não se trata de um conhecimento emprestado retirado das escrituras.
É um conhecimento seu, e não dos outros. É o mistério definitivo, inexprimível, indefinível. Ele surgiu em você.
E com esse surgimento, você é um Buda. Então você começa a rir, porque você veio a saber que você tem sido um Buda desde o princípio de todos os tempos; você apenas não tinha notado esse fato tão profundamente. Você esteve correndo em voltas, para lá e para cá, do lado de fora de seu ser. Mas agora você está em casa.
E com esse surgimento, você é um Buda. Então você começa a rir, porque você veio a saber que você tem sido um Buda desde o princípio de todos os tempos; você apenas não tinha notado esse fato tão profundamente. Você esteve correndo em voltas, para lá e para cá, do lado de fora de seu ser. Mas agora você está em casa.
– OSHO
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