quarta-feira, maio 02, 2012

Comentários sobre o Texto da Lorraine

Dárcio Dezolt


O texto postado, denominado "Compreendendo a Natureza do Problema como sugestão hipnótica ou aparência", de autoria de Lorraine Sinkler, merece ser muito bem lido e posto detalhadamente em prática. Para quem não sabe, Lorraine foi aluna e depois biógrafa de Joel S. Goldsmith, e também quem compilou suas palestras para editá-las em formato de livros.

Este texto explica passo a passo os princípios da cura espiritual, revela como lidarmos com “este mundo” e também como nos firmarmos na perfeição imutável do Ser que somos e do Universo verdadeiro em que estamos. O principal é cada um encontrar tempo o bastante para realmente se dedicar a estes princípios, uma vez que mera leitura dos mesmos pouco ou nada lhe adiantará.

Na primeira parte ela nos alerta quanto ao erro comum de alguém estudar a Verdade retendo na mente a crença de que “algo deve melhorar pela atividade de Deus”. A pessoa não percebe que, com esta intenção, retém a “mente carnal”, deixando de realmente reconhecer a Mente divina como ÚNICA! 

Ao dar o exemplo da “aparência”, ela explica que estamos nos movendo juntamente com a Terra, enquanto a “aparência” é a de que estamos parados. No nosso caso, esta “aparência” é a de estarmos vivendo na matéria, com corpos mutáveis, enquanto O FATO É OUTRO: somos o Templo de Deus e vivemos na Realidade espiritual perfeita e onipresente! Se não transpusermos estas noções para nossas vidas, ou seja, se não pararmos para discernir que “De fato, agora eu percebo que mesmo aparentando estar parado, já estou em movimento em unidade com a Terra”, para, em seguida, aplicarmos o princípio ao estudo, discernindo: “Realmente, agora eu percebo que, mesmo aparentando existir corpo físico, saudável ou doentio, O FATO É OUTRO: aqui e agora é o Reino absoluto de Deus e meu Eu é Deus mesmo em unidade com o Infinito, e meu corpo, o Templo de Deus”, os textos de nada nos valerão. Eles funcionam no desmantelamento do que é ILUSÃO unicamente quando nos ocupamos em descartar a aparência, trocando-a pelo FATO PERFEITO PERMANENTE. Sem haver esta dedicação em percepção, a pessoa apenas ficará acumulando informações no suposto intelecto, dizendo “ter entendido tudo”.

A autora usa também a palavra “hipnotismo”, para uma vez mais explicar que “este mundo” é puro “nada”. Imagine-se em sua casa e sendo hipnotizado para se achar num deserto: algo teria realmente mudado? Não! Você estaria em sua casa da mesma forma, apenas ILUDIDO por simples imagem mental da “sugestão”. Adiantaria ler sem discernir espiritualmente o que foi lido? Não. Você está sendo informado de que DEUS É SEU EU e que SEU REINO É AQUI E AGORA, E COM VOCÊ JÁ NELE VIVENDO! 

E o “mundo de três dimensões”? Mera “imagem mental”, sem realidade e sem substância real, tal qual uma imagem gerada por um hipnotizador! Vivemos em INFINITAS dimensões! Se quiser tirar proveito destes ensinamentos, terá, realmente, que se dedicar a “desmantelar a ilusão” pelo conhecimento da Verdade que eles expõem! Talvez você até possa ter lido e “entendido” o que leu; mas, terá praticado este entendimento no desmantelamento das crenças falsas? É este o ponto!

Sugiro, agora, que releia o texto  já postado, fazendo uso das informações como se fossem “manual de instrução”. O estudo da Verdade é científico! Requer o conhecimento e a prática dos princípios revelados. Releia! Anote à parte o que deverá mentalmente reconhecer! O que vale, nisso tudo, é unicamente a prática!


6 comentários:

  1. Caro Gugu, quanto tempo de meditação ou contemplação diária você recomendaria? E em quais horários?

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  2. Olá, Matheus,

    Se a pessoa for principiante, a recomendação é que faça diariamente, num período fixo estipulado de 20 a 30 minutos. O ideal seria uma vez pela manhã e outra à noite, antes de ir para o sono. Para um iniciante é assim porque ele ainda não adquiriu o hábito nem a experiência. Conforme ele vá meditando, ao longo do tempo, começará a perceber algumas nuâncias na meditação, sutilezas que serão reveladas pela própria prática meditativa.

    Então, com o tempo, ele se tornará experiente e chegará o momento em que o tempo das meditações será bastante relativo. Às vezes a pessoa meditará 10 minutos e o rendimento será melhor do que em outras vezes na qual ela meditou por uma hora! O que realmente conta é qualidade da meditação, e não a quantidade de tempo que a pessoa passa nela. Pessoas experientes meditam e nunca o tempo de suas meditações são exatamente iguais. A pessoa deixará a meditação simplesmente fluir - deixará que a coisa aconteça! E ela saberá quando for a hora de terminar. Sentirá um certo impulso/sensação/certeza que vem de dentro, e que diz: "pronto! está feito! é isso!". É um preenchimento; é como se não houvesse mais nada a alcançar, a conseguir, a entender, etc. O ideal, em cada meditação, é que a pessoa alcance esse ponto. Temos de levar conosco essa sensação para o nosso dia.

