Paramahansa Yogananda
Talvez seja matéria de bastante interesse para muitos Cientistas Cristãos saber que a grande precursora de sua fé, a sra. Mary Baker Eddy, estudou as escrituras hindus. Esse fato está evidenciado/explícito nas citações das Escrituras hindus, feitas por ela, nos livros publicados de 'Ciência e Saúde' até a 33ª edição. Até a referida edição, encontramos inserido os seguintes trechos - de Sir. Edwin Arnold - da tradução do Bhagavad-Gita:
"Jamais o Espírito foi nascido;
Nunca o Espírito cessará de ser - jamais;
Jamais existiu um tempo em que Ele não era:
Fim e Princípio são sonhos!
Não nascido, imortal e imutável
remanesce o Espírito para sempre;
A morte jamais O tocou."
Novamente, no mesmo capítulo a Sra. Eddy faz referência a outra tradução do Bhagavad-Gita . Na página 259 da 33ª edição, ela diz:
"Os antigos filósofos hindus compreenderam algo acerca deste Princípio, quando assim disseram em sua Canção Celestial, segundo a prosa de uma antiga tradução:
'O sábio... não se lamenta nem pelos mortos,
Assim como também pelos vivos.
Eu, de mim mesmo, nunca fui, nunca existi - e tampouco tu,
E nem todos os príncipes da terra;
Também nunca haverá o tempo quando cessaremos de ser.
Assim como a Alma, nesta forma mortal,
Encontra a infância, juventude, e a velhice,
Também em formas futuras as encontrará.
Aquele que está firmado nesta convicção
Por nada pode ser perturbado - nada que possa vir a ocorrer.
A faculdade dos sentidos
Permite as sensações de calor e frio, o prazer e a dor,
Os quais vêm e vão, sendo transitórios e inconstantes.
Suporte com paciência a dualidade;
Para o homem sábio, a quem nada pode perturbar,
E a quem o prazer e a dor são indistintos,
realiza-se a imortalidade.' "
Essas duas citações do Bhagavad-Gita ou Canção Celestial, que contém a essência dos Vedas, a Bíblia Hindu, podem ser encontradas no 7º capítulo da sra. Eddy, denominado "Imposição e Demonstração." Este capítulo inteiro foi omitido das edições posteriores de "Ciência e Saúde"; é por isso que muitos Cientistas Cristãos não estão cientes de que sua grande líder, a sra. Eddy, tinha familiaridade com o pensamento Hindu, que em sua grandeza nunca hesitou em admití-lo em suas impressões.
Uma investigação imparcial revelará que as maiores religiões estão sempre baseadas nos mesmos princípios universais, os quais nunca se confrontam, mas que reforçam-se uns aos outros. Os grandes instrutores religiosos da história colocariam-se em perfeito acordo se hoje pudessem se encontrar face-a-face. São apenas alguns de seus seguidores que estão em guerra uns contra os outros, devido à ignorância do verdadeiro ensinamento de suas religiões.
O grandioso poder triunfante da Ciência Cristã sobre a doença e o sofrimento ocorre devido ao princípio imperecível da Verdade - sobre o qual está ela fundada - do Amor divino e da natureza imortal do homem. Por consequência, não é estranho entender que a filosofia Vedanta dos Hindus conduza às conclusões da Ciência Cristã. "A Verdade é uma; os homens a chamam por variados nomes".
A similaridade ou influência mútua entre o Vedanta e a Ciência Cristã, e também de outras religiões, deveria trazer alegre e revigorante esperança para a humanidade por sua explicação/exposição de que os princípios religiosos possuem uma unidade científica intrínseca e secreta... e que podem, como nas descobertas da ciência material, ser universalmente utilizados pela humanidade para o benefício de todos os seres, na vida prática. Os cientistas materiais utilizam as forças do corpo e da natureza para tornar o ambiente do homem melhor e mais confortável, e os cientistas espirituais, que usam do poder mental para iluminar a alma do homem, podem ser de grande serviço e valia.
