O filme do 'universo holográfico' explicita de modo bastante claro que a matéria não é existência real. Em determinado momento, porém, após afirmar que toda a matéria é inexistente, diz que Deus, o único Ser que existe realmente, cria, a partir de Sua onipotência - e no âmbito da irrealidade! -, este mundo fenomênico/material, ou seja: diz que Deus estabelece Sua criação num âmbito ilusório. Este é o único equívoco a poder ser encontrado nas explanações do vídeo. Podemos perceber a presença de uma pitada de sectarismo religioso no filme, fazendo alusão a Alah, nome que o islamismo dá para Deus. O vídeo apresentado possui uma parte científica e uma parte religiosa-espiritual. Em sua parte científica, o vídeo discorre brilhantemente sobre a inexistência da matéria, proporcionando-nos o entendimento de que só o Espírito é real; mas ao chegar na última parte, de cunho religioso, e dizer que "a criação material é obra de Deus" e que "Deus cria a matéria", toda parte científica é sacrificada em nome de uma exortação religiosa.
Primeiramente o vídeo explica e prova que só o Espírito é existência verdadeira e, posteriormente, cai na contradição de dizer que o Espírito (que existe e é real) cria a matéria (que inexiste e é irreal). O irreal nunca advém do real. Nada irreal pode ter origem na realidade. Deus não cria ilusões. Em sua parte final, o filme procura misturar a ciência (que veio aprimorando o seu entendimento acerca da natureza da matéria ao longo dos anos) com sua fé/entendimento religioso ortodoxo, e assim negou tudo o que havia afirmado, admitiu a ilusão como realidade. A explicação final do vídeo serviu para desfazer/desconsiderar tudo o que foi considerado desde o início. De quê forma essa desconsideração foi feita?
A explanação dada ao longo de quase todo o vídeo incita o homem a desacreditar na matéria e em tudo que é captado pelos sentidos. Somente assim, somente desconsiderando a matéria por completo, é que a mente do homem fica desocupada do trabalho de ver a matéria como existência real e torna-se receptiva para ocupar-se com o Espírito. O mundo precisa ceder lugar a Deus se quisermos conhecê-Lo. Mas, ao afirmar que "a matéria não existe" e, após isso, dizer que "a matéria apesar de ser irreal, é uma criação feita por Deus", o vídeo dá a entender que está tudo bem continuar acreditando na existência deste mundo material - que vivemos nossas vidas nele! -, sob a justificativa de que "este mundo foi criado por Deus".
Aqui está o equívoco do filme: Dizer que o mundo material é irreal, como se houvesse uma Verdade profunda e revolucionária a ser conhecida e, no final, desfazer toda a necessidade de se compreender essa Verdade, uma vez que "este mundo material é criado por Deus". Logo, não precisamos nos preocupar em entender se a matéria é inexistente ou não, podemos continuar vivendo nossas vidinhas normalmente neste mundo assim mesmo como ele é. Desse jeito, nenhuma Verdade é conhecida; nada muda. O vídeo apresenta a explanação da inexistência da matéria como se essa verdade não tivesse nenhuma relação conosco - apenas o mundo é ilusório, consequentemente, nós somos ilusórios também, vivemos e viveremos toda nossa vida nesta ilusão. Somos seres ilusórios criado por Deus. E, da mesma forma que Deus cria um planeta Terra ilusório, um dia Ele irá criar um céu e um inferno (também ilusórios!) e enviar seres ilusórios para um ou para outro, dependendo de seus comportamentos (conforme o entendimento que eles têm de sua Escritura). Será que Deus não tem nada melhor pra fazer do que ocupar-se com inexistências, com ilusões? A compreensão espiritual da inexistência da matéria é uma Verdade que possui relação direta e total com o ser que somos e com nossas vidas - é a Verdade sobre nós.
