Masaharu Taniguchi
Aquele que vive apenas no mundo da matéria e da carne é como um prisioneiro encarcerado dentro das paredes da matéria, porta de matéria e grades de matéria. Ele não pode fugir do mundo da matéria. O carcereiro meteu-o dentro da cela de matéria, trancou a porta e foi embora. Na ausência do carcereiro, ele resolve fugir da "cadeia de matéria", tenta empurrar a porta, mas esta não cede. Talvez o carcereiro tenha trancado a porta com a chave.
Dentro do cárcere havia uma estante com uma porção de livros, entre os quais se encontrava um com o título A VERDADE DA VIDA. Ele pegou o livro, abriu e leu. Estava escrito o seguinte: "O mundo da matéria visto no exterior é sombra projetada do mundo interno. Porém, o homem está com sua atenção toda tomada pelo mundo exterior e pensa que se pudesse dar um jeito na matéria poderia sair para um mundo livre. Então empurra a porta para fora, e bate mas não abre. Nesse momento de desespero, se ele volver a mente e abrir a "porta da mente" para dentro, libertar-se-á a força infinita do filho de Deus que nele se aloja. Então o homem alcança a plena liberdade".
Quando o prisioneiro acabou de ler isso, passou pela sua cabeça, como um relâmpago, a inspiração seguinte: "Se eu abrir a porta para dentro, poderei libertar-me". Ele se levantou, pôs a mão na maçaneta e puxou-a para dentro. A porta se abriu sem nenhuma resistência. O carcereiro não havia trancado a chave. A porta não estava trancada. Era ele mesmo que, na ilusão, pensava: "Está trancada e eu não posso sair". Não existia também o carcereiro que o tivesse prendido dentro das grades de matéria. A "sua mente" é que era o carcereiro. E a porta do cárcere não se abria enquanto não mudava a mente carcereira. Realmente era uma autoprisão. Não existe ninguém além da sua mente para prendê-lo.
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