Neste artigo, o meu propósito é mostrar não apenas que a doutrina de que "a mente sobrepuja a matéria" era utilizada pelos hindus previamente ao nascimento da Ciência Cristã, e que a similaridade da mensagem da sra. Eddy e dos princípios do Vedanta são bastante concisos, claros e evidentes, mas também que os Hindus e os Cientistas Cristãos encontrarão mútuos benefícios quando somarem seus conhecimentos do poder mental através de um estudo combinado das escrituras do Bhagavad Gita, do Vedanta, e de "Ciência e Saúde", de Mary Baker Eddy.
Não importa, todavia, quão grande semelhança possa existir entre a Ciência Cristã e certas doutrinas espirituais Hindus. Ambas, encerrando diferentes representações dos princípios de uma verdade única/específica - e conferindo ênfases distintas para certos pontos, conclusões e pormenores -, prestam-se a atender às distintas necessidades mentais das pessoas em geral. A Ciência Cristã é sem dúvida uma nova representação/manifestação da verdade, a qual os Hindus pregam há tempos, e que está sendo realmente muito necessária nesta era. A Ciência Cristã, por meio de sua ênfase única no poder da mente e na negação completa da existência da matéria e da medicina, ajudou grandemente a libertar muitas pessoas pesadamente apegadas ao materialismo, à matéria. Um salto forte, rápido e hábil da extremidade da crença na matéria e no uso regular das drogas para a outra extremidade da fé/compreensão única da mente - e um abandono total e completo da medicina -, sendo efetuado com sucesso por uma pessoa de mente forte e poderosa, certamente levará a resultados na cura do corpo. A Ciência Cristã conseguiu voltar o pensamento das pessoas do Ocidente da matéria para a mente.
A fim de se ajustar às necessidades da vida prática humana, as Escrituras Hindus apontam e assinalam que a crença na inexistência da matéria e no desuso da medicina não deve ser abrupta, repentina, desconexa, dogmatica, ilógica, ininteligível, ou inexplicável, mas que deve ser cientificamente fundada, provada e compreendida.
O filósofo hindu não nega os miraculosos poderes consignados pelos praticistas da Ciência Cristã, mas humildemente indaga-lhes: "você sabe qual exatamente é a lei que opera a fim de causar a cura física pelo poder da mente, bem como as exatas razões e motivos que previnem e evitam a operação do poder mental curativo em determinados casos?" Dessa forma, enquanto o sábio Hindu acredita firmemente no poder da mente para sanar doenças físicas, ao mesmo tempo ele não desacredita das curas milagrosas também efetuadas por certos médicos. Sua atitude apenas é, "o poder mental é superior à força dos remédios. A cura mental, cientificamente empregada, é mais poderosa do que a cura pelas drogas." O curador hindu diz, entretanto, que é necessária uma grande preparação mental para que se possa compreender verdadeiramente a relação entre a matéria e a mente, ou para conseguir converter os hábitos de pensamentos materiais em hábitos de pensamentos espirituais - tudo isso na inteireza do ser de um indivíduo que vive num plano plenamente material.
Quando um homem acha que não pode existir um único dia sem mastigar um volumoso pedaço de carne, e ao mesmo tempo fala sobre a não-existência da matéria e sobre a ineficácia e a dispensabilidade da medicina, ele contradiz a si mesmo. Quem acredita na comida e no alimento, acredita também na medicina, porque o alimento nada mais é que certa química utilizada para sanar tecidos em decomposição, o que também é finalidade da medicina. O curador hindu diz que enquanto sua consciência estiver num plano material, você terá de obedecer às leis materiais, não importando o quão você as possa negar mentalmente. Ambas as leis, materiais e mentais, têm sua origem na fonte Divina, existindo cada uma delas a seu modo. Mas a fim de poder testemunhar a ação da Mente Divina, o homem deve aprender a elevar/erguer a consciência do nível físico para o plano metafísico. Isso requer treinamento e concentração. O Cientista Cristão que deseja/pretende viver pelo poder único e exclusivo da mente, fará bem em passar pelas seguintes preparações:
Primeiro, convém que pratique o jejum sob as instruções de um instrutor experiente, não para emagrecer ou alcançar qualquer outro benefício material, mas com o propósito único de acostumar a alma a viver sem ser condicionada pelo alimento físico. Os santos hindus que apregoaram a não-existência da matéria demostraram suas declarações por meio do indefinido viver destituído de alimentos (sem perder o peso ou a força vital). Eu conheci uma senhora em 1920 na Índia, que vivia há algumas milhas de distância de minha escola no Ranchi, e que por quarenta anos contínuos ficou sem comer. O caso dela foi testado variadas vezes pelas autoridades e foi dado como genuíno. Diversas vezes ela ficou presa por meses no quarto do palácio de uma certa princesa, sem comida e bebida, e no final do período, ela não mostrou sequer um sinal de deterioração física ou perda de peso.