    Outro ponto importante: ao longo do tempo, a tendência é a meditação ir ficando mais prazerosa! Cada vez mais prazerosa. Podemos tomar isso como um norte, um ponto de referência para saber como vai o andamento de nossa meditação. A meditação deve ser um encontro ansiado; quando a hora de meditar chega, é como se disséssemos: "finalmente, esperei o dia inteiro por essa hora", exatamente como você faria ou sentiria se estivesse se preparando para se encontrar com uma pessoa muito amada. Por exemplo, Masaharu Taniguchi diz que o Shinsokan é a ocasião onde nos encontramos com Deus, e que esse horário deve ser o mais aguardado do dia, porque nos encontraremos simplesmente com Deus! A meditação tem de dar alegria e gosto de fazê-la! Ela te dá alegria, preenchimento, paz, luz, liberdade, liberação desse mundo maluco e limitado! Então, realmente, devemos alcançar o ponto em que os horários de meditação sejam aqueles mais aguardados do dia.

    Obrigado pela pergunta.
    Namastê!

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  3. Legal sua resposta, porque muitas vezes eu não consigo meditar nem por 5 minutos por um certo desconforto que sinto. Acho que estava transformando minha meditação numa obrigação, e isso estava prejudicando a minha prática.
    Abraços!

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  4. Só não pare de meditar, Matheus. Se você já tem o hábito, continue, mesmo que não sinta aquele prazer em meditar. É melhor meditar, do que não meditar nada. Pode parecer que não, mas toda vez que você se dedica à Deus, você faz algum progresso. Sua mente pode não perceber, mas o progresso ocorre ao nível de sua consciência, que é um nível acima do mental. Quando se dedica à Deus, algo lhe retorna acrescentado, mesmo que não perceba. "A Minha palavra não volta vazia", diz a Bíblia.

    Experimente você parar de meditar e, ao invés disso, deixe Deus fazer a sua meditação. Tente isso: ofereça a sua meditação à Deus (que é o seu EU), dizendo: "é com você! não tomarei parte nisso. Venha e faça essa meditação em mim, e por mim." Então fique em silêncio, numa atitude de quem deixa Deus entrar e agir e meditar. E seja humilde e paciente; seja generoso em sua paciência. Quanto mais disposto a ter paciência você estiver, mais você estará cooperando com Deus. Ficando quieto, em silêncio, você deverá ser capaz de observar a meditação fluindo. Não se esqueça de ser humilde e paciente, nas meditações. Apenas ofereça à Deus; não exija que Ele venha. Essa atitude bloqueia a vinda dEle.

    Uma dica do Osho: Esteja disposto a esperar infinitamente, se for necessário. Se sua disposição e paciência forem infinitas, você naturalmente deixará de se preocupar com o tempo, e sua atenção pode relaxar e se "derreter" no momento presente, que é onde a meditação acontece.

    Assim, por algumas vezes tente isso. E, se quiser, depois poderá vir aqui nos contar as suas impressões, o que aconteceu, etc.

    Grande Abraço!

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  5. Nobre Gugu!
    Faz muito tempo que não faço uma visita,não é, velho amigo?

    "O Caminho Infinito" tornou-se livro de cabeceira da minha mãe. Ela já perdeu a conta de quantas vezes já releu... e agradeço a você por ter nos apresentado esses ensinamentos.

    É bonito ver que você continua por aqui compartilhando as coisas em que acredita... continue no seu caminho nobre irmão.

    Daniel Borges

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  6. Ha ha! Daniel, que surpresa boa eu entrar e aparecer um comentário seu por aqui! Só posso dizer uma coisa: obrigado pela visita.

    E, como sempre, as suas palavras continuam transmitindo aquela mesma sensação/atmosfera de calma, harmonia, amor e autenticidade/sinceridade.

    Bons tempos foram aqueles de intensa participação em debates de textos na internet. Mas estes de agora também são bons tempos. Fico feliz que sua mãe tenha gostado do Caminho Infinito e se identificado. Tudo está como deve ser, não é? Você também deve ter seguido o seu caminho. E não é necessário especular sobre os caminhos, mas apenas estar nessa ambiência de compreensão, de permitir que o outro (tudo) seja como é... uma espécie de união/unidade/amor. Para mim, é exatamente isso que as suas palavras expressaram.

    E continuamos por aqui! Transmitindo e compartilhando os ensinamentos de que Deus é a Verdade, e Ela é perfeição absoluta, e é a Totalidade de tudo. Volte sempre que quiser.

    Obrigado por suas palavras, nobre amigo!

    Grande Abraço!

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