A Verdade da inexistência da matéria não é uma verdade inútil ou desnecessária, o homem necessita conhecê-la porque está apegado e identificado com algo que não é existência verdadeira. Tal é seu apego, tal é sua identificação com o fenômeno que, quando o mundo fenomênico forma seus filmes/quadros (irreais) mostrando aparências de limitações, doenças, sofrimentos e pecados, o homem considera essas cenas como realmente existentes, apegando-se com todo o seu ser. Ao considerar essas coisas como existentes, o filme continua sendo perpetuado/projetado pela mente/crenças humanas. Se conhecer Verdade e compreender que a matéria e o fenômeno são vazios, que são meras "imagens", "símbolos", "efeitos", "sombras", "idéias", "representações" externas (sem essência, sem vida, e sem presença!) do pensamento interno, essa compreensão causa um imediato distanciamento e desapego, e o homem deixa de preocupar-se ou temer o mundo. Essa Verdade revela que a Vida não está no mundo, mas no Espírito, no Invisível que transcende o mundo. Ao entender a revelação de que o mundo, com todos os quadros hipnóticos e ilusórios, é nada, e que também ilusório e vazio é todo o sentido de pecado, doença e morte que pertencem ao mundo, o homem pode liberta-se pelo poder da compreensão (despertar espiritual). Pecado, doença e morte são concepções da mente humana, sendo que o homem é quem cria tais coisas, sabendo disto ou não. Quando compreende a natureza de tais erros, entende que não há necessidade de temer o mundo, pois conhece a causa e a origem deste, o qual é apenas um efeito sem vida e sem atividade, mero símbolo sem presença real. Não é necessário temer "efeitos" quando se está consciente do reino da "causa". E justamente por soltar da mente as imagens do fênomeno ao qual se apegava, tais imagens mudam, porque tudo neste mundo fenomênico tem natureza efêmera e transitória; aqui nada dura para sempre.
Portanto, essa é a ressalva que deve ser feita quanto ao conteúdo apresentado no filme. Se Deus é tudo o que existe, por mais que haja um mundo material que nos esteja sendo informado pelos sentidos, tal mundo é irreal. Mesmo que pareça ser real, não é! Mesmo que pareça ter vida, não tem! Mesmo que pareça estar presente, não está. O que existe, estando permanentemente presente onde a matéria parece estar? Essa resposta requer um despertar espiritual para que se possa obtê-la. Você compreende e então a obtém. Quando se solta da mente a (aparente) realidade, vida e presença da matéria, a mente compreende a Verdade automaticamente, porque ao ser negada a matéria, sobra apenas o Espírito, e este penetra na mente, que desocupou-se do trabalho de tomar a matéria como existência verdadeira. Continuaremos o blog com posts de textos que, de uma forma ou de outra, negam a realidade da matéria, versam sobre a mesma (a única!) Verdade, e buscam despertar o leitor para a realidade única do Espírito.
Primeiramente o vídeo explica e prova que só o Espírito é existência verdadeira e, posteriormente, cai na contradição de dizer que o Espírito (que existe e é real) cria a matéria (que inexiste e é irreal). O irreal nunca advém do real. Nada irreal pode ter origem na realidade. Deus não cria ilusões. Em sua parte final, o filme procura misturar a ciência (que veio aprimorando o seu entendimento acerca da natureza da matéria ao longo dos anos) com sua fé/entendimento religioso ortodoxo, e assim negou tudo o que havia afirmado, admitiu a ilusão como realidade. A explicação final do vídeo serviu para desfazer/desconsiderar tudo o que foi considerado desde o início. De quê forma essa desconsideração foi feita?
A explanação dada ao longo de quase todo o vídeo incita o homem a desacreditar na matéria e em tudo que é captado pelos sentidos. Somente assim, somente desconsiderando a matéria por completo, é que a mente do homem fica desocupada do trabalho de ver a matéria como existência real e torna-se receptiva para ocupar-se com o Espírito. O mundo precisa ceder lugar a Deus se quisermos conhecê-Lo. Mas, ao afirmar que "a matéria não existe" e, após isso, dizer que "a matéria apesar de ser irreal, é uma criação feita por Deus", o vídeo dá a entender que está tudo bem continuar acreditando na existência deste mundo material - que vivemos nossas vidas nele! -, sob a justificativa de que "este mundo foi criado por Deus".