Shankara, um dos maiores santos hindus, que viveu no século 6 D.C., e que foi a maior exponência da filosofia Vedanta da Índia, ensinou sobre a ilusão da matéria e a eterna realidade da verdadeira natureza do homem.
A história conta sobre uma conversação entre Shankara e um certo bruxo das trevas que, para adquirir os poderes mágicos, valeu-se do sacrifício de vidas humanas. Enquanto Shankara falava sobre a não-existência da matéria, o feiticeiro se aproximou dele e disse, "Se a matéria é uma ilusão, então o que é isso que vejo diante de mim?", apontando para o corpo de Shankara. "Isto é uma ilusão", replicou Shankara. Rapidamente o bruxo capturou a oportunidade e disse, "Já que o seu corpo para você não existe, deixe que eu utilize esta ilusão para propósitos mais práticos, a fim de que eu adquira mais poderes para mim."
"Pegue-o", respondeu o grande Shankara, em estado de prontidão para ignorar o corpo como se ele fosse uma imagem num sonho já esquecido.
Então Shankara, o 'Swami dos Swamis', fundador da ordem dos Swamis, estabelecido firme e conscientemente na realização prática de sua natureza interior imperecível, assentiu em acompanhar o feiticeiro, que o levou para dentro da floresta, banhou-o como se o considerasse um animal para o sacrifício, e começou a afiar sua faca comprida para o abate, tudo em conformidade com o que estava prescrito nos rituais da magia negra. Mesmo assim, a consciência de Shankara de que o corpo era uma ilusão não foi abalada. Ele não era um fanático - ele sabia exatamente o que estava fazendo.
Foi exatamente então que aconteceu... um dos discípulos de Shankara sentou-se em profunda meditação - e, abrindo o olho espiritual, teve a hórrida visão de seu mestre prestes a ser sacrificado pelas mãos do perverso feiticeiro. Graças a sua grande devoção e poderes psíquicos, o discípulo pôde rapidamente desmaterializar o próprio corpo e aparecer instantaneamente no cenário da floresta, a tempo de ver o bruxo prestes a decaptar o pescoço do mestre com a faca, e ele então olhou para o bruxo com seu olho carregado/ardendo de eletricidade espiritual. O corpo inteiro do necromante foi eletrocutado e ele entregou o espírito em alta voz.
"Por que você matou o rapaz?", o Senhor Shankara perguntou ao discípulo.
"Senhor, ele estava prestes a matá-lo.", respondeu o discípulo.
Ao que o mestre retrucou, "seu tolo! Eu não ensinei a você - tudo é ilusão? Como aquele homem poderia matar a mim, que não tenho corpo?"
O discípulo respondeu sorridente: "Querido Mestre, se a tentativa de matá-lo era ilusão, então o ato da Lei Divina de matar o mago, através de mim, é ilusão também."
Neste contexto, é interessante lembrar a história bíblica de como Pedro repreendeu Ananias e sua esposa pela ganância, e a subsequente morte imediata dos dois, em resposta à sua transgressão contra a Lei Divina.
"Jamais o Espírito foi nascido;
Nunca o Espírito cessará de ser - jamais;
Jamais existiu um tempo em que Ele não era:
Fim e Princípio são sonhos!
Não nascido, imortal e imutável
remanesce o Espírito para sempre;
A morte jamais O tocou."
