Joel S. Goldsmith
O SALMO DO BOM PASTOR
(A confiança de Davi na Graça de Deus)
"O Senhor é meu Pastor: nada me faltará!
Em verdes prados faz-me repousar.
Ele me conduz a águas refrescantes;
reconforta minh'alma;
e guia-me pelo caminho da retidão,
por amor de Seu nome.
Ainda que eu andasse por um vale tenebroso,
não temeria mal algum,
porque Ele está comigo!
Seu bordão e sua vara me confortam.
Ele prepara uma mesa perante mim,
à vista de meus adversários.
Unge com óleo a minha cabeça;
meu cálice transborda!
Certamente que o amor e a graça
me seguirão todos os dias de minha vida
e habitarei na casa do Senhor para sempre!"
Em verdes prados faz-me repousar.
Ele me conduz a águas refrescantes;
reconforta minh'alma;
e guia-me pelo caminho da retidão,
por amor de Seu nome.
Ainda que eu andasse por um vale tenebroso,
não temeria mal algum,
porque Ele está comigo!
Seu bordão e sua vara me confortam.
Ele prepara uma mesa perante mim,
à vista de meus adversários.
Unge com óleo a minha cabeça;
meu cálice transborda!
Certamente que o amor e a graça
me seguirão todos os dias de minha vida
e habitarei na casa do Senhor para sempre!"
O PODER DO SALMO DO BOM PASTOR - MEDITAÇÃO SOBRE A PRECE
Só através da compreensão da prece, é que a atividade do Reino de Deus, Sua Harmonia e Totalidade, se convertem em experiência individual. Se a oração, tal como é geralmente entendida, fosse realmente oração, o mundo já estaria livre do pecado, da enfermidade, da morte, das guerras, da fome e da sede. Tudo isto e outras limitações humanas já teriam desaparecido da face da Terra, nos milhares de anos que ela tem sido ensinada e praticada.
As escrituras nos dizem que se oramos e não recebemos resposta é porque oramos mal. A julgar por este preceito, há milhares de anos a humanidade vem orando equivocadamente. Cabe, então, perguntar: presentemente sabemos algo mais sobre a oração?
O desabrochar de um entendimento mais claro da oração tem sido lento. Até agora o progresso mais expressivo se deu na esfera dos problemas individuais. Quanto ao grande problema de trazer paz à Terra e boa vontade aos homens. . . ainda não foi resolvido.
Incumbe-nos, pois, dedicar todo o tempo que nos seja possível ao estudo da oração e à meditação sobre este tema. . ., até que cheguemos a conceitos mais elevados e profundos sobre ela.
Os resultados obtidos em nossa experiência é que nos dirão se estamos ou não, chegando a conclusões efetivas. O certo é que, ao fazer vibrar uma nota mais elevada na oração, teremos melhor saúde, prosperidade, desfechos mais seguros na ação diária e um maior grau de harmonia em nosso viver.
Quase sempre a oração tem consistido em palavras, declarações, repetições e citações. Mas a oração, em si, é sem palavras. Ela nada tem a ver com o sentido das palavras, seja uma petição, afirmação, negação ou qualquer outro gênero de palavras ou pensamentos. A rigor, a prece consiste em ALGO de que tomamos consciência, no silêncio; é a palavra de Deus revelada à nossa consciência.
Em outras palavras, a oração não é o que vimos conhecendo e praticando, mas um ESTADO DE RECEPTIVIDADE. De fato, a palavra de Deus não é o que nós exprimimos, senão o que Deus expressa em nosso íntimo.
Uma forma de meditação é refletir tranquilamente acerca de alguma ideia a respeito de Deus, pensando nela e até lendo-a em voz alta, durante um curto período de tempo. Depois nos pomos internamente receptivos e deixamos que a meditação nos venha de Deus. Melhor dito: é o Divino interno que vai meditar sobre a ideia. O humano apenas procura tomar consciência dos frutos dela.
No Preâmbulo de uma antiga edição da Bíblia, lemos: "Acaso o Reino de Deus se converteu em meras palavras ou sílabas? Por que devemos ficar limitados ao sentido literal, se somos livres?"
O Reino de Deus pode ser expresso em palavras ou em sílabas? Não! O Reino de Deus está dentro de vós e deve ser manifestado à vossa consciência. Ele deve tornar-Se presente, proclamando-Se, evidenciando-Se, fazendo-Se ouvir. Logo, o Reino de Deus não está nas palavras humanas nem em suas sílabas.
