Dárcio Dezolt
“Por isso, vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido e ser-vos-á dado” (Marcos 11; 24)
Antes de qualquer outra coisa, quando contemplamos a Verdade partimos da aceitação incondicional de que DEUS É TUDO! O Universo da Realidade divina está consumado, e NELE, realmente, “tudo está feito” (Apoc. 21: 6).
Estando “tudo feito”, que sentido tem a oração? Toda oração correta é nosso atestado/constatação de que as obras de Deus são permanentes, e perfeitas sempre! Se formos dar crédito aos “sentidos humanos”, esta Verdade gloriosa parecerá utópica ou mero “sonho” de visionário! A suposta “mente humana” unicamente capta “miragens”, em que se alternam cenas agradáveis e cenas desagradáveis. Orar é estarmos conscientes da natureza ilusória de AMBAS, dos quadros bons e dos quadros maus, para nos vermos livres para “contemplar” o permanente, o “tudo que já está feito”, a Verdade imutável!
Se isto for logo percebido, desaparecerá a tendência comum de se acreditar que “oração é petição”, ou no sentido de que Deus nos ouça para “corrigir” uma situação maligna, ou no sentido de que nos conservemos “esperançosos” de que nosso pedido “seja ouvido”. DEUS não muda; e não há, em Deus, nenhuma situação que requeira mudança, cura ou melhoria! Desse modo, partir de DEUS COMO TUDO, contemplando a Verdade de que TUDO ESTÁ FEITO, discernindo a Existência acima das “miragens do bem e do mal”, nisto consiste a oração verdadeira! Este é o sentido das palavras de Jesus, ao dizer: “Tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido e ser-vos-á dado”. Sempre nos esteve sendo dado, e isto é constatável mediante o nosso integral reconhecimento.
Assim como jamais esteve faltando “parte da montanha” em dias de neblina, jamais está nos faltando algo em “dias das aparências”! Estar certo da “presença da montanha incólume”, apesar do nevoeiro, é “atestar a verdade sobre ela”. Quando você compreender que “as aparências” são meramente “aparências”, como era a aparência de “montanha incompleta”, nunca mais orará para que “elas se tornem completas”; saberá que ILUSÃO não afeta a REALIDADE. Saberá, em vista disso, que ORAR É ATESTAR AS OBRAS PERFEITAS DE DEUS!
Em vez de “orar para Deus consertar a montanha”, contemple-a INTEIRA no âmago da “neblina”; assim estará crendo que “já a recebeu”. Em vez de “orar para Deus consertar sua saúde”, contemple-a INTEIRA no âmago da “aparência”; assim estará crendo que “já a recebeu”. Este é o mecanismo da prece verdadeira! Empregue-o frente a quaisquer que possam ser as “aparências” de imperfeição!
ORAR É NÃO SE DEIXAR ARRASTAR PELAS APARÊNCIAS; É ATESTAR A PERFEIÇÃO PERMANENTE E JÁ PRESENTE DE TUDO QUANTO DEUS FAZ!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Devido aos spams que chegam constantemente, os comentários estão sujeitos à moderação.
Grato pela compreensão!