Novamente, no mesmo capítulo a Sra. Eddy faz referência a outra tradução do Bhagavad-Gita . Na página 259 da 33ª edição, ela diz:
"Os antigos filósofos hindus compreenderam algo acerca deste Princípio, quando assim disseram em sua Canção Celestial, segundo a prosa de uma antiga tradução:
'O sábio... não se lamenta nem pelos mortos,
Assim como também pelos vivos.
Eu, de mim mesmo, nunca fui, nunca existi - e tampouco tu,
E nem todos os príncipes da terra;
Também nunca haverá o tempo quando cessaremos de ser.
Assim como a Alma, nesta forma mortal,
Encontra a infância, juventude, e a velhice,
Também em formas futuras as encontrará.
Aquele que está firmado nesta convicção
Por nada pode ser perturbado - nada que possa vir a ocorrer.
A faculdade dos sentidos
Permite as sensações de calor e frio, o prazer e a dor,
Os quais vêm e vão, sendo transitórios e inconstantes.
Suporte com paciência a dualidade;
Para o homem sábio, a quem nada pode perturbar,
E a quem o prazer e a dor são indistintos,
realiza-se a imortalidade.' "
Essas duas citações do Bhagavad-Gita ou Canção Celestial, que contém a essência dos Vedas, a Bíblia Hindu, podem ser encontradas no 7º capítulo da sra. Eddy, denominado "Imposição e Demonstração." Este capítulo inteiro foi omitido das edições posteriores de "Ciência e Saúde"; é por isso que muitos Cientistas Cristãos não estão cientes de que sua grande líder, a sra. Eddy, tinha familiaridade com o pensamento Hindu, que em sua grandeza nunca hesitou em admití-lo em suas impressões.
Uma investigação imparcial revelará que as maiores religiões estão sempre baseadas nos mesmos princípios universais, os quais nunca se confrontam, mas que reforçam-se uns aos outros. Os grandes instrutores religiosos da história colocariam-se em perfeito acordo se hoje pudessem se encontrar face-a-face. São apenas alguns de seus seguidores que estão em guerra uns contra os outros, devido à ignorância do verdadeiro ensinamento de suas religiões.
O grandioso poder triunfante da Ciência Cristã sobre a doença e o sofrimento ocorre devido ao princípio imperecível da Verdade - sobre o qual está ela fundada - do Amor divino e da natureza imortal do homem. Por consequência, não é estranho entender que a filosofia Vedanta dos Hindus conduza às conclusões da Ciência Cristã. "A Verdade é uma; os homens a chamam por variados nomes".
A similaridade ou influência mútua entre o Vedanta e a Ciência Cristã, e também de outras religiões, deveria trazer alegre e revigorante esperança para a humanidade por sua explicação/exposição de que os princípios religiosos possuem uma unidade científica intrínseca e secreta... e que podem, como nas descobertas da ciência material, ser universalmente utilizados pela humanidade para o benefício de todos os seres, na vida prática. Os cientistas materiais utilizam as forças do corpo e da natureza para tornar o ambiente do homem melhor e mais confortável, e os cientistas espirituais, que usam do poder mental para iluminar a alma do homem, podem ser de grande serviço e valia.
Neste artigo, o meu propósito é mostrar não apenas que a doutrina de que "a mente sobrepuja a matéria" era utilizada pelos hindus previamente ao nascimento da Ciência Cristã, e que a similaridade da mensagem da sra. Eddy e dos princípios do Vedanta são bastante concisos, claros e evidentes, mas também que os Hindus e os Cientistas Cristãos encontrarão mútuos benefícios quando somarem seus conhecimentos do poder mental através de um estudo combinado das escrituras do Bhagavad Gita, do Vedanta, e de "Ciência e Saúde", de Mary Baker Eddy.