Aqui está o equívoco do filme: Dizer que o mundo material é irreal, como se houvesse uma Verdade profunda e revolucionária a ser conhecida e, no final, desfazer toda a necessidade de se compreender essa Verdade, uma vez que "este mundo material é criado por Deus". Logo, não precisamos nos preocupar em entender se a matéria é inexistente ou não, podemos continuar vivendo nossas vidinhas normalmente neste mundo assim mesmo como ele é. Desse jeito, nenhuma Verdade é conhecida; nada muda. O vídeo apresenta a explanação da inexistência da matéria como se essa verdade não tivesse nenhuma relação conosco - apenas o mundo é ilusório, consequentemente, nós somos ilusórios também, vivemos e viveremos toda nossa vida nesta ilusão. Somos seres ilusórios criado por Deus. E, da mesma forma que Deus cria um planeta Terra ilusório, um dia Ele irá criar um céu e um inferno (também ilusórios!) e enviar seres ilusórios para um ou para outro, dependendo de seus comportamentos (conforme o entendimento que eles têm de sua Escritura). Será que Deus não tem nada melhor pra fazer do que ocupar-se com inexistências, com ilusões? A compreensão espiritual da inexistência da matéria é uma Verdade que possui relação direta e total com o ser que somos e com nossas vidas - é a Verdade sobre nós.
A Verdade da inexistência da matéria não é uma verdade inútil ou desnecessária, o homem necessita conhecê-la porque está apegado e identificado com algo que não é existência verdadeira. Tal é seu apego, tal é sua identificação com o fenômeno que, quando o mundo fenomênico forma seus filmes/quadros (irreais) mostrando aparências de limitações, doenças, sofrimentos e pecados, o homem considera essas cenas como realmente existentes, apegando-se com todo o seu ser. Ao considerar essas coisas como existentes, o filme continua sendo perpetuado/projetado pela mente/crenças humanas. Se conhecer Verdade e compreender que a matéria e o fenômeno são vazios, que são meras "imagens", "símbolos", "efeitos", "sombras", "idéias", "representações" externas (sem essência, sem vida, e sem presença!) do pensamento interno, essa compreensão causa um imediato distanciamento e desapego, e o homem deixa de preocupar-se ou temer o mundo. Essa Verdade revela que a Vida não está no mundo, mas no Espírito, no Invisível que transcende o mundo. Ao entender a revelação de que o mundo, com todos os quadros hipnóticos e ilusórios, é nada, e que também ilusório e vazio é todo o sentido de pecado, doença e morte que pertencem ao mundo, o homem pode liberta-se pelo poder da compreensão (despertar espiritual). Pecado, doença e morte são concepções da mente humana, sendo que o homem é quem cria tais coisas, sabendo disto ou não. Quando compreende a natureza de tais erros, entende que não há necessidade de temer o mundo, pois conhece a causa e a origem deste, o qual é apenas um efeito sem vida e sem atividade, mero símbolo sem presença real. Não é necessário temer "efeitos" quando se está consciente do reino da "causa". E justamente por soltar da mente as imagens do fênomeno ao qual se apegava, tais imagens mudam, porque tudo neste mundo fenomênico tem natureza efêmera e transitória; aqui nada dura para sempre.
Portanto, essa é a ressalva que deve ser feita quanto ao conteúdo apresentado no filme. Se Deus é tudo o que existe, por mais que haja um mundo material que nos esteja sendo informado pelos sentidos, tal mundo é irreal. Mesmo que pareça ser real, não é! Mesmo que pareça ter vida, não tem! Mesmo que pareça estar presente, não está. O que existe, estando permanentemente presente onde a matéria parece estar? Essa resposta requer um despertar espiritual para que se possa obtê-la. Você compreende e então a obtém. Quando se solta da mente a (aparente) realidade, vida e presença da matéria, a mente compreende a Verdade automaticamente, porque ao ser negada a matéria, sobra apenas o Espírito, e este penetra na mente, que desocupou-se do trabalho de tomar a matéria como existência verdadeira. Continuaremos o blog com posts de textos que, de uma forma ou de outra, negam a realidade da matéria, versam sobre a mesma (a única!) Verdade, e buscam despertar o leitor para a realidade única do Espírito.
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