John Sherman
Ramana nos diz que a única diferença entre a experiência do jnani (termo com que se refere ao ser desperto) e a experiência do ajnani (nome que se dá àquele que ainda acredita estar preso à ignorância) é que o jnani não acredita em nada disso. Só isso! E, é claro, este negócio de acreditar ou não acreditar não pode ser fabricado, por mais que você tente acreditar no que lhe dizem que deveria acreditar, e não acreditar no que lhe dizem que não deveria acreditar. Esse "não acreditar" é o estado natural que está sempre presente quando a atenção repousa no ser; ele é simplesmente o seu estado natural.
Ramana também fala sobre o ego, a manifestação e o espetáculo de horror que fazem parte da vida espiritual, e se refere a eles como miragens. Uma miragem é diferente de uma alucinação ou uma ilusão. Na prática espiritual, pensamos que essas coisas são ilusões: o mundo é uma ilusão. E, portanto, com base em nossa experiência e entendimento limitados desses assuntos, concluímos que todas essas coisas desaparecerão, uma vez que a mente tenha despertado para si mesma, e que o despertar tenha se estabilizado.
Isso é bastante desconcertante. Tente imaginar um estado no qual o corpo se desloca, faz as coisas que faz, fala e se comunica, em meio a um branco absoluto, no qual a ilusão da existência desapareceu. Isto é desconcertante! E essa idéia causa um sofrimento considerável, por causa de nossas constantes tentativas de imitar, criar e fabricar um semelhante estado para poder atingí-lo.
Uma miragem é diferente e muito mais próxima da realidade. Mesmo quando você sabe que é uma miragem, ela não desaparece. O mundo não precisa desaparecer, mesmo quando visto com clareza, diretamente, inegavelmente pelo que é: simplesmente pensamento, apenas imaginação.
Tudo isso é para o seu prazer! O mundo não faz nada, não afeta nada. Nada está em jogo aqui. O pesar pode ser ainda maior, mais profundo e mais rico, na ausência de uma história a seu respeito, quando não se acredita que algo está em jogo. Mas ninguém é prejudicado por ele; ninguém se torna incapacitado por causa dele; não é preciso acabar com ele.
Tudo isso que aqui descrevo inadequadamente é o seu estado natural. É disso que Ramana fala: sahaja samadhi ou estado natural. Este é o seu estado natural de ser. E ele não passa a existir em algum ponto no tempo; ele simplesmente se revela quando sua atenção está voltada para o seu próprio ser, e não para o pesar, a confusão, para aquilo que você sabe, ou para a paz.
Quando a sua atenção está em você mesmo, este estado natural das coisas revela-se como algo que sempre esteve aqui. E percebemos que as estratégias utilizadas previamente para fugir a ele são mecânicas e muito pouco interessantes. Na verdade, elas perdem completamente o interesse. Elas são como os brinquedos de dar corda. Elas são tão pouco interessantes, que você nem se importa se elas desapareceram ou se vão desaparecer algum dia.
Ramana também fala sobre o ego, a manifestação e o espetáculo de horror que fazem parte da vida espiritual, e se refere a eles como miragens. Uma miragem é diferente de uma alucinação ou uma ilusão. Na prática espiritual, pensamos que essas coisas são ilusões: o mundo é uma ilusão. E, portanto, com base em nossa experiência e entendimento limitados desses assuntos, concluímos que todas essas coisas desaparecerão, uma vez que a mente tenha despertado para si mesma, e que o despertar tenha se estabilizado.
Isso é bastante desconcertante. Tente imaginar um estado no qual o corpo se desloca, faz as coisas que faz, fala e se comunica, em meio a um branco absoluto, no qual a ilusão da existência desapareceu. Isto é desconcertante! E essa idéia causa um sofrimento considerável, por causa de nossas constantes tentativas de imitar, criar e fabricar um semelhante estado para poder atingí-lo.
Uma miragem é diferente e muito mais próxima da realidade. Mesmo quando você sabe que é uma miragem, ela não desaparece. O mundo não precisa desaparecer, mesmo quando visto com clareza, diretamente, inegavelmente pelo que é: simplesmente pensamento, apenas imaginação.
Tudo isso é para o seu prazer! O mundo não faz nada, não afeta nada. Nada está em jogo aqui. O pesar pode ser ainda maior, mais profundo e mais rico, na ausência de uma história a seu respeito, quando não se acredita que algo está em jogo. Mas ninguém é prejudicado por ele; ninguém se torna incapacitado por causa dele; não é preciso acabar com ele.
Tudo isso que aqui descrevo inadequadamente é o seu estado natural. É disso que Ramana fala: sahaja samadhi ou estado natural. Este é o seu estado natural de ser. E ele não passa a existir em algum ponto no tempo; ele simplesmente se revela quando sua atenção está voltada para o seu próprio ser, e não para o pesar, a confusão, para aquilo que você sabe, ou para a paz.
Quando a sua atenção está em você mesmo, este estado natural das coisas revela-se como algo que sempre esteve aqui. E percebemos que as estratégias utilizadas previamente para fugir a ele são mecânicas e muito pouco interessantes. Na verdade, elas perdem completamente o interesse. Elas são como os brinquedos de dar corda. Elas são tão pouco interessantes, que você nem se importa se elas desapareceram ou se vão desaparecer algum dia.
Quero apenas dizer que os textos deste blog são muito importantes para mim. Têm-me ajudado muito nesta caminhada, e a transcender momentos difíceis. Obrigado.
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