Não importa, todavia, quão grande semelhança possa existir entre a Ciência Cristã e certas doutrinas espirituais Hindus. Ambas, encerrando diferentes representações dos princípios de uma verdade única/específica - e conferindo ênfases distintas para certos pontos, conclusões e pormenores -, prestam-se a atender às distintas necessidades mentais das pessoas em geral. A Ciência Cristã é sem dúvida uma nova representação/manifestação da verdade, a qual os Hindus pregam há tempos, e que está sendo realmente muito necessária nesta era. A Ciência Cristã, por meio de sua ênfase única no poder da mente e na negação completa da existência da matéria e da medicina, ajudou grandemente a libertar muitas pessoas pesadamente apegadas ao materialismo, à matéria. Um salto forte, rápido e hábil da extremidade da crença na matéria e no uso regular das drogas para a outra extremidade da fé/compreensão única da mente - e um abandono total e completo da medicina -, sendo efetuado com sucesso por uma pessoa de mente forte e poderosa, certamente levará a resultados na cura do corpo. A Ciência Cristã conseguiu voltar o pensamento das pessoas do Ocidente da matéria para a mente.
A fim de se ajustar às necessidades da vida prática humana, as Escrituras Hindus apontam e assinalam que a crença na inexistência da matéria e no desuso da medicina não deve ser abrupta, repentina, desconexa, dogmatica, ilógica, ininteligível, ou inexplicável, mas que deve ser cientificamente fundada, provada e compreendida.
O filósofo hindu não nega os miraculosos poderes consignados pelos praticistas da Ciência Cristã, mas humildemente indaga-lhes: "você sabe qual exatamente é a lei que opera a fim de causar a cura física pelo poder da mente, bem como as exatas razões e motivos que previnem e evitam a operação do poder mental curativo em determinados casos?" Dessa forma, enquanto o sábio Hindu acredita firmemente no poder da mente para sanar doenças físicas, ao mesmo tempo ele não desacredita das curas milagrosas também efetuadas por certos médicos. Sua atitude apenas é, "o poder mental é superior à força dos remédios. A cura mental, cientificamente empregada, é mais poderosa do que a cura pelas drogas." O curador hindu diz, entretanto, que é necessária uma grande preparação mental para que se possa compreender verdadeiramente a relação entre a matéria e a mente, ou para conseguir converter os hábitos de pensamentos materiais em hábitos de pensamentos espirituais - tudo isso na inteireza do ser de um indivíduo que vive num plano plenamente material.
Quando um homem acha que não pode existir um único dia sem mastigar um volumoso pedaço de carne, e ao mesmo tempo fala sobre a não-existência da matéria e sobre a ineficácia e a dispensabilidade da medicina, ele contradiz a si mesmo. Quem acredita na comida e no alimento, acredita também na medicina, porque o alimento nada mais é que certa química utilizada para sanar tecidos em decomposição, o que também é finalidade da medicina. O curador hindu diz que enquanto sua consciência estiver num plano material, você terá de obedecer às leis materiais, não importando o quão você as possa negar mentalmente. Ambas as leis, materiais e mentais, têm sua origem na fonte Divina, existindo cada uma delas a seu modo. Mas a fim de poder testemunhar a ação da Mente Divina, o homem deve aprender a elevar/erguer a consciência do nível físico para o plano metafísico. Isso requer treinamento e concentração. O Cientista Cristão que deseja/pretende viver pelo poder único e exclusivo da mente, fará bem em passar pelas seguintes preparações:
Primeiro, convém que pratique o jejum sob as instruções de um instrutor experiente, não para emagrecer ou alcançar qualquer outro benefício material, mas com o propósito único de acostumar a alma a viver sem ser condicionada pelo alimento físico. Os santos hindus que apregoaram a não-existência da matéria demostraram suas declarações por meio do indefinido viver destituído de alimentos (sem perder o peso ou a força vital). Eu conheci uma senhora em 1920 na Índia, que vivia há algumas milhas de distância de minha escola no Ranchi, e que por quarenta anos contínuos ficou sem comer. O caso dela foi testado variadas vezes pelas autoridades e foi dado como genuíno. Diversas vezes ela ficou presa por meses no quarto do palácio de uma certa princesa, sem comida e bebida, e no final do período, ela não mostrou sequer um sinal de deterioração física ou perda de peso.
Shankara, um dos maiores santos hindus, que viveu no século 6 D.C., e que foi a maior exponência da filosofia Vedanta da Índia, ensinou sobre a ilusão da matéria e a eterna realidade da verdadeira natureza do homem.