Frequentemente as preocupações nos acompanham aos momentos de prece. Ficamos, então, a refletir: como resolver este ou aquele problema? Como devo orar para intuir uma solução? Posso receber uma compreensão mais elevada de como orar?
Se isto está acontecendo com você, medite sobre o alcance desta frase já citada: "Acaso o Reino de Deus se converteu em meras palavras ou sílabas? Por que devemos ficar limitados ao sentido literal, se somos livres?" As Escrituras ensinam que somos livres; que somos filhos de Deus e, se filhos, também herdeiros; como herdeiros, co-herdeiros com o Cristo.
Nós JÁ somos livres. Se não o fôssemos, nem o divino poder nos libertaria. Não precisamos de lutar por nossa liberdade porque já somos livres. A síntese da verdade é, precisamente, trazer à luz esta percepção ou revelação de nossa atual liberdade. Ante qual quer problema que nos esteja a desafiar, deveríamos ter presente que as soluções não estão nas palavras nem em declarações de verdade. O que resolve, isto sim, é predispormos ao aquietamento e, por algum tempo permanecer em estado de receptividade, deixando que Deus nos revele o Seu plano: Seu plano, não o nosso.
Encontramos esta mensagem na tradução de Smith, das Escrituras, Salmo 19: "Os céus narram a glória de Deus e o firmamento revela a obra de Suas mãos. Um dia fala ao outro dia e uma noite declara sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem palavras. Não se escutam vozes e, no entanto, suas vozes atravessam a Terra e até os confins do mundo se ouvem suas palavras".
Os últimos quatro versos referem ao primeiro: "Os céus narram a glória de Deus". Depois explicam a natureza dessa narrativa: "Não há linguagem nem palavras". E isto é verdadeiro. Os céus não se expressam em palavras ou discursos. Não obstante, estão declarando e proclamando a glória de Deus.
"O firmamento revela a obra de Suas mãos". E após nos esclarece a índole da revelação: "Não se escutam suas vozes". É claro que o firmamento não fala, tal como entendemos o falar. Apesar disso revela a obra de Suas mãos.
"No entanto, suas vozes atravessam a Terra", isto é, as vozes dos céus, do firmamento, do dia e da noite se manifestam sem discursos, sem sílabas, sem palavras. Sua voz se manifesta e se converte em testemunho.
De modo idêntico, nossa inteira experiência demonstra a glória de Deus. Nossa experiência total, nossa vida inteira, nossos corpos, estão continuamente mostrando a obra de Suas mãos.
Se neste momento os nossos corpos e a nossa saúde não parecem estar mostrando divina harmonia, é simplesmente porque vivemos na crença de que a saúde nos pertence; os corpos nos pertencem; os poderes nos pertencem - em vez de tomarmos consciência de que tudo o que nos diz respeito (o corpo, os bens, o lar etc.) É UMA DEMONSTRAÇÃO DE DEUS; É DEUS A MANIFESTAR SUA BELEZA, SUA NATUREZA E SEU CARÁTER.
Do momento em que saímos da crença de que temos saúde (e toda posse pode ser ganha ou perdida); do momento em que renunciamos a idéia de que temos saúde que pode ser melhorada, e compreendemos que a única saúde que há em todo o universo é a saúde de Deus (manifestando-se como condição natural de harmonia em todos os corpos e seres) - então chegamos a compreender a verdade ensinada no Salmo 19: "Os céus narram a glória de Deus" e o fazem sem palavras nem discursos.
"O firmamento revela a obra de Suas mãos" e o faz sem palavras nem discursos.
"Um dia fala a outro dia" como discursos eloquentes a comunicar a harmonia de Deus.
"Uma noite declara sabedoria a outra noite" e o faz sem discursos ou outras formas de comunicar ideias. Fá-lo como atividade reveladora da glória de Deus.
Agora, tudo o que somos e tudo o que esperamos ser, é Deus a manifestar-Se como saúde nossa, como força nossa e tudo o que de melhor possa existir em nossa experiência.
Renunciemos, pois, de imediato, à crença de que nossa saúde ou riqueza dependam de certas fórmulas ou orações jeitosas, pois o Reino de Deus não se expressa em palavras nem em sílabas O Reino de Deus JÁ está estabelecido dentro de nós. Abandone a crença de que a saúde, a riqueza, ou o lar seja algo fora da atividade de Deus.
Uma vez que V. tenha tomado consciência de que é a atividade de Deus que mantém a harmonia de seu ser, começará a vislumbrar uma nova luz em sua compreensão da prece.
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