- Núcleo -
Nesse ponto da mensagem de "A Vida Impessoal", cabe a seguinte reflexão:
Por
que Mestres e doutrinas?
Na verdade, não há necessidade alguma de Mestres e
doutrinas, mas as pessoas acreditam que há. Por isto existem os
Mestres. As pessoas “acreditam”, porque acreditar é uma função da mente e
elas estão constantemente ativando o modo de percepção mental, o que
as torna inconscientes de que "acreditar em algo" não faz com que este
algo se torne real, a não ser para a visão de quem acredita. Agindo assim, as
pessoas vivem imersas em suas ilusões mentais. O real existe, contudo ele não
pode ser percebido mentalmente. A visão do real está em nós, está dentro de nós –
está na Consciência!
Mas para que possamos acessá-la, temos que deixar de lado
nossa visão mental, que é produto de nossos muitos condicionamentos e nos
fazem viver segundo as ilusões criadas pela mente, de que ela sabe, de
que ela conhece. É isto o que nos impossibilita assimilar a
mensagem daquele que está “no reino de Deus”, ou seja, dentro de nós, o
real Mestre. A mente quer sempre falar; quer contrapor à mensagem
aquilo que acredita ser o real. E isto a impossibilita de ouvir.
O Mestre
existe, mas nunca é uma pessoa, pois Deus é o único Mestre. Quando Deus, a
Consciência do Ser, Se revela em um indivíduo, as pessoas associam tal indivíduo
como sendo o mestre; não percebem que é o próprio Deus “aparecendo como”,
manifestando-se como; não percebem que é a Consciência divina, onipresente em todos os
seres, revelando-Se e evidenciando-Se naquele ser (pois aquele ser apenas
escolheu ouvir o que a Consciência do Ser tem a dizer, em vez de escolher
falar).
É o que Jesus revelou: “Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o
Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar.” E
completou: “As coisas, pois, que eu falo, como o Pai mo tem dito, assim
falo”. João 12 49,50.
Jesus sempre deixou claro que o verdadeiro mestre é
Deus. Em Mateus 23:8-10, há o registro de Jesus censurando os fariseus e
os escribas, dizendo: “Vós porém, não sereis chamados mestres, porque
um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos”; e acrescenta: “Nem
sereis chamados guias, porque um só é vosso guia, o Cristo.” Quando
alguém julgou a Jesus como sendo bom, chamando-o de “bom mestre”,
ele respondeu: “Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é
Deus.” Mc 10.18.
A mensagem divina não pertence a mestre humano algum,
pois ela pertence à Deus. Contudo, os personagens, através dos quais a
mensagem divina é espalhada para o mundo, ora são enaltecidos e ora são depreciados.
Por isso, no Núcleo é ensinado e enfatizado que de fato há um mestre,
que este é único, mas que este mestre é Deus! E que, sendo
Deus onipresente, todos os que quiserem ouvir a Sua a voz, a
voz da Consciência, devem escolher calar em vez de falar.
“Calar a mente para
ouvir a Consciência”. Esta é a fórmula que nos possibilita perceber Deus no
nosso interior. A princípio, a percepção da divindade se revela em nós. Mas
esta percepção sempre se expande, e então percebemos a divindade em tudo!
Com esta percepção torna-se evidente “Quem faz”; percebemos claramente que é
Deus Quem nos possibilita fazer tudo o que fazemos; que é através Dele que
podemos ver, ouvir, degustar, tocar, cheirar, sentir, intuir, amar, apreciar
a beleza da vida, etc. Deus está agindo em nós o tempo todo, e não
nos conscientizamos desta atividade se permanecemos na percepção
mental, pela qual nos vemos separados do Ser que está em nós por
ser onipresente.
As pessoas vivem num universo formado por suas visões
mentais, e assim se transformam em vítimas da ilusão de uma
realidade fragmentada. Elas estão escolhendo dizer qual é a verdade, em vez
de conhecê-la.
Porém, disse Jesus: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.” A
Verdade não é algo em que devemos apenas “acreditar”, ou seja, apreender
mentalmente – porque ela não é um conceito, mas uma realidade, que precisa ser
conhecida.
Atentem a esse detalhe, Jesus não disse: “Acreditem” na Verdade e
a Verdade vos libertará, mas sim, “conheçam” a Verdade e a Verdade
vos libertará. A Verdade é o que liberta porque é Deus, o próprio Ser
a ser conhecido. Por esta razão Jesus disse: “Eu Sou a Verdade.” Esta
é uma reveladora “afirmação consciencial” e, como tal, deve ser percebida
“consciencialmente”; de outra forma ela não será devidamente assimilada. Em
linguagem bíblica é dito que as coisas espirituais devem ser discernidas
espiritualmente. Só assim podem evidenciar seu real significado.
Em suma,
façam as reuniões do Núcleo, mas não dependam delas. Estudem sob a tutela de um mestre, mas não dependam da figura externa do mestre. O nome “Núcleo” não é
casual, pelo contrário, tem um profundo significado.
Quando dizemos “vá ao
Núcleo” este “ir ao núcleo” significa ir ao centro, estar no centro, estar
voltado para o reino de Deus, que está em nosso interior. Estejam, pois, “no
núcleo” nas reuniões, mas permaneçam no Núcleo onde quer que estiverem: em
casa, no trabalho ou, simplesmente, passeando. Sejam livres, sejam divinos. A
liberdade não está em ser membro de um grupo ou em pertencer a uma
determinada religião, mas consiste em estar em constante comunhão com Deus, mantendo
um constante diálogo interno com Deus e seguindo Suas orientações.
A mente
é um instrumento divino e tem sua importância, mas não permita que ela se
coloque na posição de “Senhor” de sua vida. Livre-se da tirania mental
conhecendo a Verdade e estará vivendo em Deus! É simples fazer isto! Basta
descartar preconceitos e pensamentos que te fizeram se sentir distante de
Deus até hoje, e perceber que Deus é Amor, e que o Amor jamais te deixou e
que não te deixará.
A paz seja com todos.
Para reflexão
complementar acessem: http://nucleu.com/porque-o-nucleu/
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