A história conta sobre uma conversação entre Shankara e um certo bruxo das trevas que, para adquirir os poderes mágicos, valeu-se do sacrifício de vidas humanas. Enquanto Shankara falava sobre a não-existência da matéria, o feiticeiro se aproximou dele e disse, "Se a matéria é uma ilusão, então o que é isso que vejo diante de mim?", apontando para o corpo de Shankara. "Isto é uma ilusão", replicou Shankara. Rapidamente o bruxo capturou a oportunidade e disse, "Já que o seu corpo para você não existe, deixe que eu utilize esta ilusão para propósitos mais práticos, a fim de que eu adquira mais poderes para mim."
"Pegue-o", respondeu o grande Shankara, em estado de prontidão para ignorar o corpo como se ele fosse uma imagem num sonho já esquecido.
Então Shankara, o 'Swami dos Swamis', fundador da ordem dos Swamis, estabelecido firme e conscientemente na realização prática de sua natureza interior imperecível, assentiu em acompanhar o feiticeiro, que o levou para dentro da floresta, banhou-o como se o considerasse um animal para o sacrifício, e começou a afiar sua faca comprida para o abate, tudo em conformidade com o que estava prescrito nos rituais da magia negra. Mesmo assim, a consciência de Shankara de que o corpo era uma ilusão não foi abalada. Ele não era um fanático - ele sabia exatamente o que estava fazendo.
Foi exatamente então que aconteceu... um dos discípulos de Shankara sentou-se em profunda meditação - e, abrindo o olho espiritual, teve a hórrida visão de seu mestre prestes a ser sacrificado pelas mãos do perverso feiticeiro. Graças a sua grande devoção e poderes psíquicos, o discípulo pôde rapidamente desmaterializar o próprio corpo e aparecer instantaneamente no cenário da floresta, a tempo de ver o bruxo prestes a decaptar o pescoço do mestre com a faca, e ele então olhou para o bruxo com seu olho carregado/ardendo de eletricidade espiritual. O corpo inteiro do necromante foi eletrocutado e ele entregou o espírito em alta voz.
"Por que você matou o rapaz?", o Senhor Shankara perguntou ao discípulo.
"Senhor, ele estava prestes a matá-lo.", respondeu o discípulo.
Ao que o mestre retrucou, "seu tolo! Eu não ensinei a você - tudo é ilusão? Como aquele homem poderia matar a mim, que não tenho corpo?"
O discípulo respondeu sorridente: "Querido Mestre, se a tentativa de matá-lo era ilusão, então o ato da Lei Divina de matar o mago, através de mim, é ilusão também."
Neste contexto, é interessante lembrar a história bíblica de como Pedro repreendeu Ananias e sua esposa pela ganância, e a subsequente morte imediata dos dois, em resposta à sua transgressão contra a Lei Divina.
Continua...
Estudo a Ciência Cristã há quase 50 anos, já li vários livros de autoria de Mary Baker Eddy e realizei o Curso Primário da Ciência Cristã com um professor autorizado e em nenhum momento encontrei, na literatura autorizada da Ciência Cristã, uma referência sequer ao Hinduísmo.
ResponderExcluirO único "ismo" possível na Ciência Cristã é sua pedra angular: o Cristianismo de Cristo Jesus e as Sagradas Escrituras - Biblia.
Mesmo assim vou pesquisar mais afundo com os pesquisadores da Biblioteca Mary Baker Eddy e colegas especialistas do Comitê de Publicação em Boston, para uma resposta definitiva!
Jackson Guterres,
Porta-Voz da Ciência Cristã no Brasil
www.compubbrasil.wordpress.com
Por gentileza, Jackson, pesquise mesmo!
ResponderExcluirE gostariamos de saber as respostas de suas dcobertas. Mantenha-nos informados!
Grande Abraço!
Eu gostaria de saber, por favor, qual é a fonte deste texto. De que livro ele foi extraído? Obrigado.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirAté onde sei, este texto foi um artigo escrito por Paramahansa Yogananda.
Você poderá ter mais detalhes acerca da origem deste texto entrando em contato com Dárcio Dezolt, em http://consciencia-iluminada.zip.net/
Grande